Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Explicação para os atos de Toffoli e as chances de Dilma

toffoli


Segundo as lendas, o presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, teria se irritado com a presidente Dilma por ela não ter reconduzido ao cargo naquela Corte o ministro Henrique Neves e, em retaliação, entregou a apreciação das contas de campanha da petista ao notório desafeto do PT Gilmar Mendes, também membro do TSE.
Mendes tem se notabilizado por decidir sistematicamente contra o PT seja qual for o caso envolvendo o partido que chegue às suas mãos. Além disso, esse ministro vive dando declarações públicas contendo ataques ao PT. Desse modo, e dado o clima político tenso que vive o país, o que se espera é que ele dê um jeito de reprovar as contas de Dilma.
Houve, então, difusão da informação de que, se isso ocorrer, a presidente Dilma não será diplomada e, assim, estaria aberto, automaticamente, um “processo de impeachment”.
Antes de entrar no assunto, vale esclarecer que as informações que darei a seguir foram obtidas na tarde de 3ª feira (19) junto à fonte mais confiável que se possa imaginar. E, claro, não darei pista alguma de que fonte é essa, mas posso garantir que é muitíssimo confiável.
Em primeiro lugar, não procede a informação de que Toffoli entregou as contas do PT ao único ministro que com certeza arrumará pelo em ovo simplesmente porque Dilma, então fora do país, não reconduziu Neves ao cargo imediatamente.
Vejamos o caso de Toffoli. Entre 1995 e 2000, foi assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados. Também foi advogado do PT nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1998, 2002 e 2006. De janeiro de 2003 a julho de 2005, exerceu o cargo de subchefe da área de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, durante a gestão de José Dirceu. Em março de 2007, foi nomeado Advogado–Geral da União por Lula, função que exerceu até outubro de 2009, quando o ex-presidente o indicou como ministro do STF, em substituição ao ministro Carlos Alberto Menezes Direito.
Quando Dirceu foi apeado do cargo de ministro-chefe da Casa Civil devido ao mensalão, em 2005, Dilma assumiu seu posto e exonerou Toffoli, que ficou sem cargo no governo até 2007, quando foi convidado por Lula para ser o AGU e depois, em 2009, para assumir a vaga no STF.
Em resumo: Toffoli não gosta de Dilma por tê-lo exonerado da Casa Civil em 2005, após Dirceu perder o cargo.
Com o presente que Toffoli deu ao PSDB ao entregar a um dos maiores inimigos do PT as contas de campanha de Dilma, imediatamente o ministro começou a trilhar o caminho já trilhado por Joaquim Barbosa. A trajetória de ambos vai ficando muito parecida.
Barbosa, como Toffoli, chegou a ser considerado um despachante de Lula no STF – a direita não acreditava que Lula nomearia ministros do STF independentes até que Barbosa, decidido a se tornar “popular”, possibilitou a condenação sem provas de alguns réus do mensalão, como Dirceu.
Com Toffoli, o roteiro está se repetindo. Pela sua trajetória supracitada, foi considerado outro braço de Lula no STF. A imprensa tucana, assim como fez com Barbosa, fustigou Toffoli por anos. O blogueiro da Globo Ricardo Noblat chegou a relatar um episódio de discussão entre ambos em uma festa e deu detalhes pouco abonadores ao ministro, como o de que teria se embriagado e dado escândalo.
O fato é que Toffoli, decidido a se “reabilitar” como Barbosa, aproximou-se de Gilmar Mendes e companhia.
O novo Toffoli, agora reabilitado, já foi até levado ao programa Jô Soares na madrugada desta 3ª feira. Na entrevista, endossou a tese da PEC da Bengala, que pretende estender para 75 anos a idade de aposentadoria de ministros do STF a fim de retirar de Dilma a possibilidade de nomear mais 5 ministros para aquela Corte até 2018.
Eis a verdadeira motivação de Toffoli para atacar o partido a que serviu um dia: não gosta de Dilma, quer ficar amiguinho da mídia e da classe média como Barbosa e sonha em ficar mais 28 anos no STF em vez de mais 23.
Agora, uma boa e uma má notícia. Segundo minhas fontes, não procede a informação de que Dilma não será diplomada caso Gilmar Mendes encontre um pelo no ovo de suas contas de campanha. Haveria a diplomação e o processo de impedimento não seria automático, mas qualquer pedido nesse sentido terá chance de êxito.
O roteiro do golpe é simples. Dilma não pode ser impedida de assumir o segundo mandato, mas esse mandato estaria sujeito a questionamento.
O PSDB, claro, pedirá o impedimento dela por suas contas terem sido reprovadas, ou parcialmente reprovadas. A tendência do TSE, com Toffoli ao lado dos ministros Gilmar Mendes, João Otávio Noronha e Luiz Fux, todos antipetistas, daria maioria ao golpe em um colegiado de sete pessoas.
Haveria, porém, um recurso do PT ao TSE arguindo suspeição de Mendes dado o largo histórico de ataques verbais públicos desse ministro ao PT, facilmente comprovável. Nesse ponto, a verborragia dele poderá ser útil ao seu alvo petista. Contudo, essa discussão vai acabar mesmo no STF, presidido por Ricardo Lewandowski.
O poder do presidente do STF é a pauta, mas em um caso dessa gravidade não haveria como um pedido do PT contra a rejeição arbitrária e politicamente motivada de suas contas não ir para o topo da pauta, de modo que esse poder não ajuda muito.
Por conta disso, o risco que o Brasil corre é o de o segundo mandato de Dilma começar com essa espada de Dâmocles sobre sua cabeça, tendo que lutar por seu mandato no Supremo. Mesmo que a nova composição daquela Corte impeça o golpe, a economia brasileira irá se ressentir, o que pode aumentar o desemprego e reduzir salários, criando clima para mais golpismo.
Esses são os fatos, goste-se deles ou não. Mas vale refletir que o golpismo destro-midiático irá ferir, antes de qualquer um, a sociedade brasileira. O povo irá pagar pelas estratégias golpistas da mídia, do PSDB e companhia limitada. E o mais irônico é que muita gente que irá sofrer com esse abalo do país a esta hora está comemorando o próprio infortúnio futuro.

Moro, PF e PiG assumiram. Cadê o Governo? Hay gob​ierno ? Não parece …



O que a Vara do Juiz Moro decidir.

O que o Ministério Público quiser.

O que o Supremo julgar.

Nada disso é tão importante quanto o cerco à Presidenta reeleita.

A Oposição e seus instrumentos – por exemplo, os delegados aecistas denunciados pela Conceição Lemes e a Julia Duailibi – decidiram: se tomar posse, ela não vai governar.

No dia em que a pedra não ficar sobre a pedra, ela já poderá não estar no Poder – como anuncia, todos os dias, o Ataulfo Merval.

Ou já terá cumprido o mandato.

O ciclo na Justiça e na Polícia será mais lento que o ciclo Político.

E dessa vez, a Casa Grande resolveu que não vai perder.

Que história é essa de a senzala governar ?

Onde já se viu essa esculhambação ?

Não foi para isso que fizemos a República !

Chega de Bolsa Família, Pronatec, ProUni, – isso é bolivarianismo !

Ração para bovinogente mal informada.

O Moro, a PF do , o Supremo – eles têm seus ritos e prazos.

O Golpe é outro regulamento.

Um sobe de escada e outro de elevador.

A Presidenta foi ao Grupo dos 20 na Austrália, lá onde o diabo perdeu as botas. 

Ao voltar, deu uma entrevista muito serena e sensata, quando enfiou a Lava Jato pela goela do PiG.

Mas, isso foi no Século passado.

O Golpe do Merval já subiu vários andares.

E da Vara do Moro vaza até sonho.

(Desde que não toque em tucano ou tenha privilégio de foro – muito menos uma combinação dessas duas condições excludentes. PSDB lá se chama de “alguns”)

Da PF do zé, então, vaza o que ainda não entrou.

E o Governo ?

Bom, o Governo, bem, quer dizer, a Presidenta chegou.

Amanhã ela despacha com o Mercadante às 10h00.

E mais nada.

É natural. 

Ela deve estar cansada e a meditar sobre o “Governo novo, ministros novos”.

Presidente/a da República não tem e não deve dar entrevista todo dia.

Mas, num cerco implacável, sangrento, numa fuzilaria infernal, de todos os lados, é preciso reagir.

Pelo menos para não dar a impressão de que se está morto.

Como reagir ?

Quem reagir ?

Primeiro, um Porta-Voz da Presidência da República.

No Brasil, o cargo se transformou num assessor político da Presidência, um redator cinco estrelas e num gerente da SECOM.

Nos Estados Unidos, o Porta-Voz é mais importante que o Ministro da Fazenda.

(Que, aliás, é menos importante, no Brasil, que o Ministro das Comunicações)

O Porta-Voz deveria se reunir com os jornalistas credenciados na Casa Branca, quer dizer, no Palácio do Planalto, duas vezes por dia.

No fim da manhã e no meio da tarde (para pegar os telejornais do início da noite.)

Ele dá as informações de interesse da Presidência e se submete às perguntas da imprensa.

Enfia o pé na jaca.

Tira a espada da coxa e responde aos ataques.

Ah, mas os jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Planalto não são as estrelas do PiG, seus colonistas (do ABC ) estrelados, de muitos chapéus.

Se o Porta-Voz tiver o Poder de um Porta-Voz, que fale pela Presidenta, as estrelas passarão a gravitar em torno dele.

Ou quem ali estiver vai virar estrela.

Outro que tem que falar é o Ministro da Justiça.

Mas, no caso do Governo Dilma, é até melhor que ele não fale nada.

O segundo a falar nesse bombardeio incessante, permanente, para revidar o ataque é o Ministro da Política.

Seja ele Chefe da Casa Civil, Ministro das Relações Institucionais, ou Ministro da Justiça, como foi desde o Império até, até, até que uma das pragas do Egito se tenha abatido sobre a Pasta de Nabuco de Araújo.

O Governo Dilma não tem Ministro da Política.

Como não tem Porta-Voz.

Como não tem Ministro da Justiça.  

Como não tem Ministro das Comunicações.

Aí, o Ataulfo governa.

O Moro governa.

A PF do zé governa.

E o Governo cai.

Paulo Henrique Amorim

Advogado do doleiro Youssef resolve “peitar” o Procurador-Geral da República

bastojanot

Alberto Youssef, ao que parece, transformou-se no oráculo de verdade, de tal forma que seu advogado, Marco Antonio Figueiredo Basto partiu para o ataque, desafiando o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, por suas declarações de que  era “preciso parar” com os vazamentos seletivos da provável “delação premiada” do doleiro.

Agora à tarde, na Folha, Basto  diz que Janot, “está “politizando” a operação Lava Jato ao acusá-lo de ter feito vazamentos de delações antes das eleições e de “operar” para o PSDB”.
“Jamais fiz qualquer vazamento e nunca fui ligado a partido político. Seria ingênuo imaginar que eu tentei influenciar o processo eleitoral”, rebateu Figueiredo Basto.
(…) Desafio Janot a provar as acusações que fez. Nunca operei para ninguém. Aliás, gostaria de saber o que ele quer dizer com operar.”

O Dr. Basto pode ter razão em alegar que foi advogado de Beto Richa e de outros figurões do PSDB paranaense num papel estritamente profissional.

Ou que seu filho, Marco Antonio, tenha um cargo comissionado no governo paranaense, certamente por seus méritos.

Mas isso não lhe serve para explicar porque foi nomeado pelo governador membro do Conselho de Administração da estatal Sanepar, cargo que deixou ao assumir a defesa do doleiro.

Aliás, é curiosíssima a sucessão de coincidências neste caso. O réu, o juiz e o advogado de defesa são os mesmos de 11 anos atrás, quando aconteceu a primeira delação premiada de Youssef, o novo oráculo da verdade absoluta.

Mundo pequeno este, não é?

E quanto a falar em politização, Doutor, não foi o senhor o primeiro a suspeitar dela, quando uma das testemunhas citou o PSDB como também beneficiário das propinas?

E não foi uma referência geral, tanto que o senhor mesmo frisou: “estou afirmando” que ” influência estranha nesse processo, de terceiro, que tem interesse eleitoral em usar essa instrução”.

Seria muito bom que todo mundo pudesse saber que outros interesses estão por trás desta questão.

A receita de Eduardo Cunha para virar heroi da mídia.

Dilma reassume o governo nesta 3ª feira e acelera as negociações para montar um ministério que devolva o poder de iniciativa a quem venceu as eleições em outubro; nadando sozinho na cena política nos últimos dias, o conservadorismo não foi além de um ato na Paulista, rachado entre lobões e bolsonaros.

Rodrigo Janot: 'Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo [governador] Richa; tinha vinculação com partido e começou a vazar seletivamente' (Folha; que não deu a manchete)

Brasil cresce mais que a Alemanha, a França, a Itália e o Japão: PIB desafia o jogral do Brasil aos cacos e cresce 0,6% no 3º trimestre; o da Alemanha cresceu só 0,1% no mesmo período; o da França , 0,3%; o do Japão caiu 0,4% e o da Itália, recuou 0,1%
 
Oito das nove empreiteiras incriminadas na Java Jato colocaram dinheiro na campanha de 259 dos 513 deputados federais eleitos este ano: foram R$ 71 milhões que beneficiaram 50,4% da nova Câmara Federal (Valor)
 
Haddad vai investir R$ 1 bilhão em 60 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus em SP


CUNHA
Cunha na TVeja

Eduardo Cunha, candidato à presidência da Câmara, descobriu uma coisa aos 56 anos: basta ser contra o governo para virar um herói da mídia.

Cunha concede entrevistas, nestes últimos tempos, como se fosse um supercraque da Champions League.
Ele é um personagem ubíquo em jornais, revistas e sites das grandes empresas jornalísticas.

Bater em Dilma e no governo opera um milagre da transformação em seu perfil como personagem da mídia.
Cunha agora aparece dando sermões sobre corrupção – ele que no A a Z da malandragem preenche virtualmente todas as letras.

É que ele passou a ser amigo da imprensa.

Um fenômeno parecido ocorreu, algum tempo atrás, com Joaquim Barbosa. Era visto com extrema reserva por ter sido indicado por Lula para o STF.

Depois que passou a dar cacetadas no PT no Mensalão, virou manchete diária. Numa de suas capas já clássicas pelo bestialógico, a Veja o chamou de “o menino pobre que mudou o Brasil”.

Pausa para rir.

JB, está claro, não mudou nem a si próprio, ou o Supremo, ou o Judiciário — e muito menos o Brasil.
No site da Veja, antes que Eduardo Cunha fosse promovido a aliado, ele foi incluído num levantamento chamado “Rede de Escândalos”.

Ali você lê que ele é alvo de inquéritos no STF por crimes tributários.

Repare: crimes, plural, e não crime, singular.

Você fica sabendo também que ele responde a ações por crimes de improbidade administrativa.

Fora do levantamento, o jornalista Lauro Jardim, da seção Radar, informa que Eduardo Cunha é mentiroso.

“Eduardo Cunha andou falando que não conhecia o lobista Fernando Soares, o Baiano, citado por Paulo Fernando Costa em seus depoimentos.

Admitiu, no máximo, ter estado com ele sem saber quem era.
Elogiado até por adversários por sua memória prodigiosa, Cunha deve ter tido, sabe-se lá por que, um lapso.

Baiano já esteve diversas vezes na casa de Cunha, no Rio de Janeiro, em companhia de outras pessoas.”
Cunha, se não fossem suficientes ao dados da Veja, agride a Constituição como dono de rádio. Político, diz a Constituição, não pode ter rádio. Mas Cunha, como tantos outros representantes do atraso, tem – mediante gambiarras jurídicas de moralidade abaixo de zero.

Era assim que ele era apresentado pela mídia enquanto era aliado de Dilma.

Hoje, ele parece Catão, o último reduto da moralidade romana, se você acreditar em jornais e revistas.

Numa entrevista à tevê da Veja, a apresentadora Joice Hasselman, a Sheherazade loira, prostrou-se diante de Cunha.

O colunista do UOL Josias de Sousa, em sucessivos textos, vem tratando com reverência Cunha, e repercutindo prazerosamente suas previsões apocalípticas sobre Dilma, bem como suas palavras edificantes contra a corrupção.

E eis Cunha então como um quase santo, aos olhos da mídia.

Sua obra suprema para a beatificação: ser contra Dilma.
 
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

MP: cartel de empreiteiras opera desde a Petrobrax

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Ao pedir o bloqueio dos recursos das empreiteiras atingidas pela Operação Lava Jato, os procuradores do Ministério Público afirmaram que o cartel das construtoras frauda licitações na Petrobras há pelo menos 15 anos, ou seja, desde o tempo em que ela era comandada por Henri Philippe Reichstul, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o cargo; Reichstul se notabilizou por tentar mudar o nome da estatal para Petrobrax e por trocar ativos com a espanhola Repsol, numa transação que vem sendo questionada na Justiça por prejuízos bilionários; notícia foi escondida na mídia tradicional, para você não ler; aqui em 247 você leu 

247 - Se você não leu esta informação antes, não se sinta culpado. Ela foi mesmo escondida pela imprensa brasileira de forma deliberada. No Estado de S. Paulo, que foi o primeiro veículo de comunicação a defender o impeachment da presidente Dilma a pregar o golpe (leia aqui), ela está publicada, nesta terça-feira, numa tripa de pé de página.

Mas é extremamente relevante. De acordo com os promotores envolvidos na Operação Lava Jato, o esquema criminoso liderado pelas maiores empreiteiras do País operava há pelo menos 15 anos. Ou seja: no mínimo, desde 1999, quando o Brasil era presidido por Fernando Henrique Cardoso e a Petrobras comandada por Henri Philippe Reichstul.

“Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobrás, pelo que a medida proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se mostra excessiva”, sustentou o Ministério Público Federal, ao requerer o bloqueio dos ativos das construtoras – pedido este que foi negado pelo juiz Sergio Moro. O magistrado permitiu apenas sequestro de bens dos executivos.

Quinze anos atrás, Reichstul se notabilizou pela tentativa de mudar o nome da Petrobras para Petrobrax. Seria uma forma de começar a prepará-la para uma eventual privatização. Diante da resistência, a mudança na marca foi arquivada. Outra polêmica da era Reichstul foi a troca de ativos com a espanhola Repsol no apagar das luzes do governo FHC – em análise pela Justiça, o caso já chegou aos tribunais superiores com estimativas de prejuízos bilionários para a Petrobras.

Leia, aqui, o relatório do Ministério Público em que se afirma que o cartel das empreiteiras já atuava desde os tempos da Petrobrax.

Aqui, notícia de 247, publicada em março, sobre o assunto.

 PSDB tem novo nome na Justiça: "mais alguns"

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Ao reportar o depoimento de Ildefonso Filho, presidente da empreiteira Queiroz Galvão, à Justiça Federal, o jornal Estado de S. Paulo informa que a construtora fez doações ao PT, PMDB, PP e "mais alguns"; embora exista certo interesse em confinar o escândalo aos partidos da base aliada, Ildefonso Filho foi quem negociou o pagamento de US$ 10 milhões ao ex-presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, para que uma CPI sobre a Petrobras fosse colocada em fogo brando; então, fica combinado: PSDB, a partir de agora, se chama "mais alguns"; detalhe: o empreiteiro não foi questionado sobre o pagamento a Sergio Guerra. 

247 - Uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo sobre o depoimento de Ildefonso Filho, presidente da Queiroz Galvão, à Justiça Federal, informa que a construtora fez doações a "PT, PMDB, PP e mais alguns" (leia aqui).

"Mais alguns" é a nova nomenclatura para o principal partido de oposição: o PSDB. Foi o mesmo executivo, Ildefonso Filho, quem, segundo o doleiro Alberto Youssef, pagou uma propina de US$ 10 milhões a Sergio Guerra, ex-presidente nacional do PSDB, para que uma CPI sobre a Petrobras fosse colocada em fogo brando no Congresso Nacional (leia aqui reportagem do Diário do Poder a respeito).

Em seu depoimento, Ildefonso Filho foi questionado sobre o critério para as contribuições. “O primeiro critério era o limite, sempre aquém do permitido. A gente dava para aqueles partidos que mais se caracterizam com as características da empresa, ligados ao crescimento da infraestrutura.”

Confira aqui a íntegra do seu depoimento, em que ele não foi questionado sobre o pagamento de US$ 10 milhões a Sergio Guerra.