Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Conselho da Bláblá é Golpe de Estado Quem vai fazer parte do Conselho ? O André Haras Resende, com certeza !



Saiu no IBGE:

Em agosto, taxa de desocupação fica em 5,0%

A taxa de desocupação de agosto (5,0%) não teve variação estatisticamente significativa nem em relação a julho (4,9%) nem a agosto de 2013 (5,3%). Foi a menor taxa para um mês de agosto em toda a série da pesquisa, iniciada em março de 2002. A população desocupada (1,2 milhão de pessoas) também ficou estável em ambas as comparações. O contingente de ocupados (23,1 milhões de pessoas) cresceu 0,8% em relação a julho e manteve-se estável comparado a agosto de 2013. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,8 milhões) mostrou estabilidade em ambas as comparações.O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 2.055,50) cresceu 1,7% em relação a julho (R$ 2.022,04) e subiu 2,5% comparado a agosto de 2013 (R$ 2.005,72).

O IBGE também divulga hoje os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego referentes a maio, junho e julho de 2014 para as seis regiões metropolitanas investigadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre), que foram divulgados anteriormente sem as regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre, por causa da paralisação dos servidores do Instituto.

A publicação completa da Pesquisa Mensal de Emprego encontra-se em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/

A taxa de desocupação em agosto de 2014, foi estimada em 5,0% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. Frente a julho (4,9%) e também a agosto de 2013 (5,3%) a taxa não apresentou variação estatisticamente significativa. Essa foi a menor taxa para um mês de agosto em toda a série da pesquisa, iniciada em março de 2002.

(…)


Leia também:

“Direito do trabalhador? Nem que a vaca tussa!”.


Desemprego é o menor da História

Dá o lenço pra Blablá: ela vai chorar no ombro do Arrocho.


No Mau Dia Brasil em que a Urubóloga poupou a Bláblá do jatinho, passou batida a criação de um “Conselho de Responsabilidade Fiscal”.

Bláblá desentranhou essa ideia do fundo do baú Golpista.

O Golpe daqueles que não acreditam em partidos, que acham que é necessária uma “nova política” sem o PMDB …

Sem o “mar de lama”…

Ela anunciou, assim como quem diz que vai até Madureira, a instalação de um “Conselho de Responsabilidade Fiscal”.

Ele teria “independência”, ela prometeu.

Teria a função de verificar as contas do Governo, manter “transparentes” as contas publicas, e não permitir elevar os gastos mais do que a Economia crescer.

Lorotas dos parvos que acreditam no tripé.

O problema não é a função, mas o Conselho em si.

Que Conselho é esse, que segundo ela, ficará ALÉM do Tribunal de Contas e, portanto, SOBRE o Legislativo, que escolhe os membros do TCU  ?

(D Ana Arraes vai ficar chateada …)

Como se sabe, quem controla as contas do Governo e sua transparência são o TCU e o Ministério Público.

Em última instância, quem diz onde o Governo vai gastar e quanto é o CONGRESSO, através do Orçamento da União !

A Presidência faz uma proposta de Orçamento, o Congresso a examina, vota e a Presidenta sanciona a proposta do LEGISLATIVO !

Este Conselho, portanto, nada mais é que um Golpe contra o Legislativo.

Contra o Poder que emana diretamente da soberania POPULAR !

Um Golpe contra o covil dos corruptos !

Governo de fora para dentro das instituições.

Um Golpe contra o POVO !

O Conselho, segundo a neo-Golpista, teria a função de “cobrar do Governo”.

Mas, e o Legislativo, não cobra ?

O TCU não cobra ?

A imprensa não cobra ?

Não, o Conselho ficará lá em cima, no Olimpo Verde.

Quem vai ser membro do Conselho, perguntou, intrigada a PhD da Universidade  Municipal de Caratinga (consta do ABC do C Af).

Quem sentará à direita de Deus ?

Ela não disse, porque não disse nada.

Mas, digamos que tenha uma composição supra-nacional.

Venham para cá os sábios da University of Chicago e seus filhotes tupiniquins, instalados no INSPER.

Esses prodíjios (ver no ABC do C Af) que decretaram a falência da União Europeia, na cabeça de quem o Banco Central dos Estados Unidos e o Obama depositam sólidos detritos.

Com certeza, o André Haras Resende dele fará parte, em posição de destaque, a partir de sua quinta em Cascais, Portugal (que ninguém é de ferro…)

Será o Banco Central do Banco Central.

O Congresso do Congresso !

Como a ideia do Banco Central independente (independente do povo, mas dependente do Itaúúú) deu com os burros n’água, agora ela vem com o Super-Banco-Central !

Numa palavra: é Golpe !

Golpe da UDN.

Nada de novo no front !


Paulo Henrique Amorim 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Giannetti, o Fraga da Marina, promete “tarifaço”, corte na indústria e volta de imposto


Dilma, ao Estadão: nós investigamos tudo, doa a quem doer; mas não foi assim (em março de 2001) quando afundou uma plataforma de petróleo no governo FHC. Não é próprio das plataformas saírem por aí afundando E aquela custou R$ 1,5 bilhão, são duas Pasadenas, viu? E não investigaram.

Federação Única dos Petroleiros (FUP) marca manifestação em defesa do pré-sal e em apoio a Dilma: dia 15, 2ª feira, RJ


Aprovação à Presidenta Dilma sobe 5 pontos e vai a 52,4%; avaliação de seu governo soma 76,5% entre regular, ótimo e bom (pesquisa CNT)

Dilma, em entrevista ao Estadão: Quem acha que vai governar sozinho (com os bons) normalmente tem algum poderoso por trás e normalmente é alguém muito rico. Isto não é nova política; é uma política velha, que levou a crises no passado


  
Dilma vence Marina no 1º turno e fica 3 pontos abaixo (?) dela no 2º turno em virtual empate técnico (pesquisa CNT)

Carta Maior



pimentinha


















Não é à toa que há empresários “repensando” a conveniência de uma “casamento” definitivo com Marina Silva.

Enquanto para os bancos ela promete um mar de rosas, inclusive com o fim do crédito direcionado para o financiamento imobiliário – e também o rural – como aponta Paulo Moreira Leite (cf. página 61 do texto: “reformularemos o mercado de crédito, de tal forma que, gradualmente, se eliminem os direcionamentos de crédito”), para a indústria a proposta  de Eduardo Giannetti, seu guru na economia é que as atividades industriais passem por um  - palavra dele – “desmame” do Estado.

Tradução: redução ou fim das desonerações tributárias e contração do crédito público, especialmente o do BNDES.

Ou uma tradução ainda melhor (ou pior): desemprego maior no setor que mais vem sofrendo com a crise.

Mas a entrevista de Giannetti, dada ao Valor, reproduzida e comentada pelo Nassif –  é igual àquele anúncio de vendas na TV: “isso ainda não é tudo!”.

Ele promete um choque tarifário, sem muita maquiagem: “vale a pena fazer o que precisa ser feito rapidamente. Em relação a preços administrados, por exemplo, se não convencer de que o que tinha que ser feito foi feito, a expectativa do que falta fazer vai alimentar a expectativa de inflação futura, o que dificulta fazer as expectativas convergirem de novo para o centro da meta.”

E acena com a volta da CIDE no preço da gasolina, criada no Governo Fernando Henrique Cardoso e zerada por Dilma. É a mesma proposta feita pelos  notórios tucanos Elena Landau e Adriano Pires aos usineiros, como forma de permitir que seus preços continuem a ser competitivos no etanol.

Claro que Giannetti não chega a assumir que isso será um aumento da carga tributária. Diz que outros impostos podem ser retirados, mas não diz quais.

O “guru” econômico de Marina investe contra tudo, menos contra o altar: nem uma palavra sobre o sistema bancário, o grande bezerro a mamar nas tetas do Estado.

Aliás, em matéria tributária, Giannetti deixa mesmo que o folclore de defender um “imposto sobre flatulência animal” – nos moldes da fracassada ideia da Nova Zelândia (leia aqui, na BBC) seja o seu lado heterodoxo.

No resto, a regra é clara: pasto para os bancos, chicote para a produção.

Porque será que fico me lembrando daquela turma de economia que grudou no Collor, louca para fazer o Brasil de “parquinho” de suas invenções?

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Operação de “compra” de jatinho foi negócio “por fora”. Não aconteceu e não podia acontecer




Dilma à personalista Marina, que rejeitou ser um Collor de xale, ou Janio sem bigode: 'Não querida, eu não comparei pessoas (mas estruturas); não é política do medo, é política da verdade.Sem base no Congresso voce não aprova nada'




cessna
Qualquer colega jornalista pode verificar, no site da Anac, quais são os documentos necessários para que uma empresa transfira  o registro de uma aeronave.

O que é o caso da alegação do PSB de que os usineiros da AF Andrade, de Ribeirão Preto, fizeram aos misteriosos empresários pernambucanos Apolo Vieira Santana e João Paulo Lyra Pessoa de Mello Filho, a venda do Cessna matrícula PR-AFA, que servia à campanha de Eduardo Campos e Marina Silva.

Não há, salvo engano, nenhum processo relativo a esta aeronave em curso na Anac, o que pode ser verificado no sistema eletrônico de acompanhamento de pedidos ao órgão.

Na imagem condensada que se publica ao lado, o último registro de processo relativo ao PR-AFA data de mais de um ano atrás, 13 meses antes da suposta operação de compra.

Não há porque a transferência do registro da aeronave não poderia ser feita, simples assim.

Porque, se aconteceu, seria um “subleasing” – uma sublocação, na linguagem dos mortais como nós, inquilinos ou ex-inquilinos –  que é vedado pela legislação comercial, salvo com a anuência prévia de quem arrenda o bem, no caso a Cessna. Há, inclusive, uma  Resolução (a de  número  2.309 ) do Banco Central que prevê a necessidade expressa de concordância prévia do arrendador.

Quem arrenda é a Cessna e a Cessna não autorizou a transferência da posse do bem.

Sem isso, nem mesmo matrícula válida o aparelho poderia ter, porque isso é exigido pelo Código Aeronáutico Brasileiro, em seu artigo 111.

E o mesmo pelo Sistema de Registro Aeronáutico  Brasileiro, que obriga para o registro de aeronave a apresentação de “termo de anuência do arrendador, no caso de cessão do arrendamento ou subarrendamento”.

Isso se a venda de fato ocorreu e não, como parece, uma operação clandestina para ficar de posse de um avião mediante pagamentos “por fora” e de origem já comprovadamente fraudulenta, com os laranjas que apareceram nessa transação.

Esta operação foi uma maracutaia.

Tão grande e mal-feita que não tem como deixar de explodir, mesmo com a imensa “boa-vontade” da mídia para com os envolvidos nela.

O programa de governo apresentado por Marina Silva diz ser necessário “o fortalecimento dos mecanismos de transparência nas doações para campanhas eleitorais”.

Que tal começar mostrando os documentos relativos a esta doação funesta?
Até porque são públicos, à medida em que têm de ser apresentados às autoridades públicas que registram aeronaves, como os Detrans registram veículos.

Mas não podem fazê-lo.

Seria a confissão de uma fraude.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Messianismo, fundamentalismo religioso e poder para o mercado financeiro

Dilma fuzila os operadores de mercado de Marina: "É absolutamente inacreditável que alguém proponha reduzir o papel dos banco públicos"

O Jornal da Globo, cuja audiência se equipara à relevância de seu jornalismo, resolveu sair do anonimato 'denunciando' a ausência de Dilma em entrevista desta 3ª feira. Em tempo: a assessoria de Dilma avisou 4 dias antes que a candidata não compareceria

Globo admite que Dilma desmarcou a entrevista ao marcante telejornal do âncora William Waack: 'Nada disso desmente a realidade de que a candidata se recusou a dar a entrevista' afirmou a emissora. E quem disse que a candidata é obrigada a dar entrevista à Globo?

Acreditava que no Brasil não havia o risco de um novo salvador. Afinal, o momento em que Collor apareceu como candidato da nova política parece distante.

Flávia Biroli
Arquivo

A candidata do PSB, Marina Silva, se apresenta como a representante da “nova política”.

A política não seria feita de acordos e disputas entre partidos políticos e grupos na sociedade, mas de uma reunião das pessoas “de bem”. Quem define quem faz parte da “nova política” é a própria candidata, com uma sabedoria que, ao que parece, viria da pureza de quem está fora da política e imbuída de uma missão.

Acreditava que no Brasil de hoje não havia o risco de um novo salvador. Afinal, o momento em que Collor apareceu como candidato da “nova política”, contra a política dos marajás, parece não apenas distante, mas de algum modo aquém do patamar em que as disputas se colocaram desde então.

Estava enganada. Temos hoje novamente uma candidata que se apresenta como a representante da “nova política”.  A recusa da dinâmica política aparece como a solução, os partidos e as instituições são vistos como entraves, mas sua candidatura só foi possível porque seguiu a rota mais convencional do casuísmo, tomando carona em um partido que nada tem a ver com a agenda que parecia ser a sua. E tudo para garantir que não ficaria de fora da disputa eleitoral, mesmo não acreditando nos caminhos desta política.

Marina Silva também se apóia em concepções da economia que nada têm de novas, que são defendidas há décadas pelos banqueiros e pelos economistas que estão com ela – eles tiveram, aliás, lugares bem pagos e de prestígio em consultorias, bancos e em governos anteriores.

Maior controle do mercado sobre o Banco Central (a independência do BC), ajustes na economia para restabelecer a “confiança” dos investidores, é assim o “novo” de Marina Silva. Ela é “nova” financiada pelo Itaú, fazendo acordos com o agronegócio e com uma agenda econômica produzida por André Lara Resende (quem não se lembra dele, pode lançar no google confisco da poupança no governo Collor, grampo do BNDES, banco Matrix, privatização da Telebrás etc.) e Eduardo Gianetti (que repete a fórmula dos “ajustes duros” e da autonomia do Banco Central, além de elogios à política econômica de Fernando Henrique Cardoso).

O fundamentalismo religioso a coloca numa posição em que a crença supera os direitos individuais. Já falou a favor do criacionismo, recusando o conhecimento científico. É contrária aos direitos dos homossexuais e prefere diluir os problemas em noções vagas de diferença a enfrentar o fato de que sua posição colabora para a recusa da cidadania e para a violência contra tantas pessoas. É mulher na política, mas retirou a palavra “sexismo” do seu programa de governo. Afinal, conflitos são coisa do passado.

O que ela teria de distinto, sua identidade de ambientalista, vai rapidamente pelo ralo. Afinal, é preciso garantir a “confiança”. E como não há conflitos na sociedade dos discursos de Marina Silva, as dúvidas sobre os transgênicos se resolvem definindo áreas de plantio para transgênicos e não-transgênicos: um caminho para a paz entre o agronegócio e os ambientalistas, afinal! E o etanol se transforma em aliado do ambientalismo, garantindo um lugar para os usineiros no pacote da “nova política”.

O messianismo garante que Marina Silva seja “líder nata” sem propostas e com a entrada mais tradicional no jogo político. Ela está acima das disputas e dos conflitos. E os acordos… bem, os acordos são feitos à velha moda, nos bastidores, enquanto ela repete “nova política”, “nova política”, “nova política”.

Sabemos, no entanto, que os conflitos sociais não desaparecem e os apoios de banqueiros, investidores e empresários são cobrados depois. Sabemos também que por mais complicado que seja governar com instituições democráticas, sem elas nós todos nos tornamos reféns do que nos reservam as boas intenções ou a vontade de uma “iluminada”.

(*) Professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília

sábado, 23 de agosto de 2014

ESQUECE O AÉCIO. E MIRA EM NECA E BLÁBLÁ Quantos bancários o Itaúúú mandou embora desde que a Dilma mandou um banqueiro embora do Banco Central ?


Faltam 40 dias para a eleição.

Aecioporto é irrecuperável.

Denunciar o fracasso dos Governos do PSDB é desnecessário.

A Direita já se reaglutinou em torno de Neca Setúbal e seu instrumento, a Bláblá.

Qualquer um serve para derrotar os trabalhistas, pregou FHC, em seu último suspiro.

“Qualquer um” já se incorporou nessa inusitada combinação : uma banqueira de origem quatrocentona com a Fadinha da Floresta.

É perda de tempo – que o manchetômetro tornou muito curto – gastar munição contra os tucanos.

Eles se reencarnaram no PRP, na UDN, ou no PFL – um PFL que trocou o sotaque de nordestino nasalado do estadista Agripino pelo francês-italiano da dupla FHC – Padim Pade Cerra.

Eles são oitava e a nona vítimas daquele jatinho de inexplicada e suspeita propriedade – veja o que diz o Tijolaco.

Na reta final de 2010 também foi assim.

A Dilma quase não bateu na Bláblá e ela levou a eleição para o segundo turno.

E, aí, então, Dilma trucidou o Padim Pade Cerra.

Agora é diferente.

O PSDB e o seu neolibelismo fracassado estão mortos.

Agora, o adversário é o neolibelismo vitorioso: o Itaúuu.

São Paulo e a elite paulista se reinventaram na Dinastia Setúbal.

Sequer vai subir no palanque do Alckmin e do Cerra.

Os trabalhistas tem que ir pra cima não da Fadinha: mas do Caixa da Fadinha.

Não do arrochismo do falso mineiro.

Mas do tripé da Neca.

O adversário não é mais “o ser de zoologia fantástica que só vive no PiG”, o Farol de Alexandria.

E adversário está vivíssimo.

Na telinha da Globo e em cada esquina no Brasil: o banco Itaúuu.

O resto , diria o Nelson Rodrigues, é o luar de Paqueta.

Em tempo: lembra, amigo navegante, de como o Quércia derrotou o Antônio Ermirio na campanha para Governador de São Paulo ? Chamou ele de “mau patrão”. Isso a galera entende. Vamos ver quantos bancários o Itaúúúú mandou embora desde que a Dilma trocou um banqueiro por um profissional de carreira no Banco Central…

Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Quem coordena é Erundina, do PSB, mas quem manda é a Setúbal, do Itaú

neca


Impressionante a entrevista da sócia do Itaú, Maria Alice Setúbal, na Folha.

Sai-se como a Armínio Fraga de Marina Silva e dá palpite sobre tudo, em especial a economia, com a segurança de quem sabe que a candidata está presa ao que ela disser.

Tanto que o jornalista Fernando Rodrigues, apesar de entrevistar Setúbal, coloca sem meias-palavras, no título: Marina acena ao mercado e promete autonomia para o BC”

A herdeira-banqueira chega ao ponto de alinhar como será a “equipe econômica” marinista.

O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vai ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras. Tem [Eduardo] Giannetti, André Lara Rezende, Eliana Cardoso, José Eli da Veiga. São economistas que têm um olhar mais acadêmico. Eles já dão um certo aval para o mercado -embora eu entenda que não seja suficiente porque eles são mais teóricos. Acredito que ao longo da campanha nós vamos ter outras pessoas que estarão se aproximando, que são mais, vamos dizer, operadores.”

Em nenhum momento ela sequer ressalva que essa ou aquela questão deva ser formulada à própria candidata. Responde com foros de porta-voz.

Precisa mais para deixar claro quem vai mandar?

Luiza Erundina, que nunca foi propriamente uma pessoa com grande poder dentro do PSB – basta ver como foi derrotada na aliança paulista com Alckmin – vai emprestar sua seriedade ao trabalho de aparar os conflitos internos do partido.

Nisso, Marina não vai criar problemas para ela, porque não importa quem esteja no comando das quinquilharias partidárias, nada apetitosas para a ex-senadora.

No que importa, a sua coordenadora já se apresentou ao público.

Maria Alice Setúbal.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

IRONIA E BAIXARIA CRESCEM NA CRÍTICA ECONÔMICA

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A sombra do povo e a insônia dos grã-finos





É preciso aproveitar a oportunidade do debate para questionar o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e a concentração da propriedade na mídia


Sebastião Velasco
Arquivo
 
Não bate! O clamor que tomou conta dos arraiais do conservadorismo brasileiro desde o anúncio do Programa Nacional de Participação Social, há alguns dias, decididamente não combina com a empáfia impostada de seus representantes políticos.

Como é que é? Aposentadoria antecipada para Dilma, seis meses antes do pronunciamento das urnas? De que vale o sarcasmo de Aécio e assemelhados, quando ele é desmentido cotidianamente por seu patente nervosismo?

Fernando Henrique Cardoso falava ao país em cadeia nacional, e estava tudo muito bem. Por que a cólera? Por que o afã em punir com os rigores de uma lei reinventada para esse propósito, toda vez que Dilma Roussef faz isso?

A mesma pergunta vale para o decreto 8.243. Mal publicado no Diário Oficial,  ele foi denunciada pelos porta-vozes acreditados do conservadorismo pátrio como peça axial do programa insidioso do PT de transformar em ditadura popular disfarçada nossa ainda frágil democracia.

Mas a incongruência entre o objetivo suposto e o instrumento empregado salta à vista. Um decreto não tem o condão de alterar a ordem constitucional do país. Exercício unilateral de poder do chefe do executivo, ele pode ser modificado -- ou simplesmente revogado  --  por outro decreto, em qualquer instante.

Ora, ninguém em sã consciência imagina que o governo venha a se lançar em obras de complexa engenharia institucional nos próximos meses. Terminada a Copa, a campanha eleitoral nas ruas, todos os esforços do PT estarão concentrados na tarefa de conquistar os votos necessários para manter os postos que detém no presente e conquistar outros novos.

Como essa é uma tarefa inglória, posto que o país rejeita o PT  -- assim nos garantem  -- e tudo que a ele se associa   não há porque perder o sono. A revogação do malfadado decreto será o primeiro ato do próximo Presidente da República.

Seria essa a atitude dos opositores se estivessem tranqüilos. Mas eles não estão tranqüilos. A ansiedade perturba-lhes o sono, e nas noites mal dormidas tomam sombras por seres reais assustadores, aos quais reagem com alarde como se verdadeiramente perseguidos.

Melhor assim. Ao expressar em palavras o sentimento de ameaça que os aflige esses personagens se descobrem e ao fazer isso se expõem à crítica. Se nenhum outro mérito tivesse, o decreto em questão mereceria aplausos por isso.

O que os seus detratores vêem de tão nocivo nele?  Um abuso de poder, um atentado à Constituição, uma tentativa perversa de manietar o Congresso, submetendo-o  à vontade de grupos orquestrados, parcamente representativos. 

Contra a sordidez desse propósito, que vem embalado na retórica enganosa da democracia participativa, os opositores defendem-se tirando do baú idéias arcaicas sobre o governo representativo. De acordo com estas, a vontade do povo se expressa na livre escolha de seus governantes. No intervalo entre uma eleição e outra, cabe aos cidadãos perseguir seus interesses privados, nos limites da lei, atentos tanto quanto possível à gestão da coisa pública.  Mas isso eles não podem fazer solitariamente. Para tanto, necessitam de fontes críveis de informação e da possibilidade de trocar idéias sobre os problemas em pauta. A liberdade de expressão é inerente, pois, a essa forma de governo, que tem na opinião pública a sua contrapartida. É esta que faz a ponte entre representantes e representados no curso rotineiro da vida política.

O problema com essa concepção, que passou a salpicar as páginas dos jornais nos últimos dias, é que ela tem muito pouco a ver com a maneira como funcionam as democracias contemporâneas. E muito menos ela tem com a operação real de nossa organização política.

Ao dizer isso não penso apenas na existência consolidada de Conselhos, Fóruns e outros mecanismos de diálogo e aconselhamento, que vêm se multiplicando nos mais diversos ramos da administração pública brasileira já há muito tempo. Nem nas relações simbióticas entre o Banco Central e o mercado financeiro, que constituem um elemento estrutural publicamente reconhecido da política de metas inflacionárias em vigor no País desde o final da década de 1990. 

Refiro-me à posição estruturalmente privilegiada que os detentores do poder econômico desfrutam em qualquer sociedade capitalista, e do franco acesso aos centros decisórios que tal condição lhes faculta. Situação geral que se vê reforçada no Brasil pelos índices escandalosos de concentração de renda e riqueza, e pela qualidade deplorável, com as exceções de praxe, da grande imprensa falada e escrita, quase inteiramente controlada entre nós por um punhado de famílias.

A Política Nacional de Participação Social assusta porque encerra a promessa de corrigir parcialmente esse viés  --  para o bem da gestão das políticas públicas e a qualidade de nossa tão imperfeita democracia. E assusta tanto mais porquanto dentro de alguns meses a promessa pode começar a ser cumprida.

A ofensiva contra os Conselhos tem, portanto, caráter eminentemente defensivo. Com ela os conservadores pretendem levar o governo a recuar desse projeto, antes mesmo que a batalha das urnas seja ferida.

Mas por isso mesmo a resposta a ela não pode ser tímida. Não se trata de defender o decreto 8.243, e com ele todos os mecanismos de representação social que hoje existem. É preciso aproveitar a oportunidade do debate para questionar o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e a concentração da propriedade na mídia. Em uma palavra, diante do ataque a reação correta é partir para cima.

Mas não se atormentem, senhores e senhoras. Para cima na luta de idéias. Para cima, no bom sentido.


(*) Professor Titular de Ciência Política da Unicamp; membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI).

terça-feira, 18 de março de 2014

PIB, INDÚSTRIA E EMPREGO SUPERAM PREVISÕES. CRISE?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

MELHORAM EXPECTATIVAS: MAIS PIB, MENOS INFLAÇÃO

sábado, 24 de agosto de 2013

O TIRO QUE ECOA HÁ 59 ANOS.


Dólar cai; Dilma sobe; cubanos chegam: BC dá tranco na especulação e a cotação da moeda americana recua 3% 

**no Ibope, aprovação ao governo Dilma salta de 31% para 38%, com esticão positivo de 11 pontos no Sudeste, berço do PSDB 

** Mais Médicos contrata 4 mil profissionais de Cuba que começam a chegar ao país neste fim de semana

** Índice de Confiança do Consumidor, da FGV, faz inflexão positiva e avança 4,4%  

** STF cumpre o enredo escrito pelo ressentimento conservador que imagina depurar  a derrota histórica para o PT encarcerando uma de suas maiores lideranças.


Há 59 anos, naquele  24 de agosto de 1954,  Getúlio Vargas cometeu o suicídio político mais inteligente da história. Consternado com a notícia que ecoava pelas rádios, o povo carioca perseguiu e escorraçou porta-vozes da oposição virulenta ao Presidente. A experiência da tragédia abalou o cimento da resignação cotidiana e a multidão elegeu seu alvo: cercou e depredou a sede da rádio Globo que saiu do ar. A escolha do desespero tinha alicerces na razão. O cacho de forças silenciadas na vitória esmagadora de  Vargas em 1950 preservara intacta a sua sonoridade junto à opinião pública. À medida  em que a incontinência dos decibéis superava o comedimento das formalidades e contaminava todo aparato conservador, o duelo tornava-se a cada dia mais desproporcional. Uma agenda latejante de suspeição,desafios e desrespeito ostensivo era apregoada diuturnamente. A pressão atingiria seu auge naqueles dias finais de agosto. Cinquenta e nove anos depois do tiro que sacudiu o país e impôs o recuo do golpismo, o volume asfixiante do coro conservador ainda pode ser ouvido e aquilatado. Entre um agosto e outro, algumas peças do paiol midiático permanecem. Outras se juntaram à tradição. Os personagens se renovam, mas o método se repete. O jogral da condenação sumária sentencia a mesma intolerância em  cada linha, título, nota, coluna, fotomontagens, capas, escaladas televisivas e radiofônicas. Troquem-se as letras que compõem o nome Vargas por ‘mensalão'. Ou Lula. Ou Dirceu. O preconceito beligerante que cerca um equipara-se ao que esmagou o outro. O rastro comum remete ao arsenal udenista da suspeição e da condenação sumárias, das togas avessas às provas; e das sentenças indiferentes aos autos. O conjunto  forma um fio de continuidade que atravessa a régua do tempo e conecta a luta progressista de 1954  a do Brasil de 2013. Hoje, mais uma vez, o país enfrenta uma transição de ciclo histórico. Ela opõe, de um lado, a esperança no passo seguinte de um desenvolvimento calcado na emancipação social de sua gente. E de outro, as forças e interesses que consideram intolerável sincronizar esse passo com o anseio por equidade e justiça, mas, sobretudo, por uma efetiva redistribuição do poder. (Leia também ‘A guerra das expectativas'. AQUI)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Economia em alta, inflação estável



Duas notícias, agora de manhã, confirmam que não há, ao contrário do que alardeiam jornais e TVs, um descontrole e crise generalizada na economia brasileira.
O IGP-10, da Fundação Getúlio Vargas, mesmo registrando uma elevação de 0,63%, reduziu o acumulado em 12 meses outra vez. O indicador acumulado, que estava em 8,06% em fevereiro e 6,28% no mês passado reduziu mais alguns pontos e soma 6,17% (os dados completos, para quem quiser conferir, estão aqui).
Dá para ver bem no gráfico que não se indica qualquer aceleração, muito menos descontrolada, no índice inflacionário. E ele seria ainda menor se não fosse a elevação de 2,48 %  no índice da construção civil, que subiu pressionado pela  mão de obra, que variou 4,19% para cima.
É de se imaginar que o BC não tenha levando em conta o salário de pedreiros e serventes na hora de subir os juros, não é?
E é lá do Banco Central que vem outra notícia “espanta-crise”. O indicador da atividade econômica apurado todo mês pelo BC, considerado uma prévia do PIB, subiu  0,84% em abril em relação a março, após registrar alta de 1,07% em março sobre fevereiro, já com as correções estatísticas sazonais.
Em relação a abril de 2012, um crescimento de  4,85 % e de 3,43% no acumulado desde janeiro deste ano, ambos os índices já com os ajustes sazonais.
A tabela oficial está aqui.
É óbvio que, tanto no indicador de inflação quando no de atividade econômica podem haver oscilações a cada mês. Mas se colocarmos décimos de 1% no foco de nossas atenções, vamos fazer como um sujeito que olha de tão perto um grão de areia que ele parece uma rocha imensa.
Por: Fernando Brito

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ataque na mídia, olho na grana

Com o combustível fornecido por fatos reais – a queda no ritmo de crescimento – incendiado com o sopro de uma imprensa catastrofista, os falcões do mercado financeiro esticaram suas garras sobre o projeto brasileiro de crescer pela via da produção, não pelo ilusório caminho do volátil capital especulativo.
É nesse quadro que se deve observar a manchete de hoje dos jornais – a perspectiva negativa da Standard & Poors quanto ao “rating” do Brasil – e a jocosa publicação daThe Economist, pintando um cenário de caos e, novamente, pedindo a cabeça do Ministro Guido Mantega.
Falta, a um e a outro, lucidez. No caso da revista inglesa, porém, falta respeito e  sobra prepotência.
Ou, como dizia a minha avó, um “macaco olha o seu rabo, deixa o rabo do vizinho”.
Porque a expansão de 0,6% do PIB brasileiro – de fato muito baixa pelas nossas potencialidades - é exatamente igual à do Reino Unido e maior do que a da França, da Espanha e da maioria da Europa. E não ficou muito abaixo do México, novo “queridinho” do mercado financeiro entre os emergentes, que registrou 0,8%.
The Economist não pede a cabeça de nenhum dos seus ministros da Economia.
Talvez, quem sabe, porque sejam mais dóceis aos interesses do capital financeiro do que Mantega.
O que os ingleses da The Economist querem está claro na própria matéria: aumento dos juros, corte nos programas sociais e mais leilões de petróleo.
Aliás, não é nem original a hipocrisia inglesa quando se trata de encobrir com propósitos nobres seus interesses econômicos.
Vem do Bill Aberdeen, lei que deu à frota britânica o “direito” de apreender navios suspeitos de tráfico de escravos e que, na verdade, era uma represália ao fim dos tratados ruinosos – para o Brasil – de comércio exterior com a Inglaterra.
Aliás, quem conhece algo sobre as condições subumanas a que eram submetidos homens, mulheres e crianças nas fábricas inglesas no início século 19, sabe que não era propriamente a dignidade humana que estava no centro das preocupações britânicas.
Mas The Economist é uma “canhoneira de papel”, como muitos jornais o são.
Embora metam medo com seu barulho e já tenham conseguido fazer tremer o nosso BC, não têm força para mudar o rumo que este país escolheu.
Por: Fernando Brito

quinta-feira, 6 de junho de 2013

BC: ATIVIDADE ECONÔMICA TERÁ RITMO MAIS INTENSO