Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 6 de julho de 2014

Missão (quase) impossível: sem Neymar e com arbitragem e mídia contra


Pela lógica, o Brasil passar pela Alemanha deveria ser quase impossível. Apesar da brilhante vitória contra a Colômbia – que calou a boca de uma legião de críticos cegos ou mal-intencionados –, a equipe de Felipão é inexperiente em Copas do Mundo e não contará com o astro Neymar, que participou de metade das jogadas que resultaram em gols.
Como se fosse pouco, provavelmente a Seleção ainda enfrentará outra arbitragem acovardada que irá prejudicá-la como fez em quatro dos cinco jogos da Copa de 2014. E, para completar o grau de dificuldade dessa missão quase impossível, ainda passará os próximos dias sendo triturada por uma mídia que enfiou na cabeça que Dilma só será reeleita se o Brasil for campeão.
O desfalque de Thiago Silva pode ser um problema menor. Apesar de sua boa atuação contra a Colômbia e da dita liderança que exerce no time – que fez dele capitão –, não se pode esquecer do descontrole emocional que demonstrou no jogo contra o Chile e que, em outro momento de grande tensão, poderia ressurgir.
Ainda assim, Thiago era parte do esquema que Felipão montou. Esquema que terá que ser totalmente redesenhado.
Contudo, esses garotos têm sido brilhantes, na opinião deste blog. Não é pouco o que enfrentaram até aqui, para chegar aonde chegaram. A começar pelos protestos contra a Copa. Ninguém com um mínimo de bom senso pode acreditar que os protestos não afetaram o emocional de uma equipe tão jovem e, até menos de um mês atrás, praticamente virgem em uma competição desse calibre. Muito pelo contrário.
Os protestos contra a Copa intimidaram a torcida. Pela primeira vez, o Brasil entrava numa Copa sem entusiasmo do país, sem ruas e carros enfeitados. Os garotos de Felipão sabiam que corriam o risco de, jogando em casa, serem vaiados nos estádios.
O desequilíbrio emocional da Seleção era tanto que começou o jogo contra a Croácia sofrendo um desastre inédito em sua história: marcou um gol contra.
Nessa situação de adversidade extrema, a Seleção virou o primeiro jogo da Copa. E, apesar das acusações ao juiz por ter marcado um pênalti supostamente inexistente, venceu por dois gols de diferença. Ou seja: mesmo sem esse gol dito ilegítimo, teria vencido.
Chega o jogo contra o México. A Seleção passara dias sendo desqualificada pela mídia, que tecia loas aos adversários. Devido ao lance duvidoso do pênalti contra Fred no jogo anterior, espalha-se a teoria maluca de que o governo Dilma Rousseff “comprara” a Copa, ou seja, de que subornara a Fifa e todos os seus juízes.
Assim, apesar de o Brasil ter pressionado muito o México, o emocional fragilizado da equipe a deixou apática. Neymar começa a ser caçado em campo e a arbitragem não marca mais nada a favor do Brasil.
Isso sem contar a torcida apática que a Seleção teve naquele jogo, apesar de jogar em casa.
Contra Camarões, a equipe voltou renovada. Jogou bem, goleou. A arbitragem melhora. O Brasil cresce na competição, mas a mídia não perdoa. Uma seleção com um histórico tão positivo em Copas do Mundo quanto é Camarões, na mídia virou um time de várzea. A vitória do Brasil sobre esse adversário foi tratada com frieza, apesar de esta estar sendo a Copa do nivelamento das equipes.
Contra o Chile, adversário de valor que quase parou a forte Holanda, o Brasil jogou bem. Criou as maiores oportunidades de gol. Mesmo assim, empatou no jogo e só venceu nos pênaltis por conta da teoria da “Copa comprada”, que fez o juiz inglês Howard Webb não apitar nada a seu favor e ainda anular um gol que muitos entenderam legítimo.
Apesar do choque emocional de ir para os pênaltis por ação da arbitragem, a jovem Seleção brasileira se superou de novo graças a um goleiro que teria tudo para fracassar devido ao estigma que carregava desde a Copa anterior. E, claro, aos cobradores de pênalti brasileiros, que superaram os adversários também nesse quesito.
Do jogo contra o Chile para o último, a Seleção deu uma aula aos críticos. Apesar de a mídia brasileira ter passado a semana desqualificando-a, debochando de seu “descontrole” e enchendo a bola colombiana, jogou muito. Só não ganhou por placar mais elástico devido ao segundo cartão amarelo de Thiago Silva e à agressão criminosa a Neymar, que fragilizou o esquema de jogo de Felipão.
A má vontade e a falta de caráter dos críticos, porém, não conhece limites. A mídia relativiza a brilhante vitória contra a Colômbia destacando que os dois gols brasileiros foram feitos por zagueiros, como que dizendo que quem tem que fazer gols são atacantes.
Muito pelo contrário. O desempenho da Seleção no último jogo foi ainda mais animador e insinua que vencer a Alemanha, apesar de todas as dificuldades, pode não ser tão “impossível”.
Explico: apesar da grande participação de Neymar nas jogadas que resultaram em gols na competição e dos quatro gols que ele marcou, no jogo contra a Colômbia foi anulado pelas pauladas. A equipe se virou sem ele, que teve atuação apagada devido ao técnico colombiano ter engendrado um esquema (violento) para anulá-lo.
No último jogo, a Seleção provou que pode vencer mesmo sem Neymar estar bem em campo. O que se imagina, portanto, é que possa vencer sem que ele sequer esteja em campo.
Lembremo-nos de que, para craques poderem explorar melhor seu potencial, os técnicos colocam as equipes a seu serviço. O craque da equipe recebe mais bolas, tem o meio de campo trabalhando para acioná-lo. A Alemanha, pois, não terá um alvo fixo como Neymar. Isso pode ser uma vantagem.
Mas a grande aposta que se faz na Seleção é nessa garra incrível que tem demonstrado. Com certeza a equipe está mais unida do que nunca e, agora, terá a vantagem de entrar em campo como azarão. As baixas que sofreu tiram boa parte da responsabilidade de seus ombros.
Um colunista da grande mídia, aliás, diz até que “Agora o Brasil terá desculpa para perder da Alemanha”. Essa é a mídia que temos. Não é nem mais vira-lata, é apátrida. Mas pode quebrar a cara ainda mais, após ter se desmoralizado pelas previsões catastrofistas sobre a organização da Copa. A marca dessa equipe é a superação.
*
PS: este post não poderia ter sido ilustrado com outra imagem que não, de novo, a da charge que o autor do Blog fez para Neymar, jovem corajoso que, franzino como é, enfrentou de peito aberto a violência dos adversários sem jamais se intimidar, e que, no próximo jogo, estará no estádio, numa cadeira-de-rodas, torcendo com a grande maioria do país. Neymar tornou-se o símbolo da garra dessa equipe. Sua presença elevará o moral da equipe.

O VER-MAL E O IDIOTA DA OBJETIVIDADE SÃO IGUAIS Eles são como aqueles surdos irrecuperáveis !




Ah, se eles lessem os irmãos, o Nelson e o Mario ...



Liga o profeta Tirésias, depois de assistir à esmagadora vitória da Holanda, “a magnífica”, sobre a Costa Rica.

Como a Alemanha – outra “magnífica” – contra a França, o melhor jogador da Holanda tinha sido o goleiro especialista em pegar pênalti …

(Quer dizer que se houver um pênalti durante o jogo, vai ser uma têta para a Argentina …)

- Alô, grande Profeta Tirésias, onde estás ?

- Vim dar um pulo na Europa Setentrional.

- O que … setentrional ?

- Sim, sua besta ! A Europa do Norte !

- Ah, desculpe !

- A Europa da Alemanha, da Holanda !

- Mas, por que ?

- Porque os idiotas da objetividade …

- Quem ? Idiotas de onde ?

- Da objetividade … Vai me dizer que você nunca leu o Nelson Rodrigues ? Aquele que chamava de vira-lata, Narciso às avessas os cronistas desportivos brasileiros que só viam mérito nos setentrionais … Aqueles de saúde de vaca holandesa …

- Mas, não entendi, grande Profeta … Narciso às avessas…

- São esses da crônica desportiva que se olham no espelho e morrem de vergonha …

- De ser brasileiro …

- Isso !

- Mas, grande Profeta, não me constava que você desse a menor bola para idiotas da objetividade em matéria de futebol.

- “Futêbol”, como dizem em São Paulo. No resto do Brasil, você sabe, é “futibol”…

- Sei, sei, Profeta. Mas, por que você resolveu se irritar com eles, agora ?

- Ora, sua besta ! Porque, apesar deles, houve a Copa.

-  Copa das Copas …

- Essa mesmo.

- Então, você se viu obrigado a ler esses caras, ouvir eles na tevê.

- E aí descobri uma coisa muito interessante. Eles são iguais ao Ataulfo Merval (*).

- Você viu que o Rodrigo Vianna passou a chamar ele de Ver-Mal ?

- É ótimo !!!

- Mas, o que o idiota da objetividade tem a ver com o Ver-Mal ?

- São algumas identidades. Veja lá. Primeira, acham o Brasil uma m…

- Sim, isso é óbvio. O Brasil é uma m… quando os trabalhistas estão no Governo, Profeta. No tempo do Farol de Alexandria …

- Que Farol, rapaz ?

- O FHC: o que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto de nome Lula…

- Ah, sim. Não, você tem razão, no tempo do Farol isso aqui era uma Suécia …

- E o que mais aproxima os dois tipos nativos ?

- A arrogância intelectual. O Ver-Mal nunca foi a Madureira e o idiota da objetividade nunca foi a Cuiabá. Nunca deu uma caneta ou cama de gato. E acabam que entendem de Brasil.

- E do mundo.

- Sim, o que eles entendem do mundo é o que o Renato Machado diz no Mau Dia Brasil e das transmissões da ESPN e da Fox.

- Verdade, Profeta. Se soltar eles no metrô de Nova York vão acabar no ladies room…

- Não seja cruel.

- Não acertam uma, não é isso ?

- Sim. O Ver-Mal disse que Aécio de vice do Cerra era uma dupla imbatível…

- Tomara que os americanos tenham acreditado. E o idiota da objetividade ?

- O idiota da objetividade disse que a Espanha era favorita.

- E pediu desculpas ?

- Jamais !

- Não é o mesmo que disse que o México era uma potência, depois a potência era o Chile, depois a Colômbia … ?

- Esse mesmo. E tem outra identidade.

- Qual, grande Profeta ?

- Os dois escrevem muito mal. Se expressam como se carregassem o Faustão nas costas. Você jamais dará um sorriso, se enriquecerá, terá prazer intelectual com a leitura de um ou outro. É como se aqueles robots japoneses passassem a escrever para o PiG (**).

- Entendi. Nunca leram Nelson Rodrigues, Armando Nogueira…

- Ou Mário Filho ! Camus !

- Mas, só isso ?

- Não, tem uma outra. A identidade mais significativa. Eles são irrelevantes. Não acrescentam um centímetro de informação ou analise ao que você já sabe. Sabe o que eles me lembram ?

- O que, grande Profeta ?

- Aqueles surdos irrecuperáveis.

- Como assim ?

- Você pergunta uma coisa e eles respondem outra !

Pano rápido.

Em tempo: a seguir observações de amigos navegantes que inspiraram o Profeta Tirésias.


Delano
Quem perde sem Neymar: o PIG e o não vai ter Copa.
Desculpem-me pela redundância. Isto porque eles queriam que o Brasil fosse eliminado para atribuir a culpa a Dilma. Mas hoje este argumento não cola mais. O Brasil era o favorito da Copa com Neymar em campo. Agora sem ele a torcida sabe que a Seleção perde 30% de sua força. E mais que isso, considerando o poder de ataque, ou seja, capacidade de marcar gols. O PIG é tão burro assim como os idiotas do não vai ter Copa. Raciocinaram errado. A contusão do Neymar os colocou na ratoeira que eles próprios armaram. Explico: se o Brasil perder a Copa a torcida não vai atribuir à Dilma, ao PT, ao PCdoB, Lula, base aliada, política econômica. Vai atribuir ao fato de um jogador destemperado da Colômbia ter praticado uma falta criminosa em campo. E a ira cairá contra quem defendeu que não iria ter Copa. Seja o movimento ou o PIG. E à leniência da Fifa. Ou será que quebrar uma vértebra não é um crime?

joão vicente
Temos visto e ouvido nas transmissões dos jogos e nos jornais da globo, st, sport tv, etc um verdadeiro linchamento moral de nossa seleção e, inversamente, o endeusamento espantoso dos adversários, em geral.
Estão fazendo uso político desse extraordinário evento. Estão usando um patrimônio querido de todo brasileiro em objeto de terrorismo político, visando derrubar a Presidenta Dilma.
Isso é escandaloso e vai para história do futebol mundial e será gravado no imaginário do Povo Brasileiro, para sempre
.


Clique aqui para ler “Brasileirinho, 1ª vítima da Copa das Copas”.


Paulo Henrique Amorim



(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.