Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mensagem de Anonymous aos meios de comunicação de massa


Conversadores e enroladores do corporativismo midiático, isso não é filmiinho. Vocês enganaram o povo, manchando o nosso nome com todos os tipos de falácias.

Primeiros vocês nos ignoraram; depois nos trataram como lixo social, disseram que desapareceríamos depois das eleições, que ninguém nos apóia, que somos minoria desprezível. Nos rotularam como violentos; como terroristas; também ideologicamente.

Vocês mentiram.

Conhecemos o problema de vocês. O caro quarto poder, já não tem nenhum poder sobre o povo. Agora, o único lastro de vocês é dinheiro no bolso.

Refazer o ‘jeitão’ do negócio de vocês custa caro, não é mesmo?

Exponhamos claramente o que está acontecendo: os meios de vocês são agora parte de conglomerados transnacionais, cujo supremo interesse é manter o status quo desse sistema agonizante, para continuar a ganhar dinheiro a custa de cansar o povo. Claro. Os trabalhadores do negócio de vocês já sabem disso. Ninguém acredita em vocês. A informação segue seu curso, apesar de vocês.

Enquanto brincam de criar opinião do alto de suas colunas, arrogando-se a verdade absoluta, suas calúnias e manipulações são desmascaradas e denunciadas implacavelmente – muitas vezes, ainda antes de emitidas ou publicadas –, para expor a impostura a todo o planeta.

Imaginaram que abandonaríamos o povo espanhol à estratégia óbvia de vocês, de desgastá-lo?

Vocês ainda não entenderam. Somos o mesmo povo, deixando aqui um aviso a vocês. Nós não apenas fazemos. Nós explicamos o que acontecerá. Porque depende de vocês unirem-se à mudança ou serem esquecidos por ela.

Somos os grevistas; os desempregados; os professores; os profissionais dos excluídos; as famílias sem teto; os trabalhadores ‘cortados’; os idosos esquecidos; os jovens educados, mas sem oportunidades; o trabalhador alienado; a secretária desrespeitada; os que ocupam casas desocupadas que vocês ridicularizaram; os ganhadores com consciência; os perdedores com dignidade.

Somos a chispa que desperta cada sinapse, como neurônios, que compõem hoje um só pensamento. Despertamos; invencíveis; com razão e razões.

Daremos a eles o que mais importa: nosso futuro; somos seus únicos herdeiros e donos legítimos. Não somos mercadoria na mão de ninguém.

Vocês podem continuar a mentir e a ignorar a revolução global. Vocês são irrelevantes. Dia 19 de junho o povo fez história e continuará a fazê-la. Cada vez mais países juntam-se às reivindicações do 15M, inclusive no interesse deles mesmos.

Nesse momento, as marchas cidadãs aproximam-se da capital, aumentando a cada passo.

A informação continua fluindo e não importa o que vocês façam para evitá-lo. Pretendem lutar contra a vontade humana? Pior, então, será a queda de vocês. E nossa vitória será celebremente épica. Porque a paz é nosso caminho. E não há vitória maior que vencer sem guerra.

Somos anônimos; somos legião. Não esquecemos. Não perdoamos. Esperem e verão,

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ITAMAR FRANCO: UM HONRADO PATRIOTA

O homem que morreu neste sábado não pertencia às elites políticas ou empresariais de Minas. Engenheiro, filho de descendentes de imigrantes (o pai, de alemães, e a mãe, de italianos) Itamar teve uma infância de classe média modesta. Não chegou a conhecer o pai, que morreu pouco antes que nascesse. Formado, com as dificuldades da situação familiar, em engenharia, aos 24 anos, trabalhou no saneamento básico na periferia de Juiz de Fora, antes de integrar os quadros do DNOCS. Esse contato com o povo o levou à vida pública.
Itamar não foi um político definido pelos estereótipos. Destacaram-se em sua personalidade e ação política os dois sentimentos que orientam os grandes homens públicos de Minas: o do nacionalismo – que vem da Inconfidência - e o da justiça social. Não há como negar a Itamar o alinhamento ideológico à esquerda. Um de seus ídolos desde a adolescência foi o gaúcho Alberto Pasqualini, dos mais importantes pensadores políticos brasileiros e conselheiro de Getúlio.
Como é de conhecimento público, prestei assessoria informal ao Presidente, e, mais tarde, ao governador. Pude acompanhar, de perto, seu empenho na defesa dos interesses nacionais e da moralidade no governo. Acompanhei, de perto, as suas preocupações, quando decidiu adotar, a conselho de membros da equipe econômica, o expediente antiinflacionário da Alemanha dos anos 20 – o Plano Schacht. Era a segunda vez que se tentava, no continente, a mesma estratégia contra a hiperinflação, bem conhecida como matéria de estudos financeiros. A primeira fora a do Plano Austral, da Argentina. Também o Plano Cruzado, de Sarney, contemplava algumas de suas medidas.
Conhecedor de matemática, Itamar reviu o plano, ponto a ponto, fez correções que lhe pareceram apropriadas e, só depois disso, assinou a medida provisória que o implantou.
Poucos dias antes de sua internação, estive em seu gabinete, em companhia do Embaixador Jerônimo Moscardo, que foi seu Ministro da Cultura. Ao nos cumprimentar, visivelmente gripado, Itamar reclamou do ambiente frio do Senado. “Esse ar acondicionado é de matar”. E disse que estava com uma gripe que não cedia.
Convidou-nos para uma visita ao gabinete do presidente José Sarney, ao lado do seu. Conversamos os quatro, alguns minutos, sobre a situação do país e do mundo. Relembramos a personalidade de Tancredo Neves e episódios menos conhecidos do processo de transição democrática que, pelas circunstâncias do tempo, Sarney e este jornalista haviam vivido mais de perto.
Itamar estava preocupado com a situação do país, e a necessidade de que se formassem líderes capazes de enfrentar as dificuldades internacionais do futuro próximo. Naquele mesmo dia, ele solicitara da Mesa do Senado a transcrição de um artigo meu, publicado neste jornal, de reparos ao seu sucessor.
O grande êxito de Itamar pode ser explicado pela renúncia pessoal às glórias e pompas do poder. Não foi açodado em assumir o governo, depois do impeachment de Collor. Coube a Simon instá-lo a isso, sob o argumento da razão de Estado: o poder não admite o vazio. Logo que assumiu a Presidência, reuniu todos os dirigentes partidários e líderes no Congresso, sem excluir ninguém, nem mesmo o folclórico Enéas Cardoso. Disse-lhes que estava disposto a convocar eleições imediatas para a Presidência e Vice-Presidência, se estivessem de acordo. Silenciou-se, à espera da resposta – e ninguém concordou. Por duas ou três vezes, ele me disse que, apesar daquela recusa unânime, talvez tivesse sido melhor consultar o povo, naquela difícil circunstância.
Quando se pôs o problema de sua sucessão, tendo em vista a sua altíssima popularidade – de mais de 80% - alguns líderes políticos lhe propuseram a apresentação de emenda constitucional permitindo a sua reeleição. Itamar recusou, com veemência, a proposta. O democrata não poderia admitir o golpe que seu sucessor desfecharia.
Mais do que sanear a moeda, Itamar ficará na História por haver recuperado a credibilidade da Presidência da República junto ao povo brasileiro. Poucos, muito poucos, dos que exerceram o alto cargo ao longo da História, ficarão na memória da Nação com a mesma e sólida presença de Itamar Franco, modesto homem do povo, intransigente patriota, severo guardião do bem público.

Pres. Zezinho lança documento com Revelação Divina

Generoso como sempre, o Mais Preparado dos Brasileiros, o futuro pres. Zezinho, resolveu compartilhar com o povo brasileiro a mais recente Revelação Divina que teve.
O Presidente de Nascença recebeu diretamente de Deus a inspiração para revelar a verdade sobre os horrorosos anos de retrocesso que tem sido o governo dos usurpadores do planalto.
REVELAÇÃO CELESTIAL: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, mas caprichou mais no pres. Zezinho. (Imagem autorizada pelo bispo de Guarulhos).
A Revelação ocorreu durante o retiro espiritual liderado pelo Almirante do Tietê na Caverna do Ostracismo, fundos.  Intitulado “40 Dias no Sinai  Intelectual”, o retiro  atraiu a fina flor da ala religiosa da UDN e teve como pregador o bispo de Guarulhos e Higienópolis, D. Luiz Correia de Oliveira.
Durante o período de 40 dias no deserto, os fervorosos udenistas refletiram sobre a missão que lhes  foi outorgada pelo Todo-Poderoso (no caso, Deus): mostrar ao mundo que todos devem seguir as palavras sábias  do  Altíssimo (no caso, o Presidente de Nascença).
TENTAÇÃO: A única tentação à qual o pres. Zezinho não resistiu foi dar umas pedaladas com a ciiclonudista Soninha Copélia.
As terríveis mortificações a que se submeteram durante o retiro fizeram com que vários udenistas esmorecessem em sua fé ou, mesmo, tentassem fazer pactos com o demônio vermelho.
Mas o Maior dos Filhos da Mooca resistiu a tudo e às mais terríveis tentações.
Cheio de fervor, retirou-se por um período de 40 dias em um canto desértico da Caverna do Ostracismo. Durante esse tempo, jejuava, meditava e orava sem cassar, quer de pé, sentado ou prostado. Aí, muitas coisas lhe foram mostradas sobre a sua Missão Redentora.
Ao fim de sua profunda reflexão no deserto intelectual saiu mais forte e convencido de sua condição de Presidente Incriado, Ungido dos Céus e Chapa de Deus.
E, generoso como sempre, o pres. Zezinho resolveu divulgar a todos a Boa Nova a ele revelada: ele é o Mais Preparado de Todos os Brasileiros.
Após a divulgação da mensagem, o bispo de Guarulhos mandou seus assistentes (Pe. Dedé, Pe. Didi e Pe. Zacarias) para o Vaticano, com a missão de acelerar o processo de beatificação in vita do pres. Zezinho.
QUADRILHA: Os udenistas fizeram uma bela festa junina e rezaram de mãos dadas ao ouvir a Revelação Divina.
Comentário da tia Carmela
O Zezinho sempre gostou de retiro espiritual. Uma vez, quando ele já estava no ginásio, ele e o Reinaldinho Cabeção foram fazer um retiro. No começo, os meninos tiveram que se confessar. O padre mandou o Zezinho rezar 1000 padre-nossos, 1000 ave-marias e 200 salve-rainhas ajoelhado num quarto escuro e fazer jejum durante os dois dias do retiro. Para o Reinaldinho Cabeção, a penitência era bem mais leve. Aí o Zezinho falou pro Reinaldinho Cabeção: “o padre trocou as nossas penitências”. O Reinaldinho Cabeção passou os dois dias com fome, rezando ajoelhado no lugar do Zezinho. Que passou o fim-de-semana jogando bola, em um campinho que tinha perto da casa de retiros… 

Redação Conversa Afiada


As festividades dos 80 anos do FCH têm a dimensão da Vaidade do aniversariante.

No PiG, os 80 anos ocuparam mais espaço neste domingo do que a morte do Presidente que lançou o Plano Real, o Santo Graal dos conservadores brasileiros.

O próprio Rei Artur falou de seus 80 anos com modéstia franciscana nas comovidas páginas do Globo e do Estadão.

Os 80 anos do Farol de Alexandria preenchem o volumoso vácuo político e ideológico que se instalou no sistema conservador.

Depois do Farol de Alexandria, os conservadores perderam três eleições.

Na sucessão em 2002 nem o candidato dele, o Padim,  o defendeu.

E, mesmo assim, pelo simples fato de simbolizar o que o Governo dele significava, tomou uma surra.

Os conservadores brasileiros estão atolados em 2002.

Não foram capazes de produzir uma única ideia, uma plataforma que possa confrontar a maioria que o PT lidera.

O Padim Pade Cerra lançou um manifesto-chabu.

Seu Conselho Políico baixou meia dúzia de obviedades – e grosserias – que os tucanos repudiaram.

Houve, porém, um importante aggiornamento na ideologia conservadora que saiu do baú do FHC: foi a conversão de Cerra ao fundamentalismo na campanha de 2010, que Ciro Gomes chamou de “calhordice”.

Cerra tirou de trás do armário o tea-party brasileiro: com a tentativa de colar na Dilma o aborto clandestino (no Chile, tudo bem), ao se alojar no colo do Papa e oferecer o pré-sal à Chevron.

Cerra tem o monopólio da extrema-direita.

Demonstrou na Carta Capital o professor Wanderley Guilherme dos Santos.

É uma forma melancólica de celebrar a Obra Magna do Farol de Alexandria.

E que não ganha eleição.

Resta aos conservadores aplicar à Dilma os argumentos da UDN contra Vargas, Jango e Brizola.

Nada de novo.

Por isso, o Farol faz 80 anos tantas vezes.

Mesmo depois de se saber que ele não era o pai e de confessar que assinou o eterno sigilo sem ler.

O que não ajuda a soprar 80 velinhas.

Mas, para a Dilma, é a sopa no mel.

Os conservadores batem palmas para o Farol de Alexandria, aquele que iluminou a Antiguidade e afundou num terremoto.

E o sol não nasce no campo conservador.


Paulo Henrique Amorim