Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Boom econômico atrai americanos em busca de ‘sonho brasileiro’



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Paula Adamo Idoeta
Da BBC Brasil em São Paulo
Em um momento em que a economia dos Estados Unidos ainda luta para voltar a crescer e que a taxa de desemprego é de quase 9% no país, mais cidadãos americanos têm enxergado oportunidades profissionais no Brasil.
Segundo o Ministério do Trabalho, 7.550 americanos obtiveram vistos de trabalho no Brasil em 2010, contra 5.590 permissões concedidas a cidadãos dos EUA no ano anterior.
O número é mais do dobro do total de vistos profissionais dados a americanos em 2006. E os Estados Unidos seguem sendo o país que mais envia trabalhadores legalizados para o Brasil.
“As oportunidades estão acontecendo aqui no Brasil, especialmente para pessoas de outras culturas”, opina a americana Marcela Lizarraga, que veio com o marido, o executivo José Lizarraga, para São Paulo, há um ano, para trabalhar no setor hoteleiro.
No Brasil, José acabou se transferindo para uma empresa fornecedora de tecnologia de aviação e deve ficar mais um ano e meio no país.
Salários
Dados da agência de recursos humanos Manpower citados em janeiro na revistaEconomist apontam que 64% dos empregadores brasileiros sentem dificuldades para preencher suas vagas em aberto.
A revista acrescentou que, enquanto o Brasil coloca no mercado cerca de 35 mil engenheiros por ano, a China forma 400 mil desses profissionais anualmente.
A falta de trabalhadores puxa os salários para cima: executivos em São Paulo já estão ganhando mais do que seus pares em Nova York, Cingapura ou Hong Kong.
“Os pacotes de remuneração das empresas brasileiras estão muito atraentes”, confirma Olavo Chiaradia, da consultoria Hay Group.
Nesse contexto, o professor da Escola de Economia da FGV-SP André Portela vê como positiva a vinda de mais estrangeiros para o Brasil.
“Os benefícios são maiores que eventuais desvantagens. É uma chance de trazer mão de obra que vai difundir conhecimento a curto prazo. É mais barato trazê-los do que esperar a formação dos trabalhadores brasileiros (em setores com escassez).”
Mas o professor adverte: “A longo prazo, enquanto ainda estamos crecendo, precisamos de investimentos em educação para atender nossa demanda por produtividade.”
Interesse crescente
A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, prevista para o próximo fim de semana, também contribui para um clima de entusiasmo nas relações comercias entre os dois países.
Quatro empresas de recrutamento consultadas pela BBC Brasil confirmam o crescente interesse de americanos pelo mercado brasileiro.
“Não é um interesse exclusivo dos americanos, mas, como nossa relação comercial é grande, o número de cidadãos dos Estados Unidos (que vêm ao Brasil) é grande também”, diz Renato Gutierrez, da consultoria Mercer. “E há muitas empresas americanas adquirindo brasileiras, e vice-versa.”
“Sempre vimos um movimento de europeus (rumo ao) Brasil, mas não de americanos. Eles estão identificando oportunidades aqui”, afirma Jacques Sarfatti, da empresa de headhunting Russell Reynolds.
A situação brasileira se repete em outros países emergentes, que também estão recebendo maior mão de obra estrangeira.
Estudo de 2010 da Mercer aponta que, apesar da crise global, as transferências internacionais de profissionais tiveram aumento de 4%.
Energia
O setor de energia é apontado como o mais procurado, por causa das descobertas do pré-sal e dos investimentos em combustíveis. Mas especialistas dizem que há interesse dos estrangeiros também pelas áreas de infraestrutura, mineração, siderurgia, varejo e mercado financeiro.
Na Welcome Expats, empresa de auxílio a expatriados com base em Macaé (RJ), a procura por seus serviços dobrou desde 2009, principalmente por causa do crescimento da indústria petroleira na cidade fluminense.
“E vai aumentar. Escuto empresas falando que vão trazer mais mil pessoas (do exterior)”, diz Mônica de Mello, sócia da Welcome Expats.
Segundo ela, 80% de seus clientes são americanos. Muitos têm experiência no setor de petróleo e gás e vieram para o Brasil após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em abril passado.
A advogada Ziara Abud, especializada em vistos para estrangeiros, afirma que a maioria das solicitações é para vistos de dois anos ou de 90 dias a um ano (em geral, para técnicos que vêm para treinar mão de obra local).
Dificuldades
Mas, em meio às oportunidades, os profissionais estrangeiros também encontram empecilhos no Brasil.
Fernando Mantovani, diretor de operações da empresa de recrutamento Robert Half, diz que, à exceção dos mercados financeiro e de petróleo e gás, ainda existem restrições à contratação de americanos pela dificuldade deles com o idioma e a cultura de trabalho.
“Ainda vai demorar para nos acostumarmos com esse fluxo (migratório) inverso”, afirma Mantovani.
“Eles se surpreendem que poucos falam inglês aqui”, conta Marilena Britto, da empresa de auxílio a expatriados Settling-In. Outras dificuldades, segundo ela, são a burocracia para a obtenção de documentos, o alto custo de vida nos grandes centros brasileiros e as preocupações com segurança pessoal.
“Por outro lado, eles gostam do estilo de vida, da oferta cultural e da qualidade dos serviços médicos”, ressalta Britto. “Muitos ficam por pouco tempo, mas demonstram vontade de voltar ao Brasil.”
Para Sarfatti, da Russell Reynolds, “o estímulo aos americanos são as oportunidades imediatas, algo de curto prazo, para se realizar profissionalmente. Mas acho que está se abrindo um canal (de intercâmbio profissional) que pode virar duradouro.”
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Porra, mas não se emendam mesmo , vem pra cá , estão na maior pindaíba , não querem perder a pose , e de quebra , ainda reclamam que poucos falam Inglês.
Mão de obra ,quando era daqui para lá , caso fosse especializada , tinha que ter boa fluência em Inglês. Se não , não ficava , e saía corrido. Só era tudo azul nas novelas da Grobobo , pra otário ver.
Esse é o resultado de quem se acostumou a ir para terra dos outros lavar privada, e enxugar pratos por merreca , só para gastar com a cara dos otários daqui , e pra dizer que trabalha , ou melhor trabalhava , nos EUA.
Agora o complexo de vira-latas desses daqui , eternos colonizados , sem sangue nas veias , e vergonha na cara , ainda acham normal isso , juram que vão melhorar para homem branco poder ficar mais confortável. 
Acordem !!!!!!!! vocês é quem estão dando as cartas. BABACAS!!!!!!!!
Incluído pelo pedeuta.

Aécio com Cesar "Vaia"... agora vai...Para ....P......

Amigos do Presidente Lula


Na terça-feira, Aécio Neves (PSDB/MG) confabula com o aecista César "Vaia" (DEMos/RJ) no aeroporto Santos Dumont (RJ).

O que estariam conversando, momentos antes da convenção do DEMos?
- O meu elefante branco é maior do que o seu - diria o demo-tucano mineiro, referindo-se ao seu palácio de governo, construído em Belo Horizonte por R$ 1,7 bilhão, comparado à "Cidade da Música" no Rio, uma casa de óperas feita pelo ex-prefeito e inacabada, que já consumiu meio bilhão de reais.

... Me ensina como colocar uma claque anti-lulista no Mineirão, em vez de ficarem me comparando com certos hábitos de Maradona - completaria o demo-tucano mineiro referindo-se a um refrão desairoso da torcida mineira, e ao esquema montado por Cesar "Vaia" na prefeitura para corromper a distribuição de ingressos no PAN-Americano do Rio, colocando uma claque do DEMos para forjar uma vaia ensaiada e artificial ao presidente mais popular da história do Brasil, e inacreditáveis aplausos ao impopular prefeito do DEMos.

Piadas à parte, a foto acima foi divulgada pelo demo carioca na internet, aparentemente em busca de alguma forma prestígio, de fugir ao ostracismo. Curiosamente, só Maia aparece olhando para a câmara (quem sabe o fotógrafo não seria o Rodrigo, que não aparece na foto) enquanto Aécio abaixa a cabeça, aparentemente mexendo em um celular, sem saber que está sendo fotografado, ou esquivando-se da foto.

Maia terminou as últimas eleições em um decadente quarto lugar, quando concorreu ao Senado, atrás dos muito menos conhecidos pela população, Lindbergh Farias (eleito pelo PT) e de Jorge Picciani (ficou em terceiro lugar pelo PMDB). Mesmo na capital, onde ele foi prefeito 3 vezes, amargou o mesmo quarto lugar, o que não o credencia como candidato viável nem para prefeito em 2012. Só tem votos para se eleger vereador. Muito se deve à má administração dele, e muito ao anti-lulismo. Aécio apareceu no horário eleitoral na TV de Cesar "Vaia" declarando apoio durante a campanha de 2010, e depois disso Cesar continuou caindo nas pesquisas.
É com esse tipo de apoio anti-lulista que Aécio pretende se viabilizar para 2014? 

Rede Globo: lisonja servil ao Tio Sam



Símbolo do jornalismo servil!

É natural que a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil tenha destaque na mídia. Afinal, trata-se do Chefe de Estado (e de Governo) da maior economia nacional do mundo, com um PIB próprio equivalente a quase um quarto do valor do PIB nominal mundial.

Todavia, o grau de bajulação que a Rede Globo destina a Obama é sem medidas, comportamento típico de uma mídia empresarial subalterna, vinculada aos interesses do Tio Sam (e do neoliberalismo capitaneado pelos EUA). 

O comportamento da Rede Globo é vergonhoso. Como brasileiro, sinto-me embaraçado diante de tamanha adulação.

O Jornal Nacional tem veiculado sistematicamente no curso da semana matérias de longa duração (pelo menos uma superando a marca de dois minutos), tratando da vinda de Obama. Nítido o esforço hercúleo despendido para enaltecer Obama e seu suposto poder de encantar platéias. Até se faz referência a “discursos históricos” do presidente norte-americano. Históricos para quem, cara-pálida?

O que mais soa falso é a tentativa risível de se tecer laços de afeição e estreitamento entre os brasileiros e Obama. Um entrevistado anônimo afirmou no programa do JN da segunda-feira: “- Acredito que o Brasil inteiro vai receber ele de braços abertos”.

Mas o que é isso? Pura peça publicitária. E da pior qualidade. Além de puxa-saquismo explícito, medida que objetiva demonstrar a fidelidade das Organizações Globo frente aos EUA, seja qual governo for (republicano ou democrata).

Que venha Barack Obama. Vamos ouvir com atenção o que ele tem a nos dizer no próximo sábado. No entanto, nós brasileiros devemos encará-lo de queixo erguido, sem vergar a coluna. Nada de servilismo, como pretende a Rede Globo.

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Por que Tóquio não alaga ? Porque tem piscinão que o Cerra não fez e nem Zé Alagão


Conversa Afiada reproduz e-mail e ilustrações enviadas pelo amigo navegante Julio:

Caro PHA,


Imagine isso na Chuiça !? Depois dessa vai ser difícil o Cerra culpar Deus.


abs,


Julio Feferman



Em tempo: em Tóquio, a Zona Leste não alaga, porque lá não há Sowetos de nordestinos. PHA


Leia o que no Jules nos mandou:

Anualmente uns 25 tufões assolam o território japonês.


Desses, dois ou três atingem Tóquio em cheio, com chuvas fortíssimas durante várias horas ou até um dia inteiro.


Mas nem por isso ocorrem enchentes ou alagamentos na cidade.


Por que será? Veja as explicações abaixo.




Subterrâneos de Tóquio


O subsolo de Tóquio alberga uma fantástica infraestrutura cujo aspecto se assemelha ao cenário de um jogo de computador ou a um templo de uma civilização remota.


Cinco poços de 32 m de diâmetro por 65 m de profundidade interligados por 64 Km de túneis formam um colossal sistema de drenagem de águas pluviais destinado a impedir a inundação da cidade durante a época das chuvas.



A dimensão deste complexo subterrâneo desafia toda a imaginação.


É uma obra de engenharia sofisticadíssima realizada em betão, situada 50 m abaixo do solo, fato extraordinário num país constantemente sujeito a abalos sísmicos e onde quase todas as infraestruturas são aéreas.


A sua função é não apenas acumular as águas pluviais como também evacuá-las em direção a um rio, caso seja necessário.


Para isso dispõe de 14.000 HP de turbinas capazes de bombear cerca de 200 t de água por segundo para o exterior.




A SANTA MÁFIA


Josemaría Escrivá (falecido), fundador da seita, junto aGeraldo Alckmin e ao assumido direitista raivoso, Boris Casoy, dois féis seguidores, no Brasil.

Altamiro Borges (Miro), jornalista e escritor
Opus Dei (do latim, Obra de Deus) foi fundado em outubro de 1928, na Espanha, pelo padre Josemaría Escrivá. O jovem sacerdote de 26 anos diz ter recebido a “iluminação divina” durante a sua clausura num mosteiro de Madri. Preocupado com o avanço das esquerdas no país, este excêntrico religioso, visto pelos amigos de batina como um “fanático e doente mental”, decidiu montar uma organização ultra-secreta para interferir nos rumos da Espanha. Segundo as suas palavras, ela seria “uma injeção intravenosa na corrente sanguínea da sociedade”, infiltrando-se em todos os poros de poder. Deveria reunir bispos e padres, mas, principalmente, membros laicos, que não usassem hábitos monásticos ou qualquer tipo de identificação. Reconhecida oficialmente pelo Vaticano em 1947, esta seita logo se tornou um contraponto ao avanço das idéias progressistas na Igreja. Em 1962, o papa João 23convocou o Concílio Vaticano II, que marca uma viragem na postura da Igreja, aproximando-a dos anseios populares. No seu fanatismo, Escrivá não acatou a mudança. Criticou o fim da missa rezada em latim, com os padres de costas para os fiéis, e a abolição do Index Librorum Prohibitorum, dogma obscurantista do século 16 que listava livros “perigosos” e proibia sua leitura pelos fiéis. “Este concílio, minhas filhas, é o concílio do diabo”, garantiu Escrivá para alguns seguidores, segundo relato do jornalista Emílio Corbiere no livro “Opus Dei: El totalitarismo católico”.

O poder no Vaticano

Josemaría Escrivá faleceu em 1975. Mas o Opus Dei se manteve e adquiriu maior projeção com a guinada direitista do Vaticano a partir da nomeação do papa polonês João Paulo II. Para o teólogo espanhol Juan Acosta, “a relação entre Karol Wojtyla e o Opus Dei atingiu o seu êxito nos anos 80-90, com a irresistível acessão da Obra à cúpula do Vaticano, a partir de onde interveio ativamente no processo de reestruturação da Igreja Católica sob o protagonismo do papa e a orientação do cardeal alemão Ratzinger”. Em 1982, a seita foi declarada “prelazia pessoal” – a única existente até hoje –, o que no Direito Canônico significa que ela só presta contas ao papa, que só obedece ao prelado (cargo vitalício hoje ocupado por dom Javier Echevarría) e que seus adeptos não se submetem aos bispos e dioceses, gozando de total autonomia. O ápice do Opus Dei ocorreu em outubro de 2002, quando o seu fundador foi canonizado pelo papa numa cerimônia que reuniu 350 mil simpatizantes na Praça São Pedro, no Vaticano. A meteórica canonização de Josemaría Escrivá, que durou apenas dez anos, quando geralmente este processo demora décadas e até séculos, gerou fortes críticas de diferentes setores católicos. Muitos advertiram que o Opus Dei estava se tornando uma “igreja dentro da Igreja”. Lembraram um alerta do líder jesuítaVladimir Ledochowshy que, num memorando ao papa, denunciou a seita pelo “desejo secreto de dominar o mundo”. Apesar da reação, o papa João Paulo II e seu principal teólogo, Joseph Ratzinger , ex-chefe da repressoraCongregação para Doutrina da Fé e atual papa Bento 16, não vacilaram em dar maiores poderes ao Opus Dei. Vários estudos garantem que esta relação privilegiada decorreu de razões políticas e econômicas. No livro “O mundo secreto do Opus Dei”, o jornalista canadense Robert Hutchinsonafirma que esta organização acumula uma fortuna de 400 bilhões de dólares e que financiou o sindicatoSolidariedade, na Polônia, que teve papel central na débâcle do bloco soviético nos anos 90. O complô explicaria a sólida amizade com o papa, que era polonês e um visceral anticomunista. Já Henrique Magalhães, numa excelente pesquisa na revista A Nova Democracia, confirma o anticomunismo de Wojtyla e relata que “fontes da Igreja Católica atribuem o poder da Obra a quitação da dívida doBanco Ambrosiano, fraudulentamente falido em 1982”. O vínculo com os fascistas Além do rigoroso fundamentalismo religioso, o Opus Dei sempre se alinhou aos setores mais direitistas e fascistas. Durante a Guerra Civil Espanhola, deflagrada em 1936, Escrivá deu ostensivo apoio ao general golpista Francisco Franco contra o governo republicano legitimamente eleito. Temendo represálias, ele se asilou na embaixada de Honduras, depois se internou num manicômio, “fingindo-se de louco”, antes de fugir para a França. Só retornou à Espanha após a vitória dos golpistas. Desde então, firmou sólidos laços com o ditador sanguinárioFrancisco Franco. “O Opus Dei praticamente se fundiu ao Estado espanhol, ao qual forneceu inúmeros ministros e dirigentes de órgãos governamentais”, afirma Henrique Magalhães. Há também fortes indícios de que Josemaría Escrivá nutria simpatias por Adolf Hitler e pelo nazismo. De forma simulada, advogava as idéias racistas e defendia a violência. Na máxima 367 do livro Caminho, ele afirma que seus fiéis “são belos e inteligentes” e devem olhar aos demais como “inferiores e animais”. Na máxima 643, ensina que a meta “é ocupar cargos e ser um movimento de domínio mundial”. Na máxima 311, ele escancara: “A guerra tem uma finalidade sobrenatural... Mas temos, ao final, de amá-la, como o religioso deve amar suas disciplinas”. Em 1992, um ex-membro do Opus Dei revelou o que este havia lhe dito: “Hitler foi maltratado pela opinião pública. Jamais teria matado 6 milhões de judeus. No máximo, foram 4 milhões”. Outra numerária, Diane DiNicola, garantiu: “Escrivá, com toda certeza, era fascista”.Escrivá até tentou negar estas relações. Mas, no seu processo de ascensão no Vaticano, ele contou com a ajuda de notórios nazistas. Como descreve a jornalista Maria Amaral, num artigo à revista Caros Amigos, “ao se mudar para Roma, ele estimulou ainda mais as acusações de ser simpático aos regimes autoritários, já que as suas primeiras vitórias no sentido de estabelecer o Opus Dei com estrutura eclesiástica capaz de abrigar leigos e ordenar sacerdotes se deram durante o pontificado do papa Pio XII, por meio do cardeal Eugenio Pacelli, responsável por controverso acordo da Igreja com Hitler”. Outro texto, assinado por um grupo de católicas peruanas, garante que a seita “recrutou adeptos para a organização fascista ‘Jovem Europa’, dirigida por militantes nazistas e com vínculos com o fascismo italiano e espanhol”. Pouco antes de morrer, Josemaría Escrivárealizou uma “peregrinação” pela América Latina. Ele sempre considerou o continente fundamental para sua seita e para os negócios espanhóis. Na região, o Opus Deiapoiou abertamente várias ditaduras. No Chile, participou do regime terrorista de Augusto Pinochet. O principal ideólogo do ditador, Jaime Guzmá, era membro ativo da seita, assim como centenas de quadros civis e militares. Na Argentina, numerários foram nomeados ministros da ditadura. No Peru,a seita deu sustentação ao corrupto e autoritário Alberto Fujimori. No México, ajudou a eleger como presidente seu antigo aliado, Miguel de La Madri, que extinguiu a secular separação entre o Estado e a Igreja Católica. Infiltração na mídia Para semear as suas idéias religiosas e políticas de forma camuflada, Escrivá logo percebeu a importância estratégica dos meios de comunicação. Ele mesmo gostava de dizer que “temos de embrulhar o mundo em papel-jornal”. Para isso, contou com a ajuda da ditadura franquista para a construção da Universidade de Navarra, que possuí um orçamento anual de 240 milhões de euros. Jornalistas do mundo inteiro são formados nos cursos de pós-graduação desta instituição. O Opus Dei exerce hoje forte influência sobre a mídia. Um relatório confidencial entregue aoVaticano em 1979 pelo sucessor de Escrivá revelou que a influência da seita se estendia por “479 universidades e escolas secundárias, 604 revistas ou jornais, 52 estações de rádio ou televisões, 38 agências de publicidade e 12produtores e distribuidoras de filmes”. Na América Latina, a seita controla o jornal El Observador (Uruguai) e tem peso nos jornais El Mercúrio (Chile), La Nación (Argentina) e O Estado de S.Paulo. Segundo várias denúncias, ela dirige aSociedade Interamericana de Imprensa, braço da direita na mídia hemisférica. No Brasil, a Universidade de Navarra é comandada por Carlos Alberto di Franco, numerário e articulista do Estadão, responsável pelalavagem cerebral semanal de Geraldo Alckmin nas famosas “palestras do Morumbi”. Segundo a revistaÉpoca, seu “programa de capacitação de editores já formou mais de 200 cargos de chefia dos principais jornais do país”. O mesmo artigo confirma que “o jornalista Carlos Alberto Di Franco circula com desenvoltura nas esferas de poder, especialmente na imprensa e no círculo íntimo do Geraldo Alckmin”. O veterano jornalista Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, há muito denuncia a sinistra relação do Opus Dei com a mídia nacional. Num artigo intitulado “Estranha conversão da Folha”, critica seu “visível crescimento na imprensa brasileira. A Folha de S.Paulo parecia resistir à dominação, mas capitulou”. No mesmo artigo, garante que a seita “já tomou conta daAssociação Nacional de Jornais (ANJ)”, que reúne os principais monopólios da mídia do país. Para ele, a seita não visa a “salvação das almas desgarradas. É um projeto de poder, de dominação dos meios de comunicação. E um projeto desta natureza não é nem poderia ser democrático. A conversão da Folha é uma opção estratégica, política e ideológica”. A “santa máfia” Durante seus longos anos de atuação nos bastidores do poder, o Opus Dei constituiu uma enorme fortuna, usada para bancar seus projetos reacionários – inclusive seus planos eleitorais. Os recursos foram obtidos com a ajuda de ditadores e o uso de máquinas públicas. “O Opus Dei se infiltrou e parasitou no aparato burocrático do Estado espanhol, ocupando postos-chaves. Constituiu um império econômico graças aos favores nas largas décadas da ditadura franquista, onde vários gabinetes ministeriáveis foram ocupados integralmente por seus membros, que ditaram leis para favorecer os interesses da seita e se envolveram em vários casos de corrupção, malversação e práticas imorais”, acusa um documento de católico do Peru. A seita também acumulou riquezas através da doação obrigatória de heranças dos numerários e do dizimo dos supernumerários e simpatizantes infiltrados em governos e corporações empresariais. Com a ofensiva neoliberal dos anos 90, a privatização das estatais virou outra fonte de receitas. Poderosas multinacionais espanholas beneficiadas por este processo, como os bancos SantanderBilbao Biscaia, a Telefônica e empresa de petróleoRepsol, tem no seu corpo gerencial adeptos do Opus. Para católicos mais críticos, que rotulam a seita de “santa máfia”, esta fortuna também deriva de negócios ilícitos. Conforme denuncia Henrique Magalhães, “além da dimensão religiosa e política, o Opus Dei tem uma terceira face: da sociedade secreta de cunho mafioso. Em seus estatutos secretos, redigidos em 1950 e expostos em 1986, a Obra determina que ‘os membros numerários e supernumerários saibam que devem observar sempre um prudente silêncio sobre os nomes dos outros associados e que não deverão revelar nunca a ninguém que eles próprios pertencem ao Opus Dei’.Inimiga jurada da Maçonaria, ela copia sua estrutura fechada, o que frequentemente serve para encobrir atos criminosos”. O jornalista Emílio Corbiere cita os casos de fraude e remessa ilegal de divisas das empresas espanholasMatesa e Rumasa, em 1969, que financiaram aUniversidade de Navarra. Há também a suspeita do uso de bancos espanhóis na lavagem de dinheiro do narcotráfico e da máfia russa. O Opus Dei esteve envolvido na falência fraudulenta do banco Comercial (pertencente ao jornal El Observador) e do Crédito Provincial (Argentina). Neste país, os responsáveis pela privatização da petrolífera YPF e das Aerolineas Argentinas, compradas por grupos espanhóis, foram denunciados por escândalos de corrupção, mas foram absolvidos pela Suprema Corte, dirigida porAntonio Boggiano, outro membro da Opus Dei. No ano retrasado, outro numerário do Opus Dei, o banqueiroGianmario Roveraro, esteve envolvido na quebra daParlamat. “A Internacional Conservadora” O escritor estadunidense Dan Brown, autor do best seller “O Código da Vinci”, não vacila em acusar esta seita de ser um partido de fanáticos religiosos com ramificações pelo mundo. O Opus Dei teria cerca de 80 milhões de fiéis, muitos deles em cargos-chaves em governos, na mídia e em multinacionais. Henrique Magalhães garante que a “Obra é vanguarda das tendências mais conservadoras da Igreja Católica”. Num livro feito sob encomenda pelo Opus Dei, o vaticanista John Allen confessa este poderio. Ele admite que a seita possui um patrimônio de US$ 2,8 bilhões – incluindo uma luxuosa sede de US$ 60 milhões em Manhattan – e que esta fortuna serve para manter as suas instituições de fachada, como a Heights School, emWashington, onde estudam os filhos dos congressistas doPartido Republicano de George W.Bush. Numa reportagem que tenta limpar a barra do Opus Dei, a própria revista Superinteressante, da suspeita Editora Abril, reconhece o enorme influência política desta seita. E conclui: “No Brasil, um dos políticos mais ligados à Obra é o candidato a presidente Geraldo Alckmin, que em seus tempos de governador de São Paulo costumava assistir a palestras sobre doutrina cristã ministradas por numerários e a se confessar com um padre do Opus DeiAlckmin, porém, nega fazer parte da ordem”. Como se observa, o candidato segue à risca um dos principais ensinamentos dofascista Josemaría Escrivá“Acostuma-se a dizer não”. 
Postado por Netto de Deus

A direita quer sumir do mapa?


(A morte de Sardanapalus, por Delacroix. A pintura está em alta definição: clique nela para ver com mais detalhes.)

A pintura acima retrata um rei assírio que teria vivido no século VI antes de Cristo, conforme a descrição literária de Lord Byron, que por sua vez inspirou o também romântico Delacroix a pintar uma de suas obras-primas mais conhecidas.

Sardanapalus, ao saber que seus inimigos já haviam penetrado no palácio, ordena aos lacaios que matem todos seus escravos e concubinas, e lance ao fogo todo ouro e objetos preciosos.

Depois de experimentar as delícias do poder por décadas, a direita brasileira - assim como o personagem de Byron - quer sumir do mapa e eliminar todos os que a serviram?

Não é bem assim, claro.

Três textos convidam-nos à reflexão sobre o futuro da direita brasileira.Neste, da Folha, faz-se um rápido balanço do sumiço ou esvaziamento dos partidos liberais (nome bonitinho para "direita") do país. O segundo fala do realinhamento dos Democratas (DEM) na direção do senador Aécio Neves. Oterceiro descreve o surgimento do movimento Endireita Brasil.

Voltaremos a eles mais tarde, pois me parecem os assuntos mais importantes e consequentes sobre o futuro da oposição na pátria idolatrada.

*

E como diria o surfista de Ipanema, olha a nota "irada" que encontrei hoje na coluna da Renata Loprete, na Ditabranda News:


Realmente, Serra continua espalhando o bem pelo país, quer dizer, o Dem. A parte mais suja do DEM. E ainda nos faz o favor de levar o estrupício para o PSDB. Se conseguir convencer o Indio a entrar no PSDB e disputar a prefeitura do Rio, José Serra mata a candidatura Gabeira, a única com potencial para ameaçar a reeleição de Eduardo Paes, do PMDB.

Acho difícil, entretanto, que Serra realize essa proeza, de conduzir Indio ao comando do PSDB carioca, o que forçaria, por exemplo, Aspasia Camargo, uma verde influente na cidade, a abandonar qualquer aliança com os tucanos. Além disso, Indio significaria um PSDB definitivamente ancorado na extrema-direita do espectro político carioca e consequentemente interferindo na tentativa do grupo de Aécio Neves de criar pontes com a centro-esquerda, todas rompidas ao longo da campanha ultraconservadora de Serra.

PS: Otávio Leite, tucano de alta plumagem do Rio deu um chega pra lá no Serra quanto à possibilidade de Indio disputar a prefeitura do Rio pelo PSDB. A ver. A diversão trazida por Indio é perigosa demais, a meu ver, para valer a pena. Ele envenena os ambientes com seu radicalismo sectário e sua ausência total de escrúpulos no debate político.