Foi um dos momentos sublimes do Jornalismo Contemporâneo Brasileiro:
“Imagina na Copa !” – foi a reação estupefata de uma âncora (?) do Mau Dia Brasil, ao fim de uma reportagem sobre as manifestações na cidade de São Paulo, na noite de quinta-feira.
Imagina na Copa !
Tomara que o circo pegue fogo de vez !
O comportamento do PiG (*) e, especialmente da Globo, é a hipocrisia que simula o serviço público.
Funciona assim.
Vamos dar máxima cobertura à manifestações.
Vamos informar o nosso distinto público.
Vamos ser fiéis aos contratos de concessão que deram aos nossos patrões o direito – provisório – de explorar o espectro magnético que pertence ao povo brasileiro.
E vamos aproveitar para adensar a crise, fomentar a crise, espalhar a crise nacionalmente, com a nossa velha tecnogolpia e construir uma Primavera Árabe.
Temos que transformar São Paulo numa Istambul.
Botar o circo para arder.
Sangue !
Desconstruir o prefeito petista, e com ele, no mesmo desmoronamento, soterrar a Dilma.
Simples assim.
Por que o Mau Dia Brasil voltou ao vivo, tantas vezes, nesta manha de sexta-feira, para os lugares da cidade onde, naquele momento não acontecia absolutamente nada ?
Para rememorar, repisar as cenas da noite anterior, interminavelmente.
É a mão de gato do PiG (*).
E da Globo.
Imagina na Copa !
Em tempo: amigo navegante liga consternado para falar de uma repórter da Folha (**) que foi atingida por uma bala de borracha abaixo do olho direito. Observou ele: a repórter deveria acionar judicialmente a própria Folha. Na véspera, num editorial, a Folha disse:
- a reivindicação não passa de um pretexto;
- pretexto dos mais vis;
- o irrealismo da bandeira tem a intenção oculta de vandalizar;
- é um grupelho;
- manifestantes são marginais e sectários;
- é hora de por um ponto final nisso !
Parece um daqueles editoriais da Folha da Tarde, nos bons tempos do “seu” Frias.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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