A Folha e a dupla Aécio Neves-Marina Silva estão em nova ofensiva.
Marina, que contraditoriamente quer formar um partido chamado “Rede”, publicou sexta-feira um artigo chamado “mensalet”, onde diz que os boateiros e seus detratores são ”organizações mantêm suas brigadas digitais, com “editores” dos debates e notícias cujos critérios são os interesses de seus patrões” e diz que “uma investigação detalhada poderia mostrar essa espécie de “mensalão da internet”, uma indústria subterrânea da calúnia”.
Hoje, Aecinho segue a linha e diz que essa ação busca “desconstruir a imagem de qualquer um que ouse defender ideias divergentes dos interesses daqueles que mantêm plugada essa verdadeira quadrilha virtual”.
Patrões? Quadrilhas?
Será que estão se referindo às organizações de mídia que mantêm blogueiros e colunistas dedicados, permanentemente, a atacar um governo progressista?
Será que estão se referindo a registrar sites como “petralhas.com.br”, que, segundo o Whois, continua registrado em nome do Instituto Social Democrata e do tucano de alto coturno Eduardo Graeff?
Aécio diz que “esse tipo de ação covarde é um lado da moeda que, na outra face, tenta controlar a imprensa, impedir a formação de novos partidos, defender a remoção do direito de investigação do Ministério Público e a submissão das decisões do STF à maioria governista no Congresso Nacional”.
Tenta controlar a imprensa, como? Enchendo ela de verbas, como faz o Governo Federal? Será que o Governo a controla? Só se for masoquista. Ou será que o Estado de Minas, que recebia verbas vultosas do governo mineiro, sob Aécio, estava comprometido?
Impedir a formação de novos partidos? Ou impedir que levem o dinheiro do fundo partidário e o tempo de televisão, que não são propriedade pessoal do mandatário, mas resultado da manifestação do eleitor, que lhes deu o mandato por outro partido?
Ah, será que somos nós, “blogueiros sujos”, que não temos mais – quando temos – uns míseros banners, os que somos uma poderosa quadrilha de difamação?
Mas não foram os “blogs sujos”, mas o Estadão que publicou que “o senador Aécio Neves (PSDB) fez para o Rio de Janeiro 63% das viagens bancadas pela verba de transporte aéreo (VTA) do Senado. Desde o início do mandato, o presidenciável pagou com dinheiro público 83 voos, dos quais 52 começaram ou terminaram na capital fluminense” e acrescenta que “as passagens de Aécio pelo Rio costumam aparecer em colunas e redes sociais que, não raro, registram sua presença em baladas e eventos cariocas nos fins de semana”.
Vejam que barbaridade difamatória publica o vetusto jornal paulista:
“Em tom bem-humorado, em 27 de agosto a imprensa do Rio registrou a participação do senador numa celebração do “PC (Partido do Chope)”, num bar em Copacabana, três dias antes. O Senado pagou R$ 939 pelo voo entre São Paulo e a cidade naquele dia, uma sexta-feira, e mais R$ 172 pelo trecho Rio-Belo Horizonte na segunda-feira seguinte.”
Senador, os blogueiros sujos do Rio de Janeiro só aceitam uma subvenção num chopinho, se o senhor quiser convidar. A minha parte eu dispenso, porque já não posso fazer estas farras. Quanto a essas acusações, seria bom esclarecer de quem o senhor fala.
Senão, fica parecendo difamação. Ou aquela música da “Turma do Funil”.
Por: Fernando Brito