Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Caos do trânsito na Chuíça (*). Como Haddad bate o Cerra

A Chuíça (*) amanheceu parecida com Buenos Aires.

Os cidadãos que há 18 anos elegem tucanos e seus discípulos -  como o Kassab, o pior prefeito da história da cidade – foram para a rua e impediram ônibus de circular.

Foi uma forma de protestar contra o caos no trânsito da cidade tucana.

Funcionários do metrô e dos trens estão em greve.

Os metroviários pedem 15% de aumento real.

O governo tucano ofereceu 1,5%.

Os ferroviários pedem aumento de 10%.

Os tucanos governantes oferecem 6%.

Os grevistas usam camisetas com a frase “chega de sufoco”.

A polícia, sempre eficaz, pôs os passageiros para correr a bombas de gás.

Como se sabe, os funcionários em transporte, os professores públicos, os servidores da saúde, os policiais – todos os trabalhadores no governo tucano recebem o salário conhecido como “PSDB”: Pior Salário Do Brasil.

Outra faixa diz “mais metrô, menos tarifa”.

O metrô cerrista e alckimista, como se sabe, é um festival de suspeita de corrupção.

O resultado das licitações é conhecido antes – pela imprensa.

Os diretores administram com um olho nos trilhos e outro no oficial de Justiça.

“Caos no trânsito” – é o tema central da campanha de Fernando Haddad a prefeito.

Cerra é o “velho”- o símbolo do partido que governa São Paulo há 18 anos e constrói menos de dois quilômetros de metrô por ano.

Que paga o salário PSDB.

E deixou a Delta entrar em São Paulo com a mesma eficácia com que operou em Goiás.

Cerra é o engarrafamento do trânsito, que obriga o trabalhador a gastar três horas por dia para ir e voltar do trabalho, em São Paulo.

Um trânsito que custa à cidade e a seus moradores uma bagatela de bilhões de reais.

O “novo” vai ganhar.

Ainda mais que a CPI vai desembarcar com a Delta em São Paulo, em pleno regime eleitoral.

Por ordem da Justiça.

E por decisão da própria CPI.

Este Conversa Afiada concorda com o Catão dos Pinhais, o Álvaro Dias: tem que focar na Delta.

Foco !

O malabarista Padim Pade Cerra vive “uma situação tensa”, como dizem os repórteres da Globo que cobrem a greve.

Muito tensa.

Vai ser difícil manter tantas garrafinhas no ar.

Segundo a Folha:

Serra é condenado por propaganda antecipada


Pré-candidato do PSDB a prefeitura foi multado com o partido em R$ 5.000 e vai recorrer


O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Manoel Luiz Ribeiro, condenou o diretório estadual do PSDB e o pré-candidato a prefeito José Serra a multa de R$ 5.000 cada por propaganda antecipada.


A representação contra o ex-governador foi movida pelo PT. Ao ser comunicado da multa, Serra disse que “decisão a gente não tem de concordar ou discordar. Se achar injusto, recorre”. A equipe dele informou que vai tentar anular a decisão no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).


De acordo com Ribeiro, Serra fez propaganda “dissimulada” em programas que foram ao ar na TV em abril.


Em tempo: no Bom (?) Dia Brasil, em que a Urubóloga voltou a atacar o espectador com um mortífero gráfico, foi grande o esforço para “nacionalizar” a greve de São Paulo. Ou seja, salvar o pescoço dos tucanos de São Paulo, sempre ! A Globo tem, no momento, duas causas inglórias: salvar o Cerra e o Robert(o) Civita, num acordo celebrado com o Temer e o Henrique Alves.


Paulo Henrique Amorim


(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Rodrigo Vianna: Folha e Veja na TV Cultura. Sem concorrência pública



Trincheira da oposição
Folha e Veja terão espaço na TV Cultura: parceria com os tucanos agora é oficial
publicada sexta-feira, 03/02/2012 às 00:49 e atualizada sexta-feira, 03/02/2012 às 00:51
A “Folha” já pediu, em editorial, o fechamento da TV Brasil - emissora pública criada pelo governo federal. O motivo alegado pelo jornal: audiência baixa. “Os vícios de origem e o retumbante fracasso de audiência recomendam que a TV seja fechada — antes que se desperdice mais dinheiro do contribuinte.”
A mesma “Folha” anuncia agora — de forma discreta, diga-se – uma curiosa “parceria” com a TV Cultura de São Paulo – emissora igualmente pública, mantida principalmente com dinheiro do contribuinte paulista.
Tenho orgulho de ter trabalhado na TV Cultura nos anos 90, à época sob a presidência do ótimo Roberto Muylaert. Mas o fato é que a Cultura também não tem uma audiência maravilhosa. Nos últimos anos, os índices só caíram. Mas aí a “Folha” não vê problema. Ao contrário, torna-se aliada da TV.
Sobre a parceria entre “Folha” e TV Cultura, você pode ver mais detalhes aqui.
O mais curioso é que a parceria se estenderá também à “Veja”, a revista mais vendida do país.
A “Veja”, como se sabe, gosta de escrever Estado com “e” minúsculo, para reafirmar seu ódio ao poder público. Ódio? Coisa nenhuma. A Abril adora vender revistas para o governo. E agora, vejam só, também terá seu quinhãozinho na emissora controlada pelos tucanos paulistas.
O “programa” da “Veja” deve ir ao ar às terças. O da “Folha”, aos domingos.
A notícia sobre o novo programa da revista mais vendida pode ser lida abaixo, em reportagem do site “Comunique-se”…
Recentemente, o Estadão chamou a oposição às falas, pedindo – em editorial – unidade e combatividade para barrar o PT em São Paulo. Alckmin parece ter escutado.
A TV Cultura transforma-se numa  tricheira, a organizar o que sobrou da oposição: “Veja”, “Folha”… E dizem que o “Estadão” também terá seu programinha por lá.
Faz sentido.
Como disse um leitor, no tuiter:
@RobertoToledo59 Estão apenas oficializando a parceria.
Trata-se de um movimento importante: estão preparando a trincheira pra defender a terra bandeirante da horda vermelha… Afinal, se o PT ganhar a capital esse ano, o Palácio dos Bandeirantes será o último bastião do tucanato paulista e de seus (deles) aliados na velha mídia.
Perguntinha tola desse escrevinhador: “Folha” e “Veja” vão pagar para usar o espaço da emissora pública? Ou será tudo na faixa?
Em entrevista ao Portal Imprensa, o editor da “Folha” deixou claro qual o objetivo da parceria: “trará a possibilidade de a marca Folha alcançar seu público no maior número possível de mídias. O jornal continua firme no propósito de levar seu conteúdo de qualidade a um número diversificado de plataformas, e chegar à TV parece um passo natural”.
Muito natural! Tá tudo em casa, eu diria.
Leia também:

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Paulo Maldos: “Você volta e manda sua presidenta falar comigo”



Depoimento parcial de Paulo Maldos, secretário nacional de Articulação Social, durante audiência pública na Câmara Municipal de São José dos Campos sobre a desocupação violenta do Pinheirinho
Transcrição publicada no blog Partido da Imprensa Golpista, sugerido pelo professor3f
Boa noite. Eu queria esclarecer que a minha presença naquela manhã se deu devido a um acordo da Presidência da República porque entendemos que haveria um tempo de 15 dias de estudar uma solução.
Como havia este tempo, a partir daquele final de semana iríamos trabalhar já a partir daquele momento. Trabalhavamos junto ao prefeito, ao governador. Eu fiquei incumbido de falar com a comunidade. Procurar as alternativas. Construir casas. Procurar terrenos. Solucionar. Eu vim numa missão de escuta. Tinha marcado nove da manhã, ainda por celular soube que havia um cerco na comunidade.
Não quis acreditar por conta do pacto. Eu não entendi como poderia estar cercado militarmente aquela comunidade. Eu cheguei e me deparei com uma situação bastante crítica. Um cerco militar com escudos escrito choque.
Eu quis acessar o comando. Me dirigi até o grupo de soldados, quando cheguei até uns oito metros. E fui advertido que parasse e vi armas em minha direção.
Dei a volta e fiquei a uns vinte metros de distância. E conversando com a população, de repente sem mais nem menos, eu senti um ferimento, eu recebi uma bala na perna esquerda. Procurei me esconder. Esta tropa veio atacando a população.
Eu fiquei por nove horas no bairro. Sofremos ondas de ataque. Haviam cercado o Pinheirinho. Pude perceber ataques cada vez mais prolongados. Jogando bombas. Notícias de senhoras sendo espancadas. Por volta de onze da manhã, tentei acessar o comando da operação.
Voltei fiquei falando com os jornalistas. Fomos chamados por um grupo de oficiais. Eu tentei ir junto, mas fui barrado. Apresentei meu cartão da Presidência da República. Com brasão. Secretaria Nacional. Ele leu e falou que eu não entrava. Ele falou você : você volta e manda sua presidenta falar comigo (murmuros).
Leia também:
“Parecendo um porco para abater amanhã”

Governador tucano com medo do povo cria 'gabinete antiprotesto'

Protestar é um direito legitimo do cidadão? Para o PSDB não!. É comum a A Polícia Militar de São Paulo reprimir manifestaçãoes com o uso de gás pimenta, cassetetes, bala de borracha, bomba de efeito moral....

O governador paulista, que na frente das cameras de TVs, gosta de passar imagem de bom moço,não quer a polícia distribuindo cassetada quando ele estiver presente em eventos, arrumou um jeito de não ver e não saber de nada....

Na Folha: Palácio dos Bandeirantes monitora manifestações organizadas nas redes sociais e muda agenda do governador

Em seis dias, tucano deixou de ir a dois eventos; assessoria nega que protestos pautem atos do governo

O Palácio dos Bandeirantes passou a monitorar manifestações organizadas nas redes sociais para evitar que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) seja alvo de protestos em agendas públicas.

Nos últimos seis dias, Alckmin não foi a dois eventos em que sua participação estava prevista. Ambos foram marcados por atos contra o governo, detectados antes pelas cúpulas da Casa Civil e da Comunicação do Palácio.

O primeiro furo na agenda oficial foi na última quarta-feira, quando o governador deixou de participar de missa na catedral da Sé pelo aniversário de São Paulo.

A decisão foi tomada na noite que antecedeu o evento, após reunião com os secretários da Casa Civil e da Comunicação.

A missa ficou marcada pelas imagens do prefeito Gilberto Kassab sendo atingido por ovos atirados por pessoas que protestavam contra a desocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Ciente da manifestação, Alckmin perguntou ao vice, Guilherme Afif Domingos, se poderia representá-lo.

O mesmo aconteceu no último sábado, quando o governador faltou à inauguração da nova sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Também houve protesto na saída do evento, mas dessa vez, além de ovos, os manifestantes levaram sacos com chuchus para arremessar contra as autoridades.Os vegetais eram referência a apelido dado ao governador

As manifestações, organizadas com auxílio de militantes de partidos que fazem oposição ao governador, são monitoradas pela subsecretaria de Comunicação e por um assessor de Alckmin.Como contraponto, os aliados organizam duas grandes agendas externas, esta semana, fora da capital.

PSDB precisa não gosta de povo....

Ptotestar não vandalismo, nem terrorismo, como classificou o governador tucano Geraldo Alckmin. É uma ação legitimamente lícita em qualquer Estado Democrático, doa a quem doer.Quanto aos ovos e tomates, fazem parte do circo que a administração publica montou nesses últimos anos em São Paulo.Interessante notar que quando acontece protestos em outros países a gente ouve do pessoal da direita: "tá vendo, lá sim, são mobilizados". Mas quando acontece aqui... realmente é a herança maldita deixada pela ditadura, afinal somos "pacíficos" e quem vai contra a "ordem" é subversivo....

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

NaMariaNews: Alckmin gasta 9 milhões pela fidelidade do PIG (*)

 
Saiu no Viomundo:

NaMariaNews: Alckmin gasta 9 milhões pela fidelidade da PIG


Alckmin: 9 milhões pela fidelidade da ‘Proba Imprensa Golpista’

E seu Barão assina os jornais e revistas para as Escolas Públicas

Do NaMariaNews


Interrompemos nossas saudáveis férias nas paradisíacas selvas de Bornéu para informar que a chuva é molhada, o sol é quente, a grama é verde e a Educação de São Paulo continua a mesma, embora sob completa nova direção.


O Barão de Taubaté, ou melhor, o Sr.  José Bernardo Ortiz Monteiro é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) desde sua nomeação pelo Governador Geraldo Alckmin, em janeiro deste ano.


Pois não é que depois de ferrenha labuta nas negociações, Ortiz acatou ordem superior e assinou milhares de exemplares de jornais e revistas do PIG (Proba Imprensa Gloriosa) – para as melhores escolas públicas do mundo, cujos professores são também os mais bem remunerados do planeta? Sim. Exatamente como fizeram seus antecessores, o ex-governador José Serra e o finado Paulo Renato Costa Souza, ex-secretário de Educação de SP, o Barão de Taubaté fechou com a Folha de SP, Estadão, Veja, IstoÉ e Época. Tudo, como sempre, sem licitação.


Desnecessário dizer que, mais uma vez, a CartaCapital não aparece no rol dos favorecidos.


Eis os contratos, datas e seus valores, de acordo com o Diário Oficial:


27/julho/2011 – Época

- Contrato: 15/00628/11/04

- Empresa: Editora Globo S/A

- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Época” – 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura.

- Prazo: 365 dias

- Valor: R$ 1.203.280,00

- Data de Assinatura: 26/07/2011

(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)


29/julho/2011 – Isto É

- Contrato: 15/00627/11/04

- Empresa: Editora Brasil 21 LTDA

- Objeto: Aquisição pela FDE, de 5.200 (cinco mil duzentas) assinaturas da “Revista Isto É”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura.

- Prazo: 365 dias

- Valor: 1.338.480,00

- Data de Assinatura: 25/07/2011.

(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)


3/agosto/2011 – Veja

- Contrato: 15/00626/11/04

- Empresa: Editora Abril S/A

- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Veja”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo

- Projeto Sala de Leitura

- Prazo: 365 dias

- Valor: R$ 1.203.280,00

- Data de Assinatura: 01/08/2011.

(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)


6/agosto/2011 – Folha

- Contrato: 15/00625/11/04

- Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.

- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura

- Prazo: 365 dias

- Valor: R$ 2.581.280,00

- Data de Assinatura: 01/08/2011.

(*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)


17/agosto/2011 – Estadão

- Contrato: 15/00624/11/04

- Empresa: S/A. O Estado de São Paulo

- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “O Estado de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Salas de Leitura.

- Prazo: 365 dias

- Valor: R$ 2.748.616,00

- Data de Assinatura: 01-08-2011.

(*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)


Total: R$ 9.074.936,00.


Você pode comparar os valores e quantidades dos anos anteriores nas tabelas deste texto.


Extenuado de tanto firmar tão bons acordos pedagógicos, o presidente da FDE, José Bernardo Ortiz Monteiro, como faz qualquer funcionário público, foi ter uns dias de férias lá na Europa.

Oh là là!


Alvíssaras, confrades.


PS – Agradeço ao gentil comentarista desta casa, em texto sobre os contratos do Estado (leia-se José Serra via Prodesp) com a empresa de escutas/grampos e que tais, Fence Consultoria, que escreveu o seguinte:


“Para achar coisa do PSDB é uma aranha, mas contra o petismo é mosca morta”


A ele nossa inteira concordância. Há mesmo seres mutantes em todas as esferas. Por exemplo, caro comentarista: por vezes sois uma araponga, mas em outras também um tucano.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Conselho Regional de Medicina pede revogação da lei 1.131


da Assessoria de Imprensa do Cremesp
Em sessão plenária do dia 23 de agosto de 2011, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) manifestou-se contra a lei que permite a destinação de até 25% da capacidade de hospitais públicos para atendimento de pacientes particulares e conveniados a planos e seguros de saúde.
Segundo o Cremesp, os contratos entre operadoras de planos de saúde e organizações sociais (OSs) que administram hospitais estaduais poderão levar à criação da “dupla porta” de atendimento, com privilégio de assistência aos pacientes de convênios e particulares, em detrimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em dezembro de 2010, quando o projeto foi discutido na Assembleia Legislativa, o Cremesp divulgou nota pedindo o adiamento da votação: “trata-se de tema complexo, com grande impacto na configuração do sistema de saúde estadual, o que exige um  debate com a participação de toda a sociedade.”
Confira a seguir o novo posicionamento do Cremesp:



POSIÇÃO DO CREMESP SOBRE A LEI ESTADUAL  Nº 1.131/2010
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) vem posicionar-se contrariamente à Lei Complementar Nº. 1.131/2010, seguida do Decreto Estadual Nº 57.108, de 6/7/2011, que permite aos hospitais da rede estadual, administrados por Organizações Sociais, destinar até 25% da capacidade instalada para particulares, planos e seguros de saúde.
Manifestamos igualmente nossa preocupação quanto à decisão da Secretaria de Estado da Saúde (Resolução SS – Nº 81, publicada no DOE de 6/8/2011 – Seção 1 – p.30) de autorizar os primeiros hospitais a celebrar diretamente contratos com planos e seguros de saúde privados.
É notória a insuficiência da rede estadual de saúde para atender a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), situação agravada pela ausência de um plano de carreira, cargos e vencimentos para os médicos do estado.
Além disso, cabe denunciar a omissão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em viabilizar o ressarcimento ao SUS, sempre que pacientes de planos de saúde são atendidos em hospital público, conforme determina o artigo 32 da Lei Nº 9.656/98.

Da mesma forma, a ANS não pode fugir à sua obrigação de fiscalizar e exigir das operadoras de planos de saúde a oferta de rede de serviços adequada para atendimento integral dos pacientes, o que reduziria a procura do SUS por parte da população coberta na saúde suplementar.
Destacamos o princípio fundamental do Código de Ética Médica: “A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de qualquer natureza” (Capítulo I; I).

Considerando os possíveis impactos negativos da legislação em pauta, que poderá levar à criação da “dupla porta” de atendimento, com privilégio de assistência aos pacientes de convênios médicos e particulares, em oposição aos princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade, além da diminuição dos recursos materiais e humanos já escassos ofertados à população usuária do sistema público, o Cremesp solicita ao Exmo. Governador Geraldo Alckmin, ao Ilmo. Secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri e ao Exmo. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado José Antônio Barros Munhoz, a revogação da Lei Complementar Nº 1.131/2010, do Decreto Estadual Nº 57.108, de 6/7/2011 e da Resolução SS – 81, de 6/8/2011.

Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
Aprovado em Sessão Plenária de 23 de agosto de 2011
Alckmin vende até 25% dos leitos hospitalares do SUS para reduzir rombo de R$ 147 milhões nas OSs
Hospitais públicos gerenciados por OSs: o rombo acumulado é de R$ 147,18 milhões
Lei paulista é uma paulada no SUS
Arthur Chioro: “Planos privados de saúde vão economizar e paulistas pagarão a conta”
Mário Scheffer: “Lei da Dupla Porta é o maior ataque ao SUS desde o PAS, do Maluf”
Fórum de ONGs-Aids: Dupla porta pode chegar ao Emílio Ribas
Ministro Padilha, até quando vai dar dinheiro do SUS para São Paulo entregar aos planos privados de saúde?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Porque o “Contas Abertas” não fiscaliza o desgoverno de São Paulo?



publicada segunda-feira, 24/01/2011 às 12:12 e atualizada segunda-feira, 24/01/2011 às 12:12
Porque o Contas Abertas não fiscaliza o desgoverno de São Paulo?
Por Augusto da Fonseca, no blog Festival de Besteiras da Imprensa
O Contas Abertas não fiscaliza o desgoverno de São Paulo porque o Contas Abertas não é uma Organização Não Governamental (ONG) e sim uma Organização Governamental, a serviço da coligação PSDB-DEM-PPS e das Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros), o que é a mesma coisa.
Como todos e todas sabem, o Contas Abertas foi fundado pelo deputado do PPS Augusto de Carvalho.
Vocês já viram alguma matéria na imprensa em que o Contas Abertas critica a execução orçamentária e financeira do desgoverno de São Paulo?
Mas já leram inúmeras matérias em que o Contas Abertas subsidia as Organizações Serra contra o governo Lula e fará o mesmo contra o governo Dilma, certo?
Durante a gestão corrupta e catastrófica do Arruda (DEM), no Distrito Federal, o Contas Abertas não tossiu nem mugiu. Também, pudera, o deputado Augusto de Carvalho era o Secretário de Saúde do Arruda…
Entretanto, o Contas Abertas teria tudo para fiscalizar o segundo maior orçamento do país, que é o do desgoverno do Estado de São Paulo.
Em qualquer país sério, uma entidade que se diz não-governamental estaria fazendo isso e prestaria um grande serviço ao país.
Mas não, o Contas Abertas é uma entidade governamental, logo não faz o que deveria fazer.

Como se não bastasse, o Contas Abertas criou o Índice de Transparência e coloca o desgoverno de São Paulo em segundo lugar, com nota 6,96, atrás do portal do governo federal com nota 7,56. Um escândalo!
Compare o portal da transparência do governo federal com o inexistente portal da transparência do desgoverno de São Paulo. O governo federal tem portal da transparência (clique aqui). O desgoverno de São Paulo não tem portal da transparência mas sim algumas informações espalhadas nos sites das secretarias e alguma informação consolidada.
Mas só em nível macro. Se quiser detalhes, como os que o governo federal oferece em relação às suas obras e serviços, vá ralar perdendo horas de navegação e, mesmo assim, não encontrará o que pretende.

Exemplo: quero informações sobre a situação da ponte Santos-Guarujá. Onde encontro?
Tá bom, quero informação sobre a situação de qualquer grande obra do desgoverno de São Paulo. Onde encontro?
Clique aqui e veja como o Contas Abertas é tendencioso ao avaliar o nada transparente do desgoverno de São Paulo.
Clique aqui, onde o site de SP diz que o cidadão terá acesso ao quadro de funcionários do desgoverno.
Se você utiliza o browser Google Chrome, pode desistir pois não conseguirá fazer a coisa funcionar.
O site em segundo lugar no ranking de transparência, do Contas Abertas, não funciona com um dos browsers mais utilizados atualmente. Deu positivo para Safari (Mac), Firefox e IE.
Sendo assim, já que o Contas Abertas não cumpre a sua função estatutária, este humilde blog Festival de Besteiras na Imprensa tentará fazê-lo.
O maior problema é que a equipe do blog é constituída por mim e pela minha neta de quatro anos.
Estou treinando a menina, mas acho que ela só poderá atuar daqui a um ou dois anos. O que reduz a equipe a mim e olhe lá.
Mesmo assim, como tenho que ganhar duramente a vida, esta tarefa só contará com 10% de mim.
Quem quiser me ajudar a desvendar a caixa-cinza que é a execução orçamentária e financeira do desgoverno de São Paulo é só acessar o site da Secretaria da Fazenda do desgoverno de São Paulo, no link abaixo:
https://www.fazenda.sp.gov.br/SigeoLei131/Paginas/FlexConsDespesa.aspx
Postar as sugestões ou análises nos comentários deste blog, que eu farei a divulgação em post específico
Vamos ao trabalho, pois!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

'FAZER MAIS COM MENOS'

Parece manchete de jornal sensacionalista, mas é a mórbida realidade dos serviços municipais na Prefeitura de Pindamonhangaba (SP). A prática de utilizar um mesmo veículo para entregar panelas de merenda escolar, de dia, e transportar cadáveres, à noite, é a ponta de uma rede de conveniências cujos fios se interligam ao governador Geraldo Alckmin através de sua sobrinha, vice-prefeita da cidade, e de seu cunhado & familiares da esposa, dona Lu Alckmin, acusados de operar um esquema de merenda em 20 municípios dos estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo. A linha de frente do empreendimento é a Verdurama, empresa de lubrificação de licitações municipais com o pagamento regular de propina às prefeituras e secretarias de educação. À robusta receita de superlucros à base de subnutrientes adicionou-se em Pinda o controle do serviço funerário local, com terceirização do transporte de defuntos a cargo de coligada da Verdurama. O Estadão desta 2º feira traz o depoimento de um ex-agente funerário que dá os detalhes da maximização de uso dos fatores. Colunistas da página 2 da Folha, indignados com a emissão de passaportes especiais a membros da família do ex-presidente Lula, certamente não pouparão o verbo idôneo diante deste, digamos assim, 'arranjo' tão a gosto do modo de gestão tucano, que consiste em 'fazer mais com menos', não importa a que custo social.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O AI-5 digital avança. Eles preferem o PiG (*)



Conversa Afiada reprod
uz post do Viomundo, de Luiz Carlos Azenha:

CUT: O AI-5 digital avança


Democracia tucana


27/10/2010


Na calada da noite, avança projeto de deputado do PSDB para censurar internet e quebrar sigilo de internautas


por Luiz Carvalho, no site da CUT


No início de outubro, em um Congresso Nacional esvaziado enquanto o Brasil discute as eleições, o Projeto de Lei (PL) 84/99 do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de José Serra, foi aprovado em duas comissões na Câmara.


Também conhecido como “AI-5 digital”, uma referência ao Ato Institucional nº 5 que o regime militar baixou em 1968 para fechar o parlamento e acabar com a liberdade de expressão, o PL permite violar os direitos civis, transfere para a sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das empresas e ataca a inclusão digital.


O projeto de Azeredo passa também a tratar como crime sujeito a prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação. Isso pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria em um blog.


Conheça os principais pontos do projeto do Azeredo.


1. Quebra de sigilo


Ironicamente, o PL do parlamentar ligado ao partido que se diz vítima de uma suposta quebra de sigilo nas eleições, determina que os dados dos internautas possam ser divulgados ao Ministério Público ou à polícia sem a necessidade de uma ordem judicial. Na prática, será possível quebrar o sigilo de qualquer pessoa sem autorização da Justiça, ao contrário do que diz a Constituição.


2. Internet para ricos


Azeredo quer ainda que os provedores de acesso à Internet e de conteúdo (serviços de e-mail , publicadores de blog e o Google) guardem o registro de toda a navegação de cada usuário por três anos, com a origem, a hora e a data da conexão.


Além de exemplo de violação à privacidade, o projeto deixa claro: para os tucanos, internet é para quem pode pagar, já que nas redes sem fio que algumas cidades já estão implementando para aumentar a inclusão digital, várias pessoas navegam com o mesmo número de IP (o endereço na internet).


3. Ajudinha aos banqueiros


Um dos argumentos do deputado ficha suja reeleito em 2010 – responde a ação penal por peculato e lavagem ou ocultação de bem –, é que o rastreamento das pessoas que utilizam a internet ajudará a acabar com as fraudes bancárias. Seria mais eficaz que os bancos fossem obrigados a adotar uma assinatura digital nas transações para todos os clientes. Mas, isso geraria mais custos aos bancos e o parlamentar não quer se indispor com eles.


O que acontece agora?


Atualmente, o “PL Azeredo” tramita na Câmara de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara e aguarda a posição do relator Júlio Semeghini, do PSDB-RJ.


A má notícia é que foi esse deputado que garantiu, em outubro de 2009, que o projeto aguardaria o desenrolar dos debates para seguir tramitando. Mas, Semeghini fez o contrário do prometido e tocou o projeto adiante.


Com a provável aprovação, a última alternativa para evitar que vire lei e acabe com a democracia digital no Brasil será o veto do próximo presidente.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Landro Fortes: turma do Serra desvia R$ 400 milhões em SP



Auditoria comprova sumiço de recursos federais em SP



Por Leandro Fortes

Quando assumir, pela terceira vez, o governo do estado de São Paulo em 1º de janeiro de 2011, o tucano Geraldo Alckmin terá que prestar contas de um sumiço milionário de recursos federais do Ministério da Saúde dimensionado, em março passado, pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). O dinheiro, quase 400 milhões de reais, deveria ter sido usado para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos, mas desapareceu na contabilidade dos governos do PSDB nos últimos 10 anos. Por recomendação dos auditores, com base na lei, o governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo.


O relatório do Denasus foi feito a partir de auditorias realizadas em 21 estados. Na contabilidade que vai de janeiro de 1999 e junho de 2009. Por insuficiência de técnicos, restam ainda seis estados a serem auditados. O número de auditores-farmacêuticos do País, os únicos credenciados para esse tipo de fiscalização, não chega a 20. Nesse caso, eles focaram apenas a área de Assistência Farmacêutica Básica, uma das de maior impacto social do SUS. A auditoria foi pedida pelo Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF), ligado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, para verificar denúncias de desvios de repasses de recursos do SUS para compra e distribuição de medicamentos nos sistemas estaduais de saúde.


O caso de São Paulo não tem parâmetro em nenhuma das demais 20 unidades da federação analisadas pelo Denasus até março de 2010, data de fechamento do relatório final. Depois de vasculhar todas as nuances do modelo de gestão de saúde estadual no setor de medicamentos, os analistas demoraram 10 meses para fechar o texto. No fim das contas, os auditores conseguiram construir um retrato bem acabado do modo tucano de gerenciar a saúde pública, inclusive durante o mandato de José Serra, candidato do PSDB à presidência. No todo, o período analisado atinge os governos de Mário Covas (primeiro ano do segundo mandato, até ele falecer, em março de 2001); dois governos de Geraldo Alckmin (de março de 2001 a março de 2006, quando ele renunciou para ser candidato a presidente); o breve período de Cláudio Lembo, do DEM (até janeiro de 2007); e a gestão de Serra, até março de 2010, um mês antes de ele renunciar para disputar a eleição.


Ao se debruçarem sobre as contas da Secretaria Estadual de Saúde, os auditores descobriram um rombo formidável no setor de medicamentos: 350 milhões de reais repassados pelo SUS para o programa de assistência farmacêutica básica no estado simplesmente desapareceram. O dinheiro deveria ter sido usado para garantir aos usuários potenciais do SUS acesso gratuito a remédios, sobretudo os mais caros, destinados a tratamentos de doenças crônicas e terminais. É um buraco e tanto, mas não é o único.


A avaliação dos auditores detectou, ainda, uma malandragem contábil que permitiu ao governo paulista internalizar 44 milhões de reais do SUS nas contas como se fossem recursos estaduais. Ou seja, pegaram dinheiro repassado pelo governo federal para comprar remédios e misturaram com as receitas estaduais numa conta única da Secretaria de Fazenda, de forma ilegal. A Constituição Federal determina que para gerenciar dinheiro do SUS os estados abram uma conta específica, de movimentação transparente e facilmente auditável, de modo a garantir a plena fiscalização do Ministério da Saúde e da sociedade. Em São Paulo essa regra não foi seguida. O Denasus constatou que os recursos federais do SUS continuam movimentados na Conta Única do Estado. Os valores são transferidos imediatamente depois de depositados pelo ministério e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio de Transferência Eletrônica de Dados (TED).


Em fevereiro, reportagem de CartaCapital demonstrou que em três dos mais desenvolvidos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS foram, ao longo dos últimos quatro anos, aplicados no mercado financeiro. O fato foi constatado pelo Denasus após um processo de auditoria em todas as 27 unidades da federação. Trata-se de manobra contábil ilegal para incrementar programas estaduais de choque de gestão, como manda a cartilha liberal seguida pelos tucanos e reforçada, agora, na campanha presidencial. Ao todo, de acordo com os auditores, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passava, à época, de 6,5 bilhões de reais, dos quais mais de 1 bilhão de reais apenas em São Paulo.


Ao analisar as contas paulistas, o Denasus descobriu que somente entre 2006 e 2009, nos governos de Alckmin e Serra, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados para programas de assistência farmacêutica – cerca de 11% do montante apurado, agora, apenas no setor de medicamentos, pelos auditores do Denasus. Além do dinheiro de remédios para pacientes pobres, a primeira auditoria descobriu outros desvios de dinheiro para aplicação no mercado financeiro: 12,2 milhões dos programas de gestão, 15,7 da vigilância epidemiológica, 7,7 milhões do combate a DST/Aids e 4,3 milhões da vigilância epidemiológica.


A análise ano a ano dos auditores demonstra ainda uma prática sistemática de utilização de remédios em desacordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) estabelecida pelo Ministério da Saúde, atualizada anualmente. A lista engloba medicamentos usados nas doenças mais comuns pelos brasileiros, entre os quais antibióticos, antiinflamatórios, antiácidos e remédios para dor de cabeça.  Entre 2006 e 2008, por exemplo, dos 178 medicamentos indicados por um acordo entre a Secretaria de Saúde de São Paulo e o programa de Assistência Farmacêutica Básica do Ministério da Saúde, 37 (20,7%) não atendiam à lista da Rename.


Além disso, o Denasus constatou outra falha. Em 2008, durante o governo Serra, 11,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde repassados à Secretaria de Saúde de São Paulo para a compra de remédios foram contabilizados como “contrapartida estadual” no acordo de Assistência Farmacêutica Básica. Ou seja, o governo paulista, depois de jogar o recurso federal na vala comum da Conta Única do Estado, contabilizou o dinheiro como oriundo de receitas estaduais, e não como recurso recebido dos cofres da União.


Apenas em maio, dois meses depois de terminada a auditoria do Denasus, a Secretaria Estadual de Saúde resolveu se manifestar oficialmente sobre os itens detectados pelos auditores. Ao todo, o secretário Luís Roberto Barradas Barata, apontado como responsável direto pelas irregularidades por que era o gestor do sistema, encaminhou 19 justificativas ao Denasus, mas nenhuma delas foi acatada. “Não houve alteração no entendimento inicial da equipe, ficando, portanto, mantidas todas as constatações registradas no relatório final”, escreveram, na conclusão do trabalho, os auditores-farmacêuticos.


Barata faleceu em 17 de julho passado, dois meses depois de o Denasus invalidar as justificativas enviadas por ele. Por essa razão, a discussão entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo sobre o sumiço dos 400 milhões de reais devidos ao programa de Assistência Farmacêutica Básica vai ser retomada somente no próximo ano, de forma institucional.

Com vocês , Amaury Ribeiro Jr

domingo, 24 de outubro de 2010

serrojas e Preto entregaram o ouro às empreiteiras do Robanel



Do Blog do Nassif:

(Cadê esse vídeo, Nassif ?) 

A mudança nos contratos do Rodoanel


Enviado por luisnassif, dom, 24/10/2010


Há um vídeo que circulou meses atrás, em que Serra fala em uma fala, para um grupo fechado se empresários, dizendo que jamais as obras do Rodoanel sofreram qualquer restrição do TCE. Justo no período em que foi acertado um Termo de Ajustamento de Conduta.


Folha de S.Paulo – Paulo Preto deixou empreiteira mudar obra – 24/10/2010


Um dia após assumir Rodoanel, ex-diretor da Dersa alterou contrato e liberou mudanças em projeto original


Nova regra previa “preço fechado” para acelerar a obra, mas acabou permitindo até materiais mais baratos


ALENCAR IZIDORO

DE SÃO PAULO


Um dia após assumir a diretoria da Dersa responsável pelo Rodoanel, Paulo Vieira de Souza assinou uma alteração contratual na obra que deu liberdade para empreiteiras fazerem mudanças no projeto e, na prática, até usarem materiais mais baratos.


A medida, em acordo da estatal com as construtoras, foi definida em 2007 em troca da garantia de “acelerar” a construção do trecho sul para entregá-lo até abril deste ano, quando José Serra (PSDB) saiu do governo para se candidatar à Presidência.


Com a mudança no contrato do Rodoanel, ficou “inviável” calcular se os pagamentos da obra correspondiam ao que havia sido planejado e executado, conforme a avaliação do Ministério Público Federal dois anos depois.


O nome de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ganhou projeção na campanha eleitoral após ser citado por Dilma Rousseff (PT) em um debate na Band.


Baseada em reportagem da revista “IstoÉ”, a petista disse que ele teria desviado R$ 4 milhões destinados à campanha tucana. Ele nega.


A negociação com as empreiteiras -exigindo que elas não atrasassem a vitrine política de Serra- foi a principal tarefa de Paulo Preto.


O acordo assinado em 2007 mudou de forma radical as regras de pagamento das construtoras fixadas na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).


Ficou acertado que, em vez de receberem conforme quantidade e tipo de cada serviço ou material usado na obra, as empreiteiras receberiam um “preço fechado” -no valor de R$ 2,5 bilhões.


Com isso, poderiam fazer alterações no projeto original, permitindo que economizassem. Mas havia, segundo a Dersa, a condição de manter a qualidade final.


Durante a obra, auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) viu “alterações significativas”, “inclusive com adoção de alternativas de menor custo em relação ao originalmente licitado”.


Citou a troca de concreto moldado no local da obra por pré-moldado, “muito mais barato”. Para a Dersa, a diferença era apenas estética.


A estatal argumenta que, com a mudança contratual de 2007, conseguiu um desconto de 4% (R$ 100 milhões) sobre o valor original.


No entanto, as empreiteiras conseguiram um extra de R$ 264 milhões em setembro de 2009, apesar do acordo que previa “preço fechado”. A diferença negociada entre a Dersa e as construtoras superava R$ 500 milhões.


O Ministério Público Federal, então, entrou no caso para impor um limite. Decidiu intermediar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para resolver os problemas do aditivo de 2007 e “impedir pagamentos indevidos”.


DEMISSÃO


A alteração nos contratos do Rodoanel foi assinada por Paulo Preto e pelo ex-presidente da Dersa Thomaz de Aquino Nogueira Neto no dia 25 de maio de 2007.


Ligado ao tucano Aloysio Nunes -secretário da Casa Civil na época-, Paulo Preto havia sido nomeado para essa missão um dia antes.


Ele assumiu a diretoria de engenharia da Dersa em 24 de maio, no lugar de José Carlos Karabolad, que estava no cargo havia só cinco meses e pediu demissão dois dias antes da assinatura do aditivo.


A mudança contratual enfrentava resistência na estatal, tanto pelo aspecto jurídico como pela avaliação de que não evitaria mais gastos.


Paulo Preto, até então, era diretor de relações institucionais da Dersa, sem vínculo direto com a construção do trecho sul do Rodoanel.


Em 2009, a Folha revelou que uma filha dele era advogada das empreiteiras contratadas para fazer a obra.