Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Lula chefia roubo de 42 bi e lucra um apê e um sitiozinho?!


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Na tarde desta quarta-feira, 14 de setembro de 2016, teve início o último capítulo do golpe paraguaio contra o quarto governo do PT em pouco mais de 13 anos.  E esse episódio derradeiro já era esperado por todos.

Esse é o episódio final do golpe, desfechado pelos procuradores e delegados da Lava Jato, alguns dos quais fizeram campanha eleitoral para Aécio Neves em 2014 (vide foto no alto da página).

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Procuradores da Lava Jato afirmam que, “De acordo com as provas e indícios coletados no processo, as propinas pagas no esquema do ‘Petrolão’ chegaram a R$ 6.2 bilhões de reais, mas, por conta das trocas de favores que todo o esquema envolvia, os prejuízos causados passariam dos R$ 42 bilhões”.

O discurso dos procuradores é essencialmente político. E a acusação, de uma enormidade estarrecedora: Lula seria “o chefe máximo” do “esquema do Petrolão”.

Vale assistir à acusação do fanático religioso que disse tal enormidade.


É mesmo? E quais são as provas contra o alvo de uma acusação dessa monta? Suposições quanto à suposta posse oculta do ex-presidente de dois bens imóveis, um sítio de 800 mil reais e um apartamento de um milhão e meio de reais.

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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Bingo ! PF vai fechar o submarino nuclear ! É melhor chamar almirante americano para comandar a Marinha brasileira !


Iperó. Brevemente aqui, a bandeira americana vai tremular !
   
Da Fel-lha, “reportagem” de Natuza Nery (essa moça vai longe – vai para a GloboNews !):

“Petrolão (sic!):

Polícia Federal investiga programa de submarino”

“Suspeitas surgiram quando a empreiteira Odebrecht, que faz obras de base naval e estaleiro, foi alvo de operação”

“Acordo para a compra de modelos franceses, em 2009, foi estrela do segundo mandato de Lula”.

Será, enfim, realizada a obra magnífica do Príncipe da Privataria.
Uma das primeiras visitas que fez o Presidente Lula, assim que tomou posse em 2003, foi a Iperó, onde a Marinha Brasileira desenvolvia o projeto de beneficiamento do urânio, com tecnologia do grande brasileiro Othon Silvaagora submetido a grampo de mictório.
Oficiais de Marinha expuseram ao Presidente eleito pelo POVO que o programa ia fechar.
Porque o traíra do Fernando Henrique não mandava dinheiro pra lá.
O Brasil não ia desenvolver o projeto do Almirante Othon e não ia poder concretizar um programa nuclear completo: da energia ao submarino.
Lula chamou o ministro da Marinha e disse: vamos botar dinheiro aqui.
É por isso, que, neste momento, cinco mil homens da Odebrecht, essa grande empresa BRASILEIRA !, estão em Itaguaí.
Ao lado de oficiais da Marinha brasileira, constroem dois submarinos a diesel elétrica e se preparam para fazer primeiro a propulsão nuclear, com COMBUSTÍVEL BRASILEIRO !
Para defender a Amazônia Azul e o pré-sal !
É isso o que a PF do zé vai desconstruir !
Por obra de seus delegados aecistas, dos valentões que atiram no rosto da Presidenta da República para treinar tiro ao ao alvo e chamam presidente de “aquela anta!”.
Finalmente, a Operação Brother Sam realiza seu objetivo final.
Ocupar o Brasil.
Fazer dessa esculhambação um grande Porto Rico.
Um imenso Panamá.
Realizar, enfim, o sonho dos tucanos!








Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Lula: promotor negligente atropelou colega de férias, seus substitutos legais e armou farsa

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Como desde ontem se apontou aqui, o tal inquérito aberto contra o ex-presidente Lula é uma farsa.
O procurador Valtan Timbó, que teve aberto dias antes de tomar essa atitude um processo contra ele próprio, por ser negligente e engavetar nada menos que 245 processos, aproveitou-se das férias da colega Mirella Aguiar, desconheceu seus substitutos naturais e alegou falsamente o “perigo” de perder-se o prazo da apuração em curso – que vencia em 18 de setembro – e, 70 dias antes do término do período legal, a 8 de julho, abriu procedimento de investigação criminal.
É um raro caso de negligente em geral e apressadíssimo quando lhe interessa.
Lula, por seus advogados, pediu a nulidade do processo, além de denunciar o Dr. Timbó – o negligente, segundo o próprio MP – por dar um “golpe de João Sem-Braço e pedir compartilhamento de escutas telefônicas e documentos da Lava Jato, onde Lula sequer é investigado.
Os procedimentos, no mínimo, são uma retaliação à administração Janot, cuja Corregedoria abriu processo por desídia funcional contra o Dr. Timbó, antes de sua atitude insólita. E, no máximo, são uma cortina de fumaça diante das ações da Procuradoria contra Eduardo Cunha.
O brilho do Dr. Timbó durou poucas horas, até se transformar em…
O Instituto Lula tem colaborado e prestado todas as informações solicitadas pela procuradora Mirella de Carvalho Aguiar. Mas diante do espanto da abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), sem nenhum indício de crime, e isso está nos despachos dos procuradores, e pelas diversas irregularidades na abertura do PIC, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram nesta sexta-feira (17) uma reclamação disciplinar ao Conselho Nacional do Ministério Público, para requerer apuração da conduta do procurador Valtan Timbó Mendes Furtado, autor do pedido de abertura do PIC contra o ex-presidente.
A representação pede a suspensão do inquérito, abertura de sindicância e processo administrativo disciplinar referente às atitudes de Furtado. De acordo com os advogados, houve “violação dos deveres funcionais” por parte do procurador, que, ao interferir na apuração preliminar conduzida pela procuradora titular Mirella de Carvalho Aguiar, desconsiderou prazos e instâncias do próprio Ministério Público, além de ignorar a manifestação de defesa de Lula.
“O único fundamento apresentado pelo procurador Valtan Furtado para a prática do ato, qual seja, a iminência do esgotamento do prazo de tramitação da Notícia de Fato, note-se, é falso. E, de qualquer forma, como já exposto, não havia qualquer fato novo ou urgência a justificar a mitigação do princípio do promotor natural”, aponta a peça.
Furtado instaurou o PIC contra o ex-presidente em 8 de julho de 2015, um dia antes de serem protocolados junto ao Ministério Público os esclarecimentos da defesa de Lula aos questionamentos da Notícia de Fato –portanto, desconsiderando o direito de ampla defesa garantido pela Constituição ao ex-presidente. O prazo final para a entrega da defesa do ex-presidente, conforme definição da procuradora titular, era 11 de julho. Já o prazo final para o processo de apuração preliminar como um todo, que antecede a decisão de abertura do PIC, era 18 de setembro.
Além disso, Furtado assumiu a autoria do PIC desconsiderando que os substitutos naturais de Mirella, que está em férias, deveriam ser integrantes do 1º, 2º ou 3º Ofícios de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal. O procurador não integra nenhum desses órgãos.
Em conclusão à lista de irregularidades do processo, Furtado tentou ainda promover a quebra de sigilo fiscal e de correspondência de Lula e de seu Instituto por meio de pedido de compartilhamento de informações com a Operação Lava Jato, ainda que a mesma não esteja investigando o ex-presidente ou o Instituto Lula.
“Vê-se, com isso, que houve um verdadeiro atropelamento, desrespeito e tumulto ocasionado pelo procurador Valtan Furtado nas investigações preliminares em curso no âmbito da ‘Notícia de Fato’, o que macula inexoravelmente a sua isenção funcional e, ipso facto, a própria idoneidade e higidez da investigação levada a efeito na ‘Notícia de Fato’”, destaca o texto.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O relato (quase desenhado) da má-fé da Folha, por Conceição Lemes

folhamaluco
Dispensa comentários, porque as imagens fornecem ao texto quase que um desenho da narrativa, o artigo escrito por Conceição Lemes no Viomundo sobre o circo armado pela Folha – e por boa parte da mídia – em torno do palerma (ou provocador) que impetrou o tal patético “habeas corpus” em favor de Lula que, como disse o próprio desembargador que negou seguimento à pataquada jurídica. Só serve para  “expor e prejudicar” o ex-presidente.(veja aqui).
Desejo que um transtornado, que já impetrou 150 (!!!) habeas corpus – marca que poucos advogados conseguiram atingir com anos e anos de carreira, ao qual,  de imediato, toda a grande mídia atendeu.
Coube à Folha erguer o mastro principal do circo, o que Conceição fotografa,  em detalhes, para reconstruir o “passo a passo” de uma sordidez.
Leia o texto que reproduzo, com suas imagens, tomando apenas a liberdade de reduzir o título:

A Folha e o maníaco do HC

A má-fé da Folha de S. Paulo é sem limite.
A cada dia que passa, o jornal que serviu à ditadura militar, se afunda mais no esgoto.
Nesta quinta-feira, 25 de junho, protagonizou mais uma patifaria.
Folha 1Primeiro, o jornal dá como  manchete  que “Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz”.
Refere-se a Alexandrino Alencar.
“Ele era diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. E nessa condição acompanhou Lula em palestras da empresa, quando o ex-presidente já havia deixado o cargo”, explica José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula. “Apenas isso.”
Só que a Folha, como a mídia em geral, o liga a Lula como “amigo”, para forçar a versão que lhe interessa, na tentativa de incriminar o ex-presidente.
Depois, coloca como manchete da capa que Lula havia pedido um habeas corpus preventivo à Justiça.
Na versão, postada nesta quinta-feira, às 11h25, a Folha afirma que Lula pediu à Justiça para não ser preso por juiz da Lava Jato. Ou seja, aFolha assume como verdade a notícia de que Lula é o autor do habeas corpus.
Detalhe: sem ouvir o Instituto Lula ou o ex-presidente sobre a veracidade da informação.folhatwitter
A Folha publica a mesma notícia no twitter, assumindo, de novo, como verdade que Lula é o autor do habeas corpus.
Cerca de uma hora depois aFolha muda a versão. Afirma que “Habeas corpus pede que Lula…” e não mais “Lula pede”. Detalhe: sem dizer aos leitores que a sua informação inicial era mentirosa.

Na capa, o UOL noticia: Instituto Lula diz que não impetrou habeas corpus. Propositalmente dá margem ao leitor a ficar em dúvida com a explicação do Instituto Lula. É como se IMG_1392-001afirmasse: “se o Instituto Lula diz, pode ser que esteja mentindo”.
A Folha, além de não ter ouvido o Instituto Lula — o outro lado, é regra básica do jornalismo — não teve a menor preocupação em saber quem impetrou o mandato.
Folha 5
Folha não se dá por vencida nem mesmo diante do conteúdo do habeas corpus do Maurício Thomaz. Vejam o trecho abaixo. Tirem as suas próprias conclusões.

Pior. Como habeas corpus não foi impetrado pelo ex-presidente Lula, aFolha tenta, obliquamente, ligar Maurício Ramos Thomaz a fatos relacionados a petistas.
888272327c4e0900650aa8c9184d9bf5Só que “esquece” de pesquisar direito.  Thomaz é maníaco por HCs.
O autor é fã de Diogo Mainardi. Num processo movido pelo jornalista Paulo Henrique contra o ex-colunista da Veja, Thomaz entrou comhabeas corpus em favor de Mainardi, para livrá-lo da condenação. E perdeu.

Em e-mail à ombusdman da Folha, José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula, denuncia a irresponsabilidade do jornal.
Cara ombusdman,
Bom dia. Segue abaixo matéria Folha 4da Folha de S. Paulo. Ela foi depois alterada, mas não importa, porque foi ao ar atribuindo de maneira irresponsável informações não checadas. Nenhum desses repórteres do jornal nos contatou (outros dois, Andreia Sadi e Bruno Boghossian nos contataram para checar). Eles checaram apenas com a assessoria de imprensa do TRF-4. Não checaram a autoria do Habeas Corpus. Já sabemos que a suposta regra de outro lado no Manual da Folha e da checagem de informações é relativa quando se refere ao ex-presidente Lula. Mas o jornal, na figura desses dois repórteres, passou agora de qualquer limite.
Atenciosamente,
José Chrispiniano
Que a Folha quer ver Lula na cadeia, o PT banido e a presidenta Dilma defenestrada, não há a menor dúvida.  Todos nós sabemos disso.
A questão é: para conseguir os seus objetivos, quantas mais mentiras aFolha publicará? Até onde o jornal de Otavinho Frias afundará nos seus dejetos?

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Doações: com Lula é “imoral”, com FHC é “cultural”. A hipócrisia da mídia e o sapato do Brizola

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Os jornais se lambuzam nas doações e pagamentos feitos ao ex-presidente Lula por palestras, a partir do vazamento cuidadosamente filtrado dos policiais federais e dos promotores da Operação Lava-Jato.
Embora, lá pelo final das matérias, registre-se que Lula e o Instituto Lula não estão sendo investigados – e não estão por falta de razão, não por imunidade legal – o tom das matérias é o de evidente “denúncia” e “suspeição” das doações e pagamentos que Lula recebe por palestras, o que não apenas é legal como é feito por muitas figuras públicas.
A “onda” é tanta que, no post anterior, um comentarista faz um apelo sentido,  que resolvi atender:
não vi ainda nenhum blog sujo falando sobre a reportagem do Estadão sobre as doações de empreiteiras ao Lula. Isso me deixou com o estômago embrulhado. Gostaria de ler alguma coisa do Brito sobre o assunto, talvez para sossegar um pouco. Acho que muitos compartilham desse sentimento. A mídia em geral e os blogs oposicionistas estão aos pulos, “Pegaram o Lula!” é o que dizem. Há anos faço o papel de advogado do diabo, mas não tenho como mentir para mim mesmo, eu já começo a fraquejar.
Todos os “institutos” de vinculação política recebem doações de empresas, devidamente declaradas. Aliás, em escala microscóprica, este blog também, com os R$ 10 ou pouco mais que recebe de seus colaboradores em conta, declara e – até contra a opinião do contador e de uma amiga auditora da Receita – paga impostos.
Como também ocorre, certamente, com os pagamentos por serviços prestados e não só por palestras de políticos ou ex-governantes.
Eu próprio participei da produção do comercial que Leonel Brizola fez do “Vulcabrás 752″, da Grendene, suando junto com o pessoal da W/Brasil para acertar um texto que fosse coerente com as opiniões do “velho”. E saiu este, que está no Youtube, e que em nada macula o pensamento brizolista. Ao contrário, o pagamento deste comercial pagou muitas viagens de Brizola pelo país, na forma de um crédito junto a TAM.
O “Vulcabrás” do Lula são suas palestras e ele sai mesmo de “garoto-propaganda” do Brasil – e naturalmente de suas empresas, ou quem será que faria negócios no exterior, uma ONG? – pelo exterior. O FHC, mesmo desmoralizado mundo afora com o resultado dos seus governos, também as faz, para bancos, investidores e outros, que não acharam, como nós, aqueles tempos tão ruins. Ao contrário.
E, no caso do Instituto Lula, nem sequer há dinheiro público envolvido, ao contrário do que acontece na organização de Fernando Henrique Cardoso, que recebeu – prestem atenção! – R$ 12 milhões de renúncia fiscal aplicada a empresas que contribuíram com seus projetos culturais, ao menos oficialmente: a organização de seus arquivos pessoais e os de D. Ruth Cardoso.
Para que não se reclame de “leviandade” deste  blog sujo (adoraria saber porque) esclareço que não se trata do “vazamento” privilegiado de qualquer investigação, mas o dado do sistema público de cadastro de projetos financiados com renúncia fiscal pelo Ministério da Cultura,acessível aqui.
Vejam: não estou falando de pagamento por palestras ou por comparecimento de FHC em eventos, valor que só pode ser acessível se indevidamente verificado e divulgado o que é pago e o que é recebido por uma instituição privada, como são os dois institutos dos dois ex-presidentes.
Só que o de Lula não tem um tostão patrocinado com renúncia fiscal naquele sistema de consulta.
Muito menos de empresas públicas, como foi o caso de FHC, como revelou o Terra, em 2007, quando registrou uma doação da Sabesp – antes da seca – de R$ 500 mil, um quarto dos R$ 2 milhões arrecadados até então, dentro de um plano de R$ 8 milhões, que, em matéria de dinheiro solicitado, era 50% menor que os R$ 12,1 milhões que Fernando Henrique solicitou que fossem concedidos como renúncia fiscal pelas leis de incentivo à cultura para o projeto original.
Legal? Sim.
Se é moral, avalie você mesmo:
A quatro meses do final de seu governo, Fernando Henrique alargou o  alcance do que seria  “acervo presidencial” a  tudo o que fosse relativo à vida dos ex-presidentes, independente do período de exercício do cargo, pelo Decreto 4344, de 26 de agosto de 2002.
“Art. 2o  O acervo documental privado do cidadão eleito presidente da República é considerado presidencial a partir de sua diplomação, independentemente de o documento ter sido produzido ou acumulado antes, durante ou depois do mandato presidencial.”
E prevê o financiamento com dinheiro público, condicionado apenas a liberdade de acesso público, no art. 7°, onde se diz que “as entidades, públicas ou privadas, ou as pessoas físicas mantenedoras de acervos documentais privados dos presidentes da República poderão (…) pleitear apoio técnico e financeiro do poder público para projetos de fins educativos, científicos ou culturais”.
Por isso, atendo ao pedido do angustiado leitor, que – como eu – ainda tem esperanças de que se diga a verdade e haja imparcialidade na mídia brasileira, mas que cada vez mais compreende que ela deixou o jornalismo pela propaganda histérica contra o que chama de “lulopetismo”.
Os pesos e as medidas são direito de qualquer um, porém. Use os seus.
PS. Para poupar trabalho, o vídeo do comercial do Brizola:

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Direita já trama golpe “paraguaio” à luz do dia


Duas semanas após Dilma Rousseff ter sido reeleita pela vontade de mais de 50 milhões de brasileiros, colunistas da mídia tucana já falam em “impeachment” como se estivessem falando do clima, ou seja, com a maior naturalidade.
O pior de tudo é que nem de longe há causa para sequer cogitarem uma coisa dessas. O que chega mais perto de um motivo é matéria com a qual a revista Veja tentou interferir no segundo turno da eleição presidencial e que, de tão fraca, jogou sobre a revista o peso da lei eleitoral, com multa e direito de resposta contra a publicação.
O motivo, porém, não importa. A direita midiática conseguiu ampliar sua força no Congresso e, através do maior número de congressistas, espera que a sedição no PMDB, capitaneada por Eduardo Cunha, seja suficiente para que os derrotados na recente campanha eleitoral consigam no tapetão o que o povo lhes negou nas urnas.
Para que o leitor possa mensurar a sem-cerimônia com que a mídia tucana já fala sobre o golpe, reproduzo, abaixo, trecho de matéria do recém demitido colunista da Folha de São Paulo Fernando Rodrigues, que continua escrevendo para a família Frias no UOL.
Note, leitor, que, nos primeiros sete parágrafos da matéria, o autor cita duas vezes a palavra “impeachment”. E no resto da mídia tucana se dá o mesmo, nos artigos de opinião e até em reportagens.
O termo “Impeachment” virou uma bomba semiótica. Quanto mais falarem no assunto com essa ligeireza, mais ele se tornará “palatável” e “corriqueiro”.
Além disso, a possível eleição de Eduardo Cunha como presidente da Câmara seria a garantia de que a oposição, vitaminada pela dissidência do PMDB, impediria a presidente da República já no primeiro semestre de 2015.
Por conta disso, a mídia vem transformando um aumento de 3% na gasolina e de 0,25% na taxa Selic em “estelionato eleitoral”. E, em breve, recomeçarão acusações e capas de revista semanal e de jornais na mesma linha do que foi feito pela Veja 48 horas antes da eleição presidencial em segundo turno.
As imagens de “estelionato eleitoral” e de “envolvimento de Dilma na corrupção da Petrobrás” tentarão produzir um clima propício ao “golpe Paraguaio” – alusão ao golpe de estado que o congresso paraguaio deu ao impedir o ex-presidente Fernando Lugo em um processo que durou 48 horas.
É muito difícil dizer, neste momento, o que ocorrerá no Congresso. Na Câmara há uma rebelião da base aliada, apavorada com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que, segundo dizem fontes não-oficiais, tem potencial para implicar uma centena de deputados tanto do governo quanto da oposição.
Muito do que está sendo cogitado sobre “impeachment” tem intenção de intimidar Dilma para que ela faça o que não tem como fazer: brecar as investigações.
Dilma, aliás, não pode fazê-lo porque não tem esse nível de controle sobre a Polícia Federal, sobre o Ministério Público e sobre o judiciário. E não mandaria abafar as investigções nem se pudesse.
A possibilidade de negociações no Congresso para contornar a rebelião da base aliada não é das melhores, portanto.
Por outro lado, não se tem, ainda, o novo Congresso em atuação. Só após a posse dos novos congressistas será possível tomar o pulso da Casa.
Claro que derrubar um presidente filiado ao maior partido do Congresso não seria fácil. Até mesmo o capital sabe que um processo como esse, que se arrastaria por meses – felizmente, aqui não é o Paraguai e um processo de impeachment demoraria meses para tramitar – iria afundar a economia brasileira. Os negócios seriam paralisados à espera do desfecho e por conta da imensa incerteza que se implantaria.
Contudo, a sabotagem da economia que a mídia vem praticando desde o ano passado, promovendo um bombardeio de saturação de pessimismo que fez os investimentos secarem, mostra que a direita midiática prefere afundar o país a ficar mais quatro anos na oposição.
Se eu fosse Dilma, Lula e o PT, portanto, neste momento estaria tratando de mobilizar os movimentos sociais e sindicais, bem como partidos de esquerda que, ao fim do processo eleitoral, perceberam que a direita mais fascista que infesta o Brasil está disposta a estuprar a vontade popular e jogar no lixo os votos da maioria.
Pelo andar da carruagem, só uma intensa mobilização das forças democráticas da Nação pode fazer frente ao movimento golpista que já se articula à luz do dia.
Como já foi dito anteriormente neste Blog, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal até podem barrar uma aventura golpista como a que está sendo desenhada, mas tudo vai depender do clima que conseguirem criar no país.
Desse modo, se não houver, já, um movimento legalista que repudie com veemência o golpismo tucano-midiático-parlamentar, a infecção vai continuar crescendo.
A você, leitor e companheiro de jornada, rogo que não se acomode. O Brasil está vivendo um clima cada dia mais parecido com o de 1964, com a diferença de que, desta vez, cogitam usar uma nova modalidade de golpe, dado em países como Honduras ou Paraguai.
A sobrevivência da democracia que este povo reedificou a duras penas ao longo de mais de duas décadas de luta depende de não nos desmobilizarmos. E de Dilma, Lula e o PT agirem antes que o monstrengo golpista cresça demais.
De minha parte, estou disposto a lutar até onde for necessário. E você?

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O efeito devastador de Lula sobre a mídia-oposição

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O mais impressionante na entrevista concedida ontem pelo ex-presidente Lula não foi o que ele disse.
Foi como o que disse doeu na grande imprensa.
E dor maior ainda porque, embora continuasse a poder selecionar o que lhe interessava, a mídia tinha um freio: o fato de toda a entrevista ter sido transmitida ao vivo pela internet.
E que Lula tivesse podido falar o quanto quisesse, livre, sem a preocupação de fazer frases curtas, de olho na edição.
Claro que quando se pensa em falar na televisão ou no rádio, é preciso ter essa preocupação.
Mas este momento é o de falar com os agentes políticos, com os militantes, com aqueles que são os multiplicadores de ideias políticas.
Que são exigentes e que, mais do que entender, precisam sentir o que se passou, o que se passa e confiar nos seus líderes.
Não há um que ouça Lula falar e encontre dúvidas, reservas, subterfúgios.
Claro que é prudente, mas não fechou a boca sequer sobre os assuntos mais espinhosos: André Vargas, Joaquim Barbosa, mensalão…
Eu cortei o trecho (de quase meia hora) da resposta à provocação que lhe fiz, tanto sobre economia quando sobre Petrobras. Está na seção videos, do lado direito da página.
Na crise de 2008/2009 e na CPI da Petrobras daquele ano, Lula não repetiu o erro de 2005, quando sua eleição chegou a ser ameaçada pela falta de combate político à ofensiva contra a economia e contra a principal empresa do governo brasileiro.
Em ambas a situação, Lula foi o “caixeiro-viajante”, o animador das políticas que seu Governo desenvolvia.
Quando um governante age assim, ele próprio se torna a “comunicação” de seu Governo.
Ele, que se investiu de legitimidade pelo voto dos cidadãos, levanta este valor contra a onda de interesses particulares que se travestem de públicos.
E essa legitimidade é uma imensa força, se for usada com sabedoria e coragem.
O recado de Lula foi claro.
Se formos esperar justiça, equilíbrio, neutralidade da mídia, passivamente, esperaremos até morrer.
Embora, neste caso, não se vá esperar muito, pois morreremos – no sentido político – bem rápido.
Quando há uma forma imensa e poderosa como a do poder econômico e a de sua mídia soprando avassaladoramente sobre um país e o livre processo de formação de consciência de seu povo, é preciso contrapor a ela uma outra força, ainda mais irresistível: a da verdade, sincera, desabrida quase, exposta diretamente aos olhos e ouvidos da população.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Lula volta a negar “invencionices” de Folha

:
Em nota, ex-presidente nega declarações atribuídas a ele nesta sexta-feira pelo jornal; matéria publicada com fontes em "off" diz que Lula considerou a nota do governo sobre a negociação de Pasadena pela Petrobras um "tiro no pé"; assessoria diz que Folha de S. Paulo, "mais uma vez", atribuiu ao ex-presidente "declarações que não foram feitas por ele"; "É lamentável a reincidência do jornal em invencionices", diz o texto; publicação tem alimentado, sempre com fontes não identificadas, intrigas entre Lula e Dilma
21 de Março de 2014 às 11:36
247 – O ex-presidente Lula voltou a negar, nesta sexta-feira 21, que tenha dado declarações publicadas em "off" – quando a fonte não é identificada – pelo jornal Folha de S. Paulo. Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Lula diz que, "mais uma vez", o jornal atribuiu ao ex-presidente "declarações que não foram feitas por ele".
Reportagem publicada hoje pelo jornal da família Frias noticia que a opinião de Lula sobre a nota publicada pela presidente Dilma Rousseff a respeito da negociação da refinaria de Pasadena, pela Petrobras, foi "um tiro no pé". "Na avaliação de Lula, Dilma agiu por impulso", diz trecho da matéria (leia aqui).
"É lamentável a reincidência do jornal em invencionices. Apenas desinforma seus leitores e conspira contra a verdade", responde a nota da assessoria de Lula, que já rebateu matérias da Folha em outros casos. Recentemente, o jornal tem investido em intrigas entre a presidente Dilma e o antecessor.
Leia abaixo a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA
São Paulo, dia 21 de março de 2014,
Hoje, mais uma vez, o jornal Folha de S.Paulo atribuiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarações que não foram feitas por ele em público ou em privado. É lamentável a reincidência do jornal em invencionices. Apenas desinforma seus leitores e conspira contra a verdade.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

VALOR INVENTA FERROVIA QUE NÃO EXISTE Se funciona, não funcionará, porque não há infraestrutura. Como bondinho do Pão de Açúcar

O ansioso blogueiro pegou o avião na conexão.

Tomou assento que tinha sido ocupado por alguém que deixou um exemplar do Valor intocado como a reputação do Cerra.

O passageiro anterior não o maculou.

Devia ser daqueles exemplares que as mocinhas distribuem de graça no embarque.

Ainda no aeroporto, o ansioso blogueiro tinha concluído a releitura do “Memorial de Aires”.

Admirável, a maturidade do Bruxo do Cosme Velho !

O ansioso blogueiro foi obrigado, então, a folhear o PiG (*) cheiroso na volta para casa.

E fez uma constatação estatística.

Há dois tipos de “reportagens” no Valor.

(Não se trata aqui das colonas (**), invariavelmente Golpistas – chiques, mas Golpistas como a Folha (***) quevirou piada de mau gosto e ficou à Direita da Ku Klux Klan para tomar o lugar do Estadão, em comatoso estado).

Um tipo de reportagem do Valor diz que o Brasil vai afundar irremediavelmente, porque não tem infraestrutura.

Não adianta nem tentar.

Seja lá o que se tentar empreender, esbarrará na absoluta falta de infraestrutura.

Não há, por exemplo, bondinhos que levem os turistas ao topo do Pão de Açúcar.

Um absurdo !

Assim a livre iniciativa não prospera.

O Turismo não avança.

O que dirão os estrangeiros ?

A Dilma não dialoga com os empresários e dá nisso – não se chega ao topo do Pão de Açúcar !

O outro tipo de reportagem admite que alguma coisa funcione até, até que dependa da infraestrutura.

Aí, vai parar de funcionar !

O bondinho pode ser comprado, a estação, montada, mas entre um morro e outro não há o caminho de aço que sustente o bondinho na subida ou descida.

Resultado: o fiasco do Pão de Açúcar revela um PIB potencial não realizado que as agências de risco anotarão com implacável rigor !

Numa ou noutra forma de fazer reportagem, o Brasil é uma m…, diria o Gilberto Freire com “i”(****).

O que pode ir bem breve irá para o saco, por falta de infraestrutura.

E o que não tem infraestrutura, como o bondinho do Pão de Açúcar,  para o saco já foi, antes de começar.

Qual “infraestrutura”?, perguntará o amigo navegante.

Qualquer uma.

Pontes, eclusas – como fez o Fantástico este domingo -, rodovias, ferrovias, paralelepípedos, tijolos, parafusos, maçanetas, apito para os jogos da Copa, portos, aeroportos, GPS, lanternas, fitas métricas, tesoura de unha e até falta de hóstia na Catedral de Brasília.

Nesta terça-feira, o Valor produziu uma obra-prima.

Ao descrever a viagem da Presidenta Dilma a Lima, o Valor informa que uma ferrovia – SE FICAR PRONTA ! – permitirá o transporte de carga do Brasil para portos do Peru, no Pacifico.

O Valor se esquece de lembrar que já existe uma rodovia que sai do Acre, corta a Cordilheira, e faz isso, exatamente: chega a portos do Peru.

Assim como outra liga Mato Grosso do Sul, pela Bolívia, até portos do Chile.

O Brasil já é uma economia bi-oceânica.

Apesar do Valor …

Mas, agora, o Valor se excedeu.

Criou uma outra categoria de infraestrutura.

A “não ferrovia”.

A ferrovia que não fica pronta.

Para que serve uma “não-ferrovia”, amigo navegante ?

Por que o Brasil e o Peru perderiam seu tempo para construir uma “não-ferrovia”, uma ferrovia que pode não ficar pronta ?

O ansioso blogueiro se pôs a imaginar como os Ministérios dos Transportes do Brasil e do Peru se debruçariam sobre o projeto de uma “não-ferrovia”…

Como seria o projeto de uma “não-ponte” ?

Um “não-avião” ?

Um “não-bondinho”?

Um confeiteiro que prepararia um “não-bolo-de-noiva” para um casamento.

Veio à mente do ansioso blogueiro a lembrança de um motorista de uma camionete de padaria que conduzia pães por uma magnífica autoestrada portuguesa.

Uma infraestrutura de deixar o Valor estupefato.

Impecável, germânica.

Só tinha um problema.

Por lá não passavam carros e caminhões muito menos.

Por minutos e minutos havia dois e apenas dois meios de transporte ali:  o carro do ansioso blogueiro e a van do padeiro.

E não é que, numa reta, o padeiro abriu o jornal na página de esportes em cima da barra de direção, e dirigiu por minutos a ler as notícias do F. C. do Porto (sim, porque estávamos a caminho de Coimbra, vindo do Porto…).

O repórter do Valor passaria por essa estrada e, ao chegar a Coimbra e instalar-se na Quinta das Lágrimas,  despacharia intrépida reportagem sobre as excelências da infraestrutura !

Aí, caro amigo navegante, saímos do terreno da logística, da engenharia e da panificação portuguesa para o campo da Literatura.

Se o amigo navegante concorda com a tese de que a maturidade do Bruxo do Cosme Velho é incomparável, o que dirá da obra de outro bruxo, o Jorge Luís Borges ?

Sim, porque uma “não-ferrovia” é da categoria dos “seres imaginários” da literatura fantástica que consagrou Borges.

Já imaginou o “Aleph” escondido sob os trilhos de uma “não -ferrovia”?

A “não-ferrovia” figura nas obras do PAC-2 ?

Não !

A “não-ferrovia” leva a composição do “trem fantasma” que transporta o PiG ao túnel dos horrores.

E, quando saltar do trem, na estação final, o PiG se defrontará consigo mesmo: é um palhaço !

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(****) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.