Símbolo do jornalismo servil!
É natural que a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil tenha destaque na mídia. Afinal, trata-se do Chefe de Estado (e de Governo) da maior economia nacional do mundo, com um PIB próprio equivalente a quase um quarto do valor do PIB nominal mundial.
Todavia, o grau de bajulação que a Rede Globo destina a Obama é sem medidas, comportamento típico de uma mídia empresarial subalterna, vinculada aos interesses do Tio Sam (e do neoliberalismo capitaneado pelos EUA).
O comportamento da Rede Globo é vergonhoso. Como brasileiro, sinto-me embaraçado diante de tamanha adulação.
O Jornal Nacional tem veiculado sistematicamente no curso da semana matérias de longa duração (pelo menos uma superando a marca de dois minutos), tratando da vinda de Obama. Nítido o esforço hercúleo despendido para enaltecer Obama e seu suposto poder de encantar platéias. Até se faz referência a “discursos históricos” do presidente norte-americano. Históricos para quem, cara-pálida?
O que mais soa falso é a tentativa risível de se tecer laços de afeição e estreitamento entre os brasileiros e Obama. Um entrevistado anônimo afirmou no programa do JN da segunda-feira: “- Acredito que o Brasil inteiro vai receber ele de braços abertos”.
Mas o que é isso? Pura peça publicitária. E da pior qualidade. Além de puxa-saquismo explícito, medida que objetiva demonstrar a fidelidade das Organizações Globo frente aos EUA, seja qual governo for (republicano ou democrata).
Que venha Barack Obama. Vamos ouvir com atenção o que ele tem a nos dizer no próximo sábado. No entanto, nós brasileiros devemos encará-lo de queixo erguido, sem vergar a coluna. Nada de servilismo, como pretende a Rede Globo.
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