Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador silencio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador silencio. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 15 de julho de 2013

PML: "DILMA ESTÁ SENDO ESFAQUEADA PELAS COSTAS"

terça-feira, 9 de julho de 2013

A sentença que condena a ladra da Globo condena o país do medo



O jornalismo independente fez, com méritos e sacrifícios, a sua parte.
Desde que, há duas semanas, O Cafezinho, blog de Miguel do Rosário, levantou o caso da sonegação de impostos da Rede Globo, estamos trabalhando sozinhos para descerrar o véu de silêncio e cumplicidade que se formou em torno de um escândalo que, em qualquer país do mundo, teria repercussão semelhante à que teve o caso Murdoch na Inglaterra.
Qualquer país do mundo, menos o Brasil, onde todos se vergam ao poder imperial da Rede Globo.
Onde estão os senhores deputados, os senhores senadores, a Polícia Federal, o Ministério Público do Dr. Roberto Gurgel, com todos os seus poderes garantidos pela derrota da PEC 37, pela qual fizeram tanto alarde?
Onde está a imprensa brasileira, os profissionais que enchem a boca para falar que é o Estado e não o interesse patronal quem os quer censurar?
Desapareceram, como o processo da Globo?
Aí está o caso, nu e cru: uma funcionária da Receita Federal condenada por furtar um processo de sonegação de mais de R$ 600 milhões da mais importante empresa de comunicação do país.
Agora estão explicados os sete anos no limbo do “em trânsito” com que o processo constava no protocolo da Receita.
Aí está a resposta do “onde está o Darf?” que a Globo se negava a mostrar.
Aí está a vergonha de um país onde o poder do Império é maior do que o da República e torna legítimo que uma empresa concessionária de serviços públicos corrompa com uns trocados uma servidora desonesta e, assim, faça sumir R$ 600 milhões de dinheiro que deveria estar nos cofres públicos, pagando a saúde, a educação, o transporte que este câncer da comunicação alardeia defender e mostra mocinhas de rosto sorridente a exibir o pedido, nos estádios de futebol.
Todos têm medo.
Quase todos.
Nós, os blogueiros ditos “sujos”, não.
E estamos entregando ao país os documentos que provam o que todos sabiam e só nós dissemos.
Aí está, abaixo, a sentença.
A esta altura, numa democracia, dezenas de jornais e emissoras de televisão estariam postadas à porta da casa da corrupta condenada e à porta da corruptora que a fez delinquir, com câmara e microfones ávidos por desvendar o caso até o fim.
Aqui, não.
Porque o Brasil será sempre uma subdemocracia enquanto a coluna de nossas instituições e de nossos homens públicos estiverem vergadas ao poder do Império.
Enquanto frequentarem os seus camarotes em lugar de faze-los frequentar os tribunais, pelos crimes que cometem.
Derrubamos a Ditadura, é certo. Mas não o Império.
Ainda não somos uma República, portanto, onde todos somos iguais perante a lei.

Por: Fernando Brito

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Merval ataca livro na CBN. E “Privataria” vende, vende…


Acabo de ouvir o “debate” entre o imortal Merval Pereira e o âncora Carlos Alberto Sardemberg sobre o livro de Amaury Ribeiro Júnior na rádio CBN.
“A privataria tucana” é desqualificado como livro e seu autor acusado de ter sido um violador de sigilos fiscais dos parentes de José Serra, embora não haja ali um dado fiscal relativo a eles e todos os documentos sejam da CPI do Banestado, da Junta Comercial de São Paulo e de cartórios.
A argumentação sobre o livro é, basicamente, a seguinte:
1- Amauri não prova a ligação das boladas transferidas do exterior com a privatização das empresas públicas feitas no Governo FHC;
2- Não é crime ter empresas em paraísos fiscais, porque grandes empresas, como a Petrobras – que teria uma empresa na Holanda -  as possuiriam também, para agilizar seus negócios e
3-As privativações já teriam recebido um atestado de honestidade pelo TCU, pela Justiça e pelas CPIs que as investigaram.
Ah, e um argumento pleno de “mérito”: as denúncias não seriam novas e Amaury é um homem processado por violação de sigilo.
Bem, de fato, não são novas. Porque faz anos que todos sabem, a começar pela grande imprensa, que as privatizações estiveram eivadas de pressões e negociações obscuras, “no limite da responsabilidade” como disse um de seus personagens.
O que o livro de Amaury Ribeiro faz de novo é provar, através de documentos, que existem situações inexplicáveis envolvendo seus personagens – e é bom lembrar que é o próprio FHC quem disse que ninguém fez mais pressão para privatizar a Vale e a Light que José Serra.
De fato, o livro não traz uma fotografia de alguém pegando um maço de dinheiro como nos panetones de Arruda. Até porque o montante dos negócios da privatização não era de milhões, mas de bilhões e não envolvia pequenos fornecedores, mas gigantes internacionais. Mas mostra o mecanismo usado para transferir recursos entre os beneficiários da venda das empresas e os supostos facilitadores do negócio.
Quanto a ter uma empresa em paraísos fiscais, é claro que muitos podem ter, seja uma empresa que faz negócios internacionais sejam aqueles que, por outras razões, as desejem ter, como fez o sr. Paulo Maluf nas Ilhas Jersey. Seria o caso de saber se Sardemberg e Mercal seriam tão compreensivos se, por exemplo, a filha da então candidata Dilma tivesse uma delas, nas Ilhas Virgens.
Mas é intrigante e todos gostariam se saber destes atestados de honestidade e, sobretudo, das CPIs que investigaram as privatizações federais. Devo ter deixado de ler os jornais. Ao contrário, só soube que a CPI do Setor Elétrico foi enterrada por um acordão entre o PT, o DEM, o PSDB e o PMDB, além de pequenos partidos. A CPI da Vale, solicitada pelo Deputado Brizola Neto, não alcançou número para ser instalada e a da Telefonia…alguém viu?
Quanto ao fato de Amaury estar sendo processado por uma quebra de sigilo que ele nega e da qual não resultou exposto nenhum documento protegido por este segredo legal isso, no máximo, o igualaria à filha de José Serra, que também responde por quebra de sigilo – este, bancário – não de algumas ,mas de 60 milhões de pessoas e que, com provas categóricas, como a reportagem da Folha mostrada aqui, expuseram o que não tinham direito legal de expor.
Mas, como é fácil compreender, Merval e Sardemberg não tem limites quando se trata de defender as privatizações e José Serra. Não se ia esperar mesmo deles uma análise ponderada dos fatos. Mas, sim, uma visível “tabelinha” para desmoralizar o livro.
O problema é que, justamente por isso, “A Privataria Tucana” não pára de vender, mais e mais. Recebo uma informação da Geração Editorial de que já não são mais 100 mil, mas 120 mil os exemplares da tiragem até agora mandada rodar.
Repercussão que já cruzou o Atlântico e bateu lá no jornal português Ionline, cuja matéria ilustra o post e pode ser lida, em pdf, aqui.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tijoolaço pauta a Folha: investigue a filha do Cerra !


O Tijolaço do destemido Fernando Brito publicou dois posts muito interessantes sobre o Otavinho.

Clique aqui para ver “Privataria”, o filme, onde Mein Fuhrer cita o Otavinho.

(Enquanto isso, na seção Ilustrada (?) ele continua de plantão na porta do Sírio, para dar a notícia final …)

Esse Otavinho …, não é Brito ?

Apertem os cintos: o livro sumiu!


Os leitores viram, o Tijolaço reproduziu no dia 12, o Nassif no dia 15, quinta feira: “A privataria tucana” era o primeiro na lista dos livros mais vendidos na Livraria da Folha e ambos reproduzimos a imagem.

"Privataria", em dois dias, sumiu da lista dos mais vendidos na Folha


Porque, oh, que surpresa,  o livro desapareceu! Das prateleiras, onde é difícil encontrar um que seja para levar na hora?


Não, não, da lista dos mais vendidos, onde era o primeiro, na quinta-feira.


Não caiu para segundo, não caiu para terceiro: apenas sumiu. Entrou na lista o livro do FHC!


Em outras livrarias, como a FNAC, o livro, “devido ao grande sucesso”, só está sendo vendido por reserva.

...embora continue "bombando" na FNAC: só vendem por encomenda


A coisa na Folha é tão feia que nem mesmo nas duas  subpáginas “Literatura e biografias > Gêneros literários > Livro-reportagem” , o livro de Amaury


Ribeiro Jr. está listado, e é essa a classificação que tem, porque na busca por título você ainda o encontra no site.


Pelo visto, por enquanto.


Depois da “ditabranda”, é o primeiro caso de “Index Librorium Prohibitorium”.


Uma pauta da Folha para a Folha

Como hoje a ombusdman da Folha, ao elogiar a atitude do jornal – vários dias depois – de registrar o lançamento de “A Privataria Tucana” que teria, segundo ela, esgotado os seus “alegados 15 mil exemplares” (alegados, embora seja o primeiro colocado em vendas na própria Livraria da Folha) e diz que a redação está esperando “fatos novos” para publicar algo mais que o mero registro que fez, tomo a liberdade de dar uma “mãozinha” à reportagem da Folha, desinteressada e gratuitamente.


Que tal começarmos pelo fato de que a Folha publicou, no dia 30 de janeiro de 2001, um levantamento dos deputados e autoridades que tinham cheques sem fundos anotados no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos, o CCF, do Banco Central, que é protegido por sigilo e inúmeras exigências de comprovação de identidade para ser consultado.


Para ajudar o pessoal da Folha, reproduzo, além do link, a imagem da matéria.


Para ajudar a Folha, que não deve ter conseguido  um dos alegados 15 mil exemplares do livro do Amaury Ribeiro, informo que, por  esta quebra de sigilo, Verônica Allende Serra está processada na 3ª Vara Criminal de São Paulo, por um suposto convênio (?) com o Banco do Brasil, que lhe teria transferido os dados de 60 milhões de correntistas. Já naquele dia o jornal tinha ciência e escreveu que essa divulgação era irregular. Ter o cadastro, também.


É informação, não sei se perceberam, das mais relevantes. Eu, por exemplo, como correntista do BB há quase 20 anos, gostaria de saber se consto lá. Você, leitor ou leitora, correntista de qualquer banco à ocasião, também, porque o CCF era operado pelo Banco do Brasil. Porque, mesmo correndo o processo em sigilo de justiça – para não ampliar o estrago da violação de sigilo bancário, parece-me que cada correntista à época tem o direito de ter acesso aos dados, para saber se sua intimidade foi violada e mover a competente ação de dano moral.


Nem foi informado aos leitores que a Decidir.com tinha como diretora a sra. Verônica Allende Serra,  que tinha se tornado dirigente da empresa apenas 20 dias depois de ela ter sido criada, dia 8 de fevereiro de 2000, por um grande advogado na área de fusões e aquisições, o Dr. José Roberto de Camargo Opice, com o modestíssimo capital de R$ 100 e o nome de BelleVille. E que ela, cuja chegada coincidiu com a elevação do capital para R$ 5 milhões,  se retira da empresa apenas um mês depois deste vazamento, não sem antes ter promovido a mudança de objeto da empresa para concessão de crédito a Oscip (ONGs)…


Muito menos foi publicado pela que a Decidir.Com virou Decidir Brasil  Limitada, com capital de R$ 10 milhões, 99,99% pertencentes à Decidir.Com  Iinternational Limited, a empresa onde, como mostram os documentos do livro de Amaury Ribeiro Júnior. Verônica Serra e sua xará Verônica Dantas Rodemburgo eram sócias.


O competente corpo de repórteres da Folha também será capaz de descobrir que a Decidir Brasil  Limitada foi incorporada pela Equifax Brasil, controlada por uma grande multinacional, a Equifax, de Atlanta, Geórgia , Estados Unidos.


E que a Equifax passou a ser controlada pela Boavista Serviços SA,  um empresa formada pela Associação Comercial de São Paulo – que indica seus conselheiros, entre eles o ex-secretário de José Serra e vice de Geraldo Alckmin, Guilherme Afif Domingues. Portanto, a cadeia, se me perdoam a expressão, de responsabilidades empresariais da Decidir.Com   irradia-se aos proprietários das empresas que sucessivamente a absorveram.


A Boavista é  operada pela TMG, um fundo de investimentos que, até 2009, tinha como controlador a homônima TMG Capital Partners.


Que fica…ah, sim, no Vanterpool Plaza, 2° andar, Wickhans Cay I, Road Town, na famosa Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.


Se a redação da Folha, como disse à ombudsman, está trabalhando duro para obter fatos novos, fica aí a dica, que tomou só uma manhã. Ainda dá tempo de recuperar a falha – sem trocadilho – da matéria de 2001, telefonando para D. Verônica Serra e perguntado como a empresa conseguiu os dados do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo do Banco Central e qual foi o curto-circuito que  os colocou na internet, expostos à curiosidade pública, inclusive dos repórteres da própria Folha.


PS. De novo, nada do que foi dito aqui é senão o que está escrito nos arquivos da Junta Comercial de São Paulo. É só se cadastrar em  www.jucesponline.sp.gov.br e fazer a pesquisa.

Sensacional ! “Privataria”- o filme

O Conversa Afiada recebeu um presente de Natal do amigo Cloaca, um blog sujíssimo:

Caríssimo Paulo Henrique,

A Privataria Tucana já chegou ao cinema. Confira aqui no Cloaca News.

Grande abraço do

Sr. Cloaca

Nem o PiG salva Mein Fuhrer

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

No fundo do La Casserole

O La Casserole, que recebeu ontem, em hora indigesta, Ricardo Sérgio e altos tucanos

A jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor, é a primeira, nos grandes jornais, a escrever, pondo o nome embaixo, que a imprensa está boicotando não apenas o livro, mas o tema trazido, de novo, à tona, pelo A Privataria Tucana.
O seu artigo, exclusivo para assinantes na página do jornal, foi reproduzido aqui.
Merece aplauso, e não há reparo algum a fazer na sua conclusão que não é apenas o tucanato que se escafede do tema.
Mas merecem destaque algumas informações, sabidas e esquecidas,  que ela publica, sem medo de patrulhas.
Por exemplo, que uma única operação da Polícia Federal achou US$ 30 milhões mandados para fora por contas CC-5, um dos portões apontados por Amaury.
Ou que o impasse sobre acusações a Gustavo Franco e a Henrique Meirelles fez empacar a CPI do Banestado, cujos documentos, em parte,  por uma destas circunstâncias que se pode atribuir à Providência, vieram às mãos de Amaury Ribeiro, justamente por ter de responder ao processo que lhe moveu Ricardo Sérgio de Oliveira, o homem a quem a Veja chamou de “coletor” das campanhas de José Serra.
E, como noticiar fatos não ofende, publica também que, nestes indigestos dias, reuniram-se ontem num dos mais bem afamados restaurantes franceses da Paulicéia, o La Casserole, o indigitado Ricardo Sérgio, o chefe da Casa Civil do governo FHC, Clóvis Carvalho, e José Carlos Dias, ministro da Justiça efeagáciano e parceiro em muitas causas de Arnaldo Malheiros, advogado de José Serra.
Como disse Paulo Preto, não se abandona um amigo na beira da estrada.
PS. A blogosfera, como diz Fernandes, está realmente  dedicando um tempo imenso ao livro do Amaury. Pudera, com todas as nossas limitações – será que alguém imagina que um blogueiro possa pegar o telefone e pedir uma entrevista a estes personagens, como podem fazer os repórteres de jornal ? – estamos tentando apurar e revelar os fatos que a grande imprensa segue mantendo nas sombras.

Livro e imprensa: um ponto de ruptura

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Esta semana marca um ponto de ruptura da imprensa brasileira tradicional, aquela chamada de circulação nacional. O fato de os principais jornais do país haverem ignorado o tópico mais divulgado na internet – o livro que denuncia atividades criminosas atribuídas a familiares e pessoas próximas do ex-governador José Serra – representa uma declaração pública de que a imprensa tradicional não considera relevante o ambiente midiático representado por blogs, sites independentes de empresas de mídia e grupos de discussões nas redes sociais.

A fidelidade canina das grandes empresas de comunicação ao político Serra é um caso a ser investigado por jornalistas e analisado por cientistas políticos. Na medida em que essa fidelidade chega ao ponto de levar as bravas redações – sempre animadas para publicizar toda espécie de malfeitoria envolvendo protagonistas do poder – a fingir que não tem qualquer relevância o fenômeno editorial intitulado A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., cria-se um precedente cujas consequências não se pode ainda avaliar.

Por iniciativa da imprensa tradicional, aprofunda-se o fosso que a separa da mídia alternativa.

Debate aberto

Não que tenha arrefecido o ímpeto dos jornais por dar repercussão a todo tipo de denúncia: estão nas primeiras páginas, nas edições de quinta-feira (15/12), o ministro Fernando Pimentel, o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz e o publicitário Marcos Valério.

Cada um desses personagens tem uma história a explicar para a sociedade, mas a imprensa, ao proceder com tão escancarado desequilíbrio nos critérios de edição, se desqualifica como meio legítimo para mediar a questão com a sociedade.

Não se pode escapar à evidência de que a imprensa realiza um esforço corporativo para apresentar ao seu público um cardápio restrito de escândalos, quando o prato mais apetitoso vende milhares de exemplares de livros, produz um mercado paralelo de cópias piratas e manifesta o desejo do público de saber mais.

O silêncio da imprensa prejudica as chances do ex-governador José Serra de contestar as acusações apresentadas no livro contra sua filha, seu genro, o coordenador de suas campanhas eleitorais e outros personagens ligados ao seu núcleo de ação política.

Paralelamente, amplia o raio de conflitos entre as empresas de comunicação e a categoria profissional dos jornalistas, muitos dos quais são ativos participantes nos debates sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr.

Fugindo da boa história

A origem do esquema investigado pelo autor de A Privataria Tucana se confunde com o ponto em que a imprensa tradicional perdeu o interesse pelo caso do Banestado – provavelmente a matriz de todos os crimes financeiros revelados ou semiocultos no Brasil nos últimos quinze anos. Por essa razão, aumenta a curiosidade geral em torno da recusa da imprensa em reabrir esse caso através da janela criada com o livro de Ribeiro Jr.

A partir deste ponto, torna-se legítima qualquer desconfiança sobre o real interesse da chamada grande imprensa em ver desvendadas as denúncias de corrupção que ela própria divulga. Não há mais dúvida razoável de que essas denúncias são publicadas de maneira seletiva.

O mapa aberto pelo livro de Ribeiro Jr., pelo que já se deu a conhecer, complementa reportagens já publicadas sobre crimes financeiros em geral, mas principalmente sobre aqueles que têm como vítima o patrimônio público. Em geral, as reportagens sobre aquilo que agora é chamado de malfeito esmaecem quando o caso se transforma em processo formal na Justiça.

Estranhamente, quando surge a possibilidade de oferecer ao público o acompanhamento das conclusões, a imprensa sai de campo. Observe-se, por exemplo, que o chamado caso “mensalão” está para ser prescrito e há um hiato no noticiário entre a aceitação da denúncia e a prescrição.

No caso Banestado, assim como no livro-reportagem de Amaury Ribeiro Jr., o mais importante é a revelação do esquema de lavagem de dinheiro, com o mapa dos caminhos que o dinheiro sujo realiza por paraísos fiscais e contas suspeitas. Trata-se do mesmo esquema utilizado pelos financiadores ocultos do narcotráfico, pelos corruptos e corruptores e por cidadãos acima de qualquer suspeita.

Se desse curso às pistas levantadas no livro de Ribeiro Jr., a imprensa poderia construir histórias muito interessantes – por exemplo, ao identificar consultores jurídicos especializados em lavagem de dinheiro que costumam frequentar páginas mais nobres dos jornais.

A omissão da imprensa em relação ao fenômeno editorial do ano é também a renúncia ao bom jornalismo.

Coragem, Veja! Globo! Folha! Estadão!

Podem publicar o "dossiê" da filha de Serra, porque é oficial

Os documentos publicados aqui no Blog, na nota abaixo, comprovando que a filha de José Serra e a irmã de Daniel Dantas foram sócias, são oficiais e públicos do Governo da Flórida, não são nenhum "dossiê".

Não há o que discutir se são verdadeiros ou não. A autenticidade pode ser conferida na Divisão de Corporações do Estado da Flórida, pela própria internet.

Coragem, Veja! Folha, Estadão, Globo, Época, IstoÉ ! Noblat, Josias, coragem!

Para não terem a desculpa de não publicar a notícia, eis o caminho das pedras:

O endereço oficial na internet é: http://www.sunbiz.org/

Em seguida basta clicar em "Search our Records".

Depois clicar em "Inquire by Name".

Digite "decidir.com" e clique no botão "Search Now".

Clique sobre a primeira linha que aparecer. Estará escrito "DECIDIR.COM, INC."

Aparecerá a tela abaixo. No final da tela tem os botões para exibir os documentos digitalizados.


O link direto para a tela acima é este aqui.

A entrevista de Protógenes sobre a CPI da Privataria na RecordNews

O deputado Protógenes prevê perto de 250 deputados apoiando a CPI da Privataria. Diferente da TV Globo e GloboNews, que escondem a notícia, a RecordNews fez ampla reportagem de 15 minutos sobre o assunto:

Vaccarezza desviou da casca de banana: PIG queria transformar Serra e FHC em vítimas

Jornal Nacional ainda não levou ao ar na quinta-feira nada sobre a CPI da Privataria, porque o deputado Vaccarezza (PT/SP) não caiu na armadilha. Veja no Jornal da Record:



Todo cuidado é pouco nessa hora. O PIG acaba de jogar uma casca de banana para melar a CPI da Privataria: queria arrancar do governo alguma declaração que possa virar manchete de revanchismo e perseguição à oposição, para fazer de José Serra uma "pobre vítima".

É a surrada tática de José Serra, que sempre quando é pego com a boca na botija em algum escândalo de corrupção, quer transformar os outros em algoz e ele em vítima, para inverter valores, não ter que explicar nada e não deixar ninguém saber exatamente do que trata o malfeito em que ele se meteu.

Dessa forma a imprensa inventa que ele é o coitadinho e os outros são os malvados, como os "aloprados", e bombardeiam incessamente essa pauta, jogando para baixo do tapete o real conteúdo das denúncias que envolvem Serra.

O lider do governo na Câmara, dep. Cândido Vaccarezza (PT/SP) não caiu na armadilha. No entanto muita gente boa não entendeu e o está crucificando. Vamos saber jogar o jogo político bem jogado dessa vez, gente. Está bom demais para cometer erros primários. Protógenes e Brizola Neto estão corretíssimos em serem contundentes, mas sóbrios, sem virarem metralhadoras giratórias diante das câmeras de TVs. Por isso conseguiram as assinaturas rapidamente, inclusive de alguns tucanos.

Vamos entender a coisa:

1) CPI é instrumento do parlamento, do poder legislativo. O governo é executivo. Não pega bem em nenhuma democracia o governo, explicitamente, se envolver nestas articulações, senão seria acusado de usar a posição que desfruta no estado para tomar partido de um lado.

Quem deve fazer esse embate são os partidos e nós, da sociedade. A maioria do PT assinou a CPI. Vamos lembrar que Lula quando era presidente não tripudiou quando José Roberto Arruda foi pego no mensalão do DEM. Não precisava. Agora também não precisa. O livro vende como água e repercute como nenhum outro. As denúncias são robustas, consistentes, documentadas e irrefutáveis. Está todo mundo curioso em botar esse assunto em pratos limpos e ficará sabendo pela internet primeiro e por último pela velha imprensa.

O governo Dilma deve dizer que, como governo, não tem interesse específico em investigações sobre "a" ou "b" (como fez Vaccarezza). Da sua parte tem interesse em ter instituições republicanas como a Polícia Federal, bem equipada para apurar os fatos e malfeitos, independente de quem seja, sem perseguir nem proteger ninguém.

Então não peçam à Presidenta, nem ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, nem ao líder do governo na Câmara para se comportarem como se fossem líderes do PT na Câmara, porque o papel e posição deles é outra. Também não peçam para a base governista ser tão radical como a oposição, porque à oposição interessa paralisar o país, fazer um terceiro turno, ao governo não. O governo já venceu o segundo turno.

2) Vaccarezza é deputado do PT, mas não é líder do PT, e sim líder do governo na Câmara. Ou seja, ele defende e negocia os interesses do governo da Câmara. Por isso ele não pode agir exatamente como os demais deputados do PT. Ele desarmou a bomba do PIG de fazer Serra de vítima de revanchismo quando disse que o governo "não tem interesse na CPI, nem em revanchismo". Isso nada tem a ver com veto, como muitos estão dizendo, nem tem qualquer orientação a dar quanto a lideranças do PT. O governo é uma coisa e o partido é outra. O executivo é uma coisa e o legislativo, outra.

3) É óbvio que a oposição vai pressionar o governo para "acalmar" a base governista, ameaçando votações, obstruções, além da tese do revanchismo via imprensa, via amigos como Gilmar Mendes dizendo que é estado policial, para melar a CPI. O governo terá que ser sereno e moderado. A base governista terá que ser inteligente, paciente, sóbria, e a cada entrevista falar do conteúdo objetivo do livro, para que se apure o conteúdo, pois é irrefutável, inclusive falando menos em nomes como José Serra, e mais em recuperar o dinheiro público desviado para paraísos fiscais. Os deputados não precisam forçar, porque o nome de Serra já surge naturalmente quando se fala do assunto, e surgirá mais ainda a partir das investigações reabertas e da CPI.

4) Independente dos jogos de bastidores e acordões no Congresso, os militantes, e nós ativistas internautas é que somos muito mais livres do que os parlamentares para discursos inflamados e dizer tudo o que povo quer saber e a velha imprensa esconde. E para pressionar os outros deputados QUE NÃO SÃO líderes do governo, para não "amarelarem" e instalarem essa CPI de uma vez por todas. Aos deputados cabem agir mais com inteligência e habilidade política do que jogar para a torcida, nesta hora. Falar, sim, o necessário, com contudência, mas sem histerismos. Vejam o exemplo do próprio Protógenes, Brizola Neto, Paulo Teixeira.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vídeo sensacional – II Cerra é do beeem !

 
Do bem ? O FHC também

Na sua fase Globo Filmes, o Conversa Afiada divulga outra obra prima sobre os Privatas do Caribe.


Vídeo sensacional: eu não sou lixo ! Com Cerra e clã

 
A casa caiu !

Este talvez seja o melhor vídeo da safra Piratas do Caribe:


FHC e Sérgio Guerra também acabaram de malufar

O ex-presidente FHC rompeu o silêncio a la Maluf, negando até batom na cueca.

FHC quer comparar o livro "A Privataria Tucana" com o dossiê Cayman. O argumento é "tão bom" quanto o de Fernandinho Beira-Mar, ao se dizer pecuarista quando foi preso.

"A Privataria Tucana" reproduz documentos oficiais e autênticos da Junta Comercial de São Paulo, disponível para qualquer um confirmar até pela internet. Assim como documentos oficiais e públicos do Governo da Flórida, do Tribunal de Justiça, da CPI do Banestado, parecer oficial do Banco Central, etc.

Nada a ver com documentos falsificados. Aliás, se fossem falsos, então por que o PSDB não assina em peso a CPI da Privataria para provar são falsos e desmoralizar os adversários? Ora, por que sabem que são 100% autênticos e qualquer internauta pode comprovar, no caso da Junta Comercial e do governo da Flórida.

"A Privataria Tucana" é um livro editado e assinado. O dossiê Cayman era apócrifo. Por isso, nem Lula, nem o PT deram crédito ao dossiê Cayman na época que apareceu, mas todo mundo está sendo obrigado a dar crédito ao livro de Amaury, a ponto de passarem quase uma semana abafando, em vez de tentar desmentir.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, emitiu nota malufista semelhante, em seguida. É o fim do PSDB. Até quando quem não é corrupto dentro do ninho tucano vai ficar defendendo a corrupção alheia de seus correligionários?

Band também larga Serra na mão

Hitler manda censurar "Privataria Tucana"

 

Band também larga Serra na mão

Johnny Depp abandona série e é substituído por brasileiro

Autor desconhecido até o momento

Kassab aluga 10 mil tablets pelo preço de compra de 53 mil

SP aluga 10 mil tablets por valor que compraria 53 mil 
Contrato de R$ 138,9 milhões foi fechado pela Prodam com empresa cujo dono é foragido da Justiça por caso de fraude no RN

DIEGO ZANCHETTA , RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo

A Prefeitura de São Paulo vai gastar R$ 138,9 milhões para alugar, por três anos, 10.421 tablets para fiscais e profissionais de várias áreas do governo. Os aparelhos serão utilizados, por exemplo, pelos agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e por fiscais da Vigilância Sanitária, que agora poderão emitir recibo de auto de infração pelo aparelho. O contrato já foi homologado pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município (Prodam) e os equipamentos deverão começar a ser entregues em cerca de 30 dias.

Chama, porém, a atenção o valor pago pelo aluguel de cada aparelho. O preço por unidade será mais de cinco vezes maior do que se o mesmo equipamento descrito no contrato fosse comprado pela administração, mesmo considerando preços de varejo. Se o mesmo valor fosse gasto para comprar os tablets mais caros do mercado, seria possível adquirir mais de 53 mil unidades.

Mesmo assim, a Prefeitura assinou contrato com a empresa e vai pagar quase R$ 14 mil por três anos de aluguel de cada tablet. O preço do modelo mais caro comercializado no Brasil, um iPad 2 com 64 gigabytes de memória e conexão 3G, é de R$ 2,6 mil, segundo o site da fabricante Apple - mais de cinco vezes menor do que o valor a ser pago pela Prefeitura no aluguel.

O tablet que será fornecido à administração, porém, deverá ser ainda mais barato do que o iPad, já que as especificações exigidas no edital são diferentes das do aparelho da Apple - ele deve ter entrada USB e funcionar com sistema operacional Windows, o que só é encontrado em aparelhos mais baratos.

Impressora. Quatro mil aparelhos serão utilizados pelos agentes da CET, que também terão impressoras portáteis (7 mil delas foram alugadas, por R$ 74 milhões) para imprimir multas no momento da aplicação da penalidade.

As outras unidades vão para órgãos como a Secretaria Municipal de Saúde, de Parceria, de Esportes, de Assistência Social e para a própria Prodam.

O governo argumenta que o uso dos tablets vai agilizar o serviço de fiscais que aplicam multas de posturas, como as infrações à lei do silêncio. O contrato também prevê assistência técnica 24 horas e substituição em caso de mau funcionamento ou quebra por acidente.

Inspeção. Outro problema envolve a empresa que vai fornecer os computadores à Prefeitura, a Neel Brasil. O proprietário, Carlos Alberto Zafred Marcelino, é foragido da Justiça.

Ele é acusado de envolvimento na fraude da inspeção veicular denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte. Marcelino é também sócio do consórcio que ganhou a licitação da inspeção naquele Estado. Segundo a Promotoria, há provas de que ele "participou ativamente da fraude à concorrência" direcionando o edital.

Ele também teria agido em conjunto com o lobista Alcides Fernandes Barbosa para impedir que a Controlar - cujo contrato de inspeção veicular em São Paulo também está sendo questionado na Justiça - participasse da licitação no Rio Grande do Norte.

Por causa dessas acusações, a Justiça daquele Estado expediu mandado de prisão preventiva contra Marcelino, que ainda não apareceu.




 

'Privataria' chega ao Senado, e PT e PSDB se enfrentam em plenário



Líder petista pede providências ao Ministério Público e desafia PSDB a debater 'capítulo triste'. Serrista fala em 'calúnia' para abafar denúncias contra governo e expõe atrito interno, ao negar aparte a Aécio. Na Câmara, líder do PMDB diz que 'não vai embarcar em CPI', para a qual segue coleta de assinaturas, e ilustra efeito de silêncio da mídia: 'Livro tem documentos mesmo?'

BRASÍLIA – Depois de a Câmara reagir ao livro A Privataria Tucana com pedido de CPI e discursos em plenário, nesta quarta-feira (14) foi a vez do Senado. Da tribuna, o líder do PT, Humberto Costa (PE), provocou o Ministério Público a tomar providências e desafiou o PSDB a debater o que seria “um dos mais tristes capítulos” da história brasileira. Ao responder, os tucanos apontaram “calúnia” para desviar foco de denúncias contra o governo e expuseram diferenças entre aliados de José Serra e Aécio Neves.

Segundo Costa, o livro revelaria “entrega do patrimônio público” durante privatizações no governo Fernando Henrique, com “documentos contuntendes” que mostrariam “como alguns dos mais proeminentes líderes do PSDB e pessoas próximas do ex-governador José Serra conseguiram mandar para fora do país e trazer para o Brasil dinheiro supostamente proveniente de propinas”.

Para o petista, o livro vale a leitura e deveria será objeto de providências de procuradores da República. "Até porque muitos dos crimes descritos no livro não prescreveram”, disse Costa, que lamentou ter havido “pouca atenção da mídia” até agora.

No comando da sessão, a primeira-vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (SP), que também é do PT, disse: “Tive acesso a esse livro e realmente é um espanto."

O desafio petista foi respondido pelo senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos mais próximos da principal vítima do livro, o ex-governador paulista José Serra, de quem foi chefe da Casa Civil.

A exemplo de outro serrista ilustre, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, Nunes Ferreira afirmou que o livro, que teria “calúnias”, serve apenas para proteger a gestão Dilma. “Temos uma denúncia de malfeitos no governo, e imediatamente já vem uma denúncia contra a oposição.”

Atrito no ninho

Enquanto Nunes Ferreira discursava, o também senador tucano Aécio Neves (MG) pediu um aparte, que na linguagem parlamentar quer dizer algo como “licença para um comentário no meio de pronunciamento alheio”. O pedido foi negado, algo inusual. “Lamento profundamente; eu teria prazer enorme em corroborar com o discurso de Vossa Excelência”, resignou-se.

Na véspera, o ex-governador de Minas Gerais tinha sido questionado pela Agência Estado sobre o livro, e dera uma resposta que não é das melhores para defender Serra: “Não é uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo."

Um discurso sobre Privataria feito na tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta (14) ajuda a entender o estranhamento entre Nunes Ferreira e Aécio e a declaração do mineiro.

“A idéia de mostrar como funcionava a 'arapongagem' de Serra dentro do partido [PSDB] para atacar o adversário Aécio Neves – questão que motivou o início da investigação de Amaury Ribeiro Jr. – fica quase irrelevante diante de tudo o que o jornalista descobriu, em 12 anos de trabalho, sobre como a turma de Serra se deu bem ao dilapidar o patrimônio público brasileiro nos anos 90”, disse o deputado Ivan Valente (SP), presidente nacional do PSOL.

Nos bastidores de Brasília, fala-se que parte das investigações do autor de Privataria, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., começou por interesse de Aécio de se proteger contra Serra na disputa que os dois travavam no PSDB como postulantes a candidato a presidente da República. Amaury foi repórter do jornal O Estado de Minas durante parte da gestão de Aécio como governador do estado.

Quando voltou à tribuna para uma tréplica contra Aloysio Nunes Ferreira, Humberto Costa foi irônico. “É interessante como a oposição se posiciona nesta Casa. São os grandes arautos da moralidade, as vestais da honestidade, que tudo querem investigar. Sai uma nota num jornal, querem convocar o ministro para vir ao Congresso Nacional, pedem a abertura de uma CPI, vão para o Ministério Público. Agora, diante de um livro de 300 páginas, que tem 141 documentos sobre as coisas que estão aqui denunciadas, uma única palavra para se pedir apuração eu não ouço por parte da oposição.”

CPI na Câmara

Autor de um pedido de abertura de uma CPI da Privataria Tucana, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) continuou a coletar assinaturas nesta quarta-feira (14). Ele está atuando em dobradinha com o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas os dois ainda não conseguiram atingir o número mínimo de 171 assinaturas necessário.

Em tese interessado no assunto, o PT ainda não decidiu, como partido, como irá se comportar neste caso, embora os líderes no Senado e na Câmara, Paulo Teixeira (SP), estejam dispostos a bancar algum tipo de confronto mais duro com os tucanos. O pedido de CPI tem alguns signatários do PT, mas a reportagem testemunhou quando um petista abordado por Protógenes reagiu dizendo que precisava esperar por um posicionamento do partido.

Sempre um dos fiéis da balança no Congresso, com o peso de uma das duas maiores bancadas da Casa, o PMDB avisa que não quer se meter. “Não vamos embarcar em CPI. Essa é uma briga de PT e PSDB, vamos manter distância”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN).

Ao conversar com a reportagem, Alves mostrou os efeitos da pouca divulgação do livro pelos veículos de comunicação.

“Não vi o livro ainda, ele tem documentos mesmo?”

“Tem umas 300 páginas, e um terço é de documentos.”

@leiterafaelo:PSDB lança Ave Maria Tucana

do  i-piauí Herald,   dica do @leiterafaelo



A primeira tiragem de Ave Maria Tucana esgotou-se em poucos minutos nas bancas de Higienópolis
SENHORAS DE SANTANA – Numa tentativa desesperada e carola de calar as repercussões do livro Privataria Tucana, o PSDB lançou ontem o DVD Ave Maria Tucana, composto às pressas pelo senador Álvaro Dias Botox e pelo capitão-blogueiro Reginaldo Bolsonaro. O papel principal será interpretado por Regina Duarte, a eterna Namoradinha do Brasil. Segundo recomendação da CIA e do Vaticano, o primeiro episódio será encartado gratuitamente em todas edições de jornais e revistas da grande imprensa no próximo fim de semana.
De acordo com a sinopse do DVD, “Ave Maria Tucana começa com o anúncio do Anjo Jereissati: um Messias privatizaria em breve. Uma estrela cadente desce sobre o bairro da Mooca e desova três Tucanos Magos. Eles trazem gravações clandestinas, genéricos e cannabis como oferenda. Apesar da maldição da falta de carisma, feita por arapongas e divorciados, José Serra é batizado e promete combater o alho e zelar pela lei de responsabilidade fiscal. Munido de hóstias, terços, rosários e um sortido balaio de equações transferenciais de quarto grau, inicia sua virtuosa trajetória para trazer o bem ao povo. Hoje, mineiros solertes, pegos em blitz da Lei Seca, e repórteres incompreensíveis fazem com que Serra passe por mais uma satânica Provação. Mas, com a ajuda da Santa Companhia da Notícia, ele será beatificado novamente”.
Responsável pela estratégia online de divulgação do DVD, Artur Virgílio enviou ao Congresso um projeto de lei para proibir a propagação de Privataria Tucana nas redes sociais: “Se a grande imprensa não deu bola para o livro, é porque é impuro e pode prejudicar a família brasileira, que, como todos sabemos, é o fundamento da boa sociedade. Por que as pessoas têm que ficar remoendo isso no Facebook? O tempo gasto pode ser revertido em privatizações e orações. Depois o PIB cai, aumentam os divórcios e as pessoas reclamam!”.
Para ajudar na operação de silêncio em torno de Privataria Tucana, Aécio Neves comprou 657 mil exemplares do livro e os enviou a eleitores paulistas.
Num esforço de reportagem, o i-piauí Herald localizou José Serra no Santuário de Aparecida do Norte, onde, contrito, fazia retiro espiritual, orando pelo bem da Pátria. “Vamos deixar de trololó e falar sobre o déficit fiscal primário”, disse ele, cabeceando com violência uma bolinha de papel em direção a Minas Gerais.
O repórter Amaury Jr se eximiu de toda responsabilidade pelo livro. “Meu negócio é ir a festas e entrevistar bêbados, disse.

Leia também:
O Meiguice nunca morre

Morvan Bliasby: O filme Tucanheit 451 e o livro do Amaury

Rabuja: E os tucanos continuam vendendo…

Meiguice, o retorno
A guerra de capas e uma possível explicação que vem de Minas

Minas Sem Censura: Se for beber, não escreva!

Igor Felippe: Dinheiro é para rasgar e queimar
O ex-presidente e a dublagem criativa dos Simpsons
Gerson Carneiro: Seção Humor ou Terror?
Maringoni: Milionários indignados também ocupam

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Silêncio da privataria: quando a imprensa se cala

 

Silêncio da privataria: quando a imprensa se cala 
Foto: Edição Ana Pupulin/247

                             

Maior parte da mídia ignora livro-bomba contra tucanos; pelo Twitter, seguidores exigem sem sucesso análises dos jornalistas Dora Kramer, do Estadão, Kennedy Alencar, da Folha, e Noblat, de O Globo; veículos tradicionais ainda estão desconectados do jornalismo 2.0


Diego Iraheta _247 - A resposta da imprensa brasileira ao maior fenômeno editorial de 2011 lança luzes sobre o descompasso do jornalismo “mainstream” com a era digital. O livro A Privataria Tucana, do repórter Amaury Ribeiro Junior, vendeu 30,5 mil exemplares em quatro dias. As livrarias de todo o País já aguardam a segunda remessa da obra, que denuncia os subterrâneos das privatizações no Brasil na era FHC e revela o enriquecimento de familiares de José Serra. A despeito da bomba política, fartamente documentada, a maior parte da mídia segue calada. Não abre o bico para comentar o livro que bica o alto escalão dos tucanos. Pela internet, no entanto, milhares de brasileiros têm rompido esse silêncio e fustigado os jornalistas.
“Nunca escrevi ou comentei sob chicote de patrão, de fonte ou de leitor/telespectador/ouvinte/internauta. Não farei agora”, tuitou o jornalista Kennedy Alencar, colunista da Folha, nesta terça-feira. Essa foi a reação dele à pressão de seguidores exigindo uma opinião sobre o livro que não fica atrás do mensalão na lista de escândalos políticos brasileiros. “Se julgar válido, darei opinião ou farei algo na TV, no rádio ou na internet”, desconversou.
Sem uma linha sequer sobre o livro em suas últimas colunas, a renomada Dora Kramer, do Estadão, elevou o tom às críticas recebidas por tuiteiros: “Façamos o seguinte: matriculem-se na faculdade de jornalismo, trabalhem 30 anos no ramo e aí a gente discute, ok?”.
Ao ignorar o livro e o impacto dele para a política nacional, Kennedy Alencar, Dora Kramer e tantos outros revelam desconexão com as mídias digitais e os leitores 2.0 e 3.0. Que mal há se os seguidores exigem uma posição daqueles que consideram analistas políticos de referência sobre um fato político relevante? Esse é o mais claro indicativo de interesse público – o principal combustível do jornalismo.
Por meio das redes sociais, o jornalismo está se tornando cada vez mais horizontal. Sim, os leitores mandam, mas não precisam ser encarados como capatazes. É o interesse público em tempo real tuitando e cutucando. E não chicoteando!
O modelo top-down, a que Folha, Estadão e afins estão acostumados, não se encaixa na rotina produtiva de notícias atual. Hoje, quem decide o que é notícia não é só a empresa de comunicação, o colunista, a fonte. É o leitor – ativo, questionador, em contato permanente com o jornalista pela internet.
Esse leitor não precisa ingressar na escola de jornalismo hoje para aprender a discutir com colunistas. São os jornalistas de hoje que precisam entender que o modelo de 30 anos atrás ficou lá no passado. Mesmo!
A privataria: o dossiê de um jornalista indiciado pela Polícia Federal
Para justificar a ausência da privataria do próprio repertório político, Dora Kramer frisou “o envolvimento do autor [Amaury Ribeiro Junior] com dossiês de campanha. Arranha a credibilidade”. O amado, odiado e sobretudo seguido Ricardo Noblat, de O Globo, disse aos 132 mil seguidores que estranhou a motivação política de Amaury para escrever o livro. “Ele sabia que tava a serviço de um governador [Aécio Neves]... Isso não derruba a princípio o que ele escreveu no seu livro. Mas recomenda cautela em dobro para quem imagina lê-lo e comentá-lo”, ponderou.
Em outubro do ano passado, Amaury foi indiciado pela Polícia Federal por violação do sigilo fiscal de lideranças tucanas e de familiares de José Serra. Os investigadores apontaram que o repórter se envolveu com corrupção ativa, uso de documento falso e oferta de vantagem a testemunha. No entanto, o livro de Amaury faz revelações contundentes amparadas em documentos públicos, obtidos em cartórios e na Junta Comercial. Ainda que tivesse finalidade de dossiê, tem um denso trabalho de apuração jornalística.
Dessa forma, nada impediria que Noblat e Dora destacassem o sucesso do livro que golpeia em cheio o coração do PSDB, mas com as devidas ressalvas. “Apesar da ampla apuração e das fontes reais, documentos que comprovam a tal privataria, o autor do livro foi indiciado pela Polícia Federal por corromper testemunhas, usar documentos falsos etc e tal.”
Reinaldo Azevedo, de Veja, tentou logo desqualificar a privataria. Pouco depois do lançamento do livro, deu uma indireta bastante certeira aos leitores de seu blog. “Lembrem-se do ‘Dossiê Cayman’. Bandidagem volta a agir!” foi o título de um post em que Reinaldo se refere ao conjunto de papéis falsificados que buscava incriminar o alto escalão do PSDB na campanha eleitoral de 1998.
Quem consegue furar o cerco?
Desde a semana passada, o Brasil 247 está acompanhando a repercussão do livro de Amaury Ribeiro Jr. No off-line, a Record News e a revista Carta Capital abriram espaço para falar da privataria. No on-line, os blogueiros Luiz Carlos Azenha e Luis Nassif também se manifestaram. Essa meia dúzia de gatos pingados da mídia integra o time da “exceção”, que não se curva a um silêncio incoerente em tempos de buzz na internet.
Ao 247, Nassif criticou as empresas de comunicação: “Elas estão comprometendo a imagem de todos os jornalistas e colunistas. Como eles vão justificar que não estão tratando do tema do livro de maior vendagem da história?” Para o blogueiro, a mídia não pode mais blindar o que cai na rede. "Nas livrarias, metade das pessoas está querendo o livro. A outra metade quer saber que livro é esse", conta.
Reportagem exibida pela Record News na terça-feira, 13, sublinhou que, na queda-de-braço da grande mídia com as mídias sociais, a informação sai vitoriosa graças ao boca a boca nas redes. O âncora Heródoto Barbeiro, ex-CBN, fez questão de dizer que ele próprio está atrás do livro, esgotado em São Paulo.
O caso da privataria acena para o atraso da “grande imprensa” em lidar com o que, no passado, os donos dos veículos de comunicação carimbariam como impublicável. Hoje, isso não é mais possível pois a internet se encarrega de disseminar as histórias. A blogosfera já entendeu a mudança em curso graças à forma como a sociedade utiliza a tecnologia e as redes para obter - e compartilhar - informações.
No atual cenário de jornalismo em transformação, jornais e jornalistas deveriam ouvir mais para saber do que deveriam falar mais.

Por que verbete “Privataria Tucana” está em discussão pra ser eliminado da Wikipedia?

mariafro

Do Leitor Paulo Parente:
Olá, o termo Privataria Tucana já consta na wikipedia, só que o artigo está ameaçado de desaparecer no que eles chamam lá de eliminação por votação, dia 19 sairá o resultado desta votação. Apenas pessoas que já votaram ou editaram textos da wikipedia há mais de 90 dias podem votar. Divulgue!http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Privataria_Tucana