Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

José Serra por si mesmo e seus amigos

Palavras Diversas

Palavras Diversas

O fator "Regina Duarte" reciclado, ato contínuo desde outras eleições

Você tem medo de que?

Quem não sabe da pitoresca participação de Regina Duarte na campanha eleitoral para presidente da república em 2002? Ao tentar assustar o eleitor sobre uma possível vitória de Lula, o temor teatral com uma possível volta da hiperinflação ou o medo do "sapo barbudo", pura e simplesmente, deram o tom do "espetáculo" apresentado no horário eleitoral gratuito do PSDB. A peça, produzida pela campanha de Serra não colou, e o mote da esperança falou mais alto, eram tempos de ruptura política com um modelo defasado e excludente, severamente pesado com as camadas sociais mais populares.
Este episódio marcou o tom de uma espécie de campanha que, sem argumentos convincentes, tentava convencer amedrontando as pessoas. Mas o curioso é que em 1985, na campanha para prefeitura de São Paulo, a mesma Regina Duarte pedia as pessoas para não votarem em Suplicy e sim em FHC, para impedir a vitória de Jânio, alegando que foi assim que os nazistas chegaram ao poder na Alemanha, com a divisão dos democratas (confira o vídeo abaixo), quer dizer, 2002 foi apenas uma reincidência tucana da atriz. Jânio derrotou FHC...

Assustar o eleitor desvia o rumo da discussão dos fatos relevantes da política, desqualifica a argumentação sobre os contextos sociais , econômicos e políticos vigentes, rebaixando para o segundo plano tais debates. Essa estratégia do "tudo ou nada" político procura ativar nas pessoas um apego a manter as "coisas como estão", se o "estar" for de quem ocupa o poder e busca manter-se lá, como em 2002, ou "mudar tudo que aí está", se quem usa da histeria e do medo para (tornar a)ocupar o poder, como em 2006 e 2010.

O medo daquilo que ninguém sabe o que é, não é o mais importante, mas sim o próprio medo que se propaga e se espalha sem porquê.
Em 2006 muitos articulistas e a oposição apostavam no medo de que Lula não governaria plenamente se vencesse, pois sofreria processo de impeachment e seu governo seria entregue ao congresso, que, a partir daí, encaminharia o futuro político do país. Uma espécie de louvor ao "vai votar nele e não vai governar...seu voto perdido". Vários artigos foram escritos baseados nessa tese, com fundo explicitamente político-partidário, para assombrar o eleitor de Lula e demovê-lo de sua convicção, induzindo-o a pensar: "melhor votar em quem vai poder, de fato, governar o país pelos próximos quatro anos (Alckmin)".

Por outro lado haviam os que disseminavam o medo de uma possível "jogada constitucional", que proporcionasse a Lula, no meio do jogo, a conquista de um terceiro mandato e, dessa forma, permitisse a sua perpetuação no poder, enquanto quisesse e/ou se sustentasse politicamente. A sua reeleição poderia significar, segundo tais alarmistas, um "precedente perigoso à democracia brasileira", ou um tipo de "Fujimorização da política nacional". Logo seria necessário, para o bem do país, a sua derrota em 2006, por um motivo ou por outro. Não importava qual, mas sim sua derrota, muito menos a verossimelhança dessas idéias propagadas, ou qualquer tentativa de debate a respeito, mas o fim político delas estava acima do esclarecimento.

Não colaram as duas idéias, muito menos se confirmaram...Nem foi preciso trazer ao palco eleitoral qualquer atriz amedrontada ou histérica, a idéia não se sustentou.

Em 2010 a tentativa de virada eleitoral da oposição também passa pelo medo.
O medo está presente no discurso de criminalização do MST e de um possível "boom" de invasões de terras produtivas em um governo Dilma Roussef, apesar dos números de assentamentos terem aumentado e as invasões diminuido no governo Lula, logo um quadro que tende a se estabilizar, já que Dilma se apresenta como continuadora das políticas públicas do governo do qual participou inteiramente. A questão fundiária ainda não está resolvida, longe disso, mas o trato institucional por parte do governo acerca dessas questões com o MST, diminui as tensões no campo e ganha tempo e fôlego para negociações políticas. O medo, nesse caso, é endereçado ao eleitor rural, ao cidadão do campo.

As acusações despropositais e irresponsáveis de índio e Serra ao PT, sobre supostas ligações do partido com as FARC e, consequentemente, com o narcotráfico, são roteiros reciclados da mesma encenação: o medo destinado a classe média brasileira e aos moradores de comunidades que sofrem com a violência provocada pelo tráfico de drogas.
Ou seja: destinado ao eleitor das grandes cidades brasileiras.
Estas duas performances do medo, do MST e das FARC, foram tentadas em 2002 e 2006, não são novidades, nem tampouco deram certo.

Da mesma maneira as munições pesadas contra a política externa brasileira, nas declarações desastradas de Serra, acompanhadas de editoriais e artigos de "figurões da imprensa" apontam este como um dos mais sérios riscos de um governo Dilma Roussef, entre tantos outros que elencam superficial e irresponsavelmente.
Os alvos são os "de sempre", ultimamente: Chávez, Evo Morales, Kirchner e "companhia limitada". Afirmam, categoricamente, que este eixo político é nefasto à democracia regional, mais ainda ao povo brasileiro, em que o alinhamento do governo brasileiro aos governos populares do continente se configura em um erro histórico e péssimo para os negócios do país, além de "manchar" a imagem do Brasil junto à Europa e Estados Unidos. O medo que apregoam está situado aí: na "queimação de filme" do Itamaraty com as grandes potências, que até alguns anos atrás se alinhava cegamente em condições subalternas ao que interessava, tão somente, à estas nações. Alardeiam junto ao empresariado o risco de perda de mercados importante no velho mundo e na Amaéirca do Norte.
Esta estratégia, ao menos, se mostra coerente com os ideários de seus disseminadores: trazer o país de volta ao seu papel de figurante no cenário das relações exteriores, subserviente aos interesses norte americanos e europeus, abrindo e flexibilizando os mercados para os representantes destas potências. Na verdade reeditar a política neoliberal de FHC, Meném e Fujimori, que resultou em uma desregrada abertura comercial desses países e em extensos danos aos interesses nacionais, na explosão da recessão, na privatização desenfreada do patrimônio público e desemprego galopante vividos no final da década de 1990 e início da década de 2000, ainda muito presentes na memória do povo sulamericano, o que ajuda a explicar as fragorosas derrotas dos conservadors na América do Sul nesta década.

O medo pelo medo, sem sentido ou sustentação real, busca provocar a irracionalidade do eleitor na hora do voto, influenciando suas escolhas, auxiliados por meios de comunicação que, ininterruptamente, despejam enormes quantidades de (des)informações a respeito de variados temas, rotulados como perigosos ao povo brasileiro, forjando uma realidade ilustrada por noticiários parciais, artificiais e ocos.
Talvez o risco maior seja para quem aposta na estratégia do medo pelo medo: ficar estigmatizado, tal como ocorreu com Regina Duarte, e não conseguir mais fazer valer quaisquer de seus argumentos.


Regina Duarte não assusta ninguém...

O medo é só um cenário, fim político para lograr êxito em uma campanha que, sem sobressaltos e transcorrendo na normalidade, a derrota se mostra inevitável e dolorosa para a oposição. É como aquele time que não tendo como enfrentar seu adversário, de igual para igual, faz uso da violência e do antijogo para mediocrizar o espetáculo ao seu baixo nível.
Assim como o espectador de um jogo de futebol de baixo nível técnico praticado por uma das equipes, o eleitor também não aprova tais recursos por parte de uma das candidaturas postulantes ao governo.

Blogg do Amoral Nato: Collor é proibido de usar nome de Lula e Dilma em ...

Blogg do Amoral Nato: Collor é proibido de usar nome de Lula e Dilma em ...

Collor é proibido de usar nome de Lula e Dilma em jingle

Decisão judicial atende representação de Ronaldo Lessa (PDT), ex-governador e rival de Collor na disputa

AE via IG

O senador Fernando Collor de Mello, candidato ao governo de Alagoas pelo PTB, está proibido de usar o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, em suas propagandas eleitorais. A decisão da Justiça Eleitoral atende a uma representação da coligação "Frente Popular por Alagoas", que tem como candidato ao governo o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
A decisão foi tomada hoje à noite, que determina prazo de 24 horas para a coligação "O povo no governo" cumprir a decisão e retirar do jingle o trecho em que cita Lula e Dilma: "É Lula apoiando Collor, e Collor apoiando Dilma pelos mais carentes... e os três para o bem da gente." (Clique aqui para ouvir)
De acordo o juiz, caso descumpra a decisão, a coligação de Collor estará sujeita a uma multa de R$ 2 mil por dia. O prazo para cumprimento começa a partir da publicação da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O coordenador da campanha de Collor, Carlos Mendonça, disse que só se pronunciaria após receber a notificação.
Em entrevista à imprensa, o advogado Marcelo Brabo, da coligação de Lessa, disse que a proibição foi tomada com base em dispositivos da lei 9.504. "Para participar de propaganda eleitoral de um candidato, seja por voz, nome ou imagem, é preciso estar filiado ao partido que encabeça ou faz parte da coligação. O PTB não está coligado nem nacionalmente, nem localmente, com o PT e não pode usar o nome de Lula ou de Dilma. Já há jurisprudência no TSE sobre isso", disse o advogado.

Blogg do Amoral Nato: Serra mantém discurso duplo sobre as privatizações...

Blogg do Amoral Nato: Serra mantém discurso duplo sobre as privatizações...:

Serra mantém discurso duplo sobre as privatizações



No microblog twitter, o candidato da oposição à presidência da República José Serra (PSDB) reafirmou, na madrugada desta quarta-feira (28) que não é verdade que irá “privatizar o Banco do Brasil”. Este tema tem sido tratado pelos tucanos como um calcanhar de Aquiles para a candidatura oposicionista. O PSDB chegou a elaborar uma cartilha para municiar sua militância de argumentos na defesa das privatizações realizadas nos dois governos FHC.

A cautela se justifica pelo papel que Serra desempenhou no processo de venda das estatais. O tucano, que foi ministro do Planejamento durante o primeiro mandato do governo Fernando Henrique, teve papel central na definição do modelo a ser utilizado na época.

Mesmo durante a atual disputa, Serra já se manifestou favorável à privatização de novas áreas, como os aeroportos e estradas.

A privatização dos aeroportos foi defendida por Serra em entrevista à Rádio Tupi do Rio de Janeiro no dia 15 de julho. Na entrevista, o tucano destacou que "tem que fazer, sim, concessões das obras em vários aeroportos para fazer terminais, para fazer novas pistas. Aí, sim, a iniciativa privada pode entrar e fazer as coisas andarem mais rapidamente. Fazer um terminal é uma coisa que a iniciativa privada faz bem e ainda paga o governo por isso". Durante o programa Roda Viva da TV Cultura, Serra declarou sobre o programa de privatização de estradas “mas uma coisa eu garanto: se for feito, vai ser bem feito”, disse na ocasião.

Durante palestra promovida pelo jornal cearense O Povo, no dia 17 de maio, Serra reafirmou que "fui co-responsável pelo programa de privatização para repassar para a área privada atividades típicas da área privada. Nunca condenei o passado".

Durante a primeira parte do governo FHC, em que Serra esteve à Frente do Ministério do Planejamento, foram privatizadas a Companhia Vale do Rio Doce e o Sistema Telebrás.

Nos recortes abaixo, a revista Veja registra aspectos da participação de Serra no processo de privatizações.

















De Porto Alegre, Gustavo Alves
VERMELHO

Mainardi pedirá a cabeça de Jabor?


Karen Kupfer, da revista de fofocas Quem, da Rede Globo, publicou há poucos dias uma notinha reveladora sobre a relação promíscua entre jornalistas e políticos: “Para comemorar o sucesso do programa Saia Justa, Suzana Villas Boas abriu sua casa no Alto de Pinheiros para uma festança daquelas. A turma de convidados, que também era recebida por Arnaldo Jabor, marido de Suzana, reuniu políticos, artistas e jornalistas. O candidato José Serra, para quem Suzana presta assessoria, foi prestigiá-la. Ficou um pouco e trocou idéias com alguns jornalistas”. Luís Frias, presidente do Grupo Folha, também participou da festança, “que ferveu na pista até o sol raiar”.

No mesmo período, a colunista Hildegard Angel escreveu no
Jornal do Brasil outra nota curiosa: “Elmar Moreira, irmão de Edmar Moreira [o deputado dos demos que ficou famoso pelo castelo construído no interior mineiro], é casado com Ana Leitão, irmã de Miriam Leitão” – a jornalista da TV Globo famosa por seus palpites furados sobre economia, pela adoração ao deus-mercado e pela oposição doentia ao governo Lula. O interessante neste caso é que a colunista global, metida a sabe-tudo, nunca descreveu aos seus telespectadores os detalhes do luxuoso castelo demo.

Artista global com Kassab

Para encerrar a série sobre as relações indecentes entre jornalistas e políticos da direita, a sempre atenta Mônica Bergamo, uma das raras exceções do jornal
Folha de S.Paulo, revelou no início de fevereiro: “O marido de Ana Maria Braga [estrela da TV Globo e do finado movimento golpista ‘Cansei’] é o mais novo colaborador da administração Gilberto Kassab (DEM-SP). Candidato derrotado à Câmara Municipal, Marcelo Frisoni vai assumir um cargo de ‘coordenação’ na Secretaria de Modernização, Gestão e Desburocratização” da prefeitura paulistana.

Dias antes, Bergamo foi ameaçada pelo marido brigão da artista global, que o irônico José Simão batizou de “Ana Ameba Brega”. Frisoni se irritou com a pergunta sobre o pagamento da pensão alimentícia para os dois filhos do seu casamento anterior: “Publica o que quiser. No dia seguinte, vou à redação dessa bosta de jornal e encho essa Mônica Bergamo de porrada na frente de todo mundo... A única pessoa que tentou ferrar comigo foi o Madrulha [ex-marido da apresentadora da TV Globo] e eu acabei com ele. Hoje ele é secretário de cachorro e não consegue mais nada”.

Cadê o “tribunal macartista” de Mainardi?

Deixando de lado as baixarias dos “famosos”, o que chama a atenção nestas notinhas é a relação obscena entre figurões da TV Globo e políticos da direita demo-tucana do país. Outra estrela da poderosa emissora, o filhinho de papai Diogo Mainardi, criou no início do mandato de Lula o seu “tribunal macartista mainardiano”, no qual promoveu abjeta cruzada contra alguns profissionais da imprensa. “A minha maior diversão é tentar adivinhar a que corrente do lulismo pertence cada jornalista”, explicou o troglodita na sua coluna de estréia na revista Veja, em dezembro de 2005.

Aos poucos, Mainardi dedurou alguns colunistas mais independentes. “Tereza Cruvinel é lulista. Dessas que fazem campanha de rua. Paulo Henrique Amorim pertence à outra raça de lulistas. É da raça dos aloprados, dos lulistas bolivarianos. Acha que a primeira tarefa do lulismo é quebrar a Globo e a Veja”, atacou. O caso mais famoso desta cruzada fascista foi o do jornalista Franklin Martins, acusado levianamente de possuir uma “cota de nomeações pessoais no serviço público”. Após longo bate-boca, a TV Globo preferiu apoiar o delator direitista e demitiu Franklin Martins.

Perguntar não ofende: será que Mainardi, “difamador travestido de jornalista”, fará barulho agora contra seus amiguinhos da TV Globo que gozam das intimidades demo-tucanas. Pedirá a cabeça de Arnaldo Jabor, cuja esposa é assessora do presidenciável tucano José Serra, freqüentador de sua mansão? Criticará a “cota de nomeações pessoais no serviço público” da cansada Ana Maria Braga? Pedirá detalhes picantes do castelo dos demos à “ortodoxa” Miriam Porcão – ou melhor, Leitão? Ou todos juntos – Jabor, Leitão, Ana Maria Braga e o macartista Mainardi – fazem parte do esquemão montado pela TV Globo para viabilizar a vitória do tucano José Serra em 2010?

SAGGIO2 di Werner Piana: Jornalismo na ISTO �: quem tem medo?

SAGGIO2 di Werner Piana: Jornalismo na ISTO �: quem tem medo?


O medo invade a campanha

PSDB recorre a velhos fantasmas e tenta assustar o eleitor ao vincular o PT a grupos terroristas e ao crime organizado

Alan Rodrigues e Sérgio Pardellas

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PARCERIA
Serra e Indio da Costa planejaram ataques

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O comando da campanha de José Serra (PSDB) colocou o medo no centro da disputa presidencial. Tudo começou com a surpreendente entrevista do vice de Serra, Indio da Costa (DEM), dizendo a um site do partido que o PT é ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. Num primeiro momento, lideranças partidárias passaram a ideia de que Indio era apenas uma voz isolada – além de descontrolada e inconsequente. Aos poucos, porém, foi ficando claro que ele cumpria um script previamente combinado. Muito bem orientado pelos caciques do PSDB e DEM, o vice de Serra servia de ponta de lança para uma estratégia de campanha: o uso da velha e surrada tática do medo. Ele procurava criar fantasmas na cabeça do eleitor para tirar votos da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

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A tática do medo, por definição, desqualifica o debate político. Quem a utiliza está disposto a trabalhar não com a razão, mas com sentimentos mais primários e difusos. Recorre a argumentos distantes de qualquer racionalidade para tentar encantar um público mais desinformado ou que já coleciona arraigados preconceitos. É um jogo perigoso: “Campanhas negativas podem até aumentar a rejeição ao candidato que as patrocina”, diz o cientista político José Paulo Martins Jr., da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mas os tucanos resolveram arriscar.

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ACUSAÇÕES
Tasso Jereissati diz que Lula é “chavista”

Apesar das reações provocadas pelas declarações de Indio da Costa (o TSE já concedeu até direito de resposta ao PT), expoentes do PSDB e o próprio Serra não desautorizaram o deputado do DEM. Ao contrário, passaram a engrossar o vale-tudo eleitoral. Animado, Indio voltou à carga, insinuando uma relação entre o PT e uma facção criminosa do Rio. “Já há vários indícios de ligação do Comando Vermelho com as Farc. E qual a opinião da Dilma sobre isso? Veja só: o PT e as Farc, as Farc e o narcotráfico, o narcotráfico, o Rio de Janeiro e o Comando Vermelho, com indícios muito claros de relacionamento. Ela (Dilma) tem que dizer o que acha”, afirma. Na quinta feira 22, foi o próprio Serra quem assumiu a estridente toada: “Há evidências mais do que suficientes do que são as Farc. São sequestradores, cortam as cabeças de gente, são terroristas. E foram abrigados aqui no Brasil. A Dilma até nomeou a mulher de um deles.” Desta vez, o tom do discurso escandalizou os adversários. “Fui surpreendido com a decisão de Serra de entrar nesse debate. Pelo jeito, ele resolveu dar uma guinada para a direita ao perceber que não deu certo o estilo ‘Serrinha paz e amor’. Serra, agora, resolveu ser troglodita”, disse o líder do governo na Câmara e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Cândido Vaccarezza (PT-SP). “Não adianta o kit baixaria do Serra: o povo quer saber é de propostas e de trajetória”, afirmou o deputado petista Ricardo Berzoini.

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ALVO
Tucanos querem irritar Dilmae cobram resposta

A tentativa do PSDB de criar uma atmosfera de satanização do PT e de sua candidata ao Planalto, Dilma Rousseff, é inteiramente planejada, ao contrário do que poderia parecer. Segundo apurou ISTOÉ, pesquisas qualitativas em poder da coordenação da campanha tucana identificaram que setores do eleitorado brasileiro ainda teriam restrições à “turma ligada ao Lula”. Na enquete realizada pela coligação PSDB-DEM abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Nordeste (70% do eleitorado nacional), chegou-se à conclusão de que a imagem de Lula é a mais próxima do chamado “político ideal”. Diante desse quadro, a pesquisa, focando o eleitor das classes B e C, de 25 a 50 anos, tentou filtrar o que, para a população, haveria de bom e ruim no governo petista. Lula foi considerado “quase acima do bem e do mal”, conforme informou à ISTOÉ um dirigente tucano que teve acesso aos números. Porém, em seis pesquisas, quando consultados sobre temas espinhosos como radicalismo e corrupção, os eleitores invariavelmente apontavam a culpa para setores “em torno” de Lula. A turma é que não seria boa.

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A constatação animou os tucanos a investir contra o PT. Nas próximas semanas, entre os novos temas a serem abordados estão a relação dos petistas com Hugo Chávez e a defesa que fazem do terrorista Cesare Battisti. Mas, no embalo, sobrará até para o próprio Lula, como demonstrou, na quarta-feira 21, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE): “Lula é chavista”, disse o líder tucano. “Ele pretende fazer aqui neste país uma ditadura populista, em que vai se cerceando os espaços de todo mundo e ficando só o seu espaço de poder.” Para Jereissati, a questão não tem a ver com a alta popularidade de Lula. “Chávez também é muito popular. Outros ditadores também foram muito populares. O problema é que neste governo a política é de eliminação de todo e qualquer adversário”, disse.

Um retrospecto histórico mostra, no entanto, que a tática do medo, colocada em curso pela campanha tucana, funcionou na volta do País à democracia, mas não tem dado certo num Brasil mais maduro. Levado a cabo nessas eleições, o vale-tudo eleitoral pode, mais uma vez, significar o suicídio da campanha tucana. Em 2002, por exemplo, o próprio Serra, então candidato de Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto, lançou mão do medo como artifício: “Existe o PT real e o PT da tevê”, disse ele no horário eleitoral. “É muito importante debater as invasões ilegais e as ligações com as Farc. Isso não aparece na tevê, mas é um lado do PT”, acrescentou o tucano, que estava em baixa nas pesquisas. Por causa dos ataques, o PSDB perdeu um minuto e meio de seu tempo na tevê. E o resultado, todos sabem: Lula venceu a eleição e já está há quase oito anos no poder, registrando índices recorde de popularidade.

A retórica do medo não costuma ter a capacidade de reverter votos, segundo o consultor político e professor da USP Gaudêncio Torquato. “O terrorismo linguístico que começa a subir a montanha não chega perto das massas. Apenas reforça posições de camadas já sedimentadas”, disse ele à ISTOÉ. “Não é novidade utilizar-se da tática eleitoral do medo. O que aconteceu é que Indio cumpriu um papel que lhe deram: o de tocar o apito.” Para Torquato, Indio executou a missão atribuída a ele pela cúpula de campanha do PSDB. “Assim, preservaria Serra da acidez”, acredita. Ainda de acordo com o consultor político, esse tensionamento “já era bastante previsível” e teria outras duas finalidades: a de apresentar o candidato a vice na chapa tucana ao País e tentar enervar a candidata do PT, Dilma Rousseff. “Ao mesmo tempo que eles dão uma estocada, a campanha o apresenta, já que ninguém o conhece. Também criam a polaridade que a campanha do PSDB precisa e tentam tirar Dilma do sério”, afirma Torquato.

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PASSADO
Virgílio, do PSDB, também recebeu as Farc

“Discutimos fatos de conhecimento público. Todo mundo sabe da relação do PT com as Farc e todos sabem que as Farc têm relação com o narcotráfico”, insiste o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE). Anos atrás, o PSDB utilizou-se até das denúncias de que a guerrilha colombiana havia repassado US$ 5 milhões para campanhas eleitorais petistas, o que nunca foi comprovado. Mas, fora as fantasias, o que há de real entre o PT e as Farc? Para responder a essa pergunta, é preciso voltar ao ano de 1990. Com a dissolução da União Soviética, a esquerda mundial estava desamparada. Na América Latina, por sugestão de Fidel Castro, Lula acabou propondo a criação do Foro de São Paulo, a fim de aglutinar partidos, sindicatos e organizações de esquerda. As Farc integraram esse movimento, embora na ocasião ainda não se conhecessem vínculos dela com o narcotráfico. Daí para a frente, a guerrilha sempre participou das reuniões do Foro e recebeu o apoio político de seus membros. O PT chegou a cultivar relações com representantes das Farc, principalmente com o ex-padre Olivério Medina.

No entanto, desde que Lula chegou ao governo, em 2003, o PT tratou de se distanciar do movimento. Em 2005, como revelaram e-mails de dirigentes das Farc, a guerrilha foi impedida de participar da reunião que comemorou o aniversário de 15 anos do Foro de São Paulo e que contou com a presença de Lula. Em 2008, ocasião da libertação da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, Lula condenou publicamente a guerrilha. “A grande chance que as Farc têm de um dia governar a Colômbia é acreditar na democracia, na militância política. É fazer o jogo democrático como fizemos aqui. Não se ganha eleição sequestrando pessoas”, disse.

Levando-se em conta a lógica controversa que vem sendo usada na campanha de Serra, o próprio líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), seria também ligado à guerrilha colombiana. Em 1999, Virgílio não apenas recebeu o então representante das Farc no Brasil, Hernán Ramirez, em seu gabinete, como foi considerado pelo grupo um dos principais interlocutores da guerrilha no País. À época, Virgílio era secretário-geral do PSDB e líder do governo FHC no Congresso. No mesmo ano, Ramirez visitou também o então governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT). Um dos objetivos dos encontros era abrir um escritório das Farc em Brasília. Mas a ideia não prosperou. Ela só voltou a prosperar agora no discurso atropelado do PSDB.
Colaboraram: Claudio Dantas Sequeira e Fabiana Guedes

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► A bandidagem demotucana é sobejamente conhecida. De quinta.

Sempre bom rever uma revista do porte da IÉ voltando ao jornalismo. Claro que não é nenhuma novidade o que está nesta reportagem - quem acompanha o Azenha, o Brizola Neto, o PHA, o Nassif, etc, tá ligado nestes desvios da camarilha PPSDBista-demo desde seu início.

A mídia quer despolitizar a vida

Por Marcelo Salles

O professor João Sicsú chamou a atenção para a despolitização do debate eleitoral, levado a cabo, sobretudo, pelas corporações de mídia. Como exemplo ele cita o uso do termo “Pós-Lula”, obra da marketagem tucana imediatamente incorporada pelo léxico neomidiático. Assim, o eleitor imediatamente esquece o “pré-Lula” e tende a limitar sua escolha entre o melhor “gerente” para administrar o país. Só que ao esquecer o “pré-Lula”, assinala Sicsú, o brasileiro também esquece de comparar o governo FHC (de quem Serra foi ministro) com o governo Lula (de quem Dilma foi ministra). A marketagem tucana quer nivelar por baixo, pois sabe que a comparação dos governos favorece Lula e sua candidata.

> O artigo do professor João Sicsú pode ser lido neste link

A despolitização do debate eleitoral está no centro da estratégia das corporações de mídia. Assim, o termo “Pós-Lula” caminha ao lado de “twittaço”, “dossiê” e “desilusão dos jovens com a política”.

Twittaço: levado a cabo pela candidata do Partido Verde, o fato chegou às primeiras páginas dos jornais como uma das grandes novidades dessa campanha, e foi equiparado ao panelaço. Bastam dez segundos de resgate histórico para sacar a quem interessa transferir a pressão das ruas para os computadores.

Dossiê: o tão falado dossiê contra tucanos (sempre as vítimas pelo olhar da mídia, não?) teve seu conteúdo gradativamente esvaziado. O objetivo era construir uma imagem negativa do termo “dossiê” e associá-lo à candidata do PT. Em nenhum momento as corporações de mídia mostraram interesse em debater seu conteúdo – as privatizações obscuras durante o governo FHC – e levar algum esclarecimento ao público.

Agora a notícia despolitizadora da vez é a “desilusão dos jovens com a política”, conclusão a que a neomídia chegou após saber que houve redução da solicitação de títulos de eleitor entre adolescentes de 16 a 18 anos. Aqui cabe a pergunta: desde quando alguém pode se desiludir diante de alguma coisa com a qual nunca se iludiu? Qual engajamento político que se esperava dos jovens, hoje? Qual o nível de participação que lhes é conferido? Será que eles não seriam mais politizados se, por exemplo, tivessem acesso a todos os canais e serviços que a tecnologia da televisão digital permite? Ou alguém espera que se extraia consciência crítica de seis horas de novelas por dia, sobretudo com a carga de individualismo, egoísmo e violência que elas trazem. Quem disse que o status quo tem algum interesse em formar jovens questionadores? As próprias empresas de comunicação pressionam para que os currículos das faculdades se tornem mais técnicos que reflexivos. Que história é essa de agora essa mídia reclamar da “desilusão dos jovens com a política”? É como se ela não tivesse nenhum papel relevante nessa despolitização.

No caso específico do Rio de Janeiro, também há casos em que fica explícita a despolitização promovida pelas corporações de mídia. É o exemplo da política de extermínio levada a cabo contra jovens e negros, moradores das periferias. Mortos às centenas todos os meses, as corporações de mídia preferem acreditar que a grande culpada é uma instituição chamada “bala perdida”, que não tem assessoria de imprensa e nem verbas milionárias.

Na verdade, não estamos diante da despolitização apenas do debate eleitoral ou da política – política no estrito senso, bem dito. O que as corporações de mídia querem é a despolitização das relações humanas, dos movimentos sociais, dos valores éticos e solidários, enfim, elas trabalham pela despolitização da própria vida. Assim, o lucro acima do ser humano passa a ser considerado um fato normal, aceitável e até desejável.

Lutar pela politização da vida é lutar por uma outra comunicação.

SERRA: UM URIBE PIORADO


A dramática diferença entre José Serra e Álvaro Uribe está no poder destrutivo que o tucano teria em mãos caso chegasse à Presidência da República da maior economia da América Latina. Emparedado por governos progressistas, como os da Venezuela e Equador, com um PIB importante mas cerca de 1/5 do brasileiro e sem rivalizar com a liderança de Lula na região, Álvaro Uribe teve que se contentar em representar o Departamento de Estado norte-americano na fronteira com a Venezuela, adotando um belicismo permanente na tentativa de provocar Chávez e isolar seu governo. Limitou-se a isso a bisonha expressão regional do uribismo colombiano. Se chegasse à presidência do Brasil, o uribismo tucano teria efeitos mais graves. Com o peso da economia brasileira nas mãos, Serra manejaria um poder de fogo que seu inspirador jamais sonhou. Os sinais emitidos nestas eleições dão uma pálida idéia da ameaça que um Alvaro Uribe nativo representaria para os governos e agendas progressistas da América Latina, a saber: a) Serra quer reverter a entrada da Venezuela no MERCOSUL para destruir Chávez; b) Serra ataca o desrespeito aos direitos humanos em Cuba para enfraquecera revolução cubana, mas silencia diante de Guantánamo e do embargo comercial dos EUA contra o povo cubano; c) Serra acusa Morales de cúmplice do narcotráfico dispensando tratamento humilhante ao líder boliviano, o mesmo tratamento racista e reacionário adotado pela oligarquia brança do país ; d) Serra ameaça anular acordos do governo Lula com Lugo, sob alegação de que o Brasil faz 'filantropia' ao pagar um preço mais justo pela eletricidade de Itaipu pertencente ao povo paraguaio; e) Serra quer desconstruir o MERCOSUL –e por tabela o governo progressista de Cristina Kirchner na Argentina-- sob alegação de que o Brasil precisa de liberdade para firmar acordos comerciais mais favoráveis 'aos negócios'. Fatos: o comércio Brasil-Argentina dobrou em cinco anos e, apesar da crise mundial, atingiu US$ 24 bilhões em 2009 (US$ 31 bi em 2008).

APOSENTADO INVOCADO: SÓ PARA LEMBRAR A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA:ESSE ANO NÃO TEVE ESCÂNDALO SOBRE A GRIPE H1N1.ELOGIO AO GOVERNO PELA PRESTEZA,NEM PENSAR.NÃO É ?

APOSENTADO INVOCADO: SÓ PARA LEMBRAR A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA:ESSE ANO NÃO TEVE ESCÂNDALO SOBRE A GRIPE H1N1.ELOGIO AO GOVERNO PELA PRESTEZA,NEM PENSAR.NÃO É ?

Blogg do Amoral Nato: Na segunda, Serra pediu apoio a deputado

Blogg do Amoral Nato: Na segunda, Serra pediu apoio a deputado: "..
Na segunda, Serra pediu apoio a deputado
... que foi cassado na terça, por compra de votos
“Num torneio, a candidata do governo perde no quesito más companhias”
Declaração de José Serra no programa 3 a 1 da TV Brasil,
se proclamando campeão em más companhias.Na segunda-feira:
O candidato a presidente da República José Serra (PSDB) ligou na tarde de hoje ao deputado [estadual de Mato Grosso] José Riva (PP) e lhe pediu apoio. Serra falou com Riva por pouco mais de dez minutos. Numa conversa amena, o presidenciável apelou para o fato histórico de Riva ter sempre votado, e colocado sua base eleitoral alinhada aos candidatos tucanos desde a primeira eleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994."Sempre tivemos o seu apoio e, desta vez, espero que não seja diferente", afirmou Serra.Na terça-feira:
O motivo crucial da decisão foi o fato de terem sido encontrados "documentos reveladores e comprometedores" no comitê de campanha como, agendas, dinheiro e anotações.Dentre os documentos havia uma anotação que comprovaria o pagamento de R$ 250 destinados à compra de remédios para uma aldeia indígena da região de Santo Antônio de Leverger e para aquisição de materiais de construção.Folha corrida:Possui quase 120 processos com acusações que vão desde improbidade administrativa a formação de quadrilha e evasão de divisas.Mesmo cassado, é candidato à reeleição! Em maio de 2010, a Operação Jurupari, deflagrada pela Polícia Federal, se originou de uma fiscalização em 15 de junho de 2009, quando foram autuadas cinco madeireiras do município de Juara, ligadas ao deputado José Geraldo Riva.Fiscais ambientais encontraram fraude na certificação de madeira nas áreas de manejo.A Operação Jurupari prendeu a mulher de José Geraldo Riva, Janete Riva, seu genro Carlos Azóia e pelo menos um assessor.O deputado com o apoio cobiçado por Serra aparece em diversas notas aqui do blog: Deputados desviam R$ 1,5 milhões (da Assembléia Legislativa de Mato Grosso)Desvio de R$ 120 milhões em MT vai ao Supremo'Comendador' Arcanjo abre o jogoAssembléia de MT gasta R$ 80 mil na compra de 26 poltronas com massagem
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/07/na-segunda-serra-pediu-apoio-deputado.html