Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Moro, JN e Temer devem eleger Lula em 2018

ibope capa

Pesquisa Ibope recém divulgada pelo Estadão afirma que “Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ser o presidenciável com maior potencial de voto entre nove nomes testados pelo instituto”. Segundo o jornal, “pela primeira vez, desde 2015, os eleitores que dizem que votariam nele com certeza (30%) ou que poderiam votar (17%) se equivalem aos que não votariam de jeito nenhum (51%), considerada a margem de erro”.
Outro dado surpreendente revelado pela pesquisa é o de que, “desde o impeachment de Dilma Rousseff, há um ano, a rejeição a Lula caiu 14 pontos”, ou seja, de 64% para 51%, enquanto que as rejeições de todos os outros pré-candidatos dispararam, à exceção de João Doria, prefeito tucano de São Paulo, que, por ser pouco conhecido não é afetado pela crise de impopularidade que está afetando seu partido e os pré-candidatos tucanos após terem sido flagrados em esquemas de corrupção apesar de, até então, serem os maiores acusadores do PT.
ibope 1
A pesquisa foi feita antes de vir a público a lista do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, com as delações de executivos da Odebrecht que acusaram o ex-presidente de corrupção, junto com dezenas de outros políticos. Se a divulgação das denúncias prejudicou a imagem de Lula (e de outros denunciados), não houve tempo de isso ser captado pelo Ibope.
Contudo, o histórico da ascensão de Lula nas pesquisas do início de 2016 para cá mostra que a perseguição midiática, policialesca e judiciária a ele tem surtido efeito inverso ao pretendido. Desde a condução coercitiva do ex-presidente, em 4 de março do ano passado, Lula inverteu a linha descendente de popularidade e ascendente de rejeição que começou a afetá-lo no início de 2015, coincidindo com a queda pronunciada da avaliação da então presidente Dilma Rousseff após a crise econômica começar a se acentuar no início de seu segundo mandato.
Mas a queda da rejeição de Lula, em contrapartida ao aumento da rejeição dos prováveis adversários, integra um processo político-social muito mais amplo, que é a ascensão do ex-presidente na preferência popular para reinaugurar um novo período democrático no país a partir de 1º de janeiro de 2019, quando, espera-se, o Brasil voltará a ter um governo ungido pelo voto popular.
Os três principais nomes do PSDB, por sua vez, viram seu potencial de voto diminuir ao longo do último ano e meio. Desde outubro de 2015, a soma dos que votariam com certeza ou poderiam votar em Aécio Neves despencou de 41% para 22%. O potencial de José Serra caiu de 32% para 25%, e o de Geraldo Alckmin foi de 29% para 22%. Os três tucanos têm aparecem na pesquisa com taxas de rejeição superiores à de Lula: 62%, 58% e 54%, respectivamente.
O Ibope testou pela primeira vez o potencial do prefeito de São Paulo, João Doria, em uma eleição para presidente. Embora seja muito menos conhecido do que seus colegas de PSDB (44% de desconhecimento, contra 24% de Alckmin e 16% de Serra e Aécio), Doria tem 16% de eleitores potenciais (6% votariam com certeza). Sua rejeição é muito menor que a dos concorrentes, 36%. Contudo, se virar candidato, conforme se tornar mais conhecido a tendência será, além de ganhar mais eleitores, ganhar, também, mais rejeição.
O caso de Aécio é o mais impressionante, em termos de derrocada. Ele sofre desgaste até nos segmentos em que foi vitorioso. Desde outubro de 2015, seu potencial de voto no eleitorado de renda mais alta (acima de cinco salários mínimos) caiu de 44% para 26%. Na região Sudeste, um de seus redutos, a taxa caiu de 42% para 23%.
Já Marina Silva sofreu redução de potencial de voto e aumento da rejeição. Agora, um terço dos eleitores a indicam como possível opção – eram 39% em 2015 e há um ano.
Apesar de ter não contar mais com a projeção e a visibilidade inerente ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa ainda é considerado um candidato viável à Presidência da República por uma parcela considerável dos eleitores. Na pesquisa Ibope, ele aparece com 24% de potencial de voto (soma das respostas “votaria com certeza” e “poderia votar”).
Barbosa, que se celebrizou ao conduzir o julgamento do Mensalão e que se aposentou do STF em 2014, também não sofre os mesmos níveis de rejeição atribuídos aos políticos. Apenas 32% dizem que não votariam nele de jeito nenhum – uma das taxas mais baixas entre as dos nove nomes testados pelo Ibope. O ex-ministro do STF, porém, não manifestou intenção de se candidatar e nem sequer é filiado a um partido.
Jair Bolsonaro, que tenta se beneficiar da onda de rejeição a políticos – apesar de ser deputado desde o começo dos anos 90 –, aparece com 17% de potencial de voto na pesquisa. Seu possível contingente de eleitores cresceu seis pontos porcentuais desde o ano passado, mas a parcela que o rejeita aumentou ainda mais, de 34% para 42%.
Esse é o fenômeno que deverá afetar Dória caso se torne candidato a presidente.
Entre os dias 7 e 11 de abril, o Ibope realizou 2002 entrevistas face a face, em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Essa disparada de Lula na pesquisa Ibope, após ter sido detectada pouco antes por pesquisa CUT-Vox Populi, segundo o analista do Estadão José Roberto Toledo deve-se a vários fatores. Segundo ele, Lula renasceu eleitoralmente por três motivos: o governo Temer, a memória do bolso do eleitor e, paradoxalmente, a Lava Jato – que respingou em quase todo político relevante.
O analista do Estadão destaca que o favoritismo de Lula pode mudar porque “a pesquisa Ibope foi feita antes de o Jornal Nacional dedicar 33 minutos ao petista na cobertura da Lista de Fachin”, como se fosse novidade o principal noticiário da Globo fazer isso.
Há pouco mais de um ano, em março de 2016, a redenção de Lula teve início justamente após o Jornal Nacional, mancomunado com o juiz Sergio Moro, ter desencadeado uma avalanche de matérias intermináveis contra o ex-presidente. Isso logo após a operação de busca e apreensão na residência e nos escritórios dele ter ocorrido simultaneamente às cenas fabricadas pela Lava Jato para serem exibidas no maior telejornal do país.
Foi justamente após o massacre midiático de Lula ao longo de março de 2016 que ele começou a crescer nas pesquisas e perder rejeição.
As arbitrariedades de Sergio Moro, como a de obrigar um réu a comparecer a uma enormidade de audiências, em claro arrepio à letra da lei, como vingança, o espaço desmesurado para massacre do ex-presidente apesar de as acusações contra si não serem piores do que as que pesam contra tucanos, tudo isso somado à depressão econômica e à supressão de direitos trabalhistas e previdenciários que está sendo levada a cabo pelos golpistas temerários são fatores que deverão eleger Lula para um terceiro mandato presidencial no ano que vem.
Isso porque mesmo o plano B dos golpistas de tentarem impedir o ex-presidente de disputar a eleição do ano que vem condenando-o criminalmente não deve funcionar. Seria necessário conduzir um processo de exceção que chocaria o mundo para atingir tal objetivo. Não há como condenar Lula duas vezes em um ano e três meses – de maio de 2017 a agosto de 2018 (início da campanha eleitoral).
A única chance de impedirem a candidatura de Lula seria prendendo o ex-presidente, mas não existe um único motivo lícito para levarem a cabo semelhante plano. Até agora não puderam prender o ex-presidente devido ao fato de que o MUNDO está de olho nas arbitrariedades que estão sendo levadas a cabo no Brasil. Uma condenação do regime pelas Nações Unidas representaria uma tragédia diplomática e transformaria o Brasil em uma ditadura oficializada.
O Jornal Nacional e seus penduricalhos em outras emissoras também não vão obter êxito. Todos sabem que a tese de que todos são corruptos mas o PT é mais só cola entre antipetistas fanáticos.
Mas caberá a Michel Temer e ao seu governo usurpador a maior responsabilidade pela eleição de Lula no ano que vem. A destruição dos direitos trabalhistas via terceirização e reforma trabalhista vão unir o país em torno do petista. Mais uma vez este Blog faz  um prognóstico: o povo sairá à rua exigindo a volta de Lula ao poder. E isso ocorrerá até a campanha eleitoral do ano que vem. O chavão é inevitável: “QUEM VIVER, VERÁ!”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sondagens mostram que Temer pode tornar Lula “invencível”

lula capa


Setores do PT articulam o lançamento da terceira candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O evento seria na próxima sexta-feira (20/1) durante reunião do Diretório Nacional do partido, em São Paulo. É uma boa ideia. Talvez não no contexto pretendido inicialmente, mas certamente em outros contextos possíveis.
Antes de prosseguir, porém, quero avisar ao leitor que vou me valer, aqui, de um recurso estilístico conhecido como nariz-de-cera, ou seja, um longo preâmbulo ao tema central, determinado pelo título do post.
Nos últimos dias, foi anunciada proposta de setores do PT e de movimentos sociais de que o ex-presidente seja lançado candidato ao terceiro mandato com a plataforma de desfazer todos os atos do governo Michel Temer – em especial, o teto de gastos, a reforma da Previdência e eventuais retrocessos nos direitos trabalhistas.
A ideia é usar a força de Lula junto ao eleitorado, mensurada nas últimas pesquisas de opinião, como catalisador para uma “revolução” democrática com o objetivo de derrubar o governo Temer, convocar novas eleições e uma constituinte.
O grupo que planeja esses feitos não tem força para isso. A ideia vem da tendência petista Mensagem ao Partido, que defende uma espécie de “refundação” que boa parcela do PT rejeita por entender que passaria a ideia de “confissão” petista de que o partido fez realmente tudo de que os adversários o acusam.
Além disso, a tendência petista Mensagem pretende lograr o feito que seria derrubar Temer e convocar diretas já com apoio de um grupo que, por mais aguerrido que seja, não tem expressão para tanto. Qual seja o grupo, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o PCdoB, o PDT e o PSOL, além do próprio PT.
É mais ou menos o mesmo grupo político que não conseguiu nem barrar o golpe, de forma que derrubar os golpistas não está nem em cogitação pois precisaria deles todos para chegar aonde pretende.
Há outras iniciativas para resolver o problema para o Brasil em que se constituiu esse golpe. Uma delas é bancada por um pequeno grupo de petistas que almeja devolver o mandato de Dilma Rousseff, roubado descaradamente por uma maioria conjuntural de congressistas.
A ideia baseia-se em conseguir que o STF mande reintegrar Dilma ao cargo. Até ministros do STF antipáticos ao golpe dizem que isso é sonho de uma noite de verão. Decorreria uma crise institucional sem precedentes se o Judiciário fizesse tal interferência no Legislativo.
E esse não é o único problema. Há outros quase tão grandes quanto esse. Muitos outros.
Claro que Temer pode cair por si só, por atingir um nível de impopularidade insustentável. Ele mesmo havia dito que Dilma não resistiria no cargo com os 13% de popularidade que tinha. Pois pesquisa Datafolha divulgada em dezembro mostra Temer com 10%. E uma pesquisa Vox Populi mostra com 7%.
Temer também poderia cair se a chapa dele e de Dilma Rousseff na eleição de 2014 fosse cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas depois que a presidente legítima foi derrubada a “pressa” que a Corte tinha se esvaiu.
Contudo, essa “alternativa”, esse plano B para Temer ser retirado do cargo se sua impopularidade continuar caindo – do jeito que vai, ele será o primeiro político do mundo a ter 100% de impopularidade – ficará em aberto e, assim, os capas-pretas da nação poderão acelerar a cassação da chapa eleitoral a qualquer momento.
Ao contrário do que disse Temer, porém, é possível, sim, um presidente governar com baixa popularidade. Temer está governando. Tem apoio no Congresso e a mídia quase não o incomoda.
Contudo, além da incompetência temerária ainda tem o problema do envolvimento do presidente da República e de boa parte de seu governo em escândalos de corrupção denunciados no âmbito da Operação Lava Jato. Mais uma vez, porém, há uma contrapartida: a Lava Jato só se interessa em prender Lula e outros petistas.
A possibilidade de a Lava Jato, julgada pelo STF, tirar Temer do cargo, portanto, deve ser próxima de zero… Se não for negativa.
Enfim, caro leitor, chegamos ao xis da questão: o Brasil é hoje um gigantesco caldeirão de incertezas que borbulham com força cada vez maior ao passo que a situação criada pelo golpe vai ficando mais insustentável. E essa insustentabilidade não para de crescer porque a economia já não aguenta mais não saber minimamente para onde o país vai.
O que está fazendo a recessão se transformar em depressão econômica é justamente isso, o fato de que não se sabe para onde o país vai, já que, ao mesmo tempo em que o governo corre o risco de cair – e, com ele, toda a direção econômica privatista, conservadora e antipopular que imprimiu –, não se sabe se em seu lugar viria um governo de tendência oposta, ou seja, nacionalista, estatista, de direita ou esquerda, que poderia decorrer de uma eleição direta já.
Sem saber para onde o Brasil vai, ninguém vai investir. Nem brasileiros nem estrangeiros. Só um pacto político entre coxinhas e petralhas poderia criar as condições mínimas para o capital acreditar no Brasil, pois saberia que ganhasse quem ganhasse as regras do jogo seriam respeitadas.
Este Blog escreveu isso dezenas de vezes, que o golpe não melhoraria a crise econômica, aprofundaria. Aliás, nem era uma previsão prodigiosa, muito pelo contrário. Era óbvio que um golpe de Estado, mesmo sendo parlamentar, tornaria as coisas incertas no país simplesmente porque os golpeados dessa forma não se conformariam e, ao não se conformarem, manteriam a temperatura política alta.
O mais irônico é que um golpe dado em prol dos interesses do capital gerou nele uma incerteza atroz sobre o rumo do país e, consequentemente, uma total abulia empreendedora, ou seja, disposição zero para investir em ambiente tão conturbado.
Ao se negar a se espalhar na cama que os golpistas prepararam o capital os enfraquece, pois precisavam dele para que o país voltasse a funcionar “normalmente” após a anormalidade do golpe.
Não importa muito o que eu ou você achamos disso tudo que vai acima. Tudo isso está acontecendo no Brasil meio que à base de inércia, por conta do impulso inicial – o golpe.
O que importa é o que vai acontecer e, em menor escala, o que as pessoas comuns como nós poderão fazer para mudar alguma coisa.
A dinâmica da destruição das alternativas políticas tradicionais pela Lava Jato não é boa para o Brasil. Não em um ambiente como o que está posto, de crise econômica e política sem precedentes.
Se o país estivesse funcionando normalmente, se a economia não tivesse sido sabotada para os conservadores dos partidos, da mídia, do empresariado e do Judiciário conseguirem tirar o PT do QUARTO MANDATO CONSECUTIVO que conseguira (com ameaça de conseguir o quinto), talvez fosse proveitosa uma depuração completa da política, um “começar de novo”.
Do jeito que estão as coisas no país, a eleição presidencial de 2018 (se houver essa eleição) pode levar até algum tipo de Bolsonaro ao poder – nem precisa ser ele, mas alguém como ele –, ou algum líder religioso exaltado pelas massas como “escolhido”.
Ou coisa pior…
Um dos cenários possíveis, porém, é o que talvez seja o melhor. Por ter lado, claro que dirão que estou concordando comigo e não com os fatos, mas notem que o que vem adiante é só uma das muitas probabilidades que estão postas.
Não será demais alguém querer que só essa hipótese não seja aventada? Então controlem-se, meus caros reacinhas. Vamos ter que testar uma hipótese da qual vocês não gostam.
A hipótese Lula. Sim, ele não está morto coisa nenhuma. Está tão vivo que não para de crescer nas pesquisas e reduzir sua rejeição. Ao longo de 2016, deixou uma quase “lanterna” da eleição presidencial em primeiro turno e assumiu a liderança em todos os cenários, e sua rejeição caiu consideravelmente, conforme o Datafolha
Após essa pesquisa Datafolha de dezembro, houve uma tempestade contra Lula. Desencadeada pela Lava Jato. Houve uma série de indiciamentos do ex-presidente, de forma que pareceu uma espécie de retaliação.
Na Pesquisa Vox Populi feita simultaneamente à pesquisa Datafolha de dezembro, Lula perdia (por pouco) de Marina Silva no segundo turno. No Vox, Lula derrota a todos tanto em primeiro quanto em segundo turnos. Inclusive Marina.
Chegamos a janeiro e as pesquisas internas dos partidos e da mídia continuam brotando sem parar. Nas mais recentes, Lula aparece em nova alta em relação a todos; aos tucanos, a Bolsonaro, a Joaquim Barbosa, a Sergio Moro etc.
No Congresso, já tem parlamentar que apoiou o golpe se dizendo arrependido. Um dos golpistas mais furibundos declarou, recentemente, que se arrependeu de votar pelo impeachment porque o governo Temer seria “pior do que o governo Dilma”.
Outros parlamentares golpistas já concordam que se Lula governasse o país este não teria entrado na enrascada em que está, mas não são os parlamentares da atual Legislatura que vão decidir alguma coisa caso a democracia brasileira não seja formalmente interrompida, em um adiamento improvável, porém jamais impossível, da eleição presidencial de 2018.
Observação: coloquem FHC no cargo neste ano por via indireta para ver se ele dá ou não um jeito de conseguir se manter no cargo por no mínimo quatro anos.
Seja como for, se houver eleição daqui a menos de dois anos Lula pode chegar lá como candidato imbatível. Sim, é isso mesmo: im-ba-tí-vel
Ah, Lula vai ser preso ou estará inelegível? Você acha mesmo que é preciso lembrar isso? Acha que eu ou qualquer um que trate do assunto não sabe que tentam prendê-lo para impedi-lo de disputar 2018?
Há que ver se conseguirão condenar Lula. Podem conseguir, sim. Mas para colocarem o líder da oposição na cadeia vão ter que arrumar provas que, até o momento, não existem.
Ou alguém acha que existe alguma prova?
Nem os procuradores da Lava Jato, os acusadores formais de  Lula, afirmam que existem provas contra ele. Em setembro, o procurador da República Roberson Pozzobon, que acusa  Lula de corrupção pelo sítio em Atibaia e pelo tríplex do Guarujá, declarou:
“Não teremos aqui provas cabais de que Lula é o efetivo proprietário, no papel, do apartamento, pois justamente o fato de ele não figurar como proprietário é uma forma de ocultação.”
Onde é que se propõe colocar alguém na cadeia sem provas cabais? Só nas ditaduras.
Mas como quem pretende tirar Lula da eleição ainda não sabe como vai fazer isso por ainda não ter os instrumentos necessários, as provas, é lícito conjecturar como estará a situação política do ex-presidente em 2018.
Para o colunista da revista Veja, da Folha de São Paulo e da Jovem Pan Reinaldo Azevedo, se Lula não for preso ele vai se eleger presidente em 2018. Em seu blog, em 18 de dezembro, ele concluiu assim um artigo:
Não existe vácuo na política. Se a ideia é reduzir o país a uma grande delegacia de polícia, todos se igualam. No ambiente de terra arrasada, quem tem mais estrutura e experiência acaba obtendo vantagem ou recuperando o terreno. Agora resta à direita burra torcer para que Lula esteja preso até 2018
Se Reinaldo Azevedo acha que Lula se elege presidente em 2018 se não estiver preso ou inelegível, quem sou eu para discordar, não é mesmo? E como a Lava Jato não tem provas, segundo ela mesma, é lícito presumir que o ex-presidente tem muita chance de continuar crescendo até um ponto em que surja um clamor popular por sua volta.
A boa notícia, o que está animando setores do PT a proporem já uma terceira candidatura Lula, é que novas sondagens internas dão conta de que ele continua se fortalecendo. Pesquisas qualitativas estariam sugerindo que, conforme Temer vai se associando a má gestão, à piora da economia e à retirada de direitos, a alternativa Lula vai se tornando irresistível devido ao “recall” (recordação inconsciente) do período em que ele governava, um período de grande prosperidade que fez com que ele deixasse o poder com OITENTA POR CENTO DE APROVAÇÃO.
Para tanto, as cretinices e os planos nefandos dos golpistas vão assustando a sociedade.
Reforma da Previdência, reforma trabalhista, redução do SUS, gastos públicos congelados por 20 anos e até a tentativa canhestra de acabar com a internet de banda larga no Brasil passando a cobrar por quantidade de dados, farão Lula subir muito nas pesquisas.
Não haverá Lava Jato sem provas que consiga impedir que o povo clame pela volta do ex-presidente. E para que isso aconteça não precisa muito. Basta deixar Temer e o PSDB governarem. Eles mesmos vão convencer os brasileiros a clamarem nas ruas, nas empresas, nas escolas, na academia, pelos quatro cantos do país, que querem Lula de novo.
Lula já divulgou até a sua plataforma de governo. Se ainda não assistiu, vale assistir.

domingo, 23 de outubro de 2016

Pesquisas comprovam que perseguição a Lula gerou desconfiança


pesquisas

Sim, o título deste texto é esse mesmo que você leu. E se está surpreso, é pelo que não leu. Por exemplo, não leu as recentes pesquisas Vox Populi e CNT/MDA. Elas mostram claramente que o tempo passou a ser amigo da esquerda e inimigo da direita.

Antes do burburinho dos últimos dias sobre a possibilidade de Lula ser preso proximamente, ele vinha sendo alvo de uma campanha paulatina de enfraquecimento.

Em 26 de agosto, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente em inquérito que investiga se ele é dono de um apartamento no Guarujá (SP).  Lula foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Em 15 de setembro, o cruzado do MPF, Deltan Dallagnol, fez a apoteótica apresentação em power point colocando Lula como o grande chefe da quadrilha do petrolão, “il capo di tutti capi”.

Em 20 de setembro, o juiz federal Sergio Moro aceitou a denúncia feita pelo MPF  contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Com a decisão, Lula virou réu na Operação Lava Jato. Ele já era réu em outra ação na Justiça do DF.

Em 14 de outubro, Lula virou réu pela terceira vez. A acusação foi ter beneficiado a Odebrecht em contratos do BNDES em troca de propina. A denúncia foi aceita pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.

De agosto para cá, o ex-presidente Lula passou a ser réu em três ações penais, duas em Brasília e uma no Paraná. E foi alvo do show de Dallagnol, apresentado com pompa e circunstância pela máquina de moer global.

Enquanto isso, cresciam os boatos sobre sua prisão. Em Brasília não se falava de outra coisa: se Lula tivesse que ser preso o momento seria agora, após todos esses indiciamentos – que, em tese, deveriam fragilizar o ex-presidente – e a derrota fragorosa do PT nas urnas.

Contudo, de cerca de dez dias para cá o quadro mudou muito.

Tudo começou na sexta-feira retrasada, com a denúncia deste Blog de que o ex-presidente estava na mira imediata de Sergio Moro, que decidira aproveitar o “bom momento” para prender o ex-presidente – provavelmente, junto com Eduardo Cunha, o que tornaria a prisão de Lula mais “palatável”.

Apesar de não ter ocorrido nenhuma grande manifestação de rua, a comoção que tomou a esquerda, a direita e até a mídia diante da minha denúncia mostrou o que seria prender o ex-presidente.

Até na direita surgiram análises de que não havia nenhum “fato novo” que justificasse a prisão. Colunistas antipetistas da grande mídia como um Merval Pereira apressaram-se em “negar” a prisão iminente de Lula, demonstrando que a tese não lhes interessava.

Esse colunista e Diogo Mainardi trataram de me atacar por ter levantado essa bola…
Em seguida, duas pesquisas de fontes absolutamente independentes uma da outra mostram forte crescimento da popularidade de Lula. Uma feita pelo instituto Vox Populi e outra do instituto MDA, feita para a Confederação nacional dos transportes.

Nas duas pesquisas, o resultado foi surpreendente. E, em ambas, Lula vence todos os adversários no primeiro turno.

Na pesquisa Vox Populi, Lula vence o primeiro turno com 35% se adversário tucano for Alckmin (12%) e com 28% se for Aécio. Na pesquisa CNT/MDA, Lula vence o primeiro turno com 25,3% se o adversário tucano for Alckmin e com 24,8% se for Aécio.

O mais interessante é que as pesquisas vinham dando derrota de Lula para todos os candidatos (Marina, Alckmin, Aécio) no segundo turno e agora, justamente na pesquisa dos antipetistas da CNT, o mesmo Lula está em empate técnico com os adversários.

Lula empata tecnicamente com Aécio e Marina no segundo turno, segundo a CNT/MDA. Essa pesquisa não mensurou a disputa em segundo turno entre Lula e Alckmin e suspeita-se de que é porque Lula venceria.

Vale notar que Vox Populi e CNT/MDA são identificadas, respectivamente, com petistas e antipetistas. Vox Populi é considerado um instituto “petista” e as pesquisas feitas para a Confederação Nacional dos Transportes, do proto-tucano Clésio Andrade, são consideradas “antipetistas”.

Para a Lava Jato, esses números são terríveis. Mostram que as pessoas estão se solidarizando com Lula pelos ataques que vem sofrendo e pela virulência ditatorial dos processos contra si.

Se Lula, apesar do linchamento na mídia sob cortesia da Lava Jato, está ganhando eleitores e já tem metade dos votos válidos em todas as simulações de segundo turno, essa metade do eleitorado brasileiro deve achar que Moro e sua trupe não provaram nada com suas apresentações canhestras em power point.

O crescimento da popularidade de Lula também frustra a percepção de que este seria um “bom momento” para prendê-lo, pois está claro que, apesar do linchamento midiático, a opinião pública está achando que estão querendo impedi-lo de ser presidente de novo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Vox: 79% dos brasileiros defendem o Fora, Temer

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Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira pela revista Carta Capital, revela que 61% dos brasileiros querem novas eleições e 18% defendem que a presidente Dilma Rousseff retorne e conclua seu mandato; do total, apenas 17% dos brasileiros querem que o golpe seja confirmado pelo Senado, com Michel Temer permanecendo na presidência até 2018; como o plebiscito por reforma política e novas eleições depende da rejeição ao impeachment, os senadores, se quiserem ouvir as ruas, terão que rechaçar o relatório Anastasia 

247 - Uma pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi e divulgada nesta sexta-feira 5 pela revista Carta Capital aponta que 61% dos brasileiros querem novas eleições presidenciais antes de 2018.
Segundo o levantamento, 18% defendem que a presidente Dilma Rousseff retorne ao poder e conclua seu mandato. Sua maior base de apoio continua no Nordeste, onde 32% defendem que seu retorno seria o melhor para o País.

Do total de 1.500 entrevistados, apenas 17% querem que o golpe seja confirmado pelo Senado, com Michel Temer permanecendo na presidência até 2018.

Como o plebiscito por reforma política e novas eleições depende da rejeição ao impeachment, os senadores, se quiserem ouvir as ruas, terão que rechaçar o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), aprovado pela comissão do impeachment nesta quinta.

A amostra foi realizada em 97 municípios de todo o Brasil, entre 29 de julho e 1º de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Confira aqui a íntegra do relatório da pesquisa.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Pesquisas mostram que o golpe irá gerar convulsão social


pesquisa

Por mais que a confirmação do impeachment de Dilma Rousseff seja prejudicial à democracia, seu principal efeito deletério não seria contra ela, mas contra seus algozes. É o que mostra a 5ª rodada da Pesquisa CUT / Vox Populi, divulgada nesta semana.
Vale rever os critérios da sondagem.
  1. Objetivos: Os objetivos da 5º rodada da pesquisa CUT/Vox Populi, realizada em junho de 2016, foram avaliar sentimentos e opiniões da população brasileira a respeito do governo de Michel Temer e seus primeiros atos como presidente interino.
  2. Metodologia: A pesquisa foi feita de acordo com a técnica de survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa da população.
  3. Data de campo: Os trabalhos de campo foram realizados entre os dias 07 e 09 de junho de 2016.
  4. População pesquisada: População brasileira com idade superior a 16 anos, residente em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal, em áreas urbanas e rurais, de todos os segmentos socioeconômicos e demográficos.
  5. Amostra: Foi adotada uma amostra estratificada por cotas, com o total de 2.000 entrevistas, para obter representatividade para o conjunto do Brasil. As cotas utilizadas para a seleção dos entrevistados foram de gênero, idade, escolaridade, renda familiar e situação perante o trabalho, sendo calculadas proporcionalmente a cada estrato de acordo com os dados do IBGE (censo de 2010 e PNAD 2013).
  1. Margem de erro: A margem de erro, para o total do estudo, é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
As conclusões da pesquisa são avassaladoras para o presidente de facto do Brasil. E para quem não gosta do instituto Vox Populi por considerá-lo “petista, vale informar que suas conclusões são quase idênticas às de recente pesquisa MDA feita para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), entidade declaradamente antipetista.
Tanto a pesquisa CUT / Vox Populi quanto CNT / MDA mostram Temer com 11% de aprovação, ou seja, com o mesmo percentual de Dilma. Os dois institutos detectaram que a sociedade acha que a corrupção será igual ou maior sob Temer, que a economia vai piorar e que o impeachment não resolverá nada. Tanto MDA como Vox Populi mostram forte pessimismo da população.
A seguir, o resumo da pesquisa CUT / Vox Populi para comparação com a pesquisa CNT / MDA
67% dos brasileiros avaliam de forma negativa o governo interino do vice-presidente, Michel Temer, 32% acham que ele é pior do que esperavam e o futuro não é nada animador: o desemprego vai aumentar (52%), os direitos trabalhistas (55%) vão piorar e medidas como idade mínima para aposentadoria vão prejudicar muita gente (77%). Essas são as principais conclusões da última pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 7 e 9 de junho.
Para 34% dos entrevistados o desempenho de Temer é negativo – 33% acham que é regular, 11% positivo e 21% não souberam ou não responderam. O Nordeste é a Região do País onde o vice tem pior avaliação – 49% negativo, 41% regular e 10% positivo. Em segundo lugar vem o Sudeste com 45% negativo, 42% regular e 13% positivo. No Centro-Oeste, 39% consideram o desempenho negativo, 43% regular e 18% positivo. No Sul, 31% negativo, 45% regular e 24% positivo.
Os trabalhadores e os mais pobres serão mais prejudicados
Com um mês de governo interino, pioraram todos os percentuais de avaliação sobre a gestão golpista com relação a classe trabalhadora e as pessoas que mais necessitam de políticas públicas para ter acesso à saúde, moradia, educação e alimentação digna.
Para 52% dos entrevistados, o desemprego vai aumentar – o percentual dos que acreditam que vai diminuir e dos que acham que não vai mudar empatou em 21%.  Na pesquisa anterior, realizada nos dias 27 e 28/4, 29% acreditavam que o desemprego iria aumentar; 26% que iria diminuir e 36% que não ia mudar.
Ainda com relação a pesquisa anterior, aumentou de 32% para 55% o percentual dos que acreditam que o respeito aos direitos dos trabalhadores vai piorar. Para 19% vai melhorar e 20% acreditam que não vai mudar.
Aumentaram também as expectativas negativas com relação aos programas sociais em relação a pesquisa feita em abril. Antes, 34% achavam que com  Temer na presidência os programas iriam piorar. Agora, são 56%.
O percentual dos que acreditavam que ia melhorar variou um dígito apenas – de 19% para 18%; e dos que acreditavam que não ia mudar que era de 36% caiu para 19%.
Foram consideradas ruins porque prejudicam a maioria das pessoas, as propostas de Temer de aumentar a idade mínima para aposentadoria (77%), a diminuição de verbas do Programa Minha Casa Minha Vida (54%) e a diminuição do número de pessoas que recebem o Bolsa Família (48%).
Acabar com o monopólio da Petrobrás no Pré-Sal e aumentar a privatização de empresas e de concessões de rodovias e aeroportos foram consideradas ruins porque prejudicam o Brasil para 50% dos entrevistados. Para 31% a questão da privatização e das concessões é uma medida necessária e não vai prejudicar o país, outros 19% não souberam ou não responderam. Quanto ao Pré-Sal, 25% acham que não vai prejudicar o país e 25% não souberam ou não responderam.
Temer é pior do que as pessoas esperavam
Para 32% dos entrevistados na pesquisa CUT-Vox Populi, Temer é pior do que esperavam. Empatou em 16% o percentual dos que acham que ele é tão ruim quanto achavam que ia ser e dos que consideram que ele é melhor do que esperavam. Só 7% acham que ele é tão bom quanto esperavam que ia ser e 29% não souberam ou não responderam.
Com relação ao combate a corrupção, 44% acham que vai piorar, 26% melhorar e 25% que não vai mudar. A equipe de ministros de Temer é considerada negativa por 36% dos entrevistados – 32% acham que é regular e 11% positiva. Para 33% foi um erro grave o governo interino não nomear nenhuma mulher, 30% acham que foi um erro, mas não muito grave e 30% que é normal.
O impeachment é a solução para o país?
O percentual de brasileiros que NÃO acreditam que a cassação de Dilma seja a solução para os problemas econômicos do Brasil aumentou para 69%. Na pesquisa CUT-Vox Populi, realizada em dezembro, o percentual era de 57%¨. Nos levantamentos feitos em abril, o índice foi de 58% (9 e 12/04) e 66% (27 e 28/04).
Para 26% o golpe é a solução. Nas pesquisas anteriores, os percentuais foram de 34% (dezembro), 35% 9 de abril e 28% em 27 de abril.
Antecipação da eleição presidencial
A grande maioria dos brasileiros quer eleição já para Presidente da República. 67% dos entrevistados acham que o Brasil deveria fazer uma nova eleição para presidente ainda este ano. 29% não concordam com uma nova eleição e 4% não sabem ou não responderam.
A percepção das pessoas de que suas vidas irão piorar vista nas duas pesquisas não leva em conta quanta piora haverá porque a esmagadora maioria nem imagina o que Temer está planejando. Se a sociedade soubesse do “teto” de gastos públicos que o governo de facto está preparando, haveria uma revolução.
O Brasil não cabe no teto de gastos de Temer. Os economistas dele querem reduzir o tamanho do governo federal em 30% nos próximos 20 anos. É o que diz a versão mais radical e duradoura para esse limite de gastos, o “teto”.
Temer enviará um Projeto de Emenda Constitucional ao Congresso nesta semana propondo tais medidas. Na versão mais nefasta desse plano, a despesa do governo chegaria a 2036 no mesmo nível de 1997.
Essa medida dá uma ideia de quais são os planos do governo golpista para a redução do deficit e, ainda, da sua intenção de reduzir o tamanho do Estado.
O “teto” temerário vai limitar o crescimento anual da despesa do governo ao valor da inflação do ano anterior. Ou seja, em termos reais, o gasto fica praticamente congelado no valor despendido neste ano.
Para que se possa mensurar o tamanho do estrago, o “teto” atingirá, prioritariamente, Previdência, Saúde e Educação, mas todas as demais despesas federais serão asfixiadas. O teto criaria uma situação inviável.
Essa fixação do “teto” é explicada pelos economistas de Temer como medida para que o governo faça mais com menos, seja mais eficiente. Porém, é um crime o que ele está fazendo. O país é desigual e pobre demais em renda e em iniciativas privadas de infraestrutura. Insistir no congelamento de gastos públicos por 20 anos é um plano deliberado de diminuir o tamanho do Estado e, assim, favorecer a privatização de serviços públicos.
Tudo isso cairá como uma bomba entre os setores da sociedade que precisam do Estado. Irá gerar uma “guerra civil”. A instabilidade política só tende a aumentar.
Mesmo a classe média-média nem sonha com medidas que vão impedir valorização dos salários e aumento do emprego formal. E muito menos com medidas que vão extirpar direitos trabalhistas.
As pesquisas citadas mostram, portanto, que, se o impeachment de Dilma se confirmar, pode ocorrer uma forte convulsão social no país.
Se antes mesmo de as medidas de Temer começarem a surtir efeitos a visão da sociedade sobre seu governo já está desse jeito, imagine, leitor, o que acontecerá quando as pessoas começarem a sentir esses efeitos.
O principal efeito do “teto” de Temer será piora na Saúde e na Educação. Pessoas que estão em vias de se aposentar, não vão conseguir. Os salários vão cair, muita gente vai ter que aceitar emprego sem registro em carteira.
A desidratação de programas sociais vai gerar aumento da violência e da criminalidade.
As pesquisas supracitadas comprovam a previsão de uma convulsão social no país. Muitos pensaram que o impeachment resolveria tudo, que traria de volta o bem-estar social da era Lula. Muito pelo contrário. Produzirá saudade dos governos do PT.
É por isso que o partido já está achando bom que o Congresso confirme o impeachment de Dilma. Deixar a direita governar é o melhor meio de pavimentar o caminho da esquerda em 2018. E agora temos até pesquisas a apoiar essa tese.
E você, o que acha? É melhor mesmo Temer ficar no cargo e afundar a direita, já que falta pouco para 2018 e até lá os golpistas se enforcarão sozinhos? Ou será que a democracia é mais importante e, assim, ele não pode ficar no cargo?

terça-feira, 14 de junho de 2016

VOX/CUT: 67% dos brasileiros rejeitam Temer

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vox Populi sugere que instituto Sensus cometeu crime eleitoral

A edição do Jornal da Record de 13 de outubro divulgou pesquisa Vox Populi que foi a campo nos dias 11 e 12. Dilma Rousseff tem 45% dos votos absolutos e 51% dos votos válidos; Aécio Neves tem 44% no primeiro caso e 49% no segundo.
48 horas antes – na noite de sábado, 11 –, o instituto Sensus publicou pesquisa que mostrou Aécio com 52,4% dos votos absolutos e 58,8% dos votos válidos, e Dilma com 36,7% dos votos absolutos e 41,2% dos votos válidos.
Em votos válidos, são 17,6 pontos de diferença de Aécio para Dilma; no instituto Vox Populi, são 2 pontos de vantagem de Dilma sobre Aécio.
Quem está mentindo? Matéria publicada no mesmo dia no portal do jornal Mineiro O Tempo dá uma dica: o Sensus usou proporção incorreta de cidades onde Aécio venceu no primeiro turno. Ele venceu em 1/3 dos municípios brasileiros e Dilma, em 2/3. Mas o instituto usou amostragem com metade dos municípios em que o tucano venceu.
No primeiro turno, Dilma venceu em 3.648 municípios, enquanto Aécio ficou à frente em 1.821 cidades, e Marina obteve melhor votação em 99 municípios. Ou seja: Dilma venceu em 65,51% dos municípios, enquanto Aécio venceu em 32,70% e, Marina, em 1,77%.
No levantamento da Sensus, no entanto, das 136 cidades escolhidas, 66 deram vitória à presidente no primeiro turno, enquanto 61 deram vitória ao PSDB e 9 ao PSB. Portanto, na amostra do instituto, 48,52% das cidades foram “dilmistas” no primeiro turno, 44,85% foram aecistas e 6,61% preferiram Marina.
O caso é muito grave. Falsificação de pesquisas eleitorais é crime punível com prisão e multa. Essa situação tem que ser esclarecida. O Ministério Público Eleitoral ou a campanha de Dilma Rousseff deveriam propor uma investigação. Mesmo que não ocorra antes da eleição, Isso tem que ser esclarecido.
Não se consegue conceber que se possa promover algo como falsificar com tal suposta grosseria uma pesquisa que pode influir decisivamente em um processo eleitoral, como já ficou sobejamente provado em estudos de politólogos eminentes como Carlos Alberto de Almeida, autor de “A Cabeça do Eleitor”.
Este Blog e a ONG Movimento dos Sem Mídia aguardarão os fatos. Alguém tem que tomar essa atitude em nome da cidadania brasileira.
Não se pode aceitar que promovam uma trapaça dessa magnitude em nosso país. Não somos uma república bananeira. Até parece que somos, mas não somos. Dilma não pode permitir que pesquisas fajutas elejam Aécio fazendo os brasileiros de trouxas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ibope (e companhia) versus Vox Populi: alguém está mentindo

Investimento estrangeiro ignora as advertências de Marina, Aécio e do glorioso jornalismo de economia e bate recorde de aquisição de ações no Brasil: R$ 21 bilhões até a semana passada

Nova Política? Nesta 3ª feira, Marina subiu no palanque em SC para pedir voto ao filho do banqueiro Jorge Bornhausen; o patriarca que hoje a apóia é a mesmo que em 2005 queria acabar com essa raça do PT

Três pesquisas divulgadas nesta 3ª feira consolidam as curvas em cruz esboçadas que já contagiam o segundo turno: Dilma em alta; Marina em baixa.

Ibope: aprovação ao governo Dilma cresce mais dois pontos; 39% o consideram ótimo e bom, diz o Ibope, e 33%, regular; apenas 28% concordam com a avaliação da mídia, de Marina e Aécio, de que o Brasil está péssimo.

Alô, Míriam Leitão: até o ortodoxo BCE já admite que a a zona do euro está em ponto morto e precisa de estímulos monetários, fiscais e de investimentos,tudo junto, para enfrentar a estagnação.

Nos EUA, vendas de imóveis usados registram queda de 1,8% em agosto.

Candidata eólica: os ventos mudam e...Marina agora aceita fazer dobradinha com Alckmin.
  
Site Carta maior
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Blog cidadania 

Graças à divulgação da pesquisa Vox Populi na rodada de pesquisas eleitorais desta semana, foi possível chegar a uma conclusão inevitável: alguém está mentindo sobre os números de Marina Silva e Dilma Rousseff recém-divulgados por esse e outros institutos.

Na terça-feira (23), foram divulgadas as pesquisas CNT/MDA, Vox Populi e Ibope. Os dois primeiros institutos foram a campo no sábado (20) e no domingo (21) e o terceiro, com maior amostragem de eleitores, também no dia 22.

O instituto MDA ouviu 2002 eleitores, o Vox Populi 2000 eleitores e o Ibope, 3010 eleitores.
MDA e Ibope apuraram números muito parecidos tanto no primeiro quanto no segundo turnos, mas o Vox Populi apurou percentuais fora das margens de erro desses institutos.
Para entender, veja o gráfico abaixo



Como se vê, o percentual de Marina em primeiro turno no Vox Populi está fora da margem de erro do MDA e do Ibope. Na banda inferior da margem de erro desses dois institutos, Marina poderia ter 25,2% no MDA e 27% no Ibope, mas, no Vox Populi, ela aparece com 22% e, na banda superior da margem de erro desse instituto, poderia ter, no máximo, 24,2%.

Já o problema no segundo turno afeta Dilma, em vez de Marina. Na banda superior da margem de erro do Ibope, a presidente poderia ter 43%, mas, no Vox Populi, Dilma aparece com 46%. Na banda inferior da margem de erro deste instituto, porém, só poderia ter 44%.

Agora façamos uma “conta de português”. O TSE estima o eleitorado brasileiro em 140 milhões de eleitores. Cada ponto percentual, portanto, vale cerca de 1 milhão e 400 mil eleitores.

A diferença fora da margem de erro do percentual de Marina no primeiro turno do MDA para o primeiro turno do Vox Populi, é de 1,2 ponto percentual, ou 1,68 milhão de votos. Já a diferença entre Vox Populi e Ibope é de 2,8 pontos percentuais, ou 3,92 milhões de votos.

No segundo turno do Ibope, a diferença fora da margem de erro de Dilma para o Vox Populi é de 1 ponto percentual, ou 1,4 milhão de eleitores.

A diferença de 1 ou 3 pontos percentuais pode parecer pequena, mas há que levar em conta que estamos fazendo o cálculo FORA da “margem de erro”, ou seja, estatisticamente a diferença é significativa, fora da metodologia proposta pelos institutos conflitantes.

Além disso, há o fato clamoroso de que no resto dos números (ou na maioria dos números) os três institutos concordam. Nos números de Marina no primeiro turno e nos de Dilma no segundo, portanto, ocorrem exceções.

Por que só nesses pontos há discordância?

Vale lembrar, aqui, a lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, Artigo 33, § 4º : A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR

Caso ainda não tenha me feito entender, reproduzo, abaixo, matéria do portal IG de 12 de maio de 2010.
clique na imagem abaixo para visitar o site original da matéria


O que gerou a investigação que a matéria acima informa foi justamente esse tipo de “diferença”.

A análise da denúncia feita por este Blog em 2010 ficou a cargo da vice-procuradora-geral de então, doutora Sandra Cureau, quem, há época, muitos diziam ser “tucana”. Hoje, o vice-procurador-geral-eleitoral é o doutor Eugênio Aragão, a quem não se atribui esse tipo de inclinação política, por assim dizer.

Talvez alguns leitores não tenham entendido o recado, mas os institutos de pesquisa por certo entenderam.

Senão, serei mais direto: qualquer cidadão pode representar à Procuradoria pedindo uma investigação como a de 2010. Um cidadão como este que escreve, por exemplo.

Como dizem em espanhol, portanto, ¡Ojo, señores!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

VOX ABRE POSSIBILIDADE DE DILMA EM PRIMEIRO TURNO