Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Delcídio joga luz no ventilador do PSDB O Não Vem ao Caso vai peitar os tucanos do Delcídio?

meu preciado
Sugestão do amigo navegante Antonio Marcos Carvalho
Delcídio mandava em Cerveró.

Fernando Baiano era laranja de Preciado.

André Esteves bancava as safadezas do Delcídio.

A roubalheira transcendia a diretoria de Gás da Petrobras do Fernando Henrique.

Chegava à Alstom, onde reinavam, até agora solitários, os imputáveis tucanos de São Paulo !

Não é isso, amigo navegante?

Então, vamos ver se será republicana a Polícia Federal do zé, essa polícia “daquela anta”, quegrampeia mictório, a gloriosa PF  do “japonês bonzinho”.

Vamos ver se o Dr Janot e seus De Pequenis procuradores fanfarrões vão procurar só o que querem achar.

Vão a Furnas

Vão procurar saber o que o Aecím fez com a Andrade Gutierrez?

Vamos ver.

E vamos ver se o doutor Não Vem Ao Caso vai tratar os tucanos do Delcídio como tratou o dachuva de dinheiro.

A gravação do Delcídio joga luz no ventilador da Casa Grande.

Provoca um curto-circuito no PT – leia “o melhor é garantir o empate”.

E no PSDB.

É um apagão na Casa Grande!

Aquele apagão que a Urubóloga deve à Dilma.

Estão lá todos os Varões tucanos.

O Tartufo Fernando Henrique, pai da Privataria em que se destacaram o Preciado e o Ricardo Sergio de Oliveira.

FHC é pai da roubalheira na diretoria de Gás da Petrobras.

O Delcídio, quando estava ali, no Governo FHC,  era do PSDB!

Roubava com a impunidade – até agora – tucana!

Também se ilumina o Aecím, que passou a lua de mel em hotel de rico em Nova York, à custa de banqueiro (safado?).

E o  Padim Pade Cerra.

Se o Baiano é laranja do Cerveró, o Preciado pode ser o laranja do Cerra?

Será que o Delcídio vai finalmente esclarecer o  enigma que persegue a República – de que vive o Cerra?

E o Dr Moro?

Vai peitar os tucanos?

Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Recuar a defesa e garantir o empate! O que se salva é a honradez da Dilma!

eneas troia
Enéas salva o pai e o filho e foge da Troia destruída
O ansioso blogueiro participou da parte final de um debate, ontem, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo sobre o direito de resposta.

Nessa quinta-feira, 26/11, ali estará o destemido Senador Requião, autor da  lei.

O ansioso blogueiro considerou que se sentia, ali, como um habitante de Troia, assim que Odisseu abriu a porta do cavalo.

Um habitante de Hiroshima, quando o Enola Gay jogou seu artefato lá em baixo.

Um morador de Pompéia ao receber as primeiras manifestações do Vesúvio.

O Brasil fez um a zero com a eleição de Lula em 2002.

Dois a zero com a reeleição.

Três a zero com a eleição de Dilma.

Quatro a zero, na reeleição de Dilma.

Aí, o time da Casa Grande foi lá com o mensalão e a Lava Jato e empatou o jogo.

O que fazer?

4 a 4.

Botar os onze na defesa e, se possível, chamar o banco para ajudar a fechar o gol.

Com a prisão do líder do Governo do PT no Senado e do banqueiro André Esteves, o melhor que pode acontecer é garantir o resultado.

Um empate com sabor de vitória.

Porque, daqui para a frente, as instituições estão TODAS desmoralizadas.

Mesmo aquelas que sustentavam o projeto do Lula e da Dilma.

Não se surpreendam.

A Lava Jato ainda vai tirar dinheiro do Bolsa Família!

Então, o jeito é garantir, pelo menos, o Direito de Resposta que, provavelmente, cairá no Supremo, com as adocicadas palavras do Big Ben de Propriá.  

Na aposentadoria, o ex-petista, indicado por Lula, continuou a defender a Casa Grande, com empenho e doutos pareceres.

A Globo sairá vitoriosa, na derrota!

Como é que o Delcídio entrou para o PT?

Como é que o Delcídio foi candidato a Governador pelo PT?

O PT não sabia do que o Delcídio fazia na Braspetro do Farol de Alexandria?

Como é que um diretor de subsidiária da Petrobras tinha aquele padrão de vida?

Como é que o Delcídio chegou a líder de um Governo do PT?

Um diálogo entre El Chapo e Pablo Escobar seria menos asqueroso do que o do Delcídio com seus asseclas, no gabinete do Senado!

O PT vai levar anos e anos, talvez mais do que o PSOE espanhol, para se recompor diante de tanta sordidez.

Se não acabar como os comunistas italianos que sumiram depois das Mãos Limpas!

O Senado cedeu sua autonomia e entregou ao Supremo.

Não podia fazer diferente !

Os indícios contra o suave Delcídio, o patrono da patranha da repatriação - agora se sabe por que! – eram arrasadores.

O PT é que não precisava votar contra a prisão dele!

Para que?

Para defender o que?

Um malfeitor?

O Senado tem vários Delcídios, como se sabe.

De Minas a Pernambuco!

O Ministro Teori e seus colegas do Supremo se indignaram com a sugestão de que Delcídio queria “chegar” a eles!

A reação dos ministros foi exemplar!

Mas, só agora descobriram que há um vazamento na Lava-Jato para beneficiar os “graudos”!

Um, não.

São quatro, cinco vazamentos por dia.

Dali da Lava Jato saem vazamentos diários contra os inimigos e para os amigos: o PiG!

Isso é gravíssmo?

Claro!

E alguém fez alguma coisa?

Nada!

Porque, até agora, os vazamentos eram só para ferrar o PT!

E, como o Eduardo Cunha, que não será preso porque serve aos adversários do PT, os vazamentos tinham direção política.

Por isso ninguém “percebia”!

Porque a Justiça brasileira, como o Ministro (sic) Gilmar, tem lado ! (Leia “o PT acusa e Gilmar e Moro se calam”).

A Operação Lava Jato tem lado: prender o Lula para não ser candidato em 2018.

A Justiça também se esborrachou nos grampos da gang do Delcídio.

Ela foi vítima e sua cumplicidade se tornou evidente!

Dali, da Justiça de Guantánamo, vaza tudo!

O Ministério Público é outro!

São Procuradores que procuram o que querem achar!

Estão indignados com o Delcídio, mas se lavam nas aguas as mornas de Furnas!

Por que ainda não mandou prender o Cunha?

O Fernando Bezerra, que talvez saiba quem é o dono do jatinho do Eduardo Campos, não é isso, Youssef?

A Polícia Federal foi aparelhada!

E o PiG é serviçal da Casa Grande!

Serviçal, cúmplice e agente de toda a patifaria!

O que sobra?

A honradez da Dilma!

Mas, e o Governo Dilma?

E esse Levy, discípulo atrasado dos Chicago Boys do Pinochet?

Cuja estratégia é jogar o Brasil numa vala de depressão e tentar reconstrui-lo com os sobreviventes!

E o Ministro da Justiça, que só abre a boca para dizer bobagem – para ser gentil!

Um Ministro da Justiça que operou a CPI dos Correios com o Delcídio, para tirar o Daniel Dantas da forca!

Ora, me engana que eu gosto!

A Dilma não vai cair.

Os Golpistas se desmoralizaram.

Como disse o Franklin Martins, no Sindicato, ela não vai cair porque o povo brasileiro aprendeu a prezar a Democracia!

E os Golpistas do café da manhã na casa do Cunha estão acuados.

Aecím passou a lua de mel no Waldorf Astoria à custa do banqueiro encarcerado.

O Cerra foi xavecar o Delcídio para salvar seu cunhado e sócio o notório Preciado.

(O Amaury Ribeiro Junior, do Privataria Tucana, escreveu a biografia não-autorizada doPríncipe da Privataria, do Padim Pade Cerra e do notório Preciado!)

As lavas do Vesúvio se espalharam por toda a República.

Não sobrou nada de Hiroshima.

A esperança do ansioso blogueiro é que, de Tróia, Eneas consiga escapar e fundar Roma!

Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Cerra volta à Lava Jato!

fhc.jpg




Conta tucano ? Lembra, Moro ?

Como se sabe, o Cerra é citado nominalmente na "Conta Tucano", do Youssef, no Banestado, como denunciou o documento do PT que o Moro e o Gilmar fingem não ler.

Cerra aparece na companhia edificante do Farol de Alexandria, também na "conta tucano" do Youssef.

(Não deixe de votar na trepidante enquete "quem, para o Moro, não vem ao caso ?")

Agora, está o Cerra aí, de volta, na companhia reveladora do contra-parente Preciado.

Preciado, lembram ?

O Amaury Ribeiro Junior, no "Privataria Tucana", dedica recheadas páginas ao Preciado.

Por falar nisso: de que vive o Cerra ?

Na Fel-lha:
(...)

OPERADOR DO PSDB

A petição do Ministério Público Federal entregue à Justiça Federal e que deu base à deflagração da Corrosão também cita como "operador" Gregorio Marin Preciado como relacionado à venda da refinaria. Contudo, a manifestação dos procuradores não fornece maiores detalhes sobre o papel de Preciado e também não desencadeou até o momento nenhuma ação contra ele, como pedido de busca e apreensão ou de condução coercitiva.

Preciado é casado com uma prima irmã do senador José Serra (PSDB-SP) e foi conselheiro do banco Banespa, além de ajudar em campanhas eleitorais do PSDB em São Paulo.

Segundo o Ministério Público, Baiano revelou em depoimento que US$ 15 milhões foram usados "para o pagamento de propina em favor" de seis funcionários da Petrobras. O dinheiro foi "primeiramente repassado pela Astra a partir da celebração de um contrato de consultoria fraudulento, no valor de US$ 15 milhões, firmado entre uma das empresas do grupo Astra Oil e a Iberbras (empresa em nome da qual Fernando Soares atuava como representante no Brasil)".

De acordo com os procuradores da República, Preciado aparece relacionado a um "segundo contrato de consultoria" providenciado por Fernando Soares, "firmado entre a Iberbras e a Three Lions, no qual, após descontado o percentual a ser pago ao também operador Gregório Marin Preciado, o valor restante foi disponibilizado a Fernando Soares, para que efetuasse a distribuição da propina, por meio de transferências internacionais realizadas a partir de sua conta Three Lions, localizada em Liechtenstein".

Conforme a Lava Jato, "dos US$ 15 milhões repassados pela Astra para o pagamento de propinas, Alberto Feilhaber recebeu para si a quantia de US$ 5 milhões, pagos a título de 'comissão' em razão de ter contribuído para que se concretizasse a aquisição da refinaria de Pasadena pela Petrobras".

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cerra quer tomar o dinheiro do Amaury

Serra aciona Amaury e quer lucro do Privataria


por Luiz Carlos Azenha


O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, ex-governador e duas vezes candidato ao Planalto, José Serra, está acionando na Justiça o autor do livro Privataria Tucana, Amaury Ribeiro Jr. e a Geração Editorial, editora do livro.


Amaury recebeu hoje a notificação. A MPTAP, de Arnaldo Malheiros e sócios, representa o candidato. É uma ação ordinária de indenização por dano moral, em que Serra pede que o cálculo do valor a ser pago, em caso de condenação, tenha relação com a vendagem do livro, considerando o preço de R$ 34,90.


“Esse componente da indenização deverá ser fixado sobre parte do valor de capa, não inferior ao percentual praticado para a remuneração do autor e não inferior à margem de lucro da própria editora, de modo que os réus não prossigam auferindo lucros que resultem de uma conduta ilícita”, diz a ação.


Serra alega ter sido acusado, no livro:


a) ter recebido propina de empresas envolvidas nas licitações realizadas nos processos de privatização de empresas públicas nacionais, valendo-se da sua condição de Ministro do Planejamento e coordenador do programa de desestatização no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso;


b) ter criado rede de espionagem para investigar Aécio Neves, Governador do Estado de Minas Gerais — a quem teria chantageado — valendo-se, para tanto, da sua condição de Governador do Estado de São Paulo e do uso de recursos do Tesouro paulista.


Segundo Amaury, Serra nunca foi acusado diretamente no livro de receber propinas. O jornalista diz que dispõe de provas sobre a segunda acusação.


“Como não consegue contestar o conteúdo do livro, a ação indenizatõria se baseia em fatos deturpados por Serra ou distorcidos pela imprensa durante a campanha eleitoral de 2010″, diz Amaury. Na ação, Serra diz que Amaury, ao depor na Polícia Federal, teria confessado a quebra de sigilo de parentes do tucano, “o que não aconteceu”, afirma o jornalista.


“A ação é fraca, uma piada, uma aberração jurídica, que com certeza me dará subsídios para escrever a Privataria Tucana II”, disse.


“Foi feita na prorrogação do segundo tempo, só depois que o Serra se declarou candidato a prefeito, para que ele se justifique se o tema vier à tona durante a campanha eleitoral”, continua.


“Eu nunca perdi uma ação na minha vida e não vou dar ao Serra o prazer de ficar com o dinheiro de meu trabalho”, conclui.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Redação Conversa Afiada espada no pescoço do Cerra

Liga o Vasco, que aportou na Ilha do Urubu, na marina do José:

- Você sabe por que o Cerra se candidatou, não sabe ?

- Para falar do câmbio, do Mutirão da próstata, do aborto … no Brasil …

- Vamos falar sério. Por que ele se candidatou ?

- Porque ele não tinha saída.

- Não. Meu filho. É porque ele precisa se blindar contra a CPI da Privataria.

- Ah … É … pode ser … Vou ver o que aquele passarinho de Brasília acha disso. Como está aí na Ilha do Urubu ?

- Sinto-me no Caribe, meu filho.

- Ah, sei, entendi. Um momento, Vasco.

O ansioso blogueiro tenta localizar o passarinho na janela da sede da Globo em Brasília.

Ele tem a mania de bisbilhotar a Globo.

Mas, não tem ninguém lá.

Foi todo mundo para a Antártica.

- E aí, caro amigo, a CPI da Privataria sai ou não sai ?, pergunta ansioso blogueiro.

- Vai demorar um pouco.

- Mas, por que demorar ?

- Veja, a primeira coisa a considerar é que o Marco Maia não arquivou a CPI.

- Ele não é louco. O livro do Amaury vendeu pra burro lá em Canoas.

- Vendeu no Brasil inteiro, meu filho.

- É verdade. É a prova de que o PiG não vale um …

- Entendi.

- E daí, quando ela sai ?, pergunta o ansioso blogueiro.

- Quando o Governo achar apropriado.

- O Governo ?

- Sim, meu filho. Nenhum Governo gosta de CPI. Por mais que você bata no adversário, a CPI cria uma agenda que não interessa ao Governo. Todo Governo quer aprovar as coisas lá no Congresso. E uma CPI cria marola.

- Então a CPI morreu …

- Nunca !

- O PT vai fugir da CPI ?

- O PT deu 70 assinaturas.

- É, mas se a CPI não sair, o PT vai pagar a conta na eleição, diz o ansioso blogueiro.

- Ah, isso, vai, sim. O eleitor vai cobrar.

- Mas, e o Governo vai ficar com esse assunto pendurado nas costas do Cerra ?

- Veja bem, o Cerra saiu candidato, porque ele é a última bóia do Costa Concordia dos tucanos. E também, como te disse o Vasco, para se blindar contra a CPI.

- Então, o Governo não vai entregar a bóia a ele.

- Não, meu filho, não é assim.

- Como é que vai ser ?

- O Governo vai ficar com a espada de Dâmocles pendurada em cima do pescoço dele.

- Espada de quem ?

- Do Dâmocles, seu ignorante.

- De que partido é esse Dâmocles ?

- Desisto.

Em tempo: sobre a “caribenha” Ilha do Urubu, vale a pena ler o que o Emiliano José enviou ao ansioso blogueiro:

Escândalos de A Privataria Tucana  ganham destaque em Salvador


Privatizações, escândalos e graves denúncias. Estes são alguns dos ingredientes do livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A obra, que a essa altura já é um best seller, volta a ganhar destaque na Bahia. O livro será tema de uma audiência pública que acontece nesta quinta-feira, 01, às 17h30, no Hotel Fiesta, com as presenças do autor, do publisher da Geração Editorial, Luiz Fernando Emediato, dos deputados federais Emiliano José – uma das fontes de informação da obra, Protógenes Queiroz (PcdoB), proponente da CPI da Privataria no Congresso Nacional, e do deputado estadual Joseildo Ramos, que propôs o debate. Na ocasião, haverá, ainda, o lançamento do livro.


Fenômeno de vendas, A Privataria Tucana – resultado de dez anos de um minucioso trabalho investigativo sobre os bastidores da era das privatizações – esgotou sua primeira edição em apenas 24h e está há 10 semanas entre os mais vendidos do país. Todos os fatos narrados na obra estão reforçados em documentos oficiais, obtidos em juntas comerciais, cartórios, no Ministério Público, e na Justiça. Na Bahia, dois temas chamam atenção no livro: A privatização da Coelba e o caso da doação de terrenos na Ilha do Urubu, em Porto Seguro, amplamente denunciado pelo deputado federal Emiliano José (PT-BA).


O escândalo da Ilha do Urubu


O livro faz uma série de denúncias, por exemplo, contra José Serra e seu primo, o espanhol naturalizado brasileiro, Gregório Marin Preciado. Na página 172, ele cita exaustivamente a denúncia de Emiliano José – em reportagem intitulada “Ilha do Urubu, o paraíso traído”, publicada na revista Carta Capital em 2009. O título do capítulo 8 do livro é “O primo mais esperto de José Serra”. Ele conta como se deu o perdão de uma dívida milionária de Gregório Preciado no Banco do Brasil, no tempo de FHC, o apoio do banco estatal na privataria, a compra de três estatais por Preciado na era do presidente tucano e os “altos negócios com um paraíso natural da Bahia”. O primo de Serra conseguiu reduzir 109 vezes o valor da pendência com o BB, uma dívida de R$ 448 milhões por irrisórios R$ 4,1 milhões. O caso foi revelado pelo jornalista Fernando Rodrigues, na Folha de São Paulo.


A chave mágica se abriu para Gregório Marin Preciado em 1983, quando foi nomeado por Serra para o Conselho do Banespa. Os tucanos nem eram ainda tucanos. Em agosto de 1993, Preciado, o primo de Serra, toma um empréstimo de US$ 2,5 milhões na Agência Rudge Ramos. Não consegue arcar com a dívida, e os cofres do Banco do Brasil é que vão pagar. Quando FHC inaugurou a era da “privataria”, Preciado aparece na Bahia como representante da Iberdrola espanhola, que adquiriu três estatais, entre elas a Coelba, a Cosern, do Rio Grande do Norte e a Celpe de Pernambuco. Marin tornou-se proprietário de uma mansão de R$ 1 milhão em Trancoso, paradisíaco recanto do sul da Bahia. O mesmo Oásis em que a família Serra buscou recuperar-se da labuta. Foi lá que Serra passou o réveillon de 2010.


A reportagem “A Ilha do Urubu” compromete ainda o ex-governador Paulo Souto. Ao ser derrotado por Jaques Wagner, Souto esvaziou as gavetas do Palácio de Ondina e foi à forra contra os eleitores da Bahia, despachando um “saco de bondades” custeadas pelos cofres do estado, incluindo a outorga a particulares de 17 propriedades rurais, 12 imóveis e 1.042 veículos. “É o que revelou a denúncia do deputado Emiliano José, ampliada na imprensa”, afirma Amaury Jr. Das terras outorgadas, uma foi a Ilha do Urubu, considerada uma das áreas mais valorizadas do litoral do Atlântico. Ainda no capítulo 8, Amaury Jr. desce também a detalhes de como foi a operação. No começo de 2010, um parecer da Procuradoria Geral do Estado declarou nula a doação da terra. As relações perigosas entre Serra, seu primo Gregório Marin Preciado e o ex-governador Paulo Souto foram desfeitas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Estadão desmente FHC e mostra que documentos da Privataria Tucana são autênticos

http://goo.gl/HL9jV
O Estadão, muito a contragosto, capitulou à realidade nua e crua e estragou a estratégia de José Serra e FHC de tentar desacreditar o livro "A Privataria Tucana", do premiado jornalista investigativo Amaury Ribeiro Júnior.

José Serra e FHC malufavam ao dizer que os documentos são falsos. O Estadão os desmente e diz que são verdadeiros, e dá até a fonte de um deles, inédito até então, da CPI do Banestado.

O título da reportagem é ruim de doer, seria análogo a escrever "Reportagem usa auto de apreensão de cocaína contra Nem da Rocinha"... o Estadão recorre a clichês para atenuar a denúncia, toda hora dizendo que Amaury é indiciado, mas para ser isento também deveria dizer que ele coleciona vários prêmios de jornalismo... mas de qualquer forma a reportagem tem o mérito de não fugir da realidade.

O leitor do Estadão deve ter entrado em estado de choque ao saber, com retardo, muita coisa que os leitores de nosso blog já sabiam há muito tempo:

- "... documentos inéditos da antiga CPI do Banestado que apontam supostas movimentações irregulares de recursos por pessoas próximas ao ex-governador José Serra (PSDB)...".

- "... Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, utilizou-se de uma conta operada por doleiros em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a empresa Franton Interprises, que seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira..." (Nota do blog: faltou falar da sociedade de Preciado com Serra em um terreno no Morumbi).

- "... Indicado por Serra para o Banco do Brasil no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio é apontado na obra como suposto articulador da formação de consórcios que participaram do processo de privatização, graças a sua influência na Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco estatal..."

- "... Ricardo Sérgio controlava empresas em paraísos fiscais que teriam recebido supostas propinas de beneficiados pelo processo de privatização, entre eles o próprio Preciado, representante da espanhola Iberdrola na época em que a empresa comprou três estatais de energia no Brasil..."

- "... A mesma empresa Franton recebeu US$ 410 mil de uma empresa pertencente ao grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, que adquiriu o controle da Telemar (atual Oi) durante a privatização da antiga Telebrás..."

- "... a redução de dívidas de empresas de Marin Preciado no Banco do Brasil quando Ricardo Sérgio era diretor... Entre 1995 e 1998, segundo o Ministério Público Federal, duas empresas de Preciado obtiveram desconto de cerca de R$ 73 milhões em um empréstimo que, originalmente, era de US$ 2,5 milhões. O valor final da dívida, segundo o livro, chegou a pouco mais de R$ 4 milhões..."

- "...A Privataria Tucana também aborda a sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir.com, sediada em Miami. De acordo com o autor, a empresa foi transformada em uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e, de lá, injetou recursos em uma empresa brasileira que tinha Verônica Serra como vice-presidente, a Decidir do Brasil..." (nota do blog: até que enfim, depois de 18 meses que nosso blog desafiou o jornalão a publicar).

A reportagem é sóbria, seca e sem ilações. Ainda ficou devendo falar da arapongagem da empresa Fence sobre a vida de Aécio com dinheiro público paulista, do indiciamento de Verônica Serra por quebra de sigilo financeiro de milhões de brasileiros, e da movimentação do genro em paraísos fiscais, e dívidas previdenciárias. 

Mas para o leitor do Estadão que vem sendo adestrado a pedir a cabeça de ministros até por causa de multas de trânsito, a reportagem é mais do que suficiente para sentir o mau cheiro das relações da família Serra com essas roubalheiras todas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

'Privataria' chega ao Senado, e PT e PSDB se enfrentam em plenário



Líder petista pede providências ao Ministério Público e desafia PSDB a debater 'capítulo triste'. Serrista fala em 'calúnia' para abafar denúncias contra governo e expõe atrito interno, ao negar aparte a Aécio. Na Câmara, líder do PMDB diz que 'não vai embarcar em CPI', para a qual segue coleta de assinaturas, e ilustra efeito de silêncio da mídia: 'Livro tem documentos mesmo?'

BRASÍLIA – Depois de a Câmara reagir ao livro A Privataria Tucana com pedido de CPI e discursos em plenário, nesta quarta-feira (14) foi a vez do Senado. Da tribuna, o líder do PT, Humberto Costa (PE), provocou o Ministério Público a tomar providências e desafiou o PSDB a debater o que seria “um dos mais tristes capítulos” da história brasileira. Ao responder, os tucanos apontaram “calúnia” para desviar foco de denúncias contra o governo e expuseram diferenças entre aliados de José Serra e Aécio Neves.

Segundo Costa, o livro revelaria “entrega do patrimônio público” durante privatizações no governo Fernando Henrique, com “documentos contuntendes” que mostrariam “como alguns dos mais proeminentes líderes do PSDB e pessoas próximas do ex-governador José Serra conseguiram mandar para fora do país e trazer para o Brasil dinheiro supostamente proveniente de propinas”.

Para o petista, o livro vale a leitura e deveria será objeto de providências de procuradores da República. "Até porque muitos dos crimes descritos no livro não prescreveram”, disse Costa, que lamentou ter havido “pouca atenção da mídia” até agora.

No comando da sessão, a primeira-vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (SP), que também é do PT, disse: “Tive acesso a esse livro e realmente é um espanto."

O desafio petista foi respondido pelo senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos mais próximos da principal vítima do livro, o ex-governador paulista José Serra, de quem foi chefe da Casa Civil.

A exemplo de outro serrista ilustre, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, Nunes Ferreira afirmou que o livro, que teria “calúnias”, serve apenas para proteger a gestão Dilma. “Temos uma denúncia de malfeitos no governo, e imediatamente já vem uma denúncia contra a oposição.”

Atrito no ninho

Enquanto Nunes Ferreira discursava, o também senador tucano Aécio Neves (MG) pediu um aparte, que na linguagem parlamentar quer dizer algo como “licença para um comentário no meio de pronunciamento alheio”. O pedido foi negado, algo inusual. “Lamento profundamente; eu teria prazer enorme em corroborar com o discurso de Vossa Excelência”, resignou-se.

Na véspera, o ex-governador de Minas Gerais tinha sido questionado pela Agência Estado sobre o livro, e dera uma resposta que não é das melhores para defender Serra: “Não é uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo."

Um discurso sobre Privataria feito na tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta (14) ajuda a entender o estranhamento entre Nunes Ferreira e Aécio e a declaração do mineiro.

“A idéia de mostrar como funcionava a 'arapongagem' de Serra dentro do partido [PSDB] para atacar o adversário Aécio Neves – questão que motivou o início da investigação de Amaury Ribeiro Jr. – fica quase irrelevante diante de tudo o que o jornalista descobriu, em 12 anos de trabalho, sobre como a turma de Serra se deu bem ao dilapidar o patrimônio público brasileiro nos anos 90”, disse o deputado Ivan Valente (SP), presidente nacional do PSOL.

Nos bastidores de Brasília, fala-se que parte das investigações do autor de Privataria, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., começou por interesse de Aécio de se proteger contra Serra na disputa que os dois travavam no PSDB como postulantes a candidato a presidente da República. Amaury foi repórter do jornal O Estado de Minas durante parte da gestão de Aécio como governador do estado.

Quando voltou à tribuna para uma tréplica contra Aloysio Nunes Ferreira, Humberto Costa foi irônico. “É interessante como a oposição se posiciona nesta Casa. São os grandes arautos da moralidade, as vestais da honestidade, que tudo querem investigar. Sai uma nota num jornal, querem convocar o ministro para vir ao Congresso Nacional, pedem a abertura de uma CPI, vão para o Ministério Público. Agora, diante de um livro de 300 páginas, que tem 141 documentos sobre as coisas que estão aqui denunciadas, uma única palavra para se pedir apuração eu não ouço por parte da oposição.”

CPI na Câmara

Autor de um pedido de abertura de uma CPI da Privataria Tucana, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) continuou a coletar assinaturas nesta quarta-feira (14). Ele está atuando em dobradinha com o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas os dois ainda não conseguiram atingir o número mínimo de 171 assinaturas necessário.

Em tese interessado no assunto, o PT ainda não decidiu, como partido, como irá se comportar neste caso, embora os líderes no Senado e na Câmara, Paulo Teixeira (SP), estejam dispostos a bancar algum tipo de confronto mais duro com os tucanos. O pedido de CPI tem alguns signatários do PT, mas a reportagem testemunhou quando um petista abordado por Protógenes reagiu dizendo que precisava esperar por um posicionamento do partido.

Sempre um dos fiéis da balança no Congresso, com o peso de uma das duas maiores bancadas da Casa, o PMDB avisa que não quer se meter. “Não vamos embarcar em CPI. Essa é uma briga de PT e PSDB, vamos manter distância”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN).

Ao conversar com a reportagem, Alves mostrou os efeitos da pouca divulgação do livro pelos veículos de comunicação.

“Não vi o livro ainda, ele tem documentos mesmo?”

“Tem umas 300 páginas, e um terço é de documentos.”

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

“Privataria”. Quero a Ley de Medios do Serjão

O silêncio do PiG (*) diante da roubalheira da privatização do Governo Cerra/FHC consagra a “Lei Roberto Marinho” do Poder.

Contava-se na Globo que o Dr Roberto teria pronunciado a seguinte frase: o importante não é o que publico. Mas, o que eu NÃO publico.

(“Publico”, aí, vai de propósito.

Para o Dr Roberto, a televisão “publicava”, porque ele jamais se adaptou à tecnologia da televisão.

O mundo para ele era o impresso – no Globo.)

(Atribui-se ao Dr Roberto também a frase inesquecível: o Boni pensa que isso aqui é um circo. Isso aqui é uma fábrica de poder.)

O PiG (*) resolveu se calar sobre o “Privataria” para exercer o Poder.

Se não publica, não existe.

Ou, como dizia outro campeão da Democracia brasileira, o ACM: se não saiu no jornal nacional, não aconteceu.

Ou, como dizia o Caetano Veloso, antes de se encantar com a Globo: assisto ao jornal nacional para saber o que o jornal nacional quer que eu pense que aconteceu.)

Isso já era.

Não foi só o Caetano que mudou.

O livro do Amaury provocou, todas as proporções guardadas, uma Primavera Árabe.

É um fenômeno de vendas que o PiG (*) não impediu e ainda não encarou.

Agora, amigo navegante, imagine o que o PiG não mostrou, ao longo desses anos todos de sub-democracia brasileira.

O que o Dr Roberto “não publicou”.

Imagine o que se escondeu.

Não falo da distorção, da parcialidade, do moralismo hipócrita, que fica preocupado com o Lupi, com o Pimentel e deixa o clã Cerra roubar a privatização, a MAIOR roubalheira de todas as privatizações latino-americanas.

E leva ao púlpito, o Grão Mestre da Privatização, a Bomba Atômica, aquele que, segundo o Ciro Gomes, num momento de larga generosidade dizia: o FHC não rouba, mas deixa roubar.

Ou, como diz o genial Oráculo de Delfos.

O FHC tomando vinho no primeiro andar, e a turma dele roubando no térreo – e no segundo, terceiro e quarto andares, também.

A Ley de Medios não é necessária, apenas, por causa da  parcialidade.

Não só porque o PiG (*) seja a Oposição, como diz a notável Judite Brito, presidente da ANJ.

É o que o plagiador-mor, o Álvaro Dias faz todo dia: lê o PiG no Senado.

É o Catão diaraque.

A questão da Democracia é o que deve, precisa ser publicado.

O que é indispensável para que o cidadão da República se informe: sobre serviços públicos, sobre direitos, deveres.

O ansioso blogueiro foi mexer nos arquivos.

E achou o que se chamou de 5ª. versão do “projeto de lei de Comunicação Eletrônica de Massa”.

É a Ley de Medios do Serjão Motta, quando era ministro das Comunicações do Farol de Alexandria.

Serjão morreu, e o sucessor, o Mendonção, enfiou o projeto do Serjão na gaveta.

Dedicava-se aos consórcios “borocochô” do leilão da Telebrás, para poder fazer “do nosso jeito”.

Serjão caiu no escândalo do “se isso der m …”.

Para o lugar foi o Pimenta da Veiga, que, suspeita-se, submeteu  5ª. Versão à Globo e a 5ª, a 6ª, a 7ª … – e foi tudo para a gaveta.

Veio o Governo Lula e o projeto do Serjão lá adormeceu.

Faltavam 5 minutos para acabar o jogo, e o Lula encomendou um projeto ao Franklin Martins.

O Franklin fez um projeto muito bom.

Entregou ao Bernardo.

Bernardo disse uns impropérios ao Franklin e escondeu o projeto embaixo da ultima versão do Serjão.

Franklin sai agora pelo Brasil a dizer que a Ley de Medios começa e acaba com a Constituição vigente.

Não adianta.

O Bernardo não se comove.

Já prometeu três vezes – como Pedro – que ia mandar o ante-protejo da Ley de Medios ao Congresso.

E, nada.

Ele está muito preocupado com a eleição para prefeito em Maringá, Londrina, Apucarana …

O PT fez um Congresso para debater a Ley de Medios.

Foi um combate entre o ridículo e o patético.

O PT está há nove anos no poder e ainda tem que debater a Ley de Medios.

Quem está no poder há nove anos não tem mais o que debater.

Tem que exercer o Poder.

Fazer como o Dr Roberto.

O ansioso blogueiro foi à 5ª. versão do Serjão.

Diz assim nos “Princípios fundamentais”:

Artigo II:

I – promover a diversidade das fontes de informação;

II – promover a diversidade de propriedade das prestadoras e dos meios de transporte dos serviços;

III – promover o uso dos serviços de comunicação eletrônica de massa como instrumento auxiliar de implementação de políticas educacionais;



VI – garantir ao público o direito de escolha do que quer ver e ouvir;

VI – zelar pela liberdade de expressão e de imprensa no meio eletrônico;



XV – adotar medidas que promovam a competição intra e inter-serviços e a sua diversidade, incrementem a oferta e propiciem padrões de qualidade compatíveis com a necessidade dos usuários.

Pouco antes de morrer, Serjão mandou um bilhete ao Fernando Henrique sobre a proposta da Ley de Medios: não se apequene, sugeriu o Serjão.

Amigo navegante, por que o clã do Fernando Henrique e do Cerra pôde delinquir por tanto tempo, impunemente ?

Porque não há liberdade de expressão no Brasil.

Porque o Dr Roberto escolhe o que publicar.

Clique aqui para ler o que disse o ansioso blogueiro num seminário de juízes do Rio Grande do Sul: “Na Comunicação, o Brasil é a ditadura perfeita”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Então, é Natal...! "Privataria" lembrou Panetone do sócio em Brasília...



Chegou o presente de Natal que a tucanada mais temia.

A CartaCapital  traz na capa o livro  que há mais de um ano vem fazendo os mais ilustres tucanos roerem as bem tratadas unhas.

A Privataria Tucana, a reportagem de Amaury Ribeiro que se transformou, ela própria, em notícia, vai aos porões dos anos infames do Governo FHC, onde o patrimônio do povo brasileiro migrou para mãos privadas, deixando grossos pingos de sujeira que a nossa zelosa imprensa nunca quis ver.

LIVRO “A PRIVATARIA TUCANA” NASCEU DO PEDIDO DE AÉCIO NEVES PARA QUE O JORNAL ESTADO DE MINAS INVESTIGASSE O RIVAL JOSÉ SERRA; ESCRITO PELO JORNALISTA INVESTIGATIVO AMAURY RIBEIRO JÚNIOR, O LIVRO TRAZ REVELAÇÕES IMPORTANTES SOBRE COMO O EX-GOVERNADOR PAULISTA, SEUS OPERADORES, SEU GENRO E ATÉ SUA PRÓPRIA FILHA ENRIQUECERAM COM A VENDA DE ESTATAIS

Derrotado na disputa à Presidência da República, José Serra gastou boa parte da campanha eleitoral de 2010 resmungando contra “espiões” que estariam bisbilhotando a vida de sua filha Verônica. A imprensa do PIG fez estardalhaço.
Na verdade, o então governador paulista contratou, sem licitação, por meio da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), a empresa Fence Consultoria Empresarial. A Fence é propriedade do EX-AGENTE DO SNI - Serviço Nacional de Informações (SNI), o legendário coronel reformado do Exército Ênio Gomes Fontelle, 73 anos, conhecido na comunidade de informações como “Doutor Escuta”.
A empresa do “Doutor Escuta” foi contratada por R$ 858 MIL POR ANO  “mais extras emergenciais” — pagos pelo contribuinte — no dia 10 de julho de 2008. Vale lembrar que nessa época a vida particular do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves estava sendo espreitada por arapongas no Rio de Janeiro, onde a Fence está sediada. Talvez isso explique por que a Prodesp tenha invocado “inelegibilidade” para contratar a empresa do araponga sem licitação.

Leia mais sobre Privataria Tucana

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carta tem o livro do Amaury. É tiro no Cerra !



A “Privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr., chega às bancas. CartaCapital relata o que há no livro

Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Neste fim de semana chega às livrarias “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos. Ribeiro Jr. acabou indiciado pela Polícia Federal e tornou-se involuntariamente personagem da disputa presidencial

Na edição que chega às bancas nesta sexta-feira 9, CartaCapital traz um relato exclusivo e minucioso do conteúdo do livro de 343 publicado pela Geração Editorial e uma entrevista com autor (reproduzida abaixo). A obra apresenta documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado. José Serra é o personagem central dessa história. Amigos e parentes do ex-governador paulista operaram um complexo sistema de maracutaias financeiras que prosperou no auge do processo de privatização.

Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado. Mas quem brilha mesmo é o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-tesoureiro de Serra e FHC, Oliveira, ou Mister Big, é o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização.

O livro traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas. Também revela que Preciado movimentou 2,5 bilhões de dólares por meio de outra conta do mesmo Oliveira. Segundo o livro, o ex-tesoureiro de Serra tirou ou internou  no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos.

A Decidir.com, sociedade de Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, também se valeu do esquema. Outra revelação: a filha do ex-governador acabou indiciada pela Polícia Federal por causa da quebra de sigilo de 60 milhões de brasileiros. Por meio de um contrato da Decidir com o Banco do Brasil, cuja existência foi revelada por CartaCapital em 2010, Verônica teve acesso de forma ilegal a cadastros bancários e fiscais em poder da instituição financeira.

Na entrevista a seguir, Ribeiro Jr. explica como reuniu os documentos para produzir o livro, refaz o caminho das disputas no PSDB e no PT que o colocaram no centro da campanha eleitoral de 2010 e afirma: “Serra sempre teve medo do que seria publicado no livro”.


CartaCapital: Por que você decidiu investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso?

Amaury Ribeiro Jr.: Em 2000, quando eu era repórter de O Globo, tomei gosto pelo tema. Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século, começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil). Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo disso.

CC: Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?

ARJ: Quando comecei, não tinha esse foco. Em 2007, depois de ter sido baleado em Brasília, voltei a trabalhar em Belo Horizonte, como repórter do Estado de Minas. Então, me pediram para investigar como Serra estava colocando espiões para bisbilhotar Aécio Neves, que era o governador do estado. Era uma informação que vinha de cima, do governo de Minas. Hoje, sabemos que isso era feito por uma empresa (a Fence, contratada por Serra), conforme eu explico no livro, que traz documentação mostrando que foi usado dinheiro público para isso.

CC: Ficou surpreso com o resultado da investigação?

ARJ: A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).

CC: O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?

ARJ: Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.

CC: Você foi chamado para acabar com os vazamentos?

ARJ: Eu fui chamado para dar uma orientação sobre o que fazer, intermediar um contrato com gente capaz de resolver o problema, o que acabou não acontecendo. Eu busquei ajuda com o Dadá, que me trouxe, em seguida, o ex-delegado Onézimo Souza. Não tinha nada de grampear ou investigar a vida de outros candidatos. Esse “núcleo de inteligência” que até Prêmio Esso deu nunca existiu, é uma mentira deliberada. Houve uma única reunião para se discutir o assunto, no restaurante Fritz (na Asa Sul de Brasília), mas logo depois eu percebi que tinha caído numa armadilha.

CC: Mas o que, exatamente, vocês pensavam em fazer com relação aos vazamentos?

ARJ: Havia dentro do grupo de Serra um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que tinha se desentendido com Marcelo Itagiba. O nome dele é Luiz Fernando Barcellos, conhecido na comunidade de informações como “agente Jardim”. A gente pensou em usá-lo como infiltrado, dentro do esquema de Serra, para chegar a quem, na campanha de Dilma, estava vazando informações. Mas essa ideia nunca foi posta em prática.

CC: Você é o responsável pela quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Verônica, na agência da Receita Federal de Mauá?

ARJ: Aquilo foi uma armação, pagaram para um despachante para me incriminar. Não conheço ninguém em Mauá, nunca estive lá. Aquilo faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB.

CC: E por que o PSDB teria interesse em incriminá-lo?

ARJ: Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico. Aí partiram para cima de mim, primeiro com a história de Eduardo Jorge Caldeira (vice-presidente do PSDB), depois, da filha do Serra, o que é uma piada, porque ela já estava incriminada, justamente por crime de quebra de sigilo. Eu acho, inclusive, que Eduardo Jorge estimulou essa coisa porque, no fundo, queria apavorar Serra. Ele nunca perdoou Serra por ter sido colocado de lado na campanha de 2010.

CC: Mas o fato é que José Serra conseguiu que sua matéria não fosse publicada no Estado de Minas.

ARJ: É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desafio a Folha a fazer uma reportagem sobre este imóvel

O Brizola Neto bem lembrou e comentou em seu blog o empenho da Folha de S.Paulo em esmiuçar a vida de Dilma Rousseff. Para tal, vale até usar seus advogados para ter acesso aos autos do processo militar durante a ditadura com o depoimento de Dilma obtido após tortura.
Deveriam guardar uma parte de tamanho esforço para a vida pregressa do candidato José Serra, mas parece que para este não há a mínima dedicação. Se existisse, dou um exemplo na foto acima, do Google Street View, de algo que bem poderia render uma boa reportagem, se apurado por diligentes e interessados repórteres. Este prédio fica a 17 minutos da sede do jornal. Trata-se de um típico imóvel da região de Vila Madalena, em São Paulo, situado na Rua Simão Álvares 1020, hoje ocupado pela livraria Casa do Psicólogo, que guarda estranhas relações com o candidato. Vamos a elas*:
O prédio foi sede da ACP Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, empresa de José Serra e sua filha Verônica, que não foi declarada na Justiça Eleitoral em 2002, 1996 e 1994, como determina a lei.
No local funcionou o comitê de campanha de Serra em 1994 e 1996.
No mesmo prédio funcionava a empresa Gremefer Comércio e Importadora Ltda, de Gregório Marin Preciato**, casado com prima do atual candidato. A Gremafer foi a maior doadora na campanha de José Serra ao senado, em 1994, depois de conseguir um empréstimo de US$ 2,5 milhões do Banco do Brasil, em 1993, e nunca ter honrado com os pagamentos devidos. Mesmo assim, outros empréstimos foram feitos.
Em 1995, durante a gestão de Serra como ministro do planejamento, o imóvel foi oferecido como garantia de um empréstimo de US$ 500 mil do Banco Sudameris a Gremafer, em operação de venda de títulos no mercado externo, coordenada por Ricardo Sérgio de Oliveira***, então diretor de Relações Internacionais do Banco do Brasil.
Em 25 de setembro de 1997, o prédio foi declarado por José Serra como seu endereço residencial em documento de venda de outro imóvel, uma casa na Rua Atimbá 160, na Lapa, vendida ao doleiro**** paulista Magid Bechara por apenas R$ 1.
O endereço do mesmo imóvel consta como residência de Adriana Ferreira dos Santos, secretária de Verônica Serra e sua sócia, com apenas uma cota, da IRR Latin America S/C Ltda. É o que registra a 3ª alteração contratual da empresa, em 16 de março de 2001. Apesar do pequeno capital informado, de R$ 2 mil, a IRR comprou no mesmo ano, por R$ 475 mil, a casa da Rua Antônio Gouveia Giudice 737, onde Serra reside há muitos anos.
Notas:
* As informações que seguem, em grande parte estão na ação cautelar de improbidade administrativa impetrada na 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal pelos procuradores da República Luiz Francisco de Souza e Alexandre Camanho. Pode ser lida no Consultor Jurídico, com data de 20 de setembro de 2002. Nas informações da ação, muitas vezes são citadas reportagens da Folha de S.Paulo. Portanto, os diligentes repórteres da Folha poderiam começar seu trabalho consultando os arquivos de seu próprio jornal.
** Gregório Marin Preciado foi do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista, nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$448 milhões para irrisórios R$4,1 milhões. Também foi sócio de Serra em um terreno no Morumbi, comprado em 1981 e vendido em 25 de abril de 1995, coincidentemente um mês antes do Banco do Brasil pedir o arresto do terreno na justiça para receber a dívida de Preciado.
*** Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro de campanha de Serra e FHC, foi diretor da área internacional do BB e o homem da mala preta durante as privatizações.
**** A informação de que Magid Bechara é conhecido doleiro deve-se a Cláudio Humberto, e foi repetida por outros, a própria Folha registrou. Será que ao menos não interessa a um repórter saber que tipo de favor foi feito a Serra para merecer a compra de uma casa por apenas R$ 1?