Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Ativista cearense responde a ataques a nordestinos por votarem em Dilma

Posted by  

Braulio Bessa Uchoa é um sucesso na internet. Cearense, natural de Alto Santo, usa criatividade e humor para levantar a autoestima do povo nordestino. Para tanto, criou a página Nação Nordestina no Facebook, onde partilha sua história de vida e relata como se tornou um empreendedor de sucesso nas redes sociais.
A página “Nação Nordestina” tem mais de 1 milhão de seguidores.
Após a explosão de preconceito contra nordestinos nas redes sociais a partir do último domingo por conta de o Nordeste ter votado maciçamente em Dilma Rousseff, o ativista digital gravou novo vídeo-resposta às pessoas do Sul e Sudeste que vêm difundindo esse tipo de insulto e cometendo crime de injúria racial e xenofobia.
Abaixo, o vídeo.

Mídia festeja sem máscara candidatura Aécio









Marcelo Freixo, do PSOL, o deputado federal mais votado do Rio, antecipa-se ao partido e declara apoio a Dilma no 2º turno: 'Não admito um retrocesso com a volta de um governo tucano'
  
Oito dos 13 governadores eleitos domingo apoiam Dilma 

Marina mantém a coerência e adere à candidatura que tem em Armínio Fraga um embaixador do juro alto e em Agripino Maia o coordenador ético da campanha tucana

Epitáfio: 'Às vezes o reacionário serve de avanço' (palavras de Roberto Amaral, dirigente do Partido Socialista que um dia foi de Arraes)

Dilma venceu em 11 capitais; aliança petista manteve maioria na Câmara: 339 deputados x 181 de Aécio e Marina ; no Senado Dilma terá maioria de 52 cadeiras x 27 de Aécio e Marina



:
Nas redes sociais, jornais Folha de S. Paulo e Estado comemoram passagem de Aécio Neves para segundo turno; “Ufa!”, suspira editorial do Estadão; concorrente da rua Barão de Limeira divulgou panfleto tucano sem nem dar tratamento de notícia, mas como adesão, em sua página no Facebook; Diários Associados convocaram jornalistas e funcionários para passeata pró-tucano; na semana anterior ao primeiro turno, Jornal Nacional e Folha aumentaram exposição negativa da presidente Dilma Rousseff, conforme apurou o manchetômetro, da Uerj; neutralidade dedicada apenas a Aécio e Marina Silva 

247 – A mídia rasgou a fantasia e se jogou de cabeça nas comemorações pela passagem de Aécio Neves para o segundo turno das eleições presidenciais. Na semana anterior ao domingo 5, as preferências já estavam claras com o noticiários crítico em peso contra a presidente Dilma Rousseff em veículos como o Jornal Nacional, Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo. Como mostrou o manchetômetro da Uerj, que apura o volume e a inclinação editorial dos veículos da mídia tradicional (tabelas abaixo), as notícias consideradas neutras foram reservadas para as candidaturas de Aécio e Marina Silva, do PSB. As negativas foram praticamente todas elas dedicadas à personagem Dilma Rousseff.

O que ainda não se conhecia era a maneira como a mídia tradicional iria comemorar a passagem de Aécio pra o segundo turno.

No domingo 5, às 20h, a Folha publicou em sua página no Facebook uma imagem compartilhada pelo PSDB, de comemoração pela ida do tucano ao segundo turno da disputa. "Show da virada. Graças ao seu voto é Aécio no segundo turno!", dizia o texto da imagem. Muitos leitores reagindo, escrevendo que a Folha nem sequer tratou de dar tratamento de notícia ao panfleto. Nele se veem braços jogando um bonequinho de Aécio Neves para o alto em sentido de comemoração.

Nos comentários da postagem, alguns usuários expressaram seu estranhamento: "Não seria melhor postar a foto de uma comemoração do que material de propaganda do candidato, Folha?", questionou um leitor. "Ainda bem que a Folha é imparcial", ironizou outra. "O candidato da Folha de São Paulo!", constatou uma terceira.

Sempre mais sisudo, o concorrente O Estado de S. Paulo fez um editorial nesta terça-feira 7 intitulado "Alívio e esperança". "Ufa", começa o texto que expressa a opinião da publicação. "A exclamação resume o sentimento de alívio com que a maioria dos brasileiros conheceu o resultado da votação de domingo".

O grupo Diários Associados, diante dessa concorrência, fez um movimento absolutamente original. Em comunicado postado na página da rede de jornais, anunciou-se uma manifestação de jornalistas e funcionários, em praça pública, em apoio à candidatura do tucano. Leia abaixo:

Entrevista de FHC estimulou ataques a nordestinos na internet






De domingo para cá, tal qual ocorreu em 2010 uma onda de racismo começou a se insinuar na internet. E, mais uma vez, o alvo foi o povo nordestino, responsável por parte expressiva dos votos que Dilma Rousseff recebeu na eleição de domingo passado.
Na manhã de segunda-feira, ocorreu um fato que pode explicar o aumento daquela onda racista: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu uma entrevista ao portal UOL na qual acusou os eleitores da presidente de serem “mal-informados” e residentes “nos grotões”.
Confira, abaixo, a entrevista. FHC começa a externar seu preconceito por volta de 4 minutos e 22 segundos.



Pouco após a entrevista do tucano ao portal de internet do Grupo Folha, colunista do jornal mineiro O Tempo posta no Twitter proposta de separar o Sul e o Sudeste do Norte e do Nordeste por conta de o povo destas duas últimas regiões ter votado maciçamente em Dilma.

Já no domingo, quando os votos começaram a ser apurados, aqui e ali já se viam manifestações de racismo no Twitter, mas esse fenômeno só começou a tomar corpo após a entrevista de FHC. Na tarde de segunda, a onda racista já se espalhara como uma praga.


Estranhamente, até agora nenhuma autoridade se pronunciou sobre o caso.
Seja como for, a presença crescente do ex-presidente tucano na campanha de Aécio Neves é uma boa notícia para Dilma. Segundo pesquisa Datafolha feita em junho, 57% do eleitorado não vota em candidatos apoiados por FHC, o que representa uma péssima notícia para Aécio.

clique aqui para acessar a notícia em sua fonte original
Aécio escondeu FHC de sua propaganda eleitoral no primeiro turno justamente por causa disso.
Como o PT, no primeiro turno, se concentrou quase que totalmente em Marina, o apoio de FHC e casos como o do aeroporto que Aécio mandou construir na fazenda de sua família com dinheiro público foram deixados de lado.
Esse racismo de boa parte do eleitorado tucano (basicamente, sediado em SP) que acaba de ser estimulado por FHC, aliado à péssima imagem do ex-presidente, podem fazer com que o segundo turno não comece muito bem para Aécio.
No caso do racismo, a notícia de que eleitores tucanos do Sul e do Sudeste estão insultando os eleitores petistas do Norte e Nordeste se espalhou como fogo pela imprensa destas duas regiões. No caso de FHC, o eleitorado ainda não lembra bem dele porque Aécio o escondeu em seus programas eleitorais.
Mas, agora, o PT vai lembrar os eleitores desse “detalhe”…
Resta, até aqui, uma inaceitável ausência de providências do Ministério Público contra essa onda de preconceito que esbofeteia o país e, mais do que isso, os brasileiros do Norte e do Nordeste. Vai ficar por isso mesmo?

Os que têm tudo não suportam que todos tenham um pouco

odio
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, em entrevista ao UOL, que o eleitorado de Dilma são os pobres, porque são mal-informados.
Os “coxinhas” vociferam contra os nordestinos porque deram taxas de  muito elevadas voto à Presidente – “” 36 pontos percentuais acima da média nacional de 42%”, registra a Folha – supostamente em troca do Bolsa-Família. Não importa que, movidos pelos mesmos interesses econômicos, 75% dos eleitores dos Jardins tenham dado o voto a Aécio, 40 pontos acima de sua média nacional de 33,5%.
Por toda a parte, ódio, ódio e ódio: aos pobres, aos negros, aos nordestinos, aos petistas ou não-petistas que votaram na continuidade do projeto de Brasil iniciado com Lula.
A pergunta que é obvia, mas não é feita é: que mal foi feito a essa gente?
Expropriaram-se suas terras ou seus bens? Suas aplicações, investimentos, remessas e movimentações financeiras foram dificultadas ou taxadas? Foram criadas alíquotas mais pesadas em seus impostos de renda – como aliás, existem na Europa e nos Estados Unidos, onde chegam a 50% – ou para as empresas?  Está mais difícil viajar para Miami ou para a Europa?  Os salários dos executivos, no Brasil, não estão entre os maiores do mundo?
Acaso seus bairros e as cidades mais ricas estão sendo invadidas por hordas de miseráveis migrantes do Nordeste? Como, se justamente as políticas de inclusão social e desenvolvimento regional   não  apenas estão reduzindo a migração como permitindo a volta dos “malditos nordestinos” à sua terra natal, suas famílias, numa volta da asa branca com que Luiz Gonzaga sonhou?
Será que os 20 centavos nos ônibus em que não entram é a razão? Já não são suas escolas e hospitais “padrão Fifa” e os cubanos que lhes são caros, os charutos, livremente importados?
Então o que faz com que essa gente odeie, com tanta força, o mísero direito dos pobres a não morrerem de fome?
Logo eles, que se consideram “pós-modernos”, ultra-liberais!
Eles, tão up to date, ainda não chegaram  sequer à Revolução Francesa, que lhes reconheceu os direitos legais, que dirá  ao século 19, quando a elite culta passou a entender que o reconhecimento da dos direitos sociais era algo essencial para a continuidade do progresso da civilização.
Os nossos “bem-informados” são, que pena, bem deformados por uma onda desumanista que com que a mídia brasileira lhes entupiu a cabeça preguiçosa e inculta que arruína a trajetória do pensamento brasileiro em tudo e lhes reconhece o “direito à selvageria” como liberdade.
É “compreensível” atra um negrinho ladrão ao poste, como o do Pastoreio, não é?
Afinal, não se queimam Galdinos há meio milênio neste país?
Cai-lhes bem, portanto, um candidato como Aécio Neves, a quem tudo veio por herança e para quem os privilégios são, como para eles, um direito de nascença.
A sub-nobreza brasileira está histérica, porque quer tudo.
E o nosso povão, tranquilo, porque sabe que, para ele, a vida é difícil e cada progresso é sofrido.
E não vai jogar fora o pouco que tem.

Moço, cuidado para não deixar o passado virar futuro

vagas1
Tirei as duas fotos aí de cima hoje, em dois pequenos supermercados próximos de onde moro – o Real e o Supermarket, em Niterói.
Parece bobo, não é? Mas para quem passou dos 50 anos não é não, porque somos de uma geração onde a placa que se via em mercados e obras de construção era, ao contrário, a de  ”não há vagas”.
Às vezes, até, com um peremptório e duro “não insista” para rematar.
Ok, não são ótimos empregos e certamente não são o sonho profissional de quase ninguém.
Mas certamente é melhor que não ter emprego nenhum.
E não é só para os mais pobres e com menos formação escolar, não.
Há vagas, embora com salários baixos, para todos os níveis.
Aliás, há tanta vaga aberta justamente porque paga-se pouco e muitos param por ali apenas o tempo necessário para sair do sufoco absoluto e buscar algo melhor.
Estas fotos daí de cima são do Brasil que não sai nos jornais.
O Brasil que sai no jornal está desmoronando, com os mercadinhos às moscas e o desemprego, não importa o que diga o IBGE, em alta.
Tudo está um desastre, tal índice é “o pior desde 2 mil e tanto”, tal taxa “é a mais grave desde tantos anos”.
Mas quer dizer que está tudo muito bem, tudo muito bom?
De jeito nenhum.
Que bom que a gente esteja insatisfeito com o Brasil, porque é mesmo para estar.
Este país ainda dá muito pouco a seus filhos, em matéria de educação, de saúde, de habitação, de oportunidades.
Mas cuidado, seu moço, porque moço eu também já fui.
E porque já fui e não sou mais, que este pais, sei que não faz uma geração, era muito, muito, muito mais avaro com seus cidadãos.
Avaro?
Não, a palavra exata  é cruel.
Porque só pode ser cruel que quer abaixar a inflação a base de  arrocho,  de corte nos gastos sociais, com a precarização do trabalho, com políticas recessivas.
Vão dizer que querem isso é apelar para o medo?
Pois eu não tenho problemas em dizer que se deve, sim, ter medo disso, porque sei muito bem como isso é terrível.
Eu sei e tenho obrigação de contar que existia um Brasil sem vagas para seu povo.
Mesmo as mais modestas, os “empreguinhos de dois salários” dos quais  a “turma da bufunfa” debocha, mas nem assim quer pagar e diz que os salários “altos demais” são responsáveis pelo desequilíbrio do tal “tripé macro-econômico”.
Talvez você, moço, não acredite em mim.
Ficamos assim: eu também prefiro que você duvide do que eu digo e até faça pouco caso.
É muito melhor  você me olhar desconfiado do que acontecer aquilo que faça você me dar razão.
Cuidado, porém, que o pior inimigo do bom é o que aquela turma diz que vai ser ótimo.
Acho que você tem toda a razão em querer mais, muito mais.
Só não esqueça que tivemos, não faz muito tempo, muito menos.
Onze anos atrás, a imagem do Brasil era aquela que divide a ilustração com as de hoje.
Eu não a quero de volta, você quer?