Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Palavras de um Coração Socialista



Ana Clara Conceição Furtado O Amor tem a mesma cor que o socialismo: os dois são vermelhos! Porque quem é socialista sente no peito o amor pelo sonho de um mundo justo. Onde todos tenham o que comer, onde trabalhar, enfim, sejam felizes!!!! Porque o sonho que nos guia é o mesmo que guiou a geração de 68 a querer mudar o mundo!!! Porque nós sentimos as dores do mundo, como hoje estamos sentindo a dor dos egípcios na luta por um país livre.

Postado no Grupo Coletivo da Rede no Facebook

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Santayana e a tragédia: por que há esperança



Para  mim , é um orgulho muito grande pertencer a uma nação, onde brilha uma estrela de máxima grandeza e sublime luz , capaz de ,  suave e humanamente , nos lembrar-mos que, devemos sim  semear, a paz , concórdia e união , mesmo onde o solo parece áspero e estério. 

Obrigado Mauro Santayanna.

Os americanos associam Murdoch, dono da Fox (a Globo de lá), ao atentado de Tucson

Conversa Afiada aconselha a leitura sempre inteligente de Mauro Santayana.

Especialmente ao Ali Kamnel, o mais poderoso Diretor de Jornalismo da História da Globo.

Kamel parecia, ontem, determinado a destruir a imagem o Presidente Lula, como tentou na eleição de 2006 (clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve; falta o segundo”)  e no Golpe do “Caosaéreo” – clique aqui para ler “Lula deveria exigir direito de resposta à Globo”).

Santayana, suave e profundo, cura esses males.

Se o paciente estiver disposto a curar-se.

Ainda há esperança


AS DUAS TRAGÉDIAS desta semana, a de Tucson e a da Serra do Mar, trazem, em todo o seu horror, a centelha da esperança. Os fatos do Arizona, embora tenham custado muito menos vidas, conduziam presságios piores.


Os desastres naturais, ainda que se devam, em parte, à imprevidência dos homens e dos estados, não podem ser imputados à vontade desse ou daquele agente. A vida é uma concessão fugaz de razões imperscrutáveis que fizeram surgir tempo e espaço e, neles, essa fantástica aventura da energia convertida em matéria e dotada da consciência de si mesma. As tempestades, os vulcões, terremotos, ciclones – e prováveis impactos de asteroides – escapam de nosso controle.  Diante deles, nossa impotência se converte em força e coragem, como nos revelam os belos atos de solidariedade destas horas de luto e pranto.


Nos Estados Unidos, embora de forma ainda tímida, começa a reunir-se a consciência da necessidade de convívio mais civilizado entre os interesses políticos e econômicos, que sempre se aproveitam dos piores sentimentos para impor-se à sociedade. Ali, a extrema-direita se move contra a assistência médica universal e os imigrantes pobres. O discurso de Obama, convocando a união, foi acolhido com respeito.


Mas o ódio que se construiu e se manifestou de forma quase absoluta, nos anos 30 e 40, está, mais uma vez, de volta, e ensandecido, como revelam os atos do Tea Party, de Sarah Palin, Karl Rove e Murdoch. Nos últimos 65 anos, depois que o Julgamento de Nuremberg espantou o mundo com a ideologia do Terceiro Reich, que juntava baderneiros aos grandes banqueiros, temos lutado, com algum êxito, contra a nova barbárie, mas não conseguimos dela nos livrar.


O ódio ao outro permanece, e sofremos em ver que, em alguns casos, as vítimas de ontem se transformam em cruéis perseguidores de hoje. Sim, pensamos na Palestina. Todos os homens teriam que visitar, pelo menos uma vez na vida, os campos de concentração que ainda restam de pé.


Mais do que isso: deveriam ser de leitura obrigatória os relatos dos sobreviventes desses espaços de ódio convertido em razões de estado. Um desses inquietantes depoimentos é o de Robert Antelme, La espèce humaine. A mais clamorosa de suas experiências foi descobrir, em um relâmpago da consciência, que os seus algozes pertenciam à mesma e única espécie humana.


“O reino do homem – diz Antelme – não cessa. Os SS não podem mudar nossa espécie. Eles mesmos são fechados na mesma espécie e na mesma história”. E em outro momento forte, Antelme, resistente francês – e não judeu – reduz o SS a um ponto minúsculo no sistema, “encerrado, ele também, dentro do arame farpado, condenado a nós, fechado dentro de seu próprio mito”.


O Brasil, representado pela decisão da chefe de Estado, se une na busca dos mortos e feridos nas encostas de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Todos os nossos recursos, humanos e materiais, serão empregados no Rio de Janeiro, de acordo com a decisão da presidente Dilma Rousseff. Essas providências, é certo, serão tomadas também nas áreas atingidas em outros estados, como os de São Paulo e Minas.


É mais fácil sepultar as vítimas dos desastres naturais do que as da bestialidade dos próprios homens. Os enviados para as câmaras de gás e os fornos crematórios dos lager nazistas – judeus, comunistas, eslavos, ciganos – continuam insepultos, ainda que convertidos em cinzas, como insepultos continuam os negros assassinados pela Ku-Klux-Kan, os líderes políticos como Gandhi e Allende, as vítimas de Tucson – e os brasileiros mortos em tempo que não se afasta de nossa memória dilacerada.


Apesar disso, não puderam assassinar a esperança. Enquanto formos capazes de remover os escombros, neles encontrar vidas, e chorar pelos estranhos, seremos também capazes de combater o ódio e as injustiças, para a salvação da nossa espécie.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Facebook promove evento pelo "orgulho nordestino"

Como uma resposta às manifestações de racismo que se disseminaram pelas redes sociais logo após o anúncio do resultado das eleições presidenciais, alguns usuários da rede social Facebook deram início a um movimento que tem como objetivo valorizar a cultura e o povo nordestino.
Página convida os usuários da rede
a postar conteúdo que exaltem
as belezas da região
e do povo nordestino
Criada no formato de um evento, a página Dia do Nordeste (clique aqui) convida os participantes da rede (nordestinos ou não) a utilizar o próximo sábado, dia 6 de novembro, para compartilhar links, poesias, imagens, vídeos ou qualquer outro conteúdo relacionado a região nordestina.
Na descrição da página, o evento é apresentado como um ato contra a xenofobia e como uma maneira de ressaltar o orgulho nordestino. A ideia é que a divulgação seja feita pelos próprios usuários, convidando os contatos de sua lista de amigos a se engajarem na ideia. O Dia do Nordeste no Facebook acontecerá entre a 0h do sábado 6 até a 0h do domingo 7.
Até o final da tarde de quinta-feira 4, a página já contava com mais de 1250 participantes confirmados no evento virtual.
Polêmica
A ideia de resgatar o valor e a cultura do Nordeste nasceu como resposta à uma série de ataques direcionados à região brasileira, postados sobretudo no Twitter desde o último dia 31. Para manifestar seu desagrado em relação a vitória da presidente eleita, Dilma Rousseff, alguns internautas começaram a postar mensagens ofensivas ao povo do Nordeste (região que concentra o maior número de eleitores da candidata do PT), sugerindo até atitudes de violência contra cidadãos nordestinos.
Para tentar barrar a onda de comentários racistas, um blog foi criado especialmente para denunciar os perfis dos internautas que haviam iniciado o movimento. A repercussão rapidamente ganhou notoriedade, chegando à imprensa e se tornando um dos assuntos mais comentados dentro das redes sociais. A OAB de Pernambuco já anunciou que irá processar a jovem que teria iniciado a leva de comentários.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Torcida próDilma toma conta da Lapa


Deixem-me contar para vocês como foi sem muito lero-lero. Ás sete e pouco da noite, desliguei o computador e dirigi-me ao Circo Voador, para ver o tal encontro de "artistas, poetas, músicos, etc" que apoiam Dilma. Achei que fosse encontrar meia dúzia de malucos reunidos no pátio e me surpreendi positivamente com um ato magnificamente organizado pela campanha, com exibição de vídeos, shows, venda de cerveja a preço acessível, e uma quantidade impressionante de garotas bonitas (e inteligentes, pois votam na Dilma).

A intenção de apenas dar uma olhada, portanto, desfez-se rapidamente e decidi gastar meus últimos trocados da semana comprando tickets de cerveja a três reais e conversando sobre política, dançando e recebendo beliscões de ciúmes de minha mulher que chegou de São Paulo a tempo de participar da festa.

O mais impressionante para mim, no entanto, veio depois. As pessoas saíram do evento dispostas a assistir ao debate e uma boa parte migrou para o Arco Iris, um dos bares tradicionais da Mem de Sá, que tem tvs posicionadas em todos os cantos. Nunca vi nada parecido. Uma cena original para mim. Embora caladas, você podia sentir a forte eletricidade no ar. As pessoas ouviam os candidatos com atenção extrema, mas se notavam, nas pausas, manifestações calorosíssimas em defesa da Dilma.

Aliás, agora entendi porque eu perdi o "timing", naquele primeiro debate do segundo turno, quando, após vê-lo pela internet apenas no dia seguinte, escrevi um texto pessimista. Dessa vez, eu vivencei o momento, num bar lotado da Lapa de gente ansiosa, tensa, alegre, sagaz, que pediam silêncio para compreender melhor o que era discutido. E batiam palmas, eufóricas, quando Dilma encaixava mais um argumento.

Serra nunca me pareceu tanto o Nosferatu, do filme de Murnau, com suas enormes mãos espalmadas sempre apontando a si mesmo, os dedos longilíneos abertos com força quase histérica, como se quisesse separá-los. Os olhos esbugalhados de medo, ódio e ambição. As pessoas pediam silêncio para poder ouvi-lo. Todos queriam ouvi-lo, mas ao mesmo tempo não era possível compreendê-lo. O que ele defende? Quem ele pensa que engana com suas pegadinhas tolas?

O assunto era o pré-sal, trazido para o centro do debate por Dilma Rousseff, que finalmente conseguiu atingir aquele delicado equilíbrio entre o erudito e o popular que apenas os grandes artistas e eventualmente algumas lideranças políticas logram alcançar. Ela falou em filet mignon. Explicou didaticamente, mas sem ar professoral, que o petróleo que tínhamos antes, antes do pré-sal, era um petróleo pesado, de baixa qualidade e em pouca quantidade. O pré-sal tem altíssima qualidade, é um petróleo fino, e existe em quantidades colossais. Não dá para comparar uma coisa com a outra. O tucano tentava, de maneira quase adolescente, e um tanto paradoxal, demonstrar que Dilma ajudou a trazer capital privada para as explorações petrolíferas brasileiras. A gente ouvia aquilo e não entendia. Ué, e daí? Não é justamente isso que o PSDB defende? O Serra virou socialista agora?

Dilma rebateu com galhardia. Sim, Serra, o governo Lula liberou o petróleo para o capital estrangeiro, porque entendeu que isso era necessário, por causa dos problemas já mencionados: é um petróleo pesado, de baixa qualidade, e em pouca quantidade. Mas não compare isso ao pré-sal. O pré-sal é o filet mignon, o nosso passaporte para o futuro, e por isso mesmo a mídia até agora não esclarece a população, adequadamente, sobre o efeito que os seus recursos poderão proporcionar à economia brasileira. São trilhões de dólares, que poderão efetivamente mudar a educação e a saúde dos brasileiros. Nesse ponto, o bar explodiu, em palmas e gritos, e logo veio uma cantoria inflamada Olê Olê Olá, Dilmá, Dilmá.

Aí eu voltei para casa, com alma e carteira limpas, mas com a certeza de que ainda teremos muito trabalho pela frente, porque uma derrota de Dilma representaria um trauma político difícil de ser mensurado, vide o envolvimento emocional que pessoas, movimentos sociais, artistas, e associações populares estão pondo no processo. Ontem eu vi uma foto impressionante de um auditório gigante da USP, lotado de estudantes, professores, intelectuais, sindicalistas, num ato pró-Dilma. Não é apenas a eleição presidencial que está em jogo aqui. Alguma coisa está emergindo no país, alguma coisa nova, profunda, nascendo das entranhas, um sonho cheio de fúria e esperança.