Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 14 de março de 2011

Homenagem a Gregório Bezerra - Aniversário de 111 anos




Gregório Bezerra


Gregório Bezerra, político, líder comunista e ex-sargento do Exército brasileiro, nasceu no dia 13 de março de 1900, no sítio Mocós, município de Panelas de Miranda, estado de Pernambuco. Filho de camponês paupérrimo e analfabeto, passou muita fome desde o ventre materno, porque sua mãe também passava fome.

         Nasceu num ano de grande seca, quando centenas de retirantes morriam pelas estradas afora, em busca de comida e água para beber. Não havia leite, nem materno nem de gado. Seus pais e seus irmãos mais velhos, que haviam perdido a safra anterior, perambulavam nas estradas da caatinga, em busca de trabalho para amenizar a situação crítica da família.

         Gregório começou a trabalhar na agricultura, preparando roçados, na idade em que deveria ter ido para a escola. Não teve, portanto, oportunidade de ser alfabetizado.

         Em 1917, depois de muitas andanças, já no Recife, trabalhando como ajudante de pedreiro, participou de uma passeata por melhores salários e em solidariedade ao movimento bolchevique na União Soviética. Foi preso, julgado e condenado a sete anos de prisão.

         Depois de um novo julgamento foi libertado em 1922. Como para conseguir emprego, precisava do certificado do serviço militar, resolveu entrar para o Exército no Recife. Em 1923, foi transferido para o Rio de Janeiro, onde completou o serviço militar.

         Em 1925, decide se alfabetizar para fazer o curso de Sargento de Infantaria. Já segundo-sargento, é designado Instrutor da Companhia de metralhadoras pesadas na Vila Militar, tendo sido também instrutor de esportes. Em seguida, solicitou  transferência para a Sétima Região Militar, no Recife.

         Durante o período em que esteve no Exército, depois de alfabetizado, Gregório descobriu o comunismo, ideologia que abraçou durante toda sua vida, porque acreditava que só assim poderia haver uma sociedade mais justa e melhor. Em 1930, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, em 1935, era um dos líderes do movimento armado, Aliança Nacional Libertadora (ANL). Participou, como militar rebelde, da luta armada que tentou implantar o regime comunista no Brasil. Com a derrota do movimento, foi preso durante três anos, no Recife, e condenado a  28 anos de prisão, pelo Tribunal de Segurança Nacional.

         Foi transferido para a Ilha de Fernando de Noronha e posteriormente para o presídio da Ilha Grande no Rio de Janeiro, sendo enviado por fim ao presídioFrei Caneca, onde ficou na mesma cela que  Luiz Carlos Prestes.

         Anistiado em 1945, e com a legalização do PCB, Gregório volta a Pernambuco e é eleito Deputado Federal pelo Partido, sendo o segundo mais votado de Pernambuco. Em 1948, o comunismo volta à ilegalidade e Gregório teve seu mandado cassado.

         Pouco depois, um incêndio no 15º Regimento de Infantaria do Exércitoem João Pessoa, Paraíba, é atribuído aos comunistas e Gregório é preso no Rio de Janeiro, conduzido a um presídio na Paraíba, onde permaneceu durante 91 dias, sendo levado depois para o Recife, onde ficou mais dois anos na prisão.

         Novo julgamento libertou Gregório, que passou a percorrer várias regiões brasileiras pregando a Reforma Agrária e organizando sindicatos de trabalhadores rurais. Em 1963, participou da organização de uma greve de 200 mil trabalhadores da zona canavieira de Pernambuco.

         Em 1964, quando o governador Miguel Arraes é deposto e preso, sai em busca de armas para os camponeses na tentativa de enfrentar o Golpe Militar, mas é preso na Usina Pedrosa, no município de Ribeirão-PE. Conduzido para o Recife, é torturado em praça pública, arrastado pelas ruas do bairro de Casa Forte, com uma corda amarrada ao pescoço.

         Incentivado por Paulo Cavalcanti, que estava com ele na mesma prisão, acusados no mesmo processo, Gregório começou a escrever suas memórias. Os manuscritos eram inicialmente entregues a Jurandir Bezerra, filho de Gregório, durante as visitas nos finais de semana. Depois ficaram sob a guarda do próprio Paulo Cavalcanti, que estudava a melhor oportunidade para publicá-los, pois acreditava que seria um “livro de grande interesse social e político, pelo estilo corrente, fácil de ler”.

         Em 1969, foi libertado juntamente com outros companheiros em troca do embaixador norte-americano, Charles B. Elbrick, que havia sido seqüestrado pela resistência à ditadura militar. Segue para o México e depois para a União Soviética, onde viveu durante dez anos.

         Quando Gregório foi exilado do Brasil, ficou sem notícia de seus manuscritos, pensando que tivessem sido apreendidos pelo Exército ou pela Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS). Resolveu, então, reescrever suas memórias, em Moscou, que foram publicadas com sucesso por Ênio Silveira.

         Beneficiado pela anistia em 1979, retorna ao Brasil. Deixa o Comitê Central do PCB, por divergências internas, e, em 1982, foi candidato a deputado federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) de Pernambuco, ficando apenas como suplente.

         Morreu na cidade de São Paulo, no dia 23 de outubro de 1983.

         Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco, tendo reunindo milhares de pessoas. Do alto de uma galeria da Assembléia Legislativa, uma faixa pintada de vermelho, reproduzia os versos da música cantada por Elis Regina: choram Marias e Clarices no solo do Brasil.


Recife, 3 de novembro de 2005.
(Atualizado em 9 de setembro de 2009).

Se fosse no Brasil...



SEGUNDA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2011


O locutor da emissora de rádio paulistana que comentava, na sexta-feira de manhã, a tragédia no Japão, não se fez de rogado e puxou o assunto para os seus companheiros de programa:
-  Só 300 mortos. Se fosse no Brasil...
Aí se seguiu uma série de disparates que mostra quanto mal fez aos brasileiros esses anos todos em que o país viveu como uma colônia americana, como o primo pobre que só sabe lamentar a sua triste situação e invejar os feitos do parente afortunado.
Se fosse no Brasil...
É incrível como ainda existem pessoas capazes de ignorar que o Brasil já deixou para trás a sua condição de pobre coitado e hoje é respeitado mundialmente, em todas as áreas. 
É incrível como parte de nossa imprensa ainda se apega a chavões e mentiras para manter a auto-estima do povo lá embaixo, cultivando a "síndrome do vira-lata" de maneira incessante.
Se fosse no Brasil...
Ora, tragédias como as que se abateram no Japão e na região serrana do Rio de Janeiro não podem sequer ser comparadas, pois são de natureza completamente distintas.
A única semelhança entre ambas é o fato de que são incomensuravelmente maiores que a capacidade do ser humano de prevení-las. No Japão ou no Brasil ou em qualquer parte do mundo.
Eventos como esses devem, isso sim, servir como exemplos para que o homem reflita sobre os rumos que impõe à sua vida miserável neste planeta, para que compreenda as suas limitações e repense sobre os terríveis erros que vem cometendo século após século.
São avisos que a natureza dá. Ouve quem quer ouvir. 

Comentários do apedeuta.

Curtindo um pouco a vida, peguei estrada aqui no RS, e fui ver 
as lindas regiões por aqui. 
Comecei bem cedo , as 6:00 já estava na estrada , sintonizo 89.30 Mhz , acho que trans-américa, não tenho certeza. Quando olhei para o relógio , já passavam das 13:00 , e até aquela hora , ..............não havia ouvido nenhuma música em português , seja lá qual for , nada.......
Alguém que leia estas mal traçadas linhas poderia me perguntar , qual o motivo de não mudar a estação.
Viajei mais de 6 hs , era a única que pegava por onde eu estivesse. Coincidência?
Seguindo , estava perto da região de Cambará do Sul , lindíssima, entra o locutor da rádio, com a pérola, entre as  músicas.
"Brasil foi o país  que mais apresentou problemas em relação ao fornecimento de energia no ano de 2010. Os três grandes apagões , demonstraram as fragilidades do sistema"....
Desisti e continuei a viajem sem música mesmo.



A demonização da política: manobra neoliberal


Para Tarso, a campanha contra a política, promovida pelo pensamento neoliberal, também se volta contra a democracia.

A democracia e a demonização da política

Tarso Genro

Novos sujeitos políticos estão surgindo no interior de um processo de desconstituição da política, que ocorre em escala mundial, após o fracasso das receitas neoliberais para a reforma do Estado. 

Esses novos sujeitos florescem fora dos partidos, tanto nos regimes democráticos como nos países autoritários. Quem substitui os partidos, hoje, são as redes sociais, as organizações de defesa do direito das mulheres contra Berlusconi na Itália, os movimentos populares de jovens no Egito, os "banlieues" nas periferias de Paris. 

Todos movimentos em rede, que não pedem licença aos partidos ou aos sindicatos. São designados pela mídia, equivocadamente, como "revoluções", mas sem ideologia unitária. O que pedem são reformas, reconhecimento, oportunidades de trabalho, democracia e participação. São movimentos relativamente espontâneos, não contra a política, mas por outra política. Todo o espontaneísmo é sadio quando se desdobra, em algum momento, em organização consciente. 

Torna-se perigoso e contraproducente, em termos democráticos, quando permanece só fluindo, sem substituir o "velho" por nova ordem: a desesperança, nesse caso, pode redundar em salvacionismo ditatorial reciclado, gerando situação inclusive pior que a anterior. 

É visível que existe, em grande parte da mídia, também uma campanha contra a política e os políticos, o que, no fundo, é, independentemente do objetivo de alguns jornalistas, também uma campanha contra a democracia. 

Ela generaliza o desprezo aos políticos e ao Estado, principalmente àqueles que ainda preservam traços de defesa do antigo Estado de bem-estar. São sempre os partidos políticos, porém, os legatários que reorganizam a sociedade, seja para mais coesão e mais igualdade, seja para mais hierarquia, diferenças sociais e autoritarismo. 

É verdade que poucos partidos têm compreendido a profundidade desses movimentos, permanecendo incapazes de apresentar alternativas novas. A maioria, na defesa de seus programas de governo, cinge-se a doses maiores ou menores de "liberalismo" ou "keynesianismo". 

Estão desatentos ao fato de que as relações culturais, científicas e econômicas globais mudaram tudo. E que hoje é preciso propor novas formas de organização do Estado, novos tipos de políticas públicas e também organizar um novo sistema de defesa da moral pública. 

Mas "representação" e eleições, mal ou bem, sempre constituíram formas de resistência contra o domínio, sem limites, dos manipuladores do capital financeiro especulativo que controlam a vida pública das nações. Eleições e representação constituíram, sempre, "problemas" para os mentores das reformas neoliberais, que agora são os herdeiros políticos do seu fracasso. 

O domínio da ideologia neoliberal, além de ter conseguido sua hegemonia a partir da ideia do "caminho único", agora requer conclusões únicas sobre os efeitos da crise, para diluir as responsabilidades de quem a gerou. Desmoralizar a política, partidos e políticos ajuda a desmoralizar as críticas ao fracasso do seu modelo de sociedade. 

Por isso, as frequentes campanhas genéricas contra o Estado e contra os políticos em geral têm sido duras. São campanhas não contra o Estado ausente, que dispensa políticas sociais. Nem contra os políticos corruptos, em especial. Mas uma campanha abrangente contra o Estado e contra a política. 

As lições do Oriente e também da Europa servem para todos nós que, imbuídos do "desenvolvimentismo econômico e social", defendemos que o Estado deve ser forte por ser transparente e acessível à participação popular. Jamais deve ser "fraco", para ser obrigado a aplicar as receitas da redução impiedosa dos gastos sociais. E, depois, eleger a caridade privada como meio de compensar desigualdades brutais que o neoliberalismo nos legou.

Comparato desmonta argumento contra a Ley de Medios



Rachel sofre por lutar pela liberdade de expressão

Conversa Afiada reproduz e-mail do professor Fábio Comparato:

Caro Paulo Henrique:


Como você sabe, um dos argumentos apresentados pelo oligopólio empresarial dos meios de comunicação de massa (por você chamado de PIG), contra a criação de uma agência estatal de regulação do setor, nos moldes da FCC (Federal Communications Commission) dos Estados Unidos, consiste em dizer que já temos aqui um órgão semelhante, que é o Conselho de Comunicação Social, funcionando junto ao Congresso Nacional.


Acontece que esse órgão, criado pela Lei nº 8.389, de 1991, tem se revelado, desde o seu nascimento, uma portentosa inutilidade. Ele não tem poder algum, a não ser o de opinar. E mesmo essa “perigosa” competência parece incomodar de tal forma os “donos do poder”, que o Congresso decidiu, há mais de quatro anos, colocar o Conselho em hibernação. Ele reuniu-se pela última vez em dezembro de 2006, ao final do segundo mandato bienal de seus membros. Os períodos correspondentes ao terceiro e ao quarto mandatos (2006 – 2008, 2008 – 2010) transcorreram em brancas nuvens.


Ao que parece, a Constituição existe neste querido país como simples peça de retórica, para impressionar os trouxas. Há mais de 22 anos que o Congresso não regula a proibição de monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação de massa (art. 220, § 5º), nem tampouco a preferência a ser dada, na produção e programação das emissoras de rádio e televisão, a “finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”, além da “promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação” (art. 221, I e II). Sem falar de outras lacunas regulamentares.


Quando é que o nosso povo vai se dar conta de que é sistematicamente enganado pela classe política no poder, sempre aliada do grande capital?


Abraços do


Fábio Konder Comparato


Em tempo: a deputada Rachel Marques, do PT, conseguiu que a Assembléia Legislativa do Ceará, em outubro do ano passado, a Lei que cria o Conselho Estadual de Comunicação Social, para “defender o exercício do direito de livre expressão, de geração de informação e de produção cultural”. O projeto aguarda a assinatura do governador Cid Gomes. PHA

PERIGO! Obama avisa que os EUA querem explorar petróleo ”ao longo de todo o Atlântico Sul”!


Sugestão: Harry
Na imagem acima, onde se lê “Bush’s”, agora leia-se “Obama’s”
“ ESTAMOS ADOTANDO MEDIDAS QUE NOS PERMITEM RECOLHER DADOS SOBRE O POTENCIAL DE GÁS E PETRÓLEO AO LONGO DE TODO O ATLÂNTICO SUL. ESTAMOS TRABALHANDO COM A INDÚSTRIA [DOS EUA] PARA EXPLORAR NOVAS FRONTEIRAS
INFELIZMENTE, O BRASIL ESTÁ DESARMADO PARA DEFENDER SEU PATRIMÔNIO
OBS deste blog O jornal “O Estado de São Paulo” menciona essa evidente ameaça e iminente tragédia para o Brasil percebidas no duplo-sentido das palavras de Obama e nas entrelinhas da reportagem abaixo do americanófilo Estadão, como se fosse um dos assuntos normais e rotineiros a ser tratado durante a visita de Obama ao Brasil no próximo sábado e domingo. Vejamos:
Por Denise Chrispim Marin, no “O Estado de S.Paulo”:
OBAMA: ”BRASIL É FORNECEDOR CONFIÁVEL DE PETRÓLEO”
AFIRMAÇÃO É DO PRESIDENTE DOS EUA, QUE “QUER DISCUTIR PREÇO DA COMMODITY COM DILMA”
“O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, incluiu o Brasil entre os futuros “ supridores confiáveis de petróleo ao mercado americano” e indicou sua intenção de “discutir com a presidente Dilma Rousseff, no próximo dia 19, a recente escalada da cotação” da commodity no mercado internacional.
“ Quando mencionamos petróleo importado, nós estamos fortalecendo nossas relações com outros países produtores [assim como fortaleceram com o Iraque, o Irã, a Arábia Saudita, a Venezuela], algo que vou “discutir” com a presidente Rousseff quando eu visitar o Brasil na próxima semana”, adiantou o presidente americano.
O governo Obama já expressou seu interesse em ampla “cooperação” [ sic] com o Brasil para a exploração de petróleo da camada pré-sal, uma das novas fronteiras do setor. Além da produção direta por companhias americanas [sic !?!], e na exportação de equipamentos e serviços tecnológicos e também em contratos de importação de petróleo e derivados.
Até o momento, Obama não fez nenhuma menção à cooperação bilateral na área de biocombustíveis, tocada desde 2007 por iniciativa dos ex-presidentes George W. Bush e Luiz Inácio Lula da Silva. Os biocombustíveis perderam espaço na agenda energética do governo Obama, suplantados pelo estímulo à produção de veículos elétricos. A única vertente explorada de interesse da Casa Branca é o desenvolvimento de biocombustíveis para aeronaves.
“ Também estamos adotando medidas que nos permitem recolher dados sobre o potencial de gás e petróleo ao longo de todo o Atlântico Sul [sic !?!].Estamos trabalhando com a indústria [dos EUA] para explorar novas fronteiras”, afirmou Obama.
DISPUTA
Obama convocou sexta-feira (11) a imprensa para responder às críticas do Partido Republicano, segundo o qual a Casa Branca estaria bloqueando a produção doméstica de petróleo em um período de forte aumento dos preços internacionais da commodity.
O preço médio do galão de gasolina (3,79 litros) alcançou US$ 3,52 nesta semana, o valor mais alto desde setembro de 2008, quando houve o estouro da crise financeira internacional. O próprio Federal Reserve (banco central americano) admitiu sua preocupação com o impacto do preço do petróleo na inflação neste período de baixo crescimento econômico do país.
O presidente americano criticou os adversários e disse que o argumento republicano é um “bom slogan político”, mas “sem coincidência com a realidade”. A produção americana no ano passado, argumentou Obama, foi a maior desde 2003 e as importações representaram menos da metade do consumo doméstico. Regulações ambientais também foram adotadas depois do trágico vazamento de petróleo em uma plataforma da BP no Golfo do México. Porém, insistiu ele, mais de 35 projetos de exploração receberam permissão desde então.
Ao contestar os republicanos, Obama abortou qualquer ilusão de autossuficiência nos EUA. O país conta com apenas 2% das reservas do planeta e consome cerca de 25% da produção mundial.
Embora utilize hoje 7% menos petróleo do que em 2005, a economia americana ainda depende amplamente da commodity e está sujeita as variações de preço, advertiu Obama.
Em sua estratégia para mudar essa situação, o governo americano pretende ampliar a exploração de petróleo no Alasca, “buscar fornecedores confiáveis, entre os quais o Brasil”, e investir fortemente em energia limpa.”
Reportagem de Denise Chrispim Marin, publicada no “O Estado de S.Paulo” e transcrita no blog de Luis Favre (http://blogdofavre.ig.com.br/2011/03/brasil-e-fornecedor-confiavel-de-petroleo/)
[título, imagem do Google, aspas, subtítulo e sic e trechos entre colchetes adicionados por este blog democracia&política]

Por que a VEJA (*) agrediu Luciana Genro Publicado em 13/03/2011 Com



A propósito do post “Luciana Genro vai processar a revista Veja”, a amiga navegante Marilia Amorim (**) enviou o seguinte comentário :

Luciana Genro e o Projeto Emancipa


A força do projeto de Luciana Genro reside no fato de se situar, ao mesmo tempo, além e aquém de qualquer sistema de cotas. Além, porque possibilita a igualdade pelo acesso ao conhecimento e não apenas pelo reconhecimento do direito de ser igual. Aquém, porque ele é anterior à invenção das politicas afirmativas e se baseia no ideal iluminista segundo o qual é possivel erradicar a desigualdade oferecendo uma educação de qualidade para todos.


Nesse sentido, o nome Emancipa vem bem a calhar, pois coincide com as utopias da modernidade, ausentes na pré-modernidade obscurantista e suprimidas na pós-modernidade ultraliberal, e que tinham, justamente, como eixo, o projeto de emancipação de todo ser humano. Isso explica por que a direita brasileira(***) que, diga-se de passagem, tornou-se pós-moderna sem nunca ter sido moderna, não pode tolerar iniciativas como a de Luciana Genro e expressa sua fúria através da revista Veja ( veja o quê?).


Clique aqui para conhecer melhor o Emancipa.

(*) Este ansioso blog costuma referir-se à VEJA como “a última flor do Fascio”, ou “detrito de maré baixa” (PHA).

(**) Possui doutorado em Ciências Humanas e da Educação com a tese Le texte de recherche en sciences humaines: une approche bakhtinienne du problème de l’altérit, na Universiade de Paris-8. Ex-professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é atualmente professora do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Paris. É autora dos seguintes livros: Raconter, démontrer, . survivre: formes de savoir et de discours dans la culture contemporaine e Dialogisme et altérité dans les sciences humaines e organizou o livro coletivo Images et discours sur la banlieue (todos na França) e O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas ciências humanas. É co-autora do livro Bakhtin: outros conceitos-chave.

(***) Sobre se existe ou não “direita” ou “esquerda”, leia o que diz Mino Carta ou, como disse, uma vez, Leandro Konder: só a direita acha que não existe mais essa distinção.
Paulo Henrique Amorim