Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Moro, JN e Temer devem eleger Lula em 2018

ibope capa

Pesquisa Ibope recém divulgada pelo Estadão afirma que “Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ser o presidenciável com maior potencial de voto entre nove nomes testados pelo instituto”. Segundo o jornal, “pela primeira vez, desde 2015, os eleitores que dizem que votariam nele com certeza (30%) ou que poderiam votar (17%) se equivalem aos que não votariam de jeito nenhum (51%), considerada a margem de erro”.
Outro dado surpreendente revelado pela pesquisa é o de que, “desde o impeachment de Dilma Rousseff, há um ano, a rejeição a Lula caiu 14 pontos”, ou seja, de 64% para 51%, enquanto que as rejeições de todos os outros pré-candidatos dispararam, à exceção de João Doria, prefeito tucano de São Paulo, que, por ser pouco conhecido não é afetado pela crise de impopularidade que está afetando seu partido e os pré-candidatos tucanos após terem sido flagrados em esquemas de corrupção apesar de, até então, serem os maiores acusadores do PT.
ibope 1
A pesquisa foi feita antes de vir a público a lista do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, com as delações de executivos da Odebrecht que acusaram o ex-presidente de corrupção, junto com dezenas de outros políticos. Se a divulgação das denúncias prejudicou a imagem de Lula (e de outros denunciados), não houve tempo de isso ser captado pelo Ibope.
Contudo, o histórico da ascensão de Lula nas pesquisas do início de 2016 para cá mostra que a perseguição midiática, policialesca e judiciária a ele tem surtido efeito inverso ao pretendido. Desde a condução coercitiva do ex-presidente, em 4 de março do ano passado, Lula inverteu a linha descendente de popularidade e ascendente de rejeição que começou a afetá-lo no início de 2015, coincidindo com a queda pronunciada da avaliação da então presidente Dilma Rousseff após a crise econômica começar a se acentuar no início de seu segundo mandato.
Mas a queda da rejeição de Lula, em contrapartida ao aumento da rejeição dos prováveis adversários, integra um processo político-social muito mais amplo, que é a ascensão do ex-presidente na preferência popular para reinaugurar um novo período democrático no país a partir de 1º de janeiro de 2019, quando, espera-se, o Brasil voltará a ter um governo ungido pelo voto popular.
Os três principais nomes do PSDB, por sua vez, viram seu potencial de voto diminuir ao longo do último ano e meio. Desde outubro de 2015, a soma dos que votariam com certeza ou poderiam votar em Aécio Neves despencou de 41% para 22%. O potencial de José Serra caiu de 32% para 25%, e o de Geraldo Alckmin foi de 29% para 22%. Os três tucanos têm aparecem na pesquisa com taxas de rejeição superiores à de Lula: 62%, 58% e 54%, respectivamente.
O Ibope testou pela primeira vez o potencial do prefeito de São Paulo, João Doria, em uma eleição para presidente. Embora seja muito menos conhecido do que seus colegas de PSDB (44% de desconhecimento, contra 24% de Alckmin e 16% de Serra e Aécio), Doria tem 16% de eleitores potenciais (6% votariam com certeza). Sua rejeição é muito menor que a dos concorrentes, 36%. Contudo, se virar candidato, conforme se tornar mais conhecido a tendência será, além de ganhar mais eleitores, ganhar, também, mais rejeição.
O caso de Aécio é o mais impressionante, em termos de derrocada. Ele sofre desgaste até nos segmentos em que foi vitorioso. Desde outubro de 2015, seu potencial de voto no eleitorado de renda mais alta (acima de cinco salários mínimos) caiu de 44% para 26%. Na região Sudeste, um de seus redutos, a taxa caiu de 42% para 23%.
Já Marina Silva sofreu redução de potencial de voto e aumento da rejeição. Agora, um terço dos eleitores a indicam como possível opção – eram 39% em 2015 e há um ano.
Apesar de ter não contar mais com a projeção e a visibilidade inerente ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa ainda é considerado um candidato viável à Presidência da República por uma parcela considerável dos eleitores. Na pesquisa Ibope, ele aparece com 24% de potencial de voto (soma das respostas “votaria com certeza” e “poderia votar”).
Barbosa, que se celebrizou ao conduzir o julgamento do Mensalão e que se aposentou do STF em 2014, também não sofre os mesmos níveis de rejeição atribuídos aos políticos. Apenas 32% dizem que não votariam nele de jeito nenhum – uma das taxas mais baixas entre as dos nove nomes testados pelo Ibope. O ex-ministro do STF, porém, não manifestou intenção de se candidatar e nem sequer é filiado a um partido.
Jair Bolsonaro, que tenta se beneficiar da onda de rejeição a políticos – apesar de ser deputado desde o começo dos anos 90 –, aparece com 17% de potencial de voto na pesquisa. Seu possível contingente de eleitores cresceu seis pontos porcentuais desde o ano passado, mas a parcela que o rejeita aumentou ainda mais, de 34% para 42%.
Esse é o fenômeno que deverá afetar Dória caso se torne candidato a presidente.
Entre os dias 7 e 11 de abril, o Ibope realizou 2002 entrevistas face a face, em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Essa disparada de Lula na pesquisa Ibope, após ter sido detectada pouco antes por pesquisa CUT-Vox Populi, segundo o analista do Estadão José Roberto Toledo deve-se a vários fatores. Segundo ele, Lula renasceu eleitoralmente por três motivos: o governo Temer, a memória do bolso do eleitor e, paradoxalmente, a Lava Jato – que respingou em quase todo político relevante.
O analista do Estadão destaca que o favoritismo de Lula pode mudar porque “a pesquisa Ibope foi feita antes de o Jornal Nacional dedicar 33 minutos ao petista na cobertura da Lista de Fachin”, como se fosse novidade o principal noticiário da Globo fazer isso.
Há pouco mais de um ano, em março de 2016, a redenção de Lula teve início justamente após o Jornal Nacional, mancomunado com o juiz Sergio Moro, ter desencadeado uma avalanche de matérias intermináveis contra o ex-presidente. Isso logo após a operação de busca e apreensão na residência e nos escritórios dele ter ocorrido simultaneamente às cenas fabricadas pela Lava Jato para serem exibidas no maior telejornal do país.
Foi justamente após o massacre midiático de Lula ao longo de março de 2016 que ele começou a crescer nas pesquisas e perder rejeição.
As arbitrariedades de Sergio Moro, como a de obrigar um réu a comparecer a uma enormidade de audiências, em claro arrepio à letra da lei, como vingança, o espaço desmesurado para massacre do ex-presidente apesar de as acusações contra si não serem piores do que as que pesam contra tucanos, tudo isso somado à depressão econômica e à supressão de direitos trabalhistas e previdenciários que está sendo levada a cabo pelos golpistas temerários são fatores que deverão eleger Lula para um terceiro mandato presidencial no ano que vem.
Isso porque mesmo o plano B dos golpistas de tentarem impedir o ex-presidente de disputar a eleição do ano que vem condenando-o criminalmente não deve funcionar. Seria necessário conduzir um processo de exceção que chocaria o mundo para atingir tal objetivo. Não há como condenar Lula duas vezes em um ano e três meses – de maio de 2017 a agosto de 2018 (início da campanha eleitoral).
A única chance de impedirem a candidatura de Lula seria prendendo o ex-presidente, mas não existe um único motivo lícito para levarem a cabo semelhante plano. Até agora não puderam prender o ex-presidente devido ao fato de que o MUNDO está de olho nas arbitrariedades que estão sendo levadas a cabo no Brasil. Uma condenação do regime pelas Nações Unidas representaria uma tragédia diplomática e transformaria o Brasil em uma ditadura oficializada.
O Jornal Nacional e seus penduricalhos em outras emissoras também não vão obter êxito. Todos sabem que a tese de que todos são corruptos mas o PT é mais só cola entre antipetistas fanáticos.
Mas caberá a Michel Temer e ao seu governo usurpador a maior responsabilidade pela eleição de Lula no ano que vem. A destruição dos direitos trabalhistas via terceirização e reforma trabalhista vão unir o país em torno do petista. Mais uma vez este Blog faz  um prognóstico: o povo sairá à rua exigindo a volta de Lula ao poder. E isso ocorrerá até a campanha eleitoral do ano que vem. O chavão é inevitável: “QUEM VIVER, VERÁ!”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Mídia, empresários e PSDB prometeram que golpe consertaria economia

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caos capa

O impeachment de Dilma Rousseff foi vendido pela mídia, pelos grandes empresários e pelos políticos golpistas (PSDB e PMDB à frente) como panaceia para a crise econômica. Com base nesse estelionato político, grande parte da população apoiou o golpe.
caos 1Em dezembro de 2015, o jornal Valor Econômico afirma que “Empresários querem que processo de impeachment corra de forma rápida” para destravar a economia
Em maio de 2016, o jornal O Globo afirma que “A aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff abre espaço para uma retomada de confiança na economia brasileira”
Em agosto de 2016, a revista IstoÉ afirma que “Empresários aguardam o afastamento definitivo de Dilma Rousseff   para retomar investimentos”
Em setembro de 2016, o Correio Brasiliense afirma que “Para especialistas, PIB do país deve melhorar com impeachment de Dilma”.
Também em setembro, o dono da Riachuelo afirma que “Com impeachment, agonia [da economia] será curta”
Para não me estender muito, fecho as previsões empresariais, políticas e midiáticas de melhora na economia com o impeachment de Dilma com a previsão de um entre uma horda de políticos de direita que afiançaram à sociedade que o golpe resolveria tudo.
Em agosto do ano passado, o senador pelo PSDB mineiro Aécio Neves afirma que “Saída de Dilma é essencial para a retomada da economia”
Ou seja, o apoio de parcela majoritária da sociedade ao golpe decorreu de um estelionato político perpetrado a seis mãos pelo grande empresariado, pela mídia conservadora e por políticos de direita, que prometeram à população que tudo se resolveria como por mágica se a democracia fosse estuprada.
Contudo, muitos avisaram que era mentira. Este Blog, por exemplo, em abril do ano passado escreveu o seguinte:
“(…) A incerteza jurídica que se abaterá sobre um país que tira uma governante honesta e coloca picaretas investigados e processados em seu lugar terá repercussões imensas na vida econômica do país.
(…)
Se o golpe vingar, portanto, sobrevirá uma era de incertezas e de choques violentos na sociedade.
(…)
O que iria convulsionar o país e afundá-lo econômica e institucionalmente seria a forma como os golpistas iriam governá-lo se o golpe passasse. O desmonte de políticas públicas que tanto melhoraram a distribuição de renda e o nível de pobreza é um dos objetivos dos golpistas. E esse desmonte irá ocorrer.
De início, o desmonte do Estado de Bem Estar social edificado ao longo da era petista será levado a cabo timidamente. Com o passar do tempo, o ritmo será acelerado.
(…)
Tudo isso irá gerar um conflito social imenso, de proporções e intensidade imprevisíveis. Após mais de uma década melhorando de vida ano a ano, a maioria pobre dos brasileiros descobrirá que cometeu um erro imenso ao condescender com o golpe (…)”
Mas não foi só o Blog da Cidadania que previu o desastre. Bradando no deserto como esta página, a imprensa séria também avisou a desestruturação da economia que o golpe iria gerar.
caos 2Como se vê na matéria da BBC, foram os analistas internacionais que alertaram o Brasil para a insensatez que seria levar a cabo um longo processo de impeachment após um ano inteiro (2015) de sabotagens, com o Congresso, sob Eduardo Cunha, recusando-se a aprovar qualquer medida de Dilma Rousseff para sanear a economia e ainda criando as tais “pautas-bomba”, as quais criavam despesas no momento em que havia que conter gastos.
Isso sem falar na Lava Jato, que paralisou a Petrobrás e o setor de construção pesada brasileiro, responsável por uma fatia enorme do PIB.
Com a sabotagem e o longo processo de impeachment, a economia afundou. Mas não foi só. Ao passo que a economia afundava, instaurou-se um processo fascista no Brasil, com aumento da intolerância e do ódio.
Sob a “liderança” dos conservadores tucanos e peemedebistas, hordas fascistas se espalharam. Ministros de Estado, governadores de Estado, lideranças políticas de todo o país começaram a pregar contra o “politicamente correto” e a pregar a intolerância.
Na economia, o golpe foi mortal. Da derrubada de Dilma em abril para cá, a economia, em vez de melhorar como os golpistas prometiam, piorou. Basta uma busca no Google para comprovar.
caos 3Mas o caos legado pelo golpe não piorou só a economia (em boa parte, devido ao fato de que ninguém quer investir em país com democracia mambembe). A sociedade está enlouquecendo. Um massacre de presidiários em Manaus abriu a caixa de Pandora.
Políticos de direita como Bolsonaro, Feliciano, membros do governo Temer e o próprio governador do Amazonas começaram a defender chacinas de presidiários
A reação não tardou. Organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) começaram a promover mais chacinas em presídios e, vendo a comemoração dos setores enlouquecidos da sociedade, já partem para a radicalização.
Enquanto a mídia tucana minimiza o risco, o respeitado diário espanhol El País avisa que a organização criminosa promete promover ataques à população nesta terça-feira, dia 17 de janeiro.
Se vai se concretizar, tudo vai depender das negociações do tucano Geraldo Alckmin com o movimento – desde 2006, os governos tucanos de São Paulo vêm negociando com o PCC para que não promova ataques como o daquele ano.
Enquanto o país afunda por conta do golpe, os golpistas propriamente ditos e sua militância do ódio comemoram a derrubada do PT do poder após 4 mandatos e 13 anos vencendo sucessivas eleições contra os fascistas tucanos. Enquanto o país pega fogo, só conseguem se masturbar com o processo fraudulento que extinguiu a democracia brasileira.
A má notícia é que vai piorar, já que os golpistas pensam que estão abafando.
Menos mal que vão finalmente desencadear uma revolução francesa no Brasil. Esses que comemoram o golpe enquanto berram que são “ricos” vão se arrepender amargamente do que fizeram. O povo irá para cima deles. É só esperar.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Só para recordar a isenção do delegado que chamou Marisa, mulher de Lula, a depor

anselmo

Publica o Estadão que o delegado federal Márcio Anselmo mandou chamar a depor a mulher de Lula, Marisa Letícia, além de seu filho Fábio e os donos do sítio em Atibaia, que o ex-presidente frequenta: Jonas Suassuna e Fernando Bittar.

Nada de mais em Marisa prestar declarações, como qualquer cidadão ou cidadã.

Mas é bom recordar o nível de isenção do delegado que, em princípio, será o responsável por tomar seu depoimento, trazendo o texto do mesmo Estadão, em reportagem de Julia Duailibi, em novembro de 2014.

“Alguém segura essa anta, por favor”, declarou o delegado Marcio Anselmo, ex-coordenador da Operação Lava Jato, em uma notícia cujo título era: “Lula compara o PT a Jesus Cristo”. Ele também falou sobre habeas corpus que foram impetrados nos tribunais a favor dos investigados. “Vamos ver agora se o STF aguenta ou se vai danieldantar”, declarou, numa referência ao banqueiro Daniel Dantas, que teve a prisão revogada pela Corte em 2008.

Ele também compartilhou uma notícia sobre hospedagem de Lula na suíte mais cara do Copacabana Palace. “Assim é fácil lutar contra azelite!!!”, escreveu. Na reta final do 2º turno, fez comentários em outra notícia, na qual Lula dizia que Aécio não era “homem sério e de respeito”. Escreveu: “O que é ser homem sério e de respeito? Depende da concepção de cada um. Para Lula realmente Aécio não deve ser”. O delegado apagou há poucos dias o seu perfil no Facebook.

O mínimo que este senhor deveria fazer é tomar a iniciativa de transferir a outro colega a função de interrogar pessoas que tem como desafetos políticos.

A propósito desta convocação, a assessoria de Lula distribuiu, agora á noite, a seguinte nota, protestando contra as retaliações que vem sofrendo desde que exerceu seu direito de representar ao Comitê de Direitos Humanos da ONU:

Desde que a defesa do ex-presidente Lula denunciou os abusos da Operação Lava Jato ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, Lula e sua família vêm sendo alvo de atitudes que só podem ser compreendidas como retaliação.

A convocação da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal – divulgada ao público nesta segunda (8) antes de uma intimação oficial a ela ou à defesa – é o mais recente exemplo desse comportamento.
Na sexta (5) quatro procuradores da Lava Jato valeram-se de um ofício, que deveria tratar objetivamente da suspeição do juiz Sérgio Moro, para fazer acusações infundadas ao ex-presidente Lula, em atuação incompatível com a defesa da legalidade que deveria ser promovida pelo Ministério Público.

Protegidos pelo anonimato, operadores da Lava Jato plantaram na imprensa um calendário do linchamento “penal” que pretendem impor a Lula, antecipando denúncia e condenação para o período pós-Olimpíadas e pós-julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A insistência dos operadores em divulgar suspeitas infundadas configura claramente a propaganda opressiva, por meio da qual pretendem submeter o ex-presidente Lula a um julgamento pela mídia, uma aberrante exceção ao estado de direito.

O ex-presidente Lula não teme ser investigado, porque sempre agiu dentro da lei, como sabem, por sinal, os operadores da Lava Jato. E recorreu à ONU para denunciar os abusos de que tem sido vítima, para ter um processo justo e imparcial, de acordo com tratados de Direito Internacional assinados pelo Brasil.

Constranger a esposa de Lula a um depoimento desnecessário, a respeito de informações que já foram prestadas e documentadas em diversas ocasiões, é uma retaliação que apenas reforça a existência de graves violações aos direitos fundamentais do ex-Presidente e de seus familiares.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Estadão culpa Dilma (?!) por Temer matricular filho em escola bilíngue


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O assunto não é a mais nova iniciativa patética de Michel Temer para chamar atenção, até porque a falta de noção do presidente interino já se tornou proverbial graças a iniciativas ridículas dele como a de vazar para a imprensa textos lamurientos com vistas a gerar comiseração do eleitorado, como no caso do “vice decorativo”, que fez a festa da internet.
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Porém, a nova iniciativa marqueteira de Temer – que esteve mais para auto “trolagem” – quase rivaliza com a do “vice decorativo”.
Até a imprensa amiga sentiu vergonha alheia. Os veículos menos temerários chegaram a publicar matérias em tom de espanto com o ridículo de o presidente da República torrar dinheiro público para ir buscar o filho na escola e, o que é pior, avisar a imprensa para ir lá registrar.
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http://www.valor.com.br/politica/4648107/temer-convoca-imprensa-para-ve-lo-buscar-filho-na-escola

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http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2016-07-26/michel-temer-vai-buscar-filho-na-escola-e-irrita-pais-com-movimentacao.html
Para ler as matérias acima, clique nas imagens.
Contudo, seria desnecessário abordar o comportamento histriônico peculiar aos reacionários. Este post, pois, deve-se ao comportamento de uma imprensa que não pouparia Dilma ou Lula de um enorme bombardeio se gastassem dinheiro com cerimonial para o presidente da República infernizar a cidade e o colégio em que seu filho estuda fechando ruas e espalhando agentes de segurança para uma medida tão prosaica quanto ir buscar o filho na escola.
Todos já sabem que, mais uma vez, o tiro marqueteiro do mordomo de filme de terror saiu pela culatra. Tanto que até seu congênere de aparência de mordomo, o colunista Merval Pereira, criticou o interino por encenar essa idiotice de ir buscar o filho na escola.
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Merval disse que se Temer não pretende ir buscar o filho todo dia na escola, não havia por que chamar a imprensa para registrar, o que não é a crítica correta.
O que chama atenção nesse episódio todo é a falta de noção de certa imprensa. Além de aliviar para Temer após atitude tão ridícula, um grande jornal teve a falta de senso de ridículo de criticar a presidente afastada, Dilma, pela escolha de escola que o mordomo de filme de Terror fez para seu filho.
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Concordo com o jornal que Temer matricular o filho em uma escola “bilíngue”, e que tão pouco tem que ver com o Brasil – pois é uma escola voltada para filhos de estrangeiros –, depõe contra aquele que, com essa escolha, manda um recado tão claro à sociedade que dispensa explicações. O jornal está certo ao destacar esse fato.
Contudo, o que, diabos, a “Chapa Dilma Temer” tem que ver com a escolha de Temer? Ele consultou Dilma Rousseff antes de escolher a escola do filho?
O que esse jornal faz é uma pilantragem. Ele se aproveita do baixo quociente de inteligência da direita brasileira para tentar responsabilizar Dilma por um comportamento de Temer que preocupa os país daqueles que estudam em escola pública e que chega a ser escandaloso.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Humor: PF diz que saída de delegados da Lava Jato é “para oxigenar”

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Sempre que vejo acusarem Lula, Dilma e o PT de terem, deliberadamente, montado governos corruptos, pergunto-me como é possível que pessoas que tiveram tanta competência política para chegar ao poder e nele se manter por mais de uma década poderiam ser tão incompetentes, caso seu objetivo fosse mesmo roubar.

Tome-se o que os governos petistas fizeram na Polícia Federal, por exemplo. E para entender o que fizeram basta ver o perfil dos delegados da Operação Lava Jato exposto em matéria recente deste Blog.
Não é novidade para ninguém que a Polícia Federal foi aparelhada durante os governos do PT, mas esse aparelhamento não se deu no sentido de favorecer quem dispunha de todos os poderes para moldar a instituição policial como quisesse; a PF foi aparelhada pelos inimigos de quem tinha poder sobre ela, ou seja, foi aparelhada por antipetistas.

A citada matéria anterior do Blog (linkada acima) retrata uma Polícia Federal cujos delegados assumem publicamente posições políticas contra o PT desde muito antes do aprofundamento da Lava Jato. A quase totalidade dos delegados da PF que atuam nessa investigação fez campanha para Aécio Neves ou contra a reeleição de Dilma, sem falar nas persistentes postagens de cunho político antipetista desses policiais.
A pergunta que não quer calar – e que já fiz milhões de vezes, mas que nunca algum antipetista respondeu – é muito simples: por que um grupo político que chega ao poder pretendendo “roubar”, e que controla as instituições que poderão investigá-lo, simplesmente não fez o que o ministro da Justiça de Temer pregou, aparelhar órgãos de controle do Estado?

Observação: por “órgãos de controle”, entenda-se Polícia Federal, Ministério Público, Controladoria Geral da União etc.

Na última segunda-feira, no Jornal Nacional, em 28 segundos foi lida uma nota pra lá de esquisita e que se conecta com esse caráter antipetista da Polícia Federal. Segundo uma apresentadora “interina”, “Dois delegados da Polícia Federal que cuidam de inquéritos ligados ao ex-presidente Lula estavam deixando a Operação Lava Jato.

O telejornal citou o delgado Eduardo Mauat, dizendo que ele iria “voltar para a unidade de origem dele, no Rio Grande do Sul” e o delegado Luciano Flores, que “interrogou Lula quando o ex-presidente foi levado para depor” e que, agora, iria “trabalhar na coordenação da Olimpíada”.

No post “Delegados anti Lula afastados da Lava Jato por suspeita de vazamento (?)” (4/7, linkado acima), o Blog divulgou algumas das várias versões que circulam por aí para essas mudanças na “força-tarefa” da Polícia Federal que atua na Operação Lava Jato. Para alguns, os dois delegados afastados teriam sido identificados como autores dos reiterados vazamentos dessa investigação.

Há outras explicações pela rede. Uma delas, bem interessante, é a de que, como o nome dos delegados recém-afastados não consta da reportagem de Julia Dualibi, que o Estadão publicou em 13 de novembro de 2014 e mostrava grupo de delegados da PF que divulgava no Facebook que Lula era “a anta” e Aécio era “o cara”, eles foram afastados por NÃO serem antipetistas.

A versão teria lá sua lógica, já que o chefe dos delegados federais na Lava Jato, Igor Romário de Paula, aparecia na matéria do Estadão de 2014, supracitada, e é ele quem comanda a força-tarefa da PF na Lava Jato. Para De Paula, Aécio é “o cara” e Lula é “anta”.

Aquela matéria mostrava que havia cinco delegados dedicados a fazer campanha para Aécio e a desqualificar os petistas. O grupo tinha o propósito de denunciar que “o comunismo e o socialismo são um mal que ameaça a sociedade”.

A turma se intitulava “Organização de Combate à Corrupção”. O símbolo era uma caricatura de Dilma com dois dentões, com uma faixa vermelha onde se lia: “Fora PT”.

A constatação oferecida pela reportagem era óbvia: parte importante da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba assumia uma postura explicitamente tucana e antiPT. Não só era tucana como fazia militância declarada, mesmo que entre eles, pela internet.

O que aconteceu com esse pessoal? Nada. O delegado Igor Romário de Paula, chefão da PF na Lava Jato, que achava Aécio o cara, é o mesmo que anunciou agora o desligamento não de dois, mas de três colegas. A outra versão que circula por aí, portanto, é a de que ele afastou esses três delegados para colocar outros ainda mais antipetistas na investigação.

Essa informação não faz sentido. Dois dos três delegados afastados Por De Paula são conhecidos por atuarem politicamente contra o PT. Um por fazer postagens no Facebook exaltando protestos contra o PT e outro por ter montado uma operação midiática e ilegal que levou Lula à força para depor em um aeroporto.
A informação que o Blog obteve de fonte que já mostrou que sabe das coisas em mais de uma oportunidade é a de que os policiais afastados teriam se envolvido em divulgação de operações da Lava Jato para grupos de mídia de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Na verdade, De Paula anunciou, em março, que abriria investigação para esclarecer vazamento da 24ª fase da Lava Jato, operação que este Blog denunciou por ter sido vazada antecipadamente para grupos de mídia. A notícia se conecta com a informação de que ele afastou delegados que possam ter se envolvido nessa ação de vazamento

Só o que não dá para dar crédito é nova explicação das organizações Globo para essa medida inexplicável do comando da força-tarefa da PF na Lava Jato. Matéria publicada pela sucursal do G1 no Paraná diz que os três delegados foram afastados para “oxigenar” e “dar novo fôlego” à investigação. Confira a matéria, abaixo, que volto em seguida.

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Façamos as perguntas óbvias, já que vivemos em um tempo em que há´que dizer o óbvio:

1 – Por que só três membros de uma equipe de oito “oxigenariam” os trabalhos dessa equipe?
2 – O que significa “oxigenar” e “dar novo fôlego”? Os policiais afastados estavam desmotivados, não estavam trabalhando, não tinham interesse ou tinham interesse incompatível com a investigação ou com o que se pretende que ela faça?
3 – Qual é a diferença fundamental entre os que saem e os que entram?
Há muitas outras questões, mas a resposta a essas três já seria um bom começo, o que, obviamente, não vai acontecer, pois as declarações do comando da PF conseguem não apenas não esclarecer nada como ainda deixam tudo ainda mais turvo.

De qualquer forma, os vazamentos da Lava Jato continuam ocorrendo de forma sistemática, ilegal e escancarada. E ninguém da PF fala em investigar. E muito menos em punir quem vaza. Só se falou nisso quando, de forma ridícula, um delegado da PF ameaçou um Blog por ter divulgado que o rei estava nu.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Promotores pediram prisão de Lula em obediência ao Estadão

promotores
 Eduguim
Não há muito mais o que dizer. Na prática, completou-se em 10 de março de 2016 a instalação de mais uma ditadura no Brasil, a menos que o promotor midiático Cássio Conserino e aqueles outros dois (há tantos outros) seja severamente punido.
Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo afirmam que a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “imprescindível” porque ele movimentaria “toda a sua rede violenta de apoio para evitar que o processo crime que se inicia com a presente denúncia não tenha seu curso natural, com probabilidade evidente de ameaças a vitimas e testemunhas e prejuízo na produção das demais provas do caso, impedindo mesmo o acesso no ambiente forense, intimidando-as a tanto“.
Esses indivíduos são uns irresponsáveis. Querem amordaçar não apenas Lula, impedindo-o de proclamar a própria inocência publicamente, como todo aquele que manifeste sua opinião em defesa de um dos maiores líderes políticos do mundo.
A polícia política que esses senhores encarnam cita uma “rede violenta”. Estará se referindo aos energúmenos que agridem pessoas nas ruas por usarem peças de roupa na cor vermelha? Será essa, abaixo, a “rede violenta” a que esses serviçais da direita se referem?
E as bombas atiradas no Instituto Lula e em três diretórios do PT, foram obras da “rede violenta” de Lula?
Esses senhores que pediram a prisão de Lula por ter se proclamado inocente publicamente agem como militantes, mas não só. Encarnam os que, há meio século, justificaram o golpe militar criminalizando a reação popular ao arbítrio. A desculpa da ditadura para suas atrocidades era a de combater aqueles que não aceitavam que fosse solapado o Estado de Direito.
Até a proposta de impor parlamentarismo ao país para tirar o poder do governo eleito já está acontecendo, assim como nos “idos de 64″, ou seja, no período que antecedeu o golpe militar.
Como durante a ditadura, querem prender jornalistas e líderes políticos que digam opiniões e fatos que a direita midiática não quer ouvir. E, para isso, contam com esbirros dos órgãos de controle da República, transmudados em leões-de-chácara de uma direita hidrófoba, ignorante e violenta que o Brasil conhece muito bem.
Mas o mais interessante em tudo isso é que esses promotores midiáticos foram precedidos por editorial do Estadão que praticamente determinou que Lula fosse preso por ter ousado se defender publicamente.
Sim, o Estadão, empresa que cedeu suas dependências para os conspiradores que deram o golpe militar de 1964.
Sim, o Estadão, que junto de O Globo e da Folha de São Paulo pediu a ditadura militar e a apoiou por ela ter doado a esses barões da mídia dinheiro público suficiente para que suas empresas crescessem ao tamanho que têm hoje.
Confira, abaixo, esse texto infame da família Mesquita, que prega a volta da ditadura via criminalização da liberdade de expressão e do direito de manifestação e reunião.
O Estado de São Paulo
Editorial
Luiz Inácio Lula da Silva chegou à conclusão de que precisa virar vítima dos malvados inimigos do povo e apelar ao que lhe resta de apoio nas ruas para evitar que a Lava Jato o ponha na cadeia. Deixou isso claro na semana passada, quando saiu direto do depoimento à Polícia Federal para a sede do PT, onde armou uma encenação: entre o heroico e o melodramático, expôs a “mágoa” que sentia, em arenga de quase uma hora na qual exortou os petistas a “levantarem a cabeça” e saírem às ruas em “defesa da democracia”.
Cumprindo essa determinação à risca, petistas irresponsáveis apressaram-se a convocar a militância para disputar espaço na Avenida Paulista com os manifestantes pró-impeachment de Dilma Rousseff que lá estarão no próximo domingo, dia 13, em mais uma manifestação de protesto contra o governo convocada há vários meses.
Tal confronto não deve e não pode ocorrer. Fez bem, portanto, o governador Geraldo Alckmin, ao anunciar que não autorizou – e, consequentemente, a polícia impedirá – que manifestantes favoráveis ao governo disputem espaço na Avenida Paulista com grupos antigovernistas. Deixou claro o governador paulista que os governistas têm todo o direito de levar suas posições às ruas no próximo domingo, desde que o façam em outros pontos da cidade que não representem ameaça à segurança pública. É uma questão de bom senso da qual só discordará quem estiver interessado em tirar proveito político da desordem.
O governo federal também se mostra preocupado diante da provocação irresponsável que seria mandar para a Avenida Paulista grupos dispostos ao confronto físico com os manifestantes contra o governo – que, de acordo com todas as previsões, ali estarão às centenas de milhares. A direção do PT, no entanto, tenta se livrar de qualquer responsabilidade alegando que os atos que estão sendo organizados por petistas para o domingo são “autônomos”, “espontâneos”, fora do controle da direção do partido. E, a julgar pelas manifestações de petistas nas redes sociais, os seguidores de Lula permanecem fiéis à ideia insensata de que não podem recusar-se ao ato heroico de combater os inimigos da democracia. Oficialmente, portanto, o PT não teria nada a ver com as manifestações pró-governo que vierem a se realizar no domingo. Apenas recomenda a seus militantes que “evitem conflitos”.
Diante desse quadro, é o caso de cobrar de Lula a responsabilidade óbvia que ele tem pelo curso desses acontecimentos e exigir dele uma manifestação pública, categórica, no sentido de evitar esse atentado à ordem pública, retirando dos baderneiros profissionais – pois a militância do PT é paga – imperdível oportunidade de voltar a agir. Agora certamente com o apoio de um punhado de inocentes úteis iludidos com a ideia de que estarão a serviço da democracia e da liberdade.
Se não se dispuser a serenar o ânimo de seus seguidores que se dispõem a ir para a rua com a faca nos dentes, o ex-presidente terá que ser responsabilizado pelas consequências do desatino de incitar a disputa de espaço com os antigovernistas na Avenida Paulista. Afinal, por que os petistas precisam se reunir exatamente na Paulista, exatamente no mesmo dia e hora em que lá estarão se manifestando centenas de milhares de antigovernistas?
Lula, porém, não parece minimamente preocupado com isso. Na verdade, parece é muito feliz com o que acredita ser o efeito positivo do teatrinho de vitimização que vem encenando desde sexta-feira. Acredita que conseguiu estimular o espírito de luta da militância petista. Do deputado Carlos Zarattini já obteve uma interessante colaboração retórica: “Durante 13 anos tivemos paz social. Se prenderem o Lula e tirarem a Dilma, quem vai garantir a paz social? Isso não é uma ameaça, é uma análise”. Se fosse ameaça, que termos usaria?
Na segunda-feira Lula foi a Brasília para manter contatos políticos em defesa própria e do governo. Mostrou a seus interlocutores a nova frase de efeito que certamente levará para os palanques: “Se me prenderem, viro herói. Se me matarem, viro mártir. Se me deixarem livre, viro presidente de novo”. Se fosse um teste de múltipla escolha, a resposta certa seria nda – nenhuma das anteriores.

Promotores do MP-SP não têm provas contra Lula

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Repudiada inclusive pela oposição, em função de seu caráter precário, o absurdo pedido de prisão preventiva de Luiz Inácio Lula da Silva formulado pelo Ministério Público de São Paulo é expressão de uma fraqueza maior, exibida pela própria denúncia. Com 179 páginas, ela não consegue dar conta do problema fundamental para sua tese  --provar que Lula e sua mulher, Marisa, são os verdadeiros proprietários de um apartamento no edifício Solaris, no Guarujá.
Já era possível suspeitar dessa fraqueza Isso se confirmou agora.
Para quem acusa Lula de ocultar patrimônio, é preciso demonstrar o básico: explicar por que se deve acreditar que o imóvel lhe pertence. A forma usual para fazer isso seria um registro do imóvel em seu nome. Não há.
Outro caminho seria apresentar um contrato de gaveta, que poderia indicar que Lula teria usado um laranja para esconder a posse real do imóvel. Não há. O que sobra então?
Os promotores citaram vários funcionários e vizinhos capazes de falar do "apartamento do Lula." É um indício, obviamente, mas não resolve o caso. O próprio casal sempre admitiu que tinha uma cota para adquirir um imóvel naquele condomínio, adquirida anos atrás. Normal comentassem sobre um vizinho famoso. Muitos anos depois, desistiram. Antes disso, chegaram a visitar o apartamento em questão e discutiram reformas que poderiam ser feitas. Não há prova de que fizeram a compra, porém.
Você pode achar isso suspeitíssimo, como dizem os promotores. Mas não é suficiente para apontar os dois como verdadeiros proprietários. Ou seja: como sustentar que estão ocultando um patrimônio nessa circunstância?
Se todos nós sabemos
Vamos lembrar, por exemplo, o caso de Eduardo Cunha. Ele pode negar, de boca cheia, que era o proprietário das contas secretas na Suíça. Disse isso em tom solene para os parlamentares. A casa só caiu quando o Ministério Público da Suíça mostrou documentos que rastreavam empresas de fachada que chegavam ao presidente da Câmara. Ponto final.
A denúncia contra Lula está longe, muito longe, disso. Por enquanto, só envolve suspeita, crença, convicção, talvez fé. O promotor Cássio Conserino fez uso político do triplex na coletiva. Chegou a descrever uma espécie de parábola política contra Lula: "enquanto" milhares de sócios da cooperativa foram lesados, o presidente e sua mulher se aproveitaram para ficar com um investimento milionário. Pode ser uma peça de propaganda política, obviamente. Mas, sem sustentação em provas, não para em pé.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Piada pronta: repórter DO ESTADÃO chama blogueiro de “mentiroso”


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A esquerda faz muitas críticas “à mídia”, mas se esquece de que não existe uma “mídia” propriamente dita. O que existe é um exército composto – salvo honrosas exceções – de puxa-sacos dispostos a vender a alma na esperança de caírem nas boas graças dos patrões.
A mídia que tanto indigna a setores tão amplos da sociedade é produto dos ditos “profissionais da imprensa”, seja de que “nível” forem. Nesse aspecto, tanto faz um Reinaldo Azevedo ou um repórter de campo da Veja: ambos se valem das mesmas práticas.
Sempre ressalvando que tudo, nesta vida, tem exceção e com a “mídia” não é diferente.
Qual é a diferença, porém, entre Mervais, Azevedos, Cantanhêdes, et caterva, e os repórteres de política que correm exclusivamente atrás de “pautas” que possam prejudicar a esquerda, os movimentos sociais, os sindicatos e todos aqueles agentes políticos que incomodam a direita?
Seja como for, esses pensamentos me ocorrem ao chegar em casa após passar o fim da tarde de sexta-feira 17 na sede nacional do PT em São Paulo, no “centro velho” da cidade. No local ocorreria entrevista coletiva do presidente da sigla, Rui Falcão.
Este blogueiro – entre outros, assim como a “grande mídia” – recebeu aviso de pauta do PT sobre coletiva em que, entre outros fatos, seria divulgado o nome do novo tesoureiro do PT, o ex-deputado federal por Sergipe Márcio Macedo, que já foi ligado ao ex-governador Marcelo Deda, morto em 2013.
A entrevista estava agendada para as 16 horas e 30 minutos. Cheguei ao número 132 da rua Silveira Martins, que dista poucas centenas de metros das Praças da Sé e João Mendes. Estacionei o carro ao lado da sede petista e já havia umas 10, 15 pessoas à porta.
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Grandes câmeras apoiadas em tripés, carros e furgões de reportagem da Globo, da Band, do SBT, do Estadão etc. tomavam a rua. No saguão do prédio do PT, mais uma dezena de repórteres aguardava que terminasse reunião da direção petista para subirem ao auditório.
Um porta-voz do PT sai ao saguão e chama os repórteres para anunciar o nome do novo tesoureiro do partido. Imediatamente, o batalhão de repórteres se põe a digitar em seus celulares, tablets, notebooks ou a fazer ligações telefônicas, repassando as informações.
Como já testemunhei em outras oportunidades, apesar de trabalharem em veículos distintos, nessas coberturas políticas esses repórteres parecem atuar todos para um único veículo – compartilham informações e opiniões, que repassam aos seus veículos.
Quem já testemunhou uma cena dessas não se surpreende quando, no dia seguinte, lê reportagens praticamente idênticas no Estadão, no Globo, na Folha, nos telejornais etc.
O trabalho é pasteurizado, mecânico.
Voltando ao ocorrido na tarde desta sexta, dos blogueiros avisados pelo PT sobre a entrevista compareceram um representante da Rede Brasil Atual, o coeditor do Diário do Centro do Mundo, Kiko Nogueira, e eu.
Cheguei antes deles e, como costumo fazer, fiquei na miúda ao lado dos grupinhos de repórteres prestando atenção no processo de fazer linguiça que são essas coberturas. Eis que percebo a presença de um repórter do Estadão com o qual tive uma discussão no ano passado.
Relato, a partir daqui, a razão da discussão que tive com esse repórter.
Em 17 de maio do ano passado, ocorreu o 4º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que contou com a presença de Lula. Na oportunidade, o ex-presidente deu uma declaração sobre crítica que a mídia fizera aos estádios de futebol que estavam sendo construídos para a Copa do Mundo, de que nenhum deles contava com estação de metrô dentro.
Lula disse, no evento, que não fazia sentido construir uma estação de metrô dentro de um estádio de futebol porque fica muito caro e essa estação só teria grande movimento em dias de jogos, e que, portanto, essa cobrança seria “babaquice”.
Minutos depois, em todos os portais de internet, e no dia seguinte, em todos os grandes jornais, manchetes dizendo que, para Lula, pedir metrô em estádio seria “babaquice”.
Folha Lula
Um grupo de blogueiros presenciou como nasceu essa manchete comum a toda a grande mídia.
Segundo esses colegas me informaram, à porta do encontro de blogueiros os repórteres dos grandes veículos, em rodinha, teriam combinado como relatariam a fala de Lula sobre metrô nos estádios. Os blogueiros que fizeram a denúncia fizeram até um vídeo do flagra.


Com base no relato dos blogueiros, fiz um post contendo a informação de que eles afirmaram ter presenciado os repórteres combinando o tom de uma manchete que, corroborando o relato, saiu praticamente idêntica em Folhas, Globos, Estadões etc.
Conheço alguns dos repórteres da mídia corporativa presentes àquele encontro de blogueiros. Um deles, do Estadão, ficou furioso com o post que escrevi. Enviou-me mensagens por SMS criticando o post e me chamando de “mentiroso”. Eu lhe disse que apenas havia reproduzido informação que colegas blogueiros me passaram, mas ele não quis saber.
Nunca mais tinha tido contato com aquele repórter. No dia em que escrevo, porém, ele estava presente diante da sede do PT. Até lhe fiz um cumprimento, que não foi correspondido. Fiquei na minha.
Alguns minutos depois, estava eu próximo a uma rodinha de repórteres de que ele participava. Quando me viu, disse em voz alta, obviamente que para que eu ouvisse, o seguinte:
— Cuidado, falem baixo porque tem um blogueiro progressista escutando.
Passaram-se mais alguns minutos e os presentes fomos chamados para o auditório – a coletiva iria começar.
Eu estava à porta conversando com o Kiko Nogueira. Quando nos preparávamos para entrar no prédio, esse repórter do Estadão, chamado Ricardo Galhardo, passa olhando para minha cara. Em uma tentativa de desanuviar o ambiente, brinquei:
— Não precisa ter medo, blogueiro progressista não morde.
O sujeito, visivelmente alterado, com os olhos injetados de raiva, chamou-me de “mentiroso”. O Kiko Nogueira, do DCM, ficou tão surpreso que soltou um “Opa!”.
Claro que eu lhe devolvi a “gentileza”, mas esse não é o ponto.
A razão pela qual o tal repórter do Estadão alertou os colegas de minha presença seria a de que eu teria inventado que os repórteres combinaram a pauta que apareceu igualzinha na primeira página de todos os grandes jornais de 18 de maio do ano passado.
Eu não vi a cena da combinação de pauta, mas o vídeo acima mostra que os repórteres ficaram constrangidos com a pergunta dos blogueiros sobre se combinaram a pauta sobre a fala de Lula.
A verdade verdadeira é que esses ditos “profissionais da imprensa”, em grande parte, confundem-se com seus patrões. Acham-se muito importantes. E agem de forma ameaçadora. Pensam que fazem parte de uma grande família midiática feliz, esquecendo-se de que, daqui a pouco, baixa um “passaralho” nas redações e eles são postos no olho da rua.
Para mostrar como essa gente “se acha”, mais uma cena da tarde desta sexta-feira 17.
Pouco antes do entrevero com o jornalista do Estadão, o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, deixava a sede do PT quando foi cercado pelos repórteres. Cheguei perto antes de alguns deles e coloquei o celular próximo do rosto de Garcia para filmar sua fala, mas não consegui.
Os repórteres exigiam que eu saísse da frente das câmeras deles, cheguei a ser empurrado. Para evitar um confronto, acabei desistindo. Até porque, de empurrão em empurrão eu já havia perdido boa parte da fala de Garcia.



Dentro da sede do PT, na coletiva, só perguntas provocativas. Nada sério foi tratado. O sujeito que me insultou quis saber como o PT respondia a declaração do ministro Gilmar Mendes no sentido de que a corrupção está no “DNA” do PT.
Parece coisa de fofoqueira de bairro, não?
Enfim, só vendo esse exército de pit bulls “trabalhar” para entender por que o produto final desse “trabalho” é tão tendencioso, parcial, virulento e infiel aos fatos – o que, aliás, torna piada pronta repórter do Estadão – justo do Estadão – chamar alguém de “mentiroso”.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Dr Janot, que feio !​ Até o Estadão pegou o Aécio ! O detrito sólido de maré baixa vai dedicar capa a essa denúncia ?

 
Sugestão de amigo navegante que lê o Estadão – ninguém é perfeito ! 
Em delação premiada à qual o Estado de S. Paulo teve acesso, o delator Roberto Yousseff afirmou que Aécio Neves teria recebido dinheiro fruto de propina de Furnas, estatal do setor elétrico, por meio “de sua irmã”, sem citar nomes ou detalhes. Aécio tem duas irmãs, Angela e Andrea – a última trabalhou no governo mineiro e na campanha eleitoral de 2014.

O termo de colaboração número 20, que registra confissão do doleiro feita no fim do ano passado, tem como “tema principal: Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB”. Além de Aécio, são citados o ex-deputado do PP José Janene, morto em 2009, e um executivo da empresa Bauruense.

O pedido de arquivamento é um dos sete feitos na terça-feira pelo procurador-geral. No mesmo dia, Janot solicitou ao Supremo autorização para investigar 54 pessoas em 28 inquéritos. Os pedidos estão sob relatoria do ministro Teori Zavascki.

Youssef relatou aos investigadores que recolheu dinheiro de propina na Bauruense, prestadora de serviços para Furnas, cerca de dez vezes. Em uma delas, foi informado que o repasse não seria feito integralmente – faltariam R$ 4 milhões porque “alguém do PSDB” havia coletado essa quantia antes.

Indagado pelos procuradores, Youssef declarou não ter informação de quem havia retirado parte da comissão, mas afirmou “ter conhecimento” de que o então deputado federal Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e que o mineiro estaria recebendo o recurso “através de sua irmã”, segundo o texto literal da delação. O delator disse “não saber como teria sido implementado o ‘comissionamento’ de Aécio Neves”.

Na delação, o doleiro descreve que “de 1994 a 2001 o PSDB era responsável pela diretoria de Furnas”. Youssef declarou que recebia o dinheiro destinado a Janene em Bauru (SP) e na capital paulista e o enviava a Londrina (PR) ou Brasília. No depoimento, ele afirmou que os diretores da Bauruense poderiam fornecer mais informações sobre Furnas e que a empresa já responde a inquérito no STF.


Paulo Henrique Amorim

Por que a Renata Lo Prete, hoje na GloboNews, que deu o chamado “furo” da entrevista do Bob Jefferson à Fel-lha (ver no ABC do C Af) para incriminar o Dirceu e dar a partida ao mensalão (o do PT, porque o outro sumiu como tucano some com o Janot), por que a Lo Prete não entrevista o Bob Jefferson e pergunta a ele como funcionava a Lista de Furnas ?
Bob Jefferson, um herói da Fel-lha, sabe tudo da lista, Lo Prete …
Seria um furaço !
O Gilberto Freire com “i” (também no ABC do C Af) ia te dar um aumento.


Paulo Henrique Amorim