Duas notícias, agora de manhã, confirmam que não há, ao contrário do que alardeiam jornais e TVs, um descontrole e crise generalizada na economia brasileira.
O IGP-10, da Fundação Getúlio Vargas, mesmo registrando uma elevação de 0,63%, reduziu o acumulado em 12 meses outra vez. O indicador acumulado, que estava em 8,06% em fevereiro e 6,28% no mês passado reduziu mais alguns pontos e soma 6,17% (os dados completos, para quem quiser conferir, estão aqui).
Dá para ver bem no gráfico que não se indica qualquer aceleração, muito menos descontrolada, no índice inflacionário. E ele seria ainda menor se não fosse a elevação de 2,48 % no índice da construção civil, que subiu pressionado pela mão de obra, que variou 4,19% para cima.
É de se imaginar que o BC não tenha levando em conta o salário de pedreiros e serventes na hora de subir os juros, não é?
E é lá do Banco Central que vem outra notícia “espanta-crise”. O indicador da atividade econômica apurado todo mês pelo BC, considerado uma prévia do PIB, subiu 0,84% em abril em relação a março, após registrar alta de 1,07% em março sobre fevereiro, já com as correções estatísticas sazonais.
Em relação a abril de 2012, um crescimento de 4,85 % e de 3,43% no acumulado desde janeiro deste ano, ambos os índices já com os ajustes sazonais.
A tabela oficial está aqui.
É óbvio que, tanto no indicador de inflação quando no de atividade econômica podem haver oscilações a cada mês. Mas se colocarmos décimos de 1% no foco de nossas atenções, vamos fazer como um sujeito que olha de tão perto um grão de areia que ele parece uma rocha imensa.
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