Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador ana maria braga. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ana maria braga. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TOMATE CAI E DESMORALIZA O LOBBY PRÓ-JUROS ALTOS

quarta-feira, 24 de abril de 2013

ALIMENTOS SOBEM MENOS E DERRUBAM INFLAÇÃO


:

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Osso duro de roer


Quem ouviu ou leu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dizer ontem que só sai do governo se for “abatido a tiros”, por certo experimentou um déjà vu – não faz nem um mês, ainda, que o ex-ministro do Esporte Orlando Silva proferiu frase análoga, dizendo-se “indestrutível”. O ritual das seis demissões anteriores de ministros “por corrupção” parece ir se cumprindo.
Surge, então, a grande pergunta: em que o ministro bola da vez diferiria dos outros que a mídia “sangrou” e abateu “a tiros” exatamente como ele diz que ela terá que fazer para derrubá-lo por se considerar um “osso duro de roer”?
Ao explicar este caso surge a oportunidade de desfazer um equívoco cometido por esta página durante a agonia de Orlando Silva, quando se disse, aqui, que o PC do B teria ameaçado deixar o governo caso a presidente Dilma demitisse o ex-ministro do Esporte: o partido jamais disse isso, apenas insinuou ao prometer que não indicaria um substituto para o lugar do demitido.
O PDT fez diferente, ao menos na retórica: acaba de afirmar, literalmente, que deixa o governo se o seu ministro for demitido da forma como foram os anteriores, ou seja, sem provas, o que fez com que cinco dos seis demitidos deixassem o governo sem que lhes tivesse sido feita ao menos uma acusação formal, ainda que, em dois desses casos, agora, há poucos dias, tenham sido abertos processos, aparentemente para preencher uma lacuna no discurso da oposição midiática.
Seja como for, é positiva a atitude de Lupi. A mídia desencadeou uma guerra contra o governo Dilma e este não tem mais para onde recuar.
Escrevo, nesta quarta-feira, poucas horas antes de embarcar para Porto Alegre, onde participarei de evento do Gabinete Digital do governo Tarso Genro. Enquanto escrevo, assisto ao programa Ana Maria Braga, que sucedeu o Bom Dia Brasil. Estou de queixo caído. Por um momento, senti-me na Venezuela de 2002 – estive lá naquele ano.
Após o telejornal opinar furiosamente sobre as acusações a Lupi e ao governador petista Agnelo Queiróz, a apresentadora se encarrega de “traduzir” o ataque antipetista da Globo aos governos petistas de Brasília e do país. Foram mais de vinte minutos atacando o ministro Lupi e o governador Queiróz. Sem contraponto, sem dúvida. Insinuações covardes e levianas, porque sem base probatória.
Por que escândalo no Distrito Federal oriundo de um denunciante, sem qualquer prova, difere de escândalo em São Paulo, oriundo também de um denunciante e igualmente sem prova? Por que as denúncias do deputado estadual do PTB Roque Barbiere contra o governo tucano não são repercutidas como as que pesam contra o governo petista?
Lupi foi o primeiro a dizer que há um ataque denuncista organizado contra o governo Dilma e o PDT foi o único partido a anunciar previamente e sem mais delongas que, se demissão do seu ministro ocorrer sem provas, deixa o governo.
O PC do B e Orlando Silva, portanto, recuaram. O partido indicou o substituto de Silva que disse que não indicaria e o demitido, à diferença do que prometera, pediu demissão. Não se pode culpá-los, porém. Ficou evidente que não fizeram isso para se proteger, mas para proteger Dilma do desgaste entre a base aliada que seria demitir publicamente o auxiliar.
Se Carlos Lupi, o PDT e sobretudo Dilma resistirem, porém, será uma surpresa devido à presidente, que, durante o processo de fritura do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento afirmou que ele “se precipitou” ao pedir demissão pois teria seu “apoio”, mas acabou cedendo de novo à mídia.
Tudo, portanto, resume-se a uma só variável: será que, como Lupi, Dilma também percebeu que há um processo de sabotagem de seu governo que não irá parar até que chegue nela mesma? Bem, aí vai um regalo para os otimistas: o ministro do Trabalho, em sua fala sobre ser “osso duro”, insinuou que a presidente despertou. Tomara.
PS: durante esta quarta-feira poderá haver algum atraso na liberação de comentários.

terça-feira, 1 de março de 2011

A teoria da luva de pelica


Blog edu guimarães- Blog Cidadania
Que tal tentarmos entender direito a teoria da luva de pelica, segundo a qual a presidenta Dilma estaria esbofeteando o PIG ao comparecer aos seus salões e programas de televisão? Afinal, se tantos entenderam – ainda que outros tantos não tenham entendido –, quem pode garantir que não estejam certos, certo?
A teoria da luva de pelica, portanto, se levada a sério obriga a pensar, sob seu prisma, nos próximos capítulos dessa novela político-institucional em que está se convertendo a relação entre a Presidência da República e seus algozes durante os últimos oito anos. Quais serão, pois, os próximos capítulos?
Antes de especular sobre o que deverá acontecer após as seguidas “bofetadas” enluvadas que Dilma vai dando nas famílias midiáticas, analisemos a matéria que compõe a peça de vestuário, a pelica. Vem do couro de cabra. É leve, de toque macio, com alto brilho e mais confortável do que o couro convencional.
Ao ser atingido por uma luva de pelica, o alvo da bofetada sente menos dor física – ou nenhuma dor –, a menos que quem desfira o golpe coloque algum objeto pesado e contundente dentro dela. Todavia, o objetivo de esbofetear com pelica não é o de ferir fisicamente, mas o de insultar elegantemente.
Ainda não dá para entender como o PIG, após todos esses anos de artilharia pesada não só contra o ex-presidente Lula, mas contra seu braço direito, a hoje presidenta Dilma, tornou-se tão ingênuo ao ponto de oferecer os meios de ser esbofeteado, convidando a presidenta para festanças e programas de futilidades.
Quem poderia supor que essas famílias midiáticas que estão no poder desde que Cabral por aqui aportou seriam tão ingênuas, mas um leitor me disse que ao ir à festa da Folha ou ao programa da cansada Ana Maria Braga Dilma “constrangeu” as empresas e seus donos e eles nem perceberam (?!).
É difícil entender como alguém fica constrangido sem perceber…
Outros já dizem que o PIG ficou constrangido porque percebeu a bofetada. E não só o PIG. Os tucanos também teriam ficado absolutamente constrangidos por terem tido que “beijar a mão” de Dilma na festa da Folha, por mais que as imagens dela e de FHC trocando sorrisos e amabilidades no evento desdigam a teoria.
Se você pergunta por que, então, a Folha e os tucanos não foram ao ataque nos dias seguintes após terem se sentido esbofeteados pela luva de pelica da senhora presidenta, a explicação é a de que “não quiseram passar recibo”.
E para sonegar recibo, o mais graúdo dos esbofeteados foi ao impensável. Abaixo, notamos a que ponto chegou o ex-presidente FHC para não acusar a agressão elegante que sofreu ao ser “obrigado” a “beijar a mão” da adversária política.
—–
Fernando Henrique evita criticas a Dilma Rousseff
Adriana Vasconcelos, O Globo
28 de fevereiro de 2011
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso revelou nesta segunda-feira sua divergência em relação às críticas feitas na semana passada pelo ex-governador paulista e candidato derrotado do PSDB à Presidência, José Serra, ao governo da petista Dilma Rousseff. Em entrevista ao GLOBO, Serra chegou a declarar que a presidente marchava para um “estelionato eleitoral”.
- As eleições já passaram – disparou o ex-presidente, quando indagado se concordava com a avaliação feita por Serra, evitando fazer uma avaliação do desempenho da presidente petista em seus dois primeiros meses de governo.
Fernando Henrique foi comedido e não quis criticar, inclusive, o corte orçamentário detalhado nesta segunda-feira pela equipe econômica que deverá reduzir, entre outras coisas, cerca de 40% dos recursos do programa Minha Casa, Minha Vida. Embora admita que esse ajuste fiscal promovido agora possa ser resultado de excessos cometidos no ano passado pelo governo Lula, o ex-presidente preferiu não polemizar.
- Você quer que eu diga o que? Se não tivesse havido um gasto a mais do que era conveniente, não seria necessário o corte. Qual a extensão? Não sei. Não estou criticando ninguém. Governar é assim mesmo, tem que fazer corte em certos momentos, é difícil. Tem de explicar para a população o porquê. Nem sempre vão entender. É da vida política, é normal – observou.
(…)
—–
Isso é que é vontade de não passar recibo. Não me lembro de declaração parecida de FHC sobre adversários políticos.
Mas, enfim, quem detém memória sobre o Partido da Imprensa Golpista e a oposição tucana sua sócia, em suas iras infinitas contra Lula, ou o comportamento beligerante da direita midiática com inimigos ao longo da história deste país, sabe que, se bofetada houve, vingança haverá.
O que se espera para os próximos capítulos dessa tragédia grega que vai sendo escrita, portanto, é que, após um período para que a tão propalada amnésia brasileira permita a reação sem recibo, a virulência tucano-midiática retorne com fúria redobrada – ou triplicada, quadruplicada, quintuplicada.
Antecipando as teorias que surgirão sobre por que não haverá a fúria tucano-midiática contra o governo supostamente popular de Dilma Rousseff, abordo outra teoria subjacente à da luva de pelica, de que o PIG entregou os pontos no melhor estilo “se não pode vencê-los, junte-se a eles”.
Depois de levar Getúlio Vargas a sair da vida para entrar na história ou de estuprar o voto dos brasileiros usurpando o poder e depondo Jango Goulart, jogando o Brasil em uma ditadura de duas décadas cujo principal efeito foi torná-lo (ainda) mais injusto, a mídia, como disse um leitor, teria se regenerado. Vale a pena reproduzir a teoria.
-
“Viciados em drogas e criminosos têm direito de se recuperar. Não foi isso que Lula pregou no seu governo, nem Dilma está pregando. Sabemos do mal que a mídia fez a este país, mas não lhe dar o direito de mudança é difícil de aceitar”.
-
É de fato errado não ter fé na recuperação do homem. Este blog acredita que não existe ninguém totalmente mau e que todos, em algum momento de suas vidas, têm condições de se regenerar. Alvíssaras, pois: a direita midiática, pelo visto, decidiu aceitar a distribuição de renda, leis para regular a mídia, enfim, tudo o que jamais aceitou.
O que estamos fazendo aqui, então, em vez de estarmos comemorando a conversão do Brasil em um verdadeiro paraíso, em uma terra prometida em que leite e mel correrão em cascata? Após este texto, vamos correndo comprar fogos de artifício. Quando a teoria da luva de pelica se confirmar, ficarão muito caros.

Dilma na Ana Maria Braga. Sem perder o foco

Quando o Lula se elegeu ela vestiu luto
Saiu no Blog Amigos do Presidente Lula:

Dilma com Ana Maria Braga: a estratégia, a imagem e a notícia


A estratégia política


Quando a presidenta Dilma foi à cerimônia de 90 anos da Folha de São Paulo, na semana passada, causou mal-estar em todos nós que apoiamos o governo Lula e a candidatura dela, contra o jornalão. Mas, como estratégia política, ela estava certa.

Ela colocou no bolso a oposição demo-tucana paulista e o PIG (Partido da Imprensa Golpista). A oposição, que já está na UTI, ficou menor ainda, foi desarmada, com ela sendo o centro da festa em pleno reduto oposicionista. De quebra, Dilma tomou a bandeira da liberdade de imprensa, daqueles que a criticavam justamente por isso.

Se nós sentimos mal-estar, pior foi para os reacionários demo-tucanos verem FHC, Alckmin, José Serra fazerem fila para beijar a mão da presidenta. Pior para eles foi ver FHC pedir audiência àquela que ele chamava de “poste”. A oposição sentiu o golpe, tanto que enquanto nós aqui discutimos abertamente, eles simplesmente abafaram o caso, tratando com descrição para reduzir danos.

O que dá prestígio a um jornal não é cerimônias como estas, por mais gente importante que compareça. O que dá prestígio a um jornal são notícias exclusivas. É preciso notar que Dilma não concedeu ao jornalão nenhuma entrevista exclusiva, nem antecipou nenhuma notícia do governo que pudesse ser manchete.

Dilma também será vista na Rede TV, onde gravou entrevista para a estréia do Programa da Hebe Camargo; e na TV Globo, no programa de Ana Maria Braga, gravado hoje, e que deve ir ao ar amanhã, em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher.

Desta vez a Presidenta gravou entrevista (diferente do que fez na Folha), mas de novo, dosou a “ração” que oferece ao PIG. Pelo que antecipa o G1 (das organizações Globo), também não haverá “furos”, sendo uma conversa sobre amenidades, inclusive culinárias.

Obviamente que a Globo gostaria de uma entrevista da Presidenta no horário nobre, em um programa como o Fantástico, mas Dilma concedeu para um programa de nicho e para uma apresentadora que manteve-se isenta durante a campanha eleitoral (mesmo que tenha servido à oposição no passado como militante do fracassado movimento Cansei).
A imagem

Os telespectadores (na maioria telespectadoras) terão a oportunidade de prestar atenção no que ela diz, em vez do que dizem dela. Para o perfil da audiência desses programas, não é uma má decisão a Presidente aparecer como ela é.

É bastante provável que uma boa parte das telespectadoras destes programas tenham formado uma imagem deturpada da Presidenta pelo que ouviram dizer de homens que acompanham a política, e passem a ficar com uma boa imagem dela.

O problema é conseguir ganhos de imagem pelo lado do PIG, e perda da imagem junto à militância aguerrida do outro lado do PIG, que tem se sentido preterida, conforme inúmeros comentários sinceros na última semana, aqui e em diversos outros blogs.

O governo que Dilma está fazendo é, em essência, o que Lula faria se tivesse um terceiro mandato. As decisões que Dilma está tomando, tirando uma escolha ou outra, são as mesmas que Lula tomaria. Então, por que essa percepção não está chegando à militância?

Alguma coisa precisa ser feita para não baixar o moral da militância e não desestimular a mobilização conquistada, sem querer.

A notícia

A democratização dos meios de comunicação passa pela democratização da interlocução, e isso independe de novos marcos regulatórios. Depende da comunicação governamental diversificar os interlocutores com a sociedade.

Quantas vezes vimos no governo Lula, o presidente e a própria Dilma quando ministra, concederem entrevistas coletivas, e todo o PIG pinçarem trechos fora do contexto para usarem contra eles?

Era a blogosfera quem tinha que procurar a entrevista inteira e desmentir as artimanhas do PIG, travando uma verdadeira guerra pelo livre fluxo das notícias, sem a censura e manipulação do PIG.

O PIG teve sua lua-de-mel até com Lula no início do mandato, em 2003, quando as empresas de mídia estavam falidas e tentavam socorro no BNDES. Depois detonou-o, quando não conseguiram socorro, e conspiraram abertamente com um noticiário seletivo no “mensalão”.

É natural que o PIG tenha sua lua-de-mel com Dilma, agora no início do mandato, e que Dilma explore bem essa boa relação neste período, até como estratégia de fortalecer-se para batalhas futuras.

Mas é importante nunca perder o foco de fortalecer as outras mídias que fazem contraponto ao PIG, nem desmobilizar a militância, porque elas serão necessárias na hora em que a oposição sair da UTI, já nas eleições de 2012, e mais ainda quando despontar um candidato das elites realmente viável para 2014 (até mesmo dissidente da base governista), certamente apoiado pelo PIG.


Clique aqui para ler diálogo com o Oráculo de Delfos, de título “Dilma vai fazer a Ley de Medios. Demora mas sai”.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mainardi pedirá a cabeça de Jabor?


Karen Kupfer, da revista de fofocas Quem, da Rede Globo, publicou há poucos dias uma notinha reveladora sobre a relação promíscua entre jornalistas e políticos: “Para comemorar o sucesso do programa Saia Justa, Suzana Villas Boas abriu sua casa no Alto de Pinheiros para uma festança daquelas. A turma de convidados, que também era recebida por Arnaldo Jabor, marido de Suzana, reuniu políticos, artistas e jornalistas. O candidato José Serra, para quem Suzana presta assessoria, foi prestigiá-la. Ficou um pouco e trocou idéias com alguns jornalistas”. Luís Frias, presidente do Grupo Folha, também participou da festança, “que ferveu na pista até o sol raiar”.

No mesmo período, a colunista Hildegard Angel escreveu no
Jornal do Brasil outra nota curiosa: “Elmar Moreira, irmão de Edmar Moreira [o deputado dos demos que ficou famoso pelo castelo construído no interior mineiro], é casado com Ana Leitão, irmã de Miriam Leitão” – a jornalista da TV Globo famosa por seus palpites furados sobre economia, pela adoração ao deus-mercado e pela oposição doentia ao governo Lula. O interessante neste caso é que a colunista global, metida a sabe-tudo, nunca descreveu aos seus telespectadores os detalhes do luxuoso castelo demo.

Artista global com Kassab

Para encerrar a série sobre as relações indecentes entre jornalistas e políticos da direita, a sempre atenta Mônica Bergamo, uma das raras exceções do jornal
Folha de S.Paulo, revelou no início de fevereiro: “O marido de Ana Maria Braga [estrela da TV Globo e do finado movimento golpista ‘Cansei’] é o mais novo colaborador da administração Gilberto Kassab (DEM-SP). Candidato derrotado à Câmara Municipal, Marcelo Frisoni vai assumir um cargo de ‘coordenação’ na Secretaria de Modernização, Gestão e Desburocratização” da prefeitura paulistana.

Dias antes, Bergamo foi ameaçada pelo marido brigão da artista global, que o irônico José Simão batizou de “Ana Ameba Brega”. Frisoni se irritou com a pergunta sobre o pagamento da pensão alimentícia para os dois filhos do seu casamento anterior: “Publica o que quiser. No dia seguinte, vou à redação dessa bosta de jornal e encho essa Mônica Bergamo de porrada na frente de todo mundo... A única pessoa que tentou ferrar comigo foi o Madrulha [ex-marido da apresentadora da TV Globo] e eu acabei com ele. Hoje ele é secretário de cachorro e não consegue mais nada”.

Cadê o “tribunal macartista” de Mainardi?

Deixando de lado as baixarias dos “famosos”, o que chama a atenção nestas notinhas é a relação obscena entre figurões da TV Globo e políticos da direita demo-tucana do país. Outra estrela da poderosa emissora, o filhinho de papai Diogo Mainardi, criou no início do mandato de Lula o seu “tribunal macartista mainardiano”, no qual promoveu abjeta cruzada contra alguns profissionais da imprensa. “A minha maior diversão é tentar adivinhar a que corrente do lulismo pertence cada jornalista”, explicou o troglodita na sua coluna de estréia na revista Veja, em dezembro de 2005.

Aos poucos, Mainardi dedurou alguns colunistas mais independentes. “Tereza Cruvinel é lulista. Dessas que fazem campanha de rua. Paulo Henrique Amorim pertence à outra raça de lulistas. É da raça dos aloprados, dos lulistas bolivarianos. Acha que a primeira tarefa do lulismo é quebrar a Globo e a Veja”, atacou. O caso mais famoso desta cruzada fascista foi o do jornalista Franklin Martins, acusado levianamente de possuir uma “cota de nomeações pessoais no serviço público”. Após longo bate-boca, a TV Globo preferiu apoiar o delator direitista e demitiu Franklin Martins.

Perguntar não ofende: será que Mainardi, “difamador travestido de jornalista”, fará barulho agora contra seus amiguinhos da TV Globo que gozam das intimidades demo-tucanas. Pedirá a cabeça de Arnaldo Jabor, cuja esposa é assessora do presidenciável tucano José Serra, freqüentador de sua mansão? Criticará a “cota de nomeações pessoais no serviço público” da cansada Ana Maria Braga? Pedirá detalhes picantes do castelo dos demos à “ortodoxa” Miriam Porcão – ou melhor, Leitão? Ou todos juntos – Jabor, Leitão, Ana Maria Braga e o macartista Mainardi – fazem parte do esquemão montado pela TV Globo para viabilizar a vitória do tucano José Serra em 2010?