Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sky combate programação nacional

 

Contra o obscurantismo da Sky, em defesa da diversidade de conteúdo nacional

A Sky iniciou uma forte campanha em que mobiliza seus usuários contra a lei 12.485, sancionada em setembro de 2011 e que deve ser regulamentada até este mês de março. A empresa combina argumentos mentirosos com falácias numa defesa oportunista da liberdade de escolha do usuário. Na campanha, a empresa reúne atletas dos clubes de vôlei e basquete que ela patrocina para apontar uma série de supostas ameaças trazidas pela lei e conclamar o usuário a se manifestar no STF e diretamente na Ancine. A empresa usa a boa fé do usuário da TV por assinatura e de atletas de renome do esporte nacional para defender disfarçadamente seus próprios interesses comerciais. O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação rechaça essa estratégia desonesta e chama atenção dos usuários da Sky para que não sejam ludibriados pela propaganda enganosa da empresa.

Surpreendentemente, nenhuma das sete afirmações principais feitas pela empresa na propaganda exibida se sustenta. Frente ao grande número de acusações infundadas, é fundamental enfrentar cada um dos argumentos.

Você é a favor da liberdade na TV por assinatura? - A frase que abre a campanha da Sky sugere duas coisas: primeiro, que há hoje liberdade na TV por assinatura. Segundo, que essa liberdade está ameaçada. As duas premissas são falsas. Hoje, o usuário não tem liberdade de contratar os canais aleatórios de forma avulsa, nem construir seus próprios pacotes e nem comprar canais que a operadora não quiser lhe oferecer. Exemplo recente e oportuno é a dificuldade do usuário em ter acesso à Fox Sports, que transmite a Libertadores da América, porque as operadoras (como a Sky) não querem oferecê-lo. Além disso, a lei não fere em nada a liberdade do usuário. Ao contrário, ela busca ampliar a oferta, com a entrada de novos canais e de mais concorrentes entre as operadoras, e assim gerar mais diversidade e opções.

Uma lei poderá mudar toda sua programação de TV por assinatura – a lei 12.485 altera pouco da programação para o usuário comum. Por meio de cotas de conteúdo brasileiro e independente, que somam 3h30 por semana (!) e no máximo doze entre as dezenas de canais disponíveis, ela busca ampliar a oferta de conteúdo brasileiro e dar espaço para as produtoras independentes que hoje não têm espaço e liberdade de veiculação de sua produção. A cota incide apenas nos canais que transmitem majoritariamente, em seu horário nobre, filmes, séries, documentários, animações e reality shows.

A lei não considera esporte e jornalismo como conteúdo nacional – Não é verdade. A lei considera sim esses conteúdos como nacionais, mas não impõe cotas de veiculação de esportes. Os canais de esportes não entram na conta das cotas, não tem obrigações de cotas e continuam sendo ofertados normalmente sem qualquer alteração.

Haverá menos esporte na programação – não faz nenhum sentido afirmar que haverá menos esporte na programação. Os canais esportivos não são impactados em nada pela lei. Se a empresa quiser ofertar um pacote só de canais esportivos pode fazer isso à vontade, e não tem de abrir nenhum minuto de cotas de conteúdo brasileiro e independente. A lei não interfere em nada na quantidade de conteúdo esportivo na programação.

Esta é uma grave intervenção nos meios de comunicação – as regras estabelecidas na nova lei estão longe de ser uma grave intervenção. Na verdade, regras como essas existem em todas as democracias avançadas no mundo. Todos esses países constroem instrumentos de regulação para garantir mais pluralismo e diversidade de conteúdo, e para fazer com que a liberdade de expressão seja ampla, e não valha apenas para os donos de meios de comunicação.

Agência reguladora terá poderes para controlar o conteúdo da TV paga – a Ancine não terá poder para controlar o conteúdo, apenas irá zelar pelo cumprimento das regras definidas democraticamente pela lei. Problema seria se houvesse uma lei sem nenhum órgão responsável pela sua fiscalização.

A lei vai gerar impacto no preço da assinatura e na liberdade de escolha – como já foi dito, a liberdade de escolha do usuário, hoje pequena, só aumenta, não diminui. Em relação ao preço da assinatura, a tendência é justamente a contrária. A lei amplia a concorrência e deve fazer com que, em médio prazo, o usuário pague menos pelos pacotes.

É preciso ficar claro que a campanha da Sky não defende o interesse do usuário nem do esporte nacional. O problema para a empresa é que, ao permitir a entrada das empresas de telecomunicações no mercado de TV a cabo, a lei cria concorrência em vários locais em que a Sky é hoje a única opção do usuário. O que está em jogo, portanto, são os interesses comerciais da empresa.

A lei já foi aprovada e sancionada em setembro, e a Sky está apoiando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que tenta derrubá-la no Supremo Tribunal Federal. O momento atual é de definição da regulamentação da lei, e o mais importante é justamente garantir que os objetivos de ampliação da diversidade e da pluralidade sejam materializados. Para isso, qualquer iniciativa de debate democrático é bem-vinda. Só não valem propagandas obscurantistas e falaciosas como essa da Sky.

FNDC
(Coordenação Executiva: CUT – Central Única dos Trabalhadores, Abraço – Ass. Brasileira de Radiodifusão Comunitária, Aneate – Ass. Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões, Arpub – Ass. das Rádios Públicas do Brasil, , Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, CFP – Conselho Federal de Psicologia, Fitert  - Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão, Fittel – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social)

Megalô, Cerra tenta o 3º turno



 

Saiu na Folha (*):

Serra diz que futuro do país depende da eleição em SP


Tucano afirma que entrou na corrida à prefeitura para conter avanço do PT


Ex-governador pede registro em prévias do PSDB e estreia na campanha municipal com discurso nacional


DANIELA LIMA

DE SÃO PAULO


O ex-governador José Serra (PSDB) afirmou ontem que entrou na corrida à Prefeitura de São Paulo para deter o avanço do PT como força hegemônica na política nacional e disse que

o futuro do país depende do resultado da eleição deste ano na capital.


Numa carta em que formalizou para o PSDB seu desejo de concorrer à prefeitura, Serra disse que decidiu se candidatar depois de refletir sobre o “avanço da hegemonia de uma força política” e definiu a eleição em São Paulo como um embate entre “duas visões distintas de Brasil”.


“Duas visões distintas de administração dos bens coletivos, duas visões distintas de democracia, duas visões distintas de respeito aos valores republicanos”, escreveu.


(…)



Não é o futuro do país que está nas mãos do Cerra.
É o futuro do sistema solar.
Cerra está acuado, nas cordas.
Entre um enterro de indigente e um enterro com honras militares, como disse notável colonista (**) de um certo detrito de maré baixa que circula pela blogosfera.
Os tucanos de São Paulo se aproximam da situação que nem o PiG (***) impedirá: não subirão a Via Dutra além de Pinheirinho.
Como sempre, Cerra pula pra frente.
Ele não se permite avaliar o que acabou de fazer – a derrota fragorosa para aquela que ele imaginou ser o “poste” de 2010.
Ele sufoca a crítica e se joga para a frente.
Faz sempre assim.
Agora, ele tenta “nacionalizar” a eleição para a prefeitura de uma cidade do interior de São Paulo.
(Como se sabe, São Paulo fica no interior – no litoral, fica Santos.)
Como disse o Santayana no excelente artigo sobre a “elite offshore de São Paulo”, São Paulo não é o sol em torno do qual o resto do Brasil gira.
Lá em Marechal, por exemplo, ninguém sabe quem é o Cerra.
E o Kassab ?
Vão pensar que é o novo gerente das Casas Bahia.
Megalô, Cerra tenta em São Paulo o Terceiro Turno de 2010.
A eleição se nacionalizará no PiG de São Paulo.
E só.

O Cerra não quer tratar do piscinão que não construiu na Zona Leste.

Como prefeito, nem como governador.

Quer tratar do câmbio.



Em tempo: JP foi à primeira aula na Poli, a respeitada Escola de Engenharia da USP. E contou que lá se falou muito no Cerra. Que ele não conseguiu tirar o diploma de Engenheiro nem se eleger presidente do Grêmio. É um jenio !

Em tempo2: ele também não tirou o diploma de Economista, embora tenha dito – vamos ver o que fará, agora no TRE de SP – à Justiça que é Engenheiro e, depois, Economista. Aí, já não se trata mais de jenialidade…

Em tempo3: o Conversa Afiada reproduz contribuição inestimável do blogueiro sujo Antonio Mello sobre o papel que Alckmin desempenhará na campanha de Cerra à Prefeitura da Zona Leste:

Apoio de Alckmin à campanha de Serra para a prefeitura de São Paulo foi planejado num almoço solitário há 4 anos

A foto acima mostra o governador Geraldo Pinheirinho Alckmin almoçando sozinho, um dia antes da eleição que reconduziu Kassab à prefeitura de São Paulo, em 2008. Alckmin era o candidato do PSDB (partido do governador de SP na época, José Serra). Ficou em terceiro lugar, atrás de Kassab e Marta Suplicy.


Uma posição humilhante para quem vinha de uma campanha presidencial há dois anos, em que foi ao segundo turno com o presidente mais popular do Brasil, Lula. Isso aconteceu porque o governador Serra ignorou sua campanha e apoiou a reeleição de Kassab.


Enquanto almoçava solitariamente, há quatro anos, Alckmin não poderia imaginar que o destino o colocaria agora na posição de dar o troco e devolver a Serra o “apoio” de 2008.


Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Nelson Rodrigues dizia que a pior solidão é a companhia de um paulista. Imagine esse almoço de um paulista solitário. Como deve estar frio agora, passados quatro anos.


[A imagem peguei no Blog DoLaDoDeLá, do meu xará Marco Aurélio Mello]


Abs,

AM



Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Heraldo Pereira, combata a falta de negros na Globo, agora

Nos últimos dias, o jornalista da Rede Globo Heraldo Pereira esteve em evidência por ter processado um desafeto de seu empregador que apontou um fato incontestável, mas de forma equivocada. Penso que o jornalista ganhou força para combater esse fato, pois está sendo apresentado, na grande mídia, como militante contra o racismo.
Pereira denunciou o jornalista Paulo Henrique Amorim por ter dito, de forma inadequada, o que basta olhar para a programação da tevê Globo para comprovar que é verdade: o jornalismo dessa emissora exclui negros, assim como as novelas, os comerciais e até o deprimente Big Brother Brasil, entre outros.
Aliás, vale lembrar daquele único “brother” negro da edição 2012 do BBB que, no primeiro dia do programa, foi questionado pelo apresentador sobre se, por ser o único negro entre quase duas dezenas de participantes, achava que deveriam ser criadas cotas para negros na televisão. O rapaz respondeu que não e poucos dias depois foi expulso do programa sem direito a defesa sob uma acusação que jamais se comprovou, de ser “estuprador”.
De qualquer forma, bem que o nobre Heraldo Pereira, que conseguiu uma das poucas e raras vagas que o jornalismo da Globo oferece a negros, poderia pensar, agora, também nos outros negros e, assim, passar a empreender uma campanha para que a emissora em que trabalha pare de discriminar negros em sua programação.
Pereira poderia começar argumentando com o fato de que, segundo o IBGE, o Brasil é hoje um país negro, pois mais de 50% da população se declarou negra no último censo, e, portanto, há uma desproporção inexplicável e escandalosa entre o perfil étnico do povo brasileiro e o que se vê na telinha da Globo.
Para ajudar a esse companheiro de luta contra o racismo no Brasil, portanto, apresento, abaixo, a prova de que negro quase não tem vez no jornalismo da Globo. Poderia fazer o mesmo com as novelas, com o BBB ou com a propaganda, mas podemos começar pelo jornalismo e depois iremos ficando mais ambiciosos.
Confira, abaixo, o perfil dos apresentadores dos telejornais da Globo e reflita se não faria sentido que o militante antirracismo Heraldo Pereira se preocupasse também com todos os que são barrados pela Globo, pois a composição étnica de sua programação nada tem que ver com a do país em que é apresentada.

Redação Conversa Afiada espada no pescoço do Cerra

Liga o Vasco, que aportou na Ilha do Urubu, na marina do José:

- Você sabe por que o Cerra se candidatou, não sabe ?

- Para falar do câmbio, do Mutirão da próstata, do aborto … no Brasil …

- Vamos falar sério. Por que ele se candidatou ?

- Porque ele não tinha saída.

- Não. Meu filho. É porque ele precisa se blindar contra a CPI da Privataria.

- Ah … É … pode ser … Vou ver o que aquele passarinho de Brasília acha disso. Como está aí na Ilha do Urubu ?

- Sinto-me no Caribe, meu filho.

- Ah, sei, entendi. Um momento, Vasco.

O ansioso blogueiro tenta localizar o passarinho na janela da sede da Globo em Brasília.

Ele tem a mania de bisbilhotar a Globo.

Mas, não tem ninguém lá.

Foi todo mundo para a Antártica.

- E aí, caro amigo, a CPI da Privataria sai ou não sai ?, pergunta ansioso blogueiro.

- Vai demorar um pouco.

- Mas, por que demorar ?

- Veja, a primeira coisa a considerar é que o Marco Maia não arquivou a CPI.

- Ele não é louco. O livro do Amaury vendeu pra burro lá em Canoas.

- Vendeu no Brasil inteiro, meu filho.

- É verdade. É a prova de que o PiG não vale um …

- Entendi.

- E daí, quando ela sai ?, pergunta o ansioso blogueiro.

- Quando o Governo achar apropriado.

- O Governo ?

- Sim, meu filho. Nenhum Governo gosta de CPI. Por mais que você bata no adversário, a CPI cria uma agenda que não interessa ao Governo. Todo Governo quer aprovar as coisas lá no Congresso. E uma CPI cria marola.

- Então a CPI morreu …

- Nunca !

- O PT vai fugir da CPI ?

- O PT deu 70 assinaturas.

- É, mas se a CPI não sair, o PT vai pagar a conta na eleição, diz o ansioso blogueiro.

- Ah, isso, vai, sim. O eleitor vai cobrar.

- Mas, e o Governo vai ficar com esse assunto pendurado nas costas do Cerra ?

- Veja bem, o Cerra saiu candidato, porque ele é a última bóia do Costa Concordia dos tucanos. E também, como te disse o Vasco, para se blindar contra a CPI.

- Então, o Governo não vai entregar a bóia a ele.

- Não, meu filho, não é assim.

- Como é que vai ser ?

- O Governo vai ficar com a espada de Dâmocles pendurada em cima do pescoço dele.

- Espada de quem ?

- Do Dâmocles, seu ignorante.

- De que partido é esse Dâmocles ?

- Desisto.

Em tempo: sobre a “caribenha” Ilha do Urubu, vale a pena ler o que o Emiliano José enviou ao ansioso blogueiro:

Escândalos de A Privataria Tucana  ganham destaque em Salvador


Privatizações, escândalos e graves denúncias. Estes são alguns dos ingredientes do livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A obra, que a essa altura já é um best seller, volta a ganhar destaque na Bahia. O livro será tema de uma audiência pública que acontece nesta quinta-feira, 01, às 17h30, no Hotel Fiesta, com as presenças do autor, do publisher da Geração Editorial, Luiz Fernando Emediato, dos deputados federais Emiliano José – uma das fontes de informação da obra, Protógenes Queiroz (PcdoB), proponente da CPI da Privataria no Congresso Nacional, e do deputado estadual Joseildo Ramos, que propôs o debate. Na ocasião, haverá, ainda, o lançamento do livro.


Fenômeno de vendas, A Privataria Tucana – resultado de dez anos de um minucioso trabalho investigativo sobre os bastidores da era das privatizações – esgotou sua primeira edição em apenas 24h e está há 10 semanas entre os mais vendidos do país. Todos os fatos narrados na obra estão reforçados em documentos oficiais, obtidos em juntas comerciais, cartórios, no Ministério Público, e na Justiça. Na Bahia, dois temas chamam atenção no livro: A privatização da Coelba e o caso da doação de terrenos na Ilha do Urubu, em Porto Seguro, amplamente denunciado pelo deputado federal Emiliano José (PT-BA).


O escândalo da Ilha do Urubu


O livro faz uma série de denúncias, por exemplo, contra José Serra e seu primo, o espanhol naturalizado brasileiro, Gregório Marin Preciado. Na página 172, ele cita exaustivamente a denúncia de Emiliano José – em reportagem intitulada “Ilha do Urubu, o paraíso traído”, publicada na revista Carta Capital em 2009. O título do capítulo 8 do livro é “O primo mais esperto de José Serra”. Ele conta como se deu o perdão de uma dívida milionária de Gregório Preciado no Banco do Brasil, no tempo de FHC, o apoio do banco estatal na privataria, a compra de três estatais por Preciado na era do presidente tucano e os “altos negócios com um paraíso natural da Bahia”. O primo de Serra conseguiu reduzir 109 vezes o valor da pendência com o BB, uma dívida de R$ 448 milhões por irrisórios R$ 4,1 milhões. O caso foi revelado pelo jornalista Fernando Rodrigues, na Folha de São Paulo.


A chave mágica se abriu para Gregório Marin Preciado em 1983, quando foi nomeado por Serra para o Conselho do Banespa. Os tucanos nem eram ainda tucanos. Em agosto de 1993, Preciado, o primo de Serra, toma um empréstimo de US$ 2,5 milhões na Agência Rudge Ramos. Não consegue arcar com a dívida, e os cofres do Banco do Brasil é que vão pagar. Quando FHC inaugurou a era da “privataria”, Preciado aparece na Bahia como representante da Iberdrola espanhola, que adquiriu três estatais, entre elas a Coelba, a Cosern, do Rio Grande do Norte e a Celpe de Pernambuco. Marin tornou-se proprietário de uma mansão de R$ 1 milhão em Trancoso, paradisíaco recanto do sul da Bahia. O mesmo Oásis em que a família Serra buscou recuperar-se da labuta. Foi lá que Serra passou o réveillon de 2010.


A reportagem “A Ilha do Urubu” compromete ainda o ex-governador Paulo Souto. Ao ser derrotado por Jaques Wagner, Souto esvaziou as gavetas do Palácio de Ondina e foi à forra contra os eleitores da Bahia, despachando um “saco de bondades” custeadas pelos cofres do estado, incluindo a outorga a particulares de 17 propriedades rurais, 12 imóveis e 1.042 veículos. “É o que revelou a denúncia do deputado Emiliano José, ampliada na imprensa”, afirma Amaury Jr. Das terras outorgadas, uma foi a Ilha do Urubu, considerada uma das áreas mais valorizadas do litoral do Atlântico. Ainda no capítulo 8, Amaury Jr. desce também a detalhes de como foi a operação. No começo de 2010, um parecer da Procuradoria Geral do Estado declarou nula a doação da terra. As relações perigosas entre Serra, seu primo Gregório Marin Preciado e o ex-governador Paulo Souto foram desfeitas.

Urubóloga vai defender a Embraer nos EUA






A propósito da decisão da Força Aérea americana de cancelar a compra de 20 aviões A-29 Super Tucano da Embraer,  oficializada em 30 de dezembro, o Estadão publicou:

Opção por Embraer foi atacada nos EUA

Escolha da empresa brasileira tornou-se fonte de atritos entre os governos da Flórida e do Kansas e sofreu críticas de políticos republicanos


Denise Chrispim Marin e Roberto Godoy,

de O Estado de S. Paulo


WASHINGTON – Desde a escolha da Embraer para fornecimento de 20 aviões A-29 Super Tucano, oficializada em 30 de dezembro, a decisão da Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf) tem sido criticada duramente por políticos republicanos. Também tornou-se fonte de atritos entre os governos dos Estados da Flórida, que abriga instalações da Embraer, e do Kansas, onde se encontra a sede da Hawker Beechcraft.


A escolha da Embraer significaria a perda de empregos em Wichita. A cidade está sob risco de ver fechada outra facilidade do setor aeronáutico, desta vez da Boeing Company. A opção da Usaf pela Embraer havia se tornado também munição eleitoral contra Obama. O pré-candidato republicano Newt Gingrich criticara pelo menos duas vezes a escolha dos aviões da Embraer.


Em comunicado, o deputado federal Mike Pompeo, republicano de Kansas, afirmou ter chamado a atenção para o fato de “algo não cheirar bem” nessa licitação. “Estou contente por ter seguido os meus instintos e lutado pela Hawker Beechcraft e pelos empregos que ela gera em Kansas. Eu aplaudo a Usaf por ter, finalmente começado a eliminar esse véu de sigilo”, afirmou.


(…)



O Itamaraty pode contar, desde já, com um apoio decisivo.
O da Urubóloga.
A Urubóloga vai denunciar a Força Aérea Americana à Organização Mundial do Comércio, e, se depender do prestígio da Globo na FIFA e na OMC, ela conseguirá fechar a USAF.
O amigo navegante há de se lembrar que a Urubóloga denunciou a Presidenta Dilma à Organização Mundial do Comércio, quando a Presidenta fez como a USAF fez com os trabalhadores do Kansas: defendeu o trabalhador brasileiro e aumentou o IPI dos carros importados.
Foi um Deus nos acuda.
A Urubóloga e, mais tarde, todo o PiG (*) pintaram a Dilma como uma pré-jurássica, que não entendia os sacrossantos dogmas do “livre comércio”.
Como diria aquele amigo navegante, que não perde um Bom (?) Dia Brasil só para ver a Urubóloga: tudo isso é porque ela não leu o “Relatório sobre Manufaturas”, do Alexander Hamilton, o primeiro Ministro da Fazenda de um paiseco que fica no Hemisfério Norte.
Em tempo: por falar em Bom (?) Dia Brasil, coitado do Chico Pinheiro.
Hoje, a Urubóloga não apresentou um, mas TRÊS gráficos do tipo “mortífero”.
Um sobre o IGPM – não tem nada a ver com TPM -, outro sobre um IGPM Dois, e outro sobre a curva do Dólar (olha o Cerra aí, gente !).
A contra-gosto, ela tentava atenuar as boas notícias que o Tombini tinha acabado de dar ao Senado: a economia vai subir e a inflação, cair.
Um horror !
Depois de discorrer sobre o profundo significado dos TRÊS gráficos mortíferos, ela andou de volta ao seu púlpito cor de vinho.
Aí reside o perigo, amigo navegante.
É no andar e falar ao mesmo tempo.
O Chico Pinheiro, que tem a preciosa propriedade de pensar no espectador, perguntou: mas, e eu com isso ?
Que preços caíram, com a queda da inflação ?
Aí, foi tão constrangedor quanto pedir ao Galvão para explicar o retumbante sucesso da seleção dele contra a … contra quem, mesmo ?
A Urubóloga não conseguia dizer o que o pobre espectador tinha a ver com aquela artilharia de gráficos inúteis.
Os meus colegas lá da Record adoram !




Em tempo2: com o sucesso inquestionável dos governos do Nunca Dantes e da JK de Saias, apesar dos tsunamis (que ela anunciou) de 2008 e 2011, a Urubóloga decidiu pregar noutra freguesia. Ela já tentou ser Verde. Agora, é dos Direitos Humanos. É o que mostra o amigo navegante Arthur (aqui pra nós: “Globo Urubologia” é muito bom. Vai substituir o “Entre Caspas”):

Na falta de assunto “economez” do qual é “exxxpecialista” a urubóloga passa a diversificar…


A Globo deveria apresentar este “especial” na TV aberta, talvez no “Globo Urubologia”!


Arthur


Globo News exibe o especial “Uma História Inacabada”


Vai ao ar na Globo News nesta quinta-feira, dia 01º de março, o especial ‘Uma História Inacabada’ sobre a história do desaparecimento do deputado cassado Rubens Paiva durante a época da ditadura militar brasileira, que, assim como outros presos políticos, nunca mais foi encontrado. Durante meses, a apresentadora Miriam Leitão e o editor Cláudio Renato ouviram autoridades, ex-agentes de segurança, ex-militares políticos e familiares de Paiva.



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

AOS MEUS AMADOS ..........RENGABEM

As viúvas da ditadura e a esclerose múltipla

Ninguém nunca proibiu essas viúvas da ditadura de se expressar, muito menos o ministro Celso Amorim. Esses senhores envergonham o Brasil, as forças armadas e as políticas públicas de combate à esclerose múltipla. Esses clubes militares viraram antros de rancor ideológico e devem, a bem da saúde mental de seus sócios, ser solenemente ignorados.

Leandro Fortes

Serra é o dono da bola

 
Goleador
A bola conhece o craque. É gênio!

Dono da bola

Nem bem começou o jogo e Serra já vai ganhando de goleada, para o delírio da torcida brasileira que grita alegremente o nome do seu ídolo, o ás de ouro dos gramados paulistanos. Dominando no peito a bola, nosso craque avança rumo à grande área adversária e cruza  de primeira em direção ao travessão quando de repente, ele mesmo sobe para cabecear, encestando a pelota enquanto a torcida comemora, é mais um golaço do artilheiro no adversário bolchevique e seu goleiro desengonçado Haddad. Somente um gênio como ele domina a estratégia e as jogadas certas para derrotar a equipe do mefistofélica do lullopetismo. Alvíssaras!
A verdade é que a candidatura do mais cândido representante dos homens bons será um mero passeio, praticamente o jogo já terminou e Serra já é campeão invicto. Somente um almirante como ele navega esplendorosamente nas límpidas e mansas águas do Tietê,  enquanto é aplaudido de pé pela população que pede mais um biênio com seu líder, antes de vê-lo guindado à posição maior da República brasileira, o que inevitavelmente ocorrerá em 2014.
Os anos vindouros na prefeitura servirão de descanso e de preparação para aquele que foi ungido por São Serapião, afim de que seu voo rumo às grimpas do Planalto Central seja perfeito e que de nenhum modo os maus agouros petistas o impeça de libertar a nação do comunismo. Em time que está ganhando não se mexe, por isso, ao contrário da seleção, em 2014 Serra será campeão

Serra, a ira e a soberba

Como se disse mais cedo, ontem, os jornais de hoje evidenciam o plano de Serra (e da mídia, porque depende dela) de tranformar em “luta heróica em defesa do último bastião das liberdades” a eleição municipal de São Paulo.
Não é simplesmente “nacionalizar” a eleição. Ninguém duvide que a campanha terá, quase, ares secessionistas.
Será a São Paulo lutando bravamente contra as “hordas nordestinas”, “a gente diferenciada”.
Aterrorizando a classe média, como fizeram, aqui no Rio, com Brizola, com “os favelados”.
É bem capaz de fazerem comitês pró-Serra no Leblon.
Quando se disse, aqui, que Serra era o “espírito de 32“, quis-se dizer que era o simbolo das elites contra um processo de modernização inclusiva do Brasil.
Serra entra nesta campanha, como de outras vezes, cheio de ódios e ressentimento.
Não tem planos, tem rancores; não tem sonhos, tem pesadelos.
A sua pretensão o torna um homem incapaz de aceitar, compreender e superar.

SEM FALA NA COMPLETA FALTA DE CAPACIDADE PARA QUALQUER COISA. COMO DIZ PHA, SEM A MÍDIA , NÃO PASSARIA DA MARGINAL DO TIÊTE.

OAPEDEUTA.

Somos Todos Anonymous

Somos Anonymous. Somos legião. Estamos em todos os lugares e em qualquer lugar. Somos gay no Texas, negro nos anos 1950s em Selma, separatista basco na Espanha, curdo no Iraque e na Síria, anarquista na França, palestino em Israel, blogueiro dissidente na China, cigano na Polônia, inuit em Nunavut, ativista hacker na Grã-Bretanha, mulher sozinha num beco às 2h da manhã, agricultor sem terra, ocupante no Parque Zuccotti Park, membro de gangue na favela e no gueto, um carinha sentado sozinho num bar, um manifestante no Egito, um menino-soldado na Somália, um estudante infeliz afogado em dívidas, uma família despejada, e também somos você, claro.

Somos as minorias exploradas, marginalizadas e oprimidas que sentem no coração queimar o fogo da revolta e levantam-se para resistir e mudar o status quo. Somos cada um e todos os excluídos e roubados que acordaram para ver que, sim, cada um tem importância e merece mais da vida. Somos todas as maiorias que têm de calar e ouvir a mensagem da suficiência que nos é impingida no palco global. Somos cada movimento e cada rebelião que canaliza a própria energia para agir. Somos o medo paralisante de que tudo se repita, os pensamentos cimerianos (obscuros, escuros, infelizes, sombrios, nebulosos, frios, soturnos, depressivos, desolados, desconsolados, assustadores, apavorantes, fantasmagóricos [sobretudo no inglês da Escócia], elegíaco, funéreo, deus-nos-livre, lúgubre, miserável, mórbido, plutoniano, sepulcral, solene, sombrio, pálido, tenebrífico, tenebroso, o amaldiçoado rugido que mantém despertos, à noite, insones, os donos do poder. Somos a espada que pende sobre a cabeça dos tiranos – isso é Anonymous.

Os EUA não têm imprensa e televisão independentes. Tem prostitutas midiáticas [4] pagas pelas mentiras que proferem. O Governo dos EUA, na prossecução dos seus fins imorais, obteve o estatuto do governo mais corrupto da história da humanidade. E, no entanto, Obama discursa como se Washington fosse a fonte da moral do homem.

GOVERNO E MÍDIA NOS EUA AGEM PARA SILENCIAR OS CRÍTICOS

“Em 2010, o FBI invadiu a casa de ativistas pela paz em vários estados e apreendeu bens pessoais, no que chamou de “investigação de atividades relacionadas com o apoio ao terrorismo” (e tendo orquestrado falsos “grupos terroristas”).

Por Paul Craig Roberts, estadunidense ex-editor e colunista do “Wall Street Journal”.

“SILENCIAR OS CRÍTICOS“

Os que protestavam contra a guerra foram intimados a depor perante um júri, enquanto a acusação fabricava o argumento de que a oposição às guerras de agressão de Washington representa apoiar e encobrir terroristas. O objetivo dessas buscas e intimações era refrear e desmobilizar o movimento antiguerra.
Na semana passada, de uma assentada, os últimos dois críticos do imperialismo de Washington/Tel Aviv foram eliminados dos grandes meios de comunicação social. O popular programa de Andrew Napolitano, “Freedom Watch”, foi cancelado pelo canal Fox, e Pat Buchanan foi despedido da MSNBC. Ambos especialistas tinham muitos espectadores e eram apreciados por falarem com franqueza.

Muitos suspeitam de que Israel usou a sua influência junto dos anunciantes da TV para silenciar os que criticam os esforços do governo israelita para levar Washington para a guerra com o Irã.

A questão é que a voz dos grandes meios de comunicação é agora uniforme. Os norte-americanos ouvem uma voz, uma mensagem, e a mensagem é propaganda. A dissidência é tolerada apenas em assuntos como, por exemplo, saber se os cuidados de saúde a cargo dos empregadores deverão incluir contraceptivos. Os direitos constitucionais foram substituídos por direitos a preservativos grátis.

Os média [mídia] ocidentais demonizam aqueles a quem Washington aponta o dedo. As mentiras chovem para justificar a agressão de Washington: os Talibãs são misturados com a Al-Qaeda, Sadam Hussein tem armas de destruição massiva, Kadhafi é um terrorista e, ainda pior, dava Viagra aos seus soldados para que violassem as mulheres líbias.

O Presidente Obama e membros do Congresso, ao lado de Tel Aviv, continuam a afirmar que o Irã constroi uma arma nuclear, apesar de terem sido publicamente desmentidos pelo Secretário de Estado da Defesa dos EUA, Leon Panetta, e pelo relatório dos Serviços Secretos da CIA. De acordo com relatórios noticiosos, o chefe do Pentágono, Leon Panetta, disse aos membros da Câmara dos Representantes, em 16 de fevereiro, que “Teerã não tomou uma decisão quanto a prosseguir com o desenvolvimento de uma arma nuclear”.

No entanto, em Washington, os fatos não contam. Apenas os interesses materiais de poderosos grupos de interesse têm importância.

Neste momento, o “ministério da verdade [1] norte-americano divide o seu tempo entre mentiras relativas ao Irã e à Síria. Houve, recentemente, algumas explosões na longínqua Tailândia e o Irã foi responsabilizado por isso. Em outubro passado, o FBI anunciou a descoberta de uma conspiração iraniana para pagar a um vendedor de carros usados mexicano que teria contratado traficantes de droga mexicanos para matar o embaixador da Arábia Saudita nos EUA.

O imbecil que falava pela Casa Branca afirmou acreditar nessa inacreditável “conspiração” e declarou ter “fortes evidências”, mas nenhuma foi divulgada. O objetivo do anúncio dessa conspiração foi justificar as sanções de Obama, que representam um embargo (um ato de guerra) contra o Irã pelo desenvolvimento de energia atômica.

Como um dos signatários do Tratado de Não-proliferação Nuclear, o Irã tem o direito de desenvolver energia nuclear. Os inspetores daAgência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estão, permanentemente, no Irã e nunca reportaram qualquer desvio de material nuclear para um programa de armas.

Por outras palavras, de acordo com os relatórios da AIEA, o relatório dos Serviços Secretos e o atual Secretário de Estado da Defesa, não há evidência de que o Irã tenha armas nucleares ou de que esteja a fabricá-las. No entanto, Obama impôs sanções ao Irã quando a própria CIA e o seu próprio Secretário de Estado da Defesa, em simultâneo com a AIEA, reportaram que não existe base para as sanções.

A ideia de que os EUA são uma democracia, não tendo, em absoluto, uma imprensa que funcione como um observador atento, é risível. Mas os média [da mídia] não estão a rir. Estão mentindo. Tal como o Governo, cada vez que os grandes meios de comunicação abrem a boca ou escrevem uma palavra, estão a mentir. De fato, os grandes senhores corporativos pagam aos seus empregados para mentir. É esse o seu trabalho. Se disserem a verdade, passam à história, como foi o caso de Buchanan e Napolitano e Helen Thomas.

Rebelde sírio

O “ministério da verdade” chama “manifestantes pacíficos brutalizados pelo exército de Assad” ao que são, na verdade, rebeldes armados e financiados por Washington. Washington fomentou uma guerra civil. Reclama a intenção de “salvar o povo sírio, vítima de opressão e maus-tratos de Assad”, tanto quanto “salvou o povo Líbio, vítima de opressão e maus-tratos de Kadhafi”. Hoje, a Líbia “libertada” é uma imagem do seu passado, aterrorizada por milícias em confronto. Graças a Obama, mais um país foi destruído.

Os relatórios de atrocidades cometidas contra civis sírios pelo exército poderão ser verdadeiros, mas provêm dos rebeldes que querem a intervenção do Ocidente para subirem ao poder. Além disso, em que diferem essas baixas civis das infligidas à civis no Bahrein pelo seu governo, apoiado pelos EUA, e cujo exército foi reforçado com tropas da Arábia Saudita? Não se ouvem protestos na imprensa ocidental quando Washington fecha os olhos às atrocidades cometidas pelos seus estados fantoches.

Em que diferem as atrocidades sírias, se forem reais, das atrocidades de Washington no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão, no Iêmen, na Líbia, na Somália, em Abu Ghraib, na prisão de Guantánamo, e em prisões secretas da CIA? Porque se mantém o “ministério da verdade” norte-americano em silêncio em relação a essas violações massivas dos direitos humanos e sem precedentes?

Recordem-se, também, os relatórios das atrocidades sérvias no Kosovo que Washington e a Alemanha usaram para justificar o bombardeamento de civis sérvios pela NATO e EUA, incluindo o consulado chinês, considerado outro dano colateral.

Treze anos mais tarde, um destacado programa de TV alemão revelou que as fotografias que despoletaram a campanha de atrocidades “foram mal interpretadas” e “não eram fotografias de atrocidades cometidas por sérvios”, mas de “separatistas albaneses mortos num tiroteio entre albaneses e sérvios”. As baixas sérvias não foram reveladas.

O problema no conhecimento da verdade é que os ocidentais da mídia mentem continuamente. Nas raras instâncias em que as mentiras são corrigidas, isso acontece sempre muito depois dos acontecimentos terem tido lugar e, portanto, os crimes permitidos pela mídia já estão consumados.

Washington pôs a Síria em causa perante os seus fantoches da Liga Árabe, com o objetivo de isolar perante os seus congêneres, para melhor poder atacá-la. Assad evitou que Washington pusesse a Síria no caminho da destruição quando marcou um referendo nacional por uma nova constituição que possa alargar a perspectiva de poder para além do Partido Baath (o partido de Assad).[O referendo foi realizado ontem, 26].

Poderíamos pensar que, se Washington e o seu ministério da verdaderealmente quisessem a democracia na Síria, Washington apoiaria esse gesto de boa vontade por parte do partido do poder e aprovaria o referendo. Mas Washington não quer um estado democrático. Quer um estado fantoche.

A sua resposta é de que o covarde Assad enganou Washington dando passos em direção à democracia na Síria antes que Washington conseguisse esmagá-la e instalar um fantoche. Eis a resposta de Obama às medidas de Assad pela democracia: “É na verdade risível; é gozar com a revolução síria”, disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a bordo do “Air Force One”.

Obama, os neoconservadores e Tel Aviv estão realmente contrariados. Se Washington e Tel Aviv conseguirem descobrir como contornar a Rússia e a China e derrubar Assad, irão julgá-lo como criminoso de guerra por propor um referendo democrático.

Bashar al-Assad

Assad era oftalmologista na Inglaterra até que o seu pai morreu e ele foi chamado para chefiar o conturbado governo sírio. Washington e Tel Aviv demonizaram Assad por recusar ser seu fantoche.

Outro ponto nevrálgico é a base naval russa em Tartus. Em Washington, estão desesperados para expulsar os russos da sua única base no Mediterrâneo, para fazer deste um lago norte-americano. Washington, inculcada com visões neoconservadoras de domínio mundial, quer o seu próprio mare nostrum [2].

base naval russa em Tartus

Se a União Soviética ainda existisse, os planos de Washington para Tartus seriam suicidas. Mas a Rússia é política e militarmente mais fraca que a União Soviética. Washington infiltrou-se na Rússia com organizações não-governamentais que trabalham contra os interesses da Rússia e irão perturbar as próximas eleições. Além disso, as “revoluções coloridas” [3] financiadas por Washington fizeram, do que eram partes da antiga União Soviética, estados fantoches de Washington. Washington não espera que a Rússia, esvaziada de ideologia comunista, prima o botão nuclear. Desse modo, a Rússia está lá para tirar proveito.

A China representa um problema mais difícil. O plano de Washington é cortar-lhe o acesso a fontes independentes de energia. O investimento chinês em petróleo no leste da Líbia é a razão pela qual Kadhafi foi derrubado e o petróleo é uma das razões fundamentais por que Washington aponta agora para o Irã. A China tem grandes investimentos em petróleo no Irã e vai buscar 20% do seu petróleo no Irã. Vedar-lhe esse acesso, ou converter o Irã num estado fantoche de Washington, ameaça 20% da economia chinesa.

A Rússia e a China levam tempo a aprender. No entanto, quando Washington e os seus fantoches na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) fizeram um uso abusivo da resolução daOrganizações das Nações Unidas (ONU) relativamente à zona de exclusão área na Líbia, infringindo-a e transformando-a numa agressão militar contra as forças armadas líbias, que tinham todo o direito de reprimir uma rebelião apoiada pela CIA, a Rússia e a China finalmente perceberam que não podem confiar em Washington.

Desta vez, a Rússia e a China não caíram na armadilha de Washington. O seu veto no Conselho de Segurança da ONU impediu ataque militar à Síria. Agora, Washington e Tel Aviv (entre esses dois, nem sempre é claro quem é o fantoche e quem o manipula) têm de decidir se irão prosseguir, face à oposição russa e chinesa.

Os riscos para Washington multiplicaram-se. Se Washington prosseguir, a mensagem que é transmitida à Rússia e à China é que, a seguir ao Irã, chegará a sua vez. Portanto, a Rússia e a China, ambas dispondo de armas nucleares, provavelmente irão pôr o pé na linha traçada sobre o Irã. Se os loucos militaristas em Washington e Tel Aviv, com a fúria arrogante que lhes corre forte nas veias, ignorarem a oposição russa e chinesa, o risco de confronto perigoso aumenta.

Por que razão os da mídia norte-americana não questionam esses riscos? Vale a pena rebentar o planeta para impedir o Irã de ter um programa de energia nuclear ou mesmo uma arma nuclear? Pensará Washington que a China ignora que aquela [estratégia dos EUA] aponta para as suas fontes de energia? Pensará que a Rússia ignora que está a ser cercada de bases militares hostis?

Que interesses estão sendo servidos pelas guerras infinitas de Washington, que custam tantos trilhões de dólares? Certamente, não os interesses de 50 milhões de norte-americanos que não têm acesso a cuidados de saúde, nem as 1.500.000 crianças sem abrigo, que vivem em carros, quartos de motéis abandonados, cidades de acampamentos e coletores de águas dos temporais no subsolo de Las Vegas, enquanto enormes somas de dinheiros públicos são usados para resgatar bancos e esbanjados em guerras pela hegemonia mundial.

Os EUA não têm imprensa e televisão independentes. Tem prostitutas midiáticas [4] pagas pelas mentiras que proferem. O Governo dos EUA, na prossecução dos seus fins imorais, obteve o estatuto do governo mais corrupto da história da humanidade. E, no entanto, Obama discursa como se Washington fosse a fonte da moral do homem.

O Governo dos EUA não representa os norte-americanos, representa uns poucos interesses especiais e um poder estrangeiro [Israel]. Os cidadãos dos EUA não contam, e certamente não contam os do Afeganistão, Iraque, Líbia, Somália, Iêmen e Paquistão. Washington encara a verdade, a justiça e a misericórdia como valores risíveis. O dinheiro, o poder, a hegemonia, são tudo o que conta para Washington, a cidade sobre a colina, a luz das nações, o exemplo para o mundo.”

NOTAS DA TRADUÇÃO:

[1] Trata-se de um dos ministérios do governo imaginado por George Orwell em 1984, que se ocupa de fabricar a verdade histórica conforme as conveniências políticas do momento.
[2] Os Romanos chamavam Mare Nostrum ao Mediterrâneo.
[3] “Revoluções coloridas”: muitos meios de comunicação social têm assim designado uma série de manifestações políticas no que foi território da URSS, depois CEI, supostamente contra governos e líderes “tiranos”, acusados de serem “ditadores” etc., desde começos da década de 2000.
[4] No original: “presstitutes”

FONTE: escrito por Paul Craig Roberts, estadunidense, economista e cronista. Já foi editor e colunista do “Wall Street Journal”. Transcrito no site português “O Diário.Info” e no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=176512&id_secao=9). [Título, imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

OS MENDIGOS QUEIMADOS EM BRASÍLIA. A GLOBO E A ANTÁRTICA

Globo: Antártica é para a Dilma o que o Vietnã foi para Johnson


Uma das explicacões para a profunda crise política que se instalou nos Estados Unidos com a guerra do Vietnã (a primeira vez em que um sub derrotou um desenvolvido) foi o papel de uma nova e poderosa mídia: a televisão.

As imagens, dia após dia, nos telejornais nacionais, dos corpos dos soldados americanos mortos em combate jogou a opinião pública contra um presidente popular, Lyndon Johnson.

A sucessão de corpos envoltos em embrulhos de plástico ou em caixões cobertos com a bandeira americana provocou um impacto que destruiu Johnson e seu candidato, o vice Hubert Humphrey, e elegeu Richard Nixon.

Coube a Nixon sair às carreiras de Saigon e, depois, fugir para New Jersey, escorraçado em Watergate.

A Globo tentou reconstruir o Vietnã.

E transformar a Antártica no Vietnã da Dilma.

Mostrar os corpos envoltos pela bandeira brasileira, na base aérea do Galeão, como se fosse a base de Andrews, em Washington, onde Johnson percebeu que, com a televisão, tinha perdido a classe média americana.

É o que a Globo, desde o inicio da tragédia na estação brasileira da Antártica, tenta fazer.

O momento superior desse Golpe foi quando o repórter da Globo, ao acompanhar o féretro, disse “que grande emoção !”

Notável.

Enquanto isso, a Globo passou por cima dos mendidos incendiados em Brasília.

Duas vítimas, também, como na Antártica.

Mauro Santayana, ao descrever a elite offshore de São Paulo, trata dessa tragédia tão perto de casa, da sede da Globo, em Brasíia.

E da impunidade de que se beneficiaram os mauricinhos brasilienses que botaram fogo, anos atrás, no índio Galdino.

A Globo e seu Guardião de Fé, o Gilberto Freire (*) brasileiro, com “i”, Ali Kamel, não tem compromisso com o Brasil.

Se a tragédia da Antártica – que cabe lamentar com a mesma intensidade e tristeza com que se chora a dos mendigos de Brasília – servir para dar à Dilma o destino melancólico do Lyndon Johnson, tanto melhor.

Os pacotes de corpos valem pela imagem.

Não pelo que levam dentro.

Imperdível foi, depois da cobertura editorializada da Antártica, o William Bonner dizer que o ” jn no ar” passou o dia no ar !

Notável !

(*) Conta-se que, em Apipucos, D. Madalena, um dia, chegou para o mestre Gilberto Freyre e disse: Gilberto, essa carta está há um mes em cima da tua mesa e você nao abre. O Mestre de Apipucos respondeu: não é para mim. É para um Gilberto Freire com “i”. Não posso abri-la. A propósito do pseudo antropólogo da Globo, leia “como PHA se defendeu de Gilmar, Kamel e Heraldo P. Carvalho“.

Não deixe de ler sobre “Tomara ! O que Dilma fez para provocar a tragédia da Antártica“.


Paulo Henrique Amorim

O BRASIL ENTRE A RUPTURA E A INÉRCIA

TUDO PELA BANCA:  BCE empresta mais 521 bilhões de euros a 800 bancos europeus a juros de 1% ao ano, com 3 anos de prazo**desde dezembro,o socorro ao sistema financeiro da UE já soma mais de um trilhão de euros que, todavia, não se traduzem em crédito à produção, nem ao consumo** SERRA TEM RAZÃO:"É aqui, neste ano, que se travará uma disputa importante entre duas visões distintas de Brasil" (José Serra, em carta em que explica sua decisão de concorrer à prefeitura como porta-voz da direita e do conservadorismo nativo)**HOLLANDE X SARKOZY:  vantagen do socialista sobre Sarkozy cai de 7  para 4,5 pontos em uma semana (pequisa Ipsos) 
O Brasil precisa fazer na educação (e na saúde) o mesmo que Lula fez com o salário mínimo: uma ruptura em relação à inércia conservadora. Num intervalo de oito anos o presidente petista elevou o poder aquisitivo do mínimo em mais de 53% em termos reais. Rejeitou a lógica incremental porque mudar apenas na margem  seria manter à margem os que sempre viveram do lado de fora do país. Mesmo com o aumento substantivo de 22,2%, o novo piso do professorado brasileiro, que entrou em vigor nesta 3ª feira, não vai além de R$ 1.451,00. Quem se habilita? São 40 horas semanais, em classes com pelo menos  30 alunos. Pesquisas indicam  que a carreira do magistério tornou-se uma espécie de lotação da meia-noite: a escolha dos que não tem mais escolha. Entidades representativas dos municípios brasileiros alegam que nem isso podem pagar: precisariam de um subsídio federal de R$ 7 bi/ano para viabilizar a nova folha do professorado. Como atrair os melhores talentos que uma revolução educacional requer?

(LEIA MAIS AQUI)


Merval, o Imortal, Pereira imita Diogo Mainardi e canta derrota do PT como certa

A imagem aqui ao lado é uma reprodução do site da CBN do comentarista Merval Pereira: "Candidatura de José Serra tira a perspectiva de derrota do PSDB" - é o que ele diz.
Como em eleição não pode haver empate, se sai a perspectiva de derrota resta apenas a de vitória. Vale dizer: a entrada de Serra na disputa acaba com as chances dos demais candidatos. E (assim nos ensinou Aristóteles) como Haddad é candidato, logo, Haddad já perdeu a eleição.
Portanto, tratemos de poupar dinheiro de campanha, o saco do eleitor com o horário eleitoral no rádio e na TV, e vamos sentar logo Serra na cadeira de prefeito, assim como fez Fernando Henrique Cardoso numa disputa com Jânio... quer dizer, acho que o exemplo não é muito feliz.
Merval Pereira - talvez por ser um Imortal - fez a afirmação de modo oblíquo, para proteger sua imortalidade. Não foi direto ao ponto, como o fugitivo ex-cronista da Veja Diogo Mainardi, que escreveu, em dezembro de 2005, 10 meses antes das eleições presidenciais:
"Como a eleição já está decidida, com a derrota de Lula..." [clique aqui e confira]
Mainardi estava errado e Lula se reelegeu em 2006. E Merval, o Imortal neo-Mainardi, o homem da metástase do câncer de Chávez, que pode não ser, pode ser?
As urnas dirão.
No Blog do Mello


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As ficções políticas e as realidades do mundo

Mauro Santayana


Faz parte da história política de São Paulo a aparente indecisão de muitos de seus líderes. O Sr. Jânio Quadros, que tinha  dias de Hamlet e  dias de MacBeth, subordinava suas decisões a dois pontos geográficos da cidade: Vila Maria e Sapopemba. Vila Maria é a região de classe média emergente, e, Sapopemba, área mais pobre. Ele costumava consultar os dois eleitorados. De Vila Maria vinha a esperança da vitória, uma vez que, desde sua eleição para vereador, contara com o apoio de seus eleitores. Sapopemba era o teste de popularidade. Antes de candidatar-se a esse ou àquele cargo, aferia, nos comícios, o apoio de seus moradores.

O ex-governador José Serra não chega à forte tragédia do escocês MacBeth, mas se aproxima, em seu ser e não ser, do príncipe da Dinamarca. Não que Hamlet disputasse uma eleição, a não ser a do destino, e que a sua dúvida fosse muito além de sua própria tragédia, ainda que nela amarrada. Mas se Jânio e Serra estão muito distantes da essência do caráter que Shakespeare dá aos dois personagens, e que ele pintara como antípodas morais, os dois paulistas começam a se assemelhar. Jânio adorava que fossem bater à sua porta, apelar para a sua taumaturgia populista. Serra, ao desconfiar de que não o procurariam, como a bóia salva-vidas na tempestade (mesmo porque os ventos políticos sopram brandos, por enquanto), resolveu aceitar, de bom grado, os ralos apelos que lhe chegam.

Os paulistas começam a dar à eleição para a Prefeitura de São Paulo importância maior do que ela realmente tem, e os comentaristas políticos, próximos dos tucanos bandeirantes, avançam sobre a lógica, dizendo que ela terá efeitos nacionais. Não há dúvida de que a cidade é a mais importante do país, no que se refere à economia e à cultura, de maneira geral, mas está distante da realidade política e social do Brasil como um todo. Os paulistanos atuam como se fossem o sol, em torno do qual os planetas menores orbitam, e, de cuja luz, dependem.

Na noite de sábado para domingo, em uma cidade satélite (das mais pobres) de Brasília, Santa Maria, alguns rapazes atearam fogo a moradores de rua. Um deles morreu e o outro se encontra seriamente ferido, com poucas possibilidades de sobrevivência. Há dois fatos, relacionados com essa tragédia, que devem ser ponderados. Até há algum tempo, os pobres costumavam ser solidários entre eles.     Agora, no entanto, submetem-se à cultura, made in USA, da intolerância, da violência pela violência, da discriminação e do desprezo pela vida. Talvez – e as investigações continuavam – os incendiários de fim de semana sejam dos “emergentes” das cidades-satélites, filhos de pais bem empregados, moradores em casas confortáveis. E, talvez, não – o que será pior.

O outro ponto de reflexão é o da impunidade. Há quase quinze anos, cinco rapazes, filhos de famílias da elite de Brasília, atearam fogo ao índio Galdino, dirigente da etnia pataxó da Bahia, que dormia em um ponto de ônibus. Presos, graças ao testemunho de um rapaz da mesma idade, que passava de carro pelo local, os culpados foram defendidos com veemência. Seus pais, e os advogados que contrataram, tentaram desqualificar o crime – tratara-se, segundo a desculpa, de uma brincadeira que dera errado. Não tinham a intenção de matar, só a de assustar com o fogo. Foram presos e julgados. Condenados, em 2001,  a 14 anos de prisão, menos um deles, que era adolescente, não passaram mais de 4 anos na prisão – onde gozaram de todas as regalias, entre elas a de sair para estudar e trabalhar, quando aproveitavam o tempo para beber e namorar, chegando frequentemente muito depois da hora de recolher.

As denúncias de que estavam sendo privilegiados de nada adiantaram. Eles eram enteados e filhos de juízes. Como sabemos, todos somos iguais diante da lei, embora alguns sejam muito mais iguais.

É nesse país, em que as leis são meras declarações de intenção, e apenas 3% dos responsáveis pelos crimes de homicídio são julgados e cumprem penas, que temos de pensar. Não entendem os legisladores e administradores públicos que a impunidade dos poderosos estimula a criminalidade geral. Assim, enganam-se os tucanos da maior cidade brasileira. São Paulo, com toda sua opulência (mesmo com a maior população de moradores de rua de todo o país) não é a estrela em torno da qual circula o sistema planetário nacional. Mesmo porque as elites de São Paulo, salvo poucas exceções, exercem uma cidadania off-shore, desligada do destino do país.

O nosso futuro está sendo construído em todo o território nacional, pela inteligência, pelo esforço e pelo patriotismo de seus trabalhadores, incluídos os de São Paulo – e não pelos senhores da Febraban e das corporações multinacionais,  empenhadas em novo e cômodo colonialismo.

Leandro Fortes: Oban cabocla nos rincões dos Mendes

  
por Leandro Fortes, no Brasília Eu Vi
Esse fascitóide de quinta categoria se chama Márcio Mendes. É um técnico rural que a família do ministro Gilmar Mendes, do STF, mantém como cão raivoso na emissora de TV do clã para atacar adversários e inimigos políticos. A TV Diamante, retransmissora do SBT, é, acreditem, uma concessão de TV educativa apropriada por uma universidade da família do ministro. Mendes, vcs sabem, é o algoz do fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício de jornalistas. Vejam esse vídeo e vocês vão entender, finalmente, a razão. Esse cretino que apresenta esse programa propõe a criação de um grupo de extermínimo para matar meninos de rua. Pede ajuda de empresários e comerciantes para montar um “sindicato do crime”, uma espécie de Operação Bandeirante cabocla, para “do nada” desaparecer com esses meninos. E preconiza: “Faz um limpa, derrete tudo e faz sabão”.
Repito: trata-se de transmissão em concessionária educativa na TV da família de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Eu denunciei isso, faz dois anos, na CartaCapital, em uma das matérias sobre os repetidos golpes que o clã dos Mendes dá para derrubar o prefeito eleito da cidade de Diamantino, que ousou vencer a família do ministro nas urnas. Vamos ver o que diz o Ministério das Comunicações e a Polícia Federal, a respeito. Seria bom saber qual a posição do SBT, também.

Correio do Brasil diz saber quem é o parceiro da Stratfor

WikiLeaks: Stratfor, em parceria com jornal brasileiro, capta informações para EUA e prediz morte de Chávez
do Correio do Brasil
27/2/2012 13:43,  Por Redação – de São Paulo
Denunciada nesta segunda-feira em uma série de telegramas vazados na internet, pela página do WikiLeaks, a possível parceria entre o diário conservador carioca O Globo e a Stratfor Global Intelligence, pode ser a responsável pelo vazamento da notícia de fundo na polêmica nota do colunista Merval Pereira, publicada na edição de 16 de fevereiro, na qual ele prediz a morte do líder venezuelano, Hugo Chávez, em menos de um ano. A empresa norte-americana fornece serviços de inteligência confidenciais para grandes corporações dos EUA e também para e agências governamentais, incluindo o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos , os fuzileiros navais norte-americanos e Agência de Inteligência de Defesa dos EUA.
Pereira aponta sua fonte na pessoa do ex-embaixador dos Estados Unidos na OEA, Roger Noriega, que “invocando informações de dentro do governo venezuelano, escreveu artigo recentemente no portal de internet da InterAmerican Security Watch intitulado A Grande mentira de Hugo Chávez e a Grande Apatia de Washington. Nesse artigo ele dizia que o câncer está se propagando mais rapidamente do que o esperado e poderia causar-lhe a morte antes mesmo das eleições presidenciais”, escreveu o cronista de O Globo.
Nos e-mails da Stratfor, divulgados nesta manhã, porém, consta em data imediatamente anterior, a mesma informação que O Globo veicula logo depois, a de que Hugo Chávez terá cerca de um ano de vida. “O Presidente venezuelano sofre de um câncer na próstata que teria feito uma metástase para o cólon, o sistema linfático e a medula espinhal. A situação terá sido agravada pelo fato de Chávez ser ‘um paciente péssimo’ que interrompe tratamentos para realizar aparições públicas e participar em encontros políticos”, escreveu a agência norte-americana. Segundo a Stratfor, o líder venezuelano é acompanhado não apenas por uma equipe de médicos cubanos, mas por outra, de clínicos russos, sendo que os dois grupos têm visões opostas sobre a melhor estratégia de tratamento.
Parceria explosiva
Entre os 5 milhões de e-mails confidenciais da Stratfor, vazados há algumas horas, as mensagens trocadas entre julho de 2004 e dezembro de 2011 revelam a rede de informações formada pela Stratfor, assim como sua estrutura de pagamentos, técnicas de camuflagem da remuneração aos seus colaboradores, inclusive no Brasil, e métodos psicológicos utilizados na captura das fontes de informação.
“Este material mostra como funciona uma agência privada de informações e como fixam um alvo para os seus clientes empresariais e governamentais”, acrescenta o comunicado da Wikileaks, que salienta, ainda, ter provas da ligação da Stratfor a grandes companhias como a Dow Chemical Co e agências governamentais.
Ainda de acordo com esta leva de mensagens, obtidas após a invasão dos computadores da Stratfor por militantes do grupo Anonymous, há algumas semanas, um grande jornal brasileiro é parceiro da empresa com o objetivo de manter os norte-americanos informados sobre assuntos estratégicos àquele país, no Brasil, e a análise de cronistas e repórteres em temas relevantes para os serviços de inteligência do Departamento de Segurança Interna dos EUA , os fuzileiros navais norte-americanos e a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA.
Nos Arquivos Globais de Inteligência, título da remessa de informações do WikiLeaks sobre a empresa de “inteligência global” constam o funcionamento interno de uma empresa que atua como uma editora de inteligência, mas fornece serviços de informações confidenciais para grandes corporações, como a Dow Chemical Co. de Bhopal, a Lockheed Martin, Northrop Grumman, Raytheon, além daquelas agências governamentais.
Bobo da corte
Entre as mensagens trocadas pelos ‘analistas’ da Stratfor, o ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar (1996-2004) seria uma espécie de ‘bobo da corte’ de um grupo de espiões norte-americanos, como revelou o Wikileaks. Voluntários da Wikileaks, organização fundada por Julian Assange, revelam que, além do parceiro brasileiro, a Stratfor mantém acesso pleno a mais de vinte jornais de todo mundo.
Em um das mensagens eletrônicas que a diretora de Inteligência Geopolítica de Stratfor, Reva Bhalla, troca com outros analistas e agentes, ela comenta que Aznar é bem mais extremista, mais até do que os servidores públicos israelenses a que tem acesso.
“Caramba!”, escreve Bhalla na primeira linha de seu relatório, “o senhor presidente é um ultra (hardcore, no original). Ele se crê sinceramente que todos os terroristas são iguais e que nada que não seja uma guerra total pode derrotá-los. Está rotundamente na contramão de qualquer tipo de negociação com terroristas e critica duramente a França, Alemanha e outros (países) por esta questão”.
Em duas outras mensagens, os espiões debocham de Aznar, outrora chefe do Executivo ibérico e presidente honorario do conservador Partido Popular (PP, oficialista). Estes e-mails fazem menção ao seu cabelo “seus maravilhosos cachos” e ao fato de ir impecavelmente vestido.
Tudo começou por uma mensagem na qual a diretora de Inteligência Geopolítica dessa “CIA na sombra” informa a todos os analistas da empresa de que se dispõe a assistir a uma conferência de Aznar em Georgetown (Washington, DC), em 16 de novembro de 2010.
“Alguém tem perguntas para o ex-presidente espanhol Aznar, não vá ficar sonolento?”, caçoou Bhalla antes de assistir à dissertação.
“Podes simplesmente dizer de minha parte: boa tentativa culpar a ETA, replicou zombador Bayless Parsley, especialista sobre África.
Parsley referiu-se depreciativamente à insistência com a que Aznar tratou de imputar-lhe a ETA a autoria dos atentados de 11 de março de 2004 em Madri.
Bhalla destaca que Aznar está “muito ideologizado” e é “de linha dura”, mas destaca que ele também está envergonhado de sua derrota eleitoral em 2004, “pela qual ele já pagou”. Depois, em outra mensagem, a servidora da Stratfor volta ao tema do cabelo:
“Vai impecavelmente vestido, leva o cabelo mais formoso… Tão sedoso e brilhante! Poderia perguntar-lhe que tipo de xampu usa…”. As informações são do diário lusitano Público.
Para ler a íntegra do telegrama sobre a coleta de dados em parceria com um jornal brasileiro, clique aqui
Leia também: O Globo descobre o itinerário do câncer de Chávez

Bloco dos sujos é criado no Rio

Inflação: Tombini desmoraliza Urubóloga


Depois dizem que o Conversa Afiada persegue a Urubóloga.

Na verdade, como se vê no post do Fernando Brito, ela é quem se persegue a si mesma !

Saiu no Tijolaço:

Análise econômica ou mau-agouro?

“Houve pressões explícitas, e o Banco Central cedeu. Tentou convencer que a decisão (de baixar os juros) foi tomada de forma técnica. Não convenceu. A deterioração do quadro externo justificaria manter os juros para esperar para ver. Até porque, mesmo reduzindo o ritmo de crescimento do mundo, a inflação não está cedendo.”


O comentário aí, da simpática Miriam Leitão, tem apenas seis meses.


É só olhar o gráfico aí de cima e se verá que não somente a inflação cedeu como, naquele início de setembro, logo após a decisão do BC de começar a reduzir os juros, já vinha cedendo.


Hoje, se algum exagero houve, certamente não foi o de baixar os juros, mas o ter exagerado na alta que vinha desde o final de 2010.


A inflação acumulada no primeiro bimestre do ano (0,19%) – 0,25% em janeiro e – 0,06% em fevereiro – só perde, em toda a história brasileira, para a de janeiro/fevereiro de 2009, quando o Brasil vivia a ressaca da crise do final de 2008 e nossa economia, ao contrário de agora, encolhia.


As previsões de estagnação feitas para a economia brasileira este ano têm o mesmo valor que tinham as de explosão inflacionária naquele momento de 2011. Podem ser mau-agouro, análise da economia é que não são.


Mas essa gente continua pontificando, proferindo suas verdades como se não tivessem de dar conta de seus erros crassos em fazer previsões.


Hoje, em seu comentário na CBN, a mesma analista fecha seu texto com a seguinte observação:


“Será que o BC aceitará mais inflação? Isso vai bater mais no nosso bolso? É isso que nos interessa. O BC, hoje, parece mais tolerante. O IPCA em 12 meses está caindo, o que é bom. Não podemos nos preocupar  com a inflação, porque esse desafio foi vencido. Temos de enfrentar os demais que existem em outras áreas.”



Nesta terça-feira, num depoimento no Senado, Tombini previu que o PIB vá subir e a inflação vá cair.
Vai ficar mais perto do centro da meta de 4,5%.
Os “analistas” da GloboNews e das empresas de consultoria que trabalham para bancos estão “céticos”.
Mas, a Bolsa subiu, com eles ou sem eles !
Enquanto isso, no Valor, Delfim Netto prevê que a economia cresça este ano entre 4% e 4,5%:
Nos últimos dois meses, três mudanças foram importantes:
1ª) com relação ao misterioso “produto potencial” parece que agora o “mercado” aceita que ele anda às voltas de 4,5%;
2ª) o Banco Central quis saber do sistema financeiro como ele calcula a taxa de juros “neutra”;
e 3ª) houve uma melhora dos humores do setor privado em matéria de confiança no governo. Isso, somado aos sinais positivos do IBC-Br de novembro e dezembro mostra que, se tivermos disposição de fazê-lo, um crescimento de 4% a 4,5% em 2012 não está fora do radar, mesmo porque ele é bissexto !

Paulo Henrique Amorim