Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador neolibeles. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador neolibeles. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

“CAPITALISMO COM CARACTERÍSTICAS BRASILEIRAS” As mudanças físicas, na Geografia, tem o efeito de um choque de átomos.

Um Nacionalismo rejuvenescido pela soberania popular


“Socialismo com características chinesas” é uma das frases que definem Deng Xiaoping – e a China.

Assim como Mandela não virou tucano – só faltou fazerem-lhe branco de olhos azuis –, a China e Deng não se tornaram capitalistas.

São comunistas.

Como foi Mandela.

Aqui, há uma certa dificuldade de entender que o Brasil não é mais tamanho “P”, como no Governo do Príncipe da Privataria.

O tamanho “P”, “P” de “tirar o sapato, serve à ideologia colonizada, que pretendia eternizar a subalternidade do Brasil – com as mesmas peripécias ideológicas com que tentaram embranquecer o militante da luta da armada conhecido como Mandiba e retirar a “característica” comunista do regime chinês.

O Brasil agora é do tamanho “G”.

Na Big House é difícil entender isso, porque, também, há duas pragas que assolam o país.

Primeiro, é o “são-paulo-centrismo”,  em vias de extinção.

São Paulo não pensa o Brasil, dizia o mestre Fernando Lyra – clique aqui para ler “o importante é o rumo”.

A outra praga é a hegemonia dos “economistas” sobre nas reflexões  sobre o Brasil.

Não se estuda mais de Política – não essa politiquinha congressual, de Brasília (outra praga !) – , História, Geografia, Demografia, Filologia, como recomendava Giambattista Vico, que, por acaso estudou em Nápoles e, não, em Chicago.

Como dizia o Lord Keynes, não há Economia sem História.

Mas, aqui, como se sabe, Keynes não chega nem perto da Urubóloga.

Diante dessas deficiências estruturais, o Brasil tem uma certa dificuldade de entender o que se passa à sua volta, muito além do superávit fiscal do Delfim e da calvície do Renan.

O ansioso blogueiro recorre em sua ajuda ao Saul Leblon, que acaba de escrever breve – como recomenda a linguagem da blogosfera – obra-prima, ao explicar por que o minúsculo Aécio Never não tratou do pré-sal quando lançou seu “programa”.

Não tratou, porque o pré-sal e a nova base de produção de energia do Brasil criaram um país do tamanho “G”, que os neolibelês (*) não conseguem captar.

Ou, deliberadamente, tentam ocultar.

Disse Leblon:

“… a omissão  fala mais do que consegue esconder.

O pré-sal, sobretudo, avulta como o fiador das linhas de resistência do governo em trazer a crise   global para dentro do Brasil, como anseia o conservadorismo.

Um dado resume todos os demais: estima-se em algo como 60 bilhões de barris os depósitos acumulados na plataforma oceânica. A US$ 100 o barril, basta fazer as contas para concluir:  o Brasil não quebra porque passou a dispor de um cinturão financeiro altamente líquido expresso em uma fonte de riqueza sobre a qual o Estado detém controle soberano.

A agenda mercadista não disfarça o mal estar diante dessa blindagem, que  esfarela a credibilidade do seu diagnóstico de um Brasil aos cacos.”
Nessa mesma linha – quais medidas definem um tamanho “G” – o ansioso blogueiro vai buscar o discurso que a Presidenta Dilma fez em Ipojuca, no lançamento da plataforma P-36:

“Como este (Atlântico Sul) tem muitos outros estaleiros pelo Brasil afora. Nos vamos ter muita contratação daqui pra frente. Só este ultimo campo de Libra  precisa de 12 a 18 plataformas, mais para 18 do que para 12 … O Brasil vai se transformar, necessariamente, no maior produtor de plataformas de petróleo do século XXI. A gente tem de pensar grande, do tamanho do Brasil”.


Para se deter em algumas noticias recentes.

A compra dos Gripen e seu impacto no conjunto de uma indústria de Defesa para proteger o pré-sal.

As duas concessões da BR-163, que vai de São Paulo a Vilhena em Rondônia e a Santarém no Pará.

O terminal de carga de Rondonópolis.

A concessão de Ferrovia FICO, que sairá de Campinorte, em Goiás, atravessa Lucas do Rio Verde e segue até Rondônia.

Para falar um pouco de Lucas do Rio Verde, que o ansioso blogueiro visitou recentemente – como visitou Sinop e Rondonopolis.

Lucas produz 800 mil tonelada de soja por ano, 1 milhão e 500 mil de milho (vai produzir etanol de milho, já, já) e abate, na BRF, 300 mil aves por dia, e 4.750 suínos.

Ali também se criará um terminal de carga em torno da ferrovia FICO e da expansão da 163.

Outras ferrovias virão, assim como eclusas e os portos serão abertos, vencidas as resistências criadas em torno do que Garotinho, da tribuna da Câmara, chamou de Emenda Tio Patinhas.

As mudanças físicas, de cimento, tijolo, asfalto e trilho – isso tem um efeito de fissão nuclear, muito mais poderoso do que o “aumento da produtividade”, ou do “destravamento do gargalo”.

A reorganização do espaço físico impulsiona um átomo contra o outro, que gera um novo e mais amplo choque de átomos que, em cadeia, e em velocidade maior, produz energia, luz !

(Quem manda os economistas de São Paulo não estudarem  Física !)

A revolução da Geografia faz milagres.

Perguntem ao Abraham Lincoln por que ele preferiu fazer a ferrovia que liga Chicago a Sacramento na Califórnia, e, não, em direção ao Sul …

Não foi para acabar com um gargalo, porque nações não são garrafas.

A incorporação irreversível de pobres ao mercado de consumo, à carteira assinada e à universidade.

A redução da taxa de natalidade da mulher brasileira, que foi estudar e trabalhar.

A mulher brasileira hoje tem 1,9 filhos.

Tinha, 50 anos atrás, 6 !

O deslocamento da geo-economia do são-paulo-centrismo para o resto país – a renda do Rio passa a de São Paulo e a cidade de São Paulo investe a metade, per capita, do que investem Vitoria, Belo Horizonte e Rio.

São Paulo é o único lugar do Brasil onde não se vê guindaste.

(Boa parte da “crise” disseminada pelo PiG (**) advém dessa perda de substância do poder político de São Paulo: se Cerra, definitivamente – o ansioso blogueiro tem muitas dúvidas … – não for candidato, será a primeira vez, desde Dutra, que não haverá um paulista candidato a Presidente.)

O deslocamento do alinhamento estratégico do eixo Sul-Norte para o eixo Sul-Sul.

O Brasil já chega ao Pacífico por terra e será economicamente e politicamente um país bi-oceânico.

Essa misturança ideológica que os paulistas e os economistas impuseram ao Brasil resultou no esvaziamento dos princípios  do Nacionalismo.

Os colonizados da rua Oscar Freire, que sonham com Miami e acordam com o fedor do rio Tietê, não podem nem ouvir falar em Nacionalismo !

Isso é coisa de pobre !

De comunista !

É por isso que o ansioso blogueiro lamenta que o Brasil não tenha um Celso Furtado.

Como se sabe, Celso é o único economista brasileiro de curso internacional.

O pensamento neolibelês brasileiro, de Visconde de Cayru, Ruy Barbosa, Eugenio Gudin,  Roberto Campos, Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco, André Lara Resende e sua mais insigne representante, a Urubóloga, não passou da rua Dona Veridiana, em Higienópolis.

Falta um Celso para desenhar esse Brasil de tamanho “G”.

Celso explicou ao Brasil e ao mundo o que significava o “sub-desenvolvimento”.

E como derrotá-lo.

Celso teria plenas condições para entender o Brasil “G”.

Como observou o historiador Luiz Felipe de Alencastro, no prefácio da edição comemorativa dos 50 anos de “Formação Econômica do Brasil”, Celso seguia pela esquerda do keynesianismo – o investimento estatal como gerador de demanda – emprego !

Além disso, como nacionalista até dormindo!, Celso sonhava com a Integração, com um Brasil só, inteiro e soberano.

Com esses instrumentos teóricos de historiador, político, Ministro da Cultura – e economista, ao lado de Kaldor, Sraffa, Joan Robinson, Dobb e seu colega de sala em Cambridge, Amartya Sen – Celso teria condições de desenhar esse novo Brasil.

Irreversível.

Vencedor.

Que não cabe nos medíocres programas neolibelês.

Que jamais vão entender o que significa “capitalismo com características brasileiras”.

Porque não leram a “Formação Econômica” do Celso – na hora certa.

Celso daria ossos e músculos a um novo nacionalismo – rejuvenescido pela soberania popular.


Paulo Henrique Amorim

(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, 22 de dezembro de 2013

O “ESTADO” DA BLÁBLÁ, DO DUDU – E DO ANDRÉ André entrou para o livro Guinness dos records.


André e sua atividade principal, fora do Estado: o hipismo

Saiu no Estadão, pág. B4, artigo de André Lara Resende de título “Capitalismo de Estado patrimonialista”:

CAPITALISMO DE ESTADO PATRIMONIALISTA – ANDRÉ LARA RESENDE


(…)

Na última década, o Brasil se beneficiou do ganho nas relações de troca com o exterior. A alta dos preços dos produtos primários, provocada pela demanda da China, significou uma expressiva transferência de renda para o Brasil. Os governos do PT foram suficientemente inteligentes para manter as bases da política macroeconômica, mas passaram a desmontar as reformas que viabilizaram a estabilidade monetária. O processo se acelerou a partir ; da crise de 2008. Aparelharam o Estado, criaram novas estatais e elegeIram parceiros privados incompetentes. Com a desculpa de praticar uma politica anticíclica, expandiram o gasto corrente do governo, mas não investiram em infraestrutura. O resultado é conhecido: baixa produtividade, uma economia que não cresce e contas públicas que se deterioram.

Não é possível saber se o capitalismo de estado chinês continuará bem-sucedido, mas uma coisa é certa: o capitalismo chinês requer um – Estado competente e autoritário. No Brasil, não temos a requerida competência, nem desejamos – quero crer – o autoritarismo. Diante da complexidade do mundo contemporâneo, a tentação da solução autoritária estará sempre presente, mas o caminho mais promissor é o da alternativa delineada na conferência de Viena: não insistir na tradicional gestão centralizada, de comando e controle, mas avançar na descentralização. Um Estado autoritário e patrimonialista, sustentado pela demagogia, o marketing e a intimidação, onde apenas as aparências democráticas são respeitadas, é o caminho mais rápido para volta ao subdesenvolvimento. A fórmula, como demonstra sua aplicação na Argentina e em outros países vizinhos, é devastadora.

Não há como bem governar com o Estado disfuncional. A primeira tarefa de quem pretende fazer um bom governo será a de reconstruir o Estado. No lugar de insistir numa reforma de cima para baixo, de comando e controle, deveríamos experimentar a descentralização. Deveríamos voltar à federação, dar autonomia aos Estados e aos municípios em todas suas esferas, desde a fiscal, até a segurança, a saúde e a educação.

(…)

André Lara Resende parece ser, de fato, o cérebro da Bláblárina – e, por extensão, do Dudu, embora este pareça encantar-se com o Giambiagi(cuidado, vovó !), também.
O Eduardo Gianetti da Fonseca ilumina a Bláblá em questões metafísicas, como, por exemplo, a flatulência de bovinos e a dispersão de gás metano no sistema solar.
André cuida do “macro”.
Do que interessa aos bancos.
Esse suculento artigo é uma mistura de pensadores do porte de Weber, Faoro, Hirschman e Ataulfo Merval de Paiva (*), não necessariamente nessa ordem.
Ele “demonstra” que o sucesso do Governo Lula – e agora da Dilma – deriva, apenas, da China e do Príncipe da Privataria, a que serviu exatamente no processo da Privataria.
Seria bom o amigo navegante recordar alguns aspectos da carreira “estatal” do André.
(O Delfim Netto lembrava que o Roberto Campos, que passou a vida a espinafrar o Estado, só conseguiu se sustentar quando trabalhou para o Estado. É uma maldição dos neolibelês (**) brasileiros … Sem o Estado … )
O ansioso blogueiro se lembra de interessante episódio, em Toronto, no Canadá, quando o então candidato Fernando Henrique Cardoso, ainda ministro da Fazenda, apresentou aos bancos credores a formula para pagar a dívida externa.
Como Fernando Henrique não saberia articular uma explicação àquela plateia de banqueiros, passou a palavra ao funcionário do Estado André Lara Resende, que, segundo FHC, era o cérebro da proposta.
André fez brilhante exposição e anunciou, ali, naquele instante, que deixava o Estado para voltar às atividades privadas (de banqueiro).
Ao lado do ansioso blogueiro, na plateia perplexa, um vice-presidente do Citibank perguntou: quantos chapéus o André veste ?
E comentou: quer dizer que agora ele vai competir comigo para tornar esse acordo possível, entre os bancos credores …
Esse acordo que ele montou …
Ou seja, do Estado para a banca, em um segundo !
No lançamento do Plano Real, o Luiz Nassif – leia aqui suculenta entrevista com Nassif – sustentou, no excelente livro “Cabeças de Planilha”, que o Real – “concebido” por André, entre outros – foi fixado num nível que, por coincidência, beneficiava a posição do André, aí, já na condição de banqueiro privado.
Mais tarde, no Governo da deslavada Privataria Tucana na presidência do BNDES – de novo no Estado – André foi apanhado num grampo em que operava a privatizado em benefício do Daniel Dantas: fazer com que a Previ ajudasse o imaculado banqueiro a levantar grana.
E dizia que, se necessário, seria obrigado a usar a “bomba atômica”!
A bomba atômica era o Presidente da Republica, o Príncipe da Privataria.
A bomba foi tão devastadora, que o Presidente teve que demitir o André e o Ministro das Comunicações, Luiz Roberto Mendonça de Barros.
Se não demitisse, corria o risco de ser deposto !
(Naquela altura, o senador Suplicy (PSDB-SP), então no PT – revisor, por favor, não mexa aí … – era capaz de brandir uma capa da Carta Capital com a reprodução do grampo a exigir a cabeça dos dois.
Mas, não, da bomba atômica…)
Lá atrás, na passagem do Governo Sarney para Collor, Mario Henrique Simonsen levou André e Daniel Dantas ao jovem presidente eleito.
Teria sido de André a ideia de congelar a poupança !
Ele não foi para o Governo Collor: o congelamento da poupança o surpreendeu num banco privado !
De fato, esse Estado da Dilma e do Lula é, de fato, um horror !
Não dá mais para o André.
Ele não teria condições morais, intelectuais de participar de tanta patifaria !
Bom era o límpido “Estado patrimonialista” do Fernando Henrique !
De que o Andre participava e des-participava, para ganhar dinheiro na “iniciativa privada”.
E agora se dá ares de “pensador” do Estadão…
É esse “Estado patrimonialista do Fernando Henrique” que a Bláblá e o Dudu querem construir ?
André entrou para o livro Guinness de records na categoria “porta-giratória”.










Paulo Henrique Amorim


(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

sexta-feira, 8 de março de 2013

INDÚSTRIA SE ACELERA. PIB SERÁ DE 3 OU 4% PiG (*) escondeu a notícia, do tipo “quando melhor pior”, porque entope os planos de Eduardo.



Saiu no site do IBGE:

PRODUÇÃO INDUSTRIAL CRESCE 2,5% EM JANEIRO


Em janeiro de 2013, a produção industrial avançou 2,5% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar queda de 1,3% em novembro e ligeira variação positiva de 0,2% em dezembro. 

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou expansão de 5,7% em janeiro de 2013, e interrompeu dois meses seguidos de taxas negativas nesse tipo de comparação: -0,8% em novembro e -3,5% em dezembro. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,9% em janeiro de 2013, assinalou redução na intensidade de queda frente à marca registrada em dezembro último (-2,6%). 

Clique aqui para acessar a publicação completa da pesquisa.

(…)

A previsão de que o PIB de 2013 ficará entre 3% e 4% é de Delfim Netto.
Adormecido, Delfim é melhor que todos os neolibelês (**) acordados.
A tese de que “quanto melhor pior” é de autoria de Mauricio Dias.
Já que, em público, Eduardo só pode falar mal da Dilma e do Lula se a economia for pro saco.
Reservadamente, ele pode falar mal à vontade.
Porque os interlocutores contam tudo à Dilma.




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Da euforia à depressão capitalista




A euforia capitalista dos anos 1990 levou à teoria da “new economics”. O capitalismo, marcado por suas crises cíclicas, deixaria de sofrê-las, para passar a uma fase sem crises.

Os novos desenvolvimentos tecnológicos impulsionariam um ciclo contínuo de desenvolvimento econômico, com a computação tendo o duplo papel de puxar uma demanda que se igualaria a do automóvel no século passado – incluindo um modelo novo anual -, ao mesmo tempo que permitiria prever antecipadamente os gargalos que permitiriam prever e solucionar preventivamente as crises.

A própria possibilidade de quaisquer garotos abrirem uma empresa na garagem de casa e a transformarem em uma empresa de sucesso mundial, quase sem capital inicial, seria a demonstração da pujança econômica do capitalismo e do caráter de “sociedades abertas” das sociedades capitalistas.

Essa festança acabou logo, com a crise de 2000, que desmentiu as teses e fez com que os teóricos da “new economics” partissem para outra moda, também de curta duração. As crises voltaram, com ela as recessões, até que se desembocou na prolongada e profunda crise atual, iniciada em 2007.

Tal como a bomba de tempo da febre de internet, desta vez a bolha de consumo girou em torno do setor imobiliário. Para tentar suprir, pelo menos temporariamente, o desequilíbrio entre produção e consumo, o sistema bancário foi ampliando os créditos, sabendo que nao correspondiam a capacidade real de pagamento por parte dos que os contratavam. Até que a pirâmide explodiu, todo o sistema imobiliário, ruiu, com milhões de pessoas sem conseguir pagar suas hipotecas, devolvendo os imóveis aos bancos, perdendo tudo, mas preferindo isso a continuar aumentando suas dividas.

As ruas da Califórnia se encheram de famílias morando nos seus carros, os bancos ficaram abarrotados de imóveis devolvidos, o sistema bancário chegou à beira do colapso, a recessão, através deste se propagou para o conjunto da economia. Os governos correram a salvar os bancos, com a ilusão de que os bancos salvariam os países. Os bancos se salvaram e no segundo ciclo da crise, a partir de 2011, os que quebraram foram os países.

A crise segue, sem horizonte de término, levando praticamente toda a economia europeia à recessão, enquanto países como os EUA e o Japäo permanecem entre crescimento zero e recessão.

Mas quando o capitalismo escancara suas contradições, seus limites, seu esgotamento, não surge no mundo ainda um modelo que o supere. A América Latina é a região que expressamente resiste – na maioria dos seus países – à hegemonia neoliberal, com Estados ativos que induzem o crescimento econômico e seguem ampliando suas políticas sociais, baseados em alianças regionais e com o Sul do mundo. Mas não tem o continente força própria para desenvolver um modelo alternativo ao neoliberalismo em escala mundial. Resiste, o que faz da América Latina a região de resistência ao polo neoliberal que ainda domina o centro do sistema.

Vivemos por isso um tempo de turbulências, mais ou menos prolongadas, até que um modelo e forças alternativas – que certamente terão a América Latina como um de seus protagonistas essenciais – possam conseguir construir uma alternativa ao capitalismo decadente.
Postado por Emir Sader

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Lewandowski está salvo ! Neolibelês (*) o ataca !

Caixa Dois no PiG (**) é assim: de petista é crime; de tucano, os fins justificam os meios.


Saiu na capa do Globo online:

Lewando… para onde?


O cerco a Lewandowski se fechou impiedosamente.

Na seção de (uma só) “Opinião” do Globo, ele apanha agora de um mestre do Neolibelismo (*), cuja profícua obra só não se compara à da Urubóloga, o maior de todos os pensadores neolibelistas (*) pátrios.

(Pena que ela, como o PSDB, se encaminhe para o fundo do poço.)

Trata-se de um economista/banqueiro, que, no passado, se notabilizou por formular “o programa de Governo” do notável político/empresário paulista Afif Domingues, que, um dia, aspirou à Presidência e, hoje, se basta com um assento com almofada na plateia tucana.

O notável economista/banqueiro atinge agora, provavelmente, o ápice de sua obra intelectual, porque escreve às segundas-feiras na página de (uma só) Opinião do Globo.

E, nesta segunda-feira, ele presta um grande serviço à causa merválica pigânica (**): como o Ataulfo Merval de Paiva está de folga, o economista/banqueiro resolve citá-lo infatigavelmente e começa assim:

“Preocupou-me bastante … a celebração do voto do Ministro Lewandowski pelos advogados dos réus. Lembrei-me da ‘dança da pizza’. … Os advogados dos réus festejaram o voto de Lewandowski como ‘uma vitória da tese do caixa Dois’, ‘uma nova corrente de pensamento que abre caminho para a absolvição’.”



Caixa Dois no PiG (**) é assim: de petista é crime; de tucano, os fins justificam os meios.
O Dr Luizinho não pode receber mensalão para votar no PT, sendo deputado líder do PT na Câmara.
Privataria, o Maior Caixa Dois da Humanidade (fora da Russia), ah !, isso pode !
Vamos supor, amigo navegante, que numa eleição presidencial o Padim Pade Cerra precisasse fulminar o Ciro Gomes.
Ele já tinha destruído a candidatura da Roseana Sarney, com a ajuda desinteressada do Marcelo Lunus Itagiba, e agora só faltava destruir o Ciro.
E, enfim, destruir o Lula.
Começa o horário eleitoral.
Cerra desaba sobre o Ciro um conjunto de baixarias.
Era preciso, rapidamente, fazer uma pesquisa que mostrasse o papel devastador do programa eleitoral do Cerra sobre a candidatura Ciro.
Vamos supor que o Datafalha e o Globope não tivessem condições de fazer isso no prazo necessário.
E que o Cerra tivesse corrido o chapéu.
É uma hipótese razoável.
Um grupo de empresários virtuosos, que jamais se embalariam numa “dança da pizza”, aceita participar da vaquinha e fulmina o Ciro.
Vamos supor, amigo navegante – e essa é uma suposição, como a Folha supõe que a Weber vá materializar o desejo da Dilma -, vamos supor que esse dinheiro da vaquinha não tenha sido contabilizado pelo Cerra na Justiça eleitoral.
Será um crime, ou os fins justificam os meios, amigo navegante ?
O Ministro Lewandowski pode ficar sossegado.
Os neolibelês (*), de uns tempos a essa parte, não ganham nem truco.




Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SERRA E O IBOPE: 'MEU INFERNO SOU EU MESMO'


As chances de José Serra vencer as eleições municipais de São Paulo derretem como picolé caído na rua. O ex-governador tem vários adversários, mas um inimigo fatal: ele mesmo. Serra é líder absoluto em rejeição,  traço reafirmado mais uma vez na pesquisa do sempre amigável Ibope, divulgada nesta 5ª feira. 37% dos eleitores não votam nele de forma alguma. O tucano tenta se proteger com uma campanha escondida para não ampliar um sentimento entranhado na opinião pública. A mídia o poupa. Mas não há vacina publicitária para esse traço auto-imune. Russomano, um outsider, já empata com Serra em intenções de voto (ambos com 26%); pior, venceria o tucano com 42% contra 35% num eventual 2º turnos. O ex-governador tem piores dias pela frente. Hoje luta contra a própria imagem na sombra; a partir de 21 de agosto enfrentará  Fernando Haddad no campo aberto do horário eleitoral. O petista saltou de 6% para 9% das intenções de voto na semana em que divulgou seu programa municipal. O resultado evidencia que só tem um grande adversário por enquanto:o desconhecimento do eleitor. Esse mal tem cura. São quase sete minutos diários em 45 dias de propaganda para dizer ao eleitor não apenas quem é e o que pensa, como também para mostrar o que pensa dele um ex-presidente da República que deixou o cargo com 80% de popularidade --depois de oito anos espicaçado pelo PSDB de Serra.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Governo lança programa de concessões de rodovias e ferrovias


O programa prevê a duplicação de 7,5 mil quilômetros de rodovias e a construção de outros 10 mil de ferrovias, com previsão de investimento total de R$ 133 bilhões, sendo R$ 79,5 bilhões já nos primeiros cinco anos. “Nós, aqui, não estamos nos desfazendo de patrimônio público para acumular caixa e reduzir dívida. Nós estamos fazendo parcerias para ampliar a infraestrutura do país, para beneficiar sua população e seu setor privado, para saldar uma dívida de décadas de atraso em investimentos em logísticas e, sobretudo, para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff.

Brasília - O governo federal lançou nesta quarta (15), em cerimônia no Palácio do Planalto, o Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias, que prevê a duplicação de 7,5 mil quilômetros de rodovias e a construção de outros 10 mil de ferrovias, com previsão de investimento total de R$ 133 bilhões, sendo R$ 79,5 bilhões já nos primeiros cinco anos. “É o maior programa do gênero que já se fez no país”, anunciou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Segundo ele, a iniciativa faz parte do Programa de Investimentos em Logística que, na próxima semana, anunciará também mudanças na política de concessões de portos e aeroportos, com o objetivo de integrar os diferentes modais, reduzir custos e ampliar a capacidade de transporte, promover a eficiência e aumentar a competitividade do país, além de estimular o investimento nacional e internacional no setor.

A presidenta Dilma Rousseff disse que os investimentos em logística significarão “menor custo para quem produz, para quem paga impostos, e, fundamentalmente, mais e melhores empregos”. “Nosso modelo de desenvolvimento deu certo e iremos preservá-lo. Mas preservá-lo consiste em aprofundá-lo. Para continuar sendo justo, o Brasil precisa ter uma economia cada vez mais competitiva. E isso implica em custos mais baixos de infraestrutura”, afirmou.

A presidenta destacou o acerto do governo brasileiro em adotar um modelo de desenvolvimento baseado no trinômio desenvolvimento, crescimento e inclusão social. “Poucas vezes na história um projeto estratégico para o Brasil deu resultados tão positivos e também tão promissores”, disse.

Segundo ela, o Brasil se tornou a sexta economia mundial, com estabilidade, respeito aos contratos, situação fiscal equilibrada, crescimento do emprego e ampliação da renda dos trabalhadores. “Nós criamos um dos maiores mercado interno de consumo do mundo. Com isso, nós tornamos o Brasil um país menos desigual”, continuou.

Concessão X privatização
A presidente refutou, desde já, possíveis críticas ao sistema de concessões. “Nós, aqui, não estamos nos desfazendo de patrimônio público para acumular caixa e reduzir dívida. Nós estamos fazendo parcerias para ampliar a infraestrutura do país, para beneficiar sua população e seu setor privado, para saldar uma dívida de décadas de atraso em investimentos em logísticas e, sobretudo, para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios”, ressaltou.

Em coletiva à imprensa, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, também defendeu a parceria público-privada. “Esse programa se soma ao grande esforço de investimento que é o PAC. As concessões não substituem as obras públicas, mas as completam”, esclareceu.

Segundo ele, a duplicação das rodovias envolverá a concessão 2,3 mil quilômetros a mais do que o já realizado até agora, com previsão de investimentos de R$ 42 bilhões. São nove lotes de obras, envolvendo corredores que se articulam com outras rodovias do país. “É mais do que tudo o que já foi feito até hoje em termos de rodovias”, enfatizou.

Já as ferrovias devem receber R$ 56 bilhões só nos cinco primeiros anos, e R$ 35 bilhões nos seguintes. No total, são 12 empreendimentos que favorecem o escoamento de grãos, minério e produção siderúrgica. “Aqui está se desenhando uma grande rede nacional de grande capacidade”, afirmou o ministro.

Ele frisou que os investidores terão condições bastante favoráveis de financiamento, com subsídios expressivos. Os investimentos serão financiados com juros de TJLP + até 1% ao ano, carência de cinco anos e amortização em 20 anos para rodovias e 25 para ferrovias, além de grau de alavancagem entre 65% e 80%.

Também assegurou que usuários não serão prejudicados. De acordo com ele, seleção dos vencedores das concessões se dará por menor preço de tarifa de pedágio, não haverá cobranças em áreas urbanas e a cobrança só será iniciada após a conclusão de pelo menos 10% das obras. O ministro destacou também que as obras iniciais deverão gerar 150 mil empregos diretos.


Fotos: Wilson Dias/ABr

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dilma cria Amazul para fazer submarino nuclear

O Brasil não é mais aquela mirrada economia Dependente dos neolibelês (*)


O Conversa Afiada tomou a iniciativa de ouvir o deputado Edson Santos, do PT do Rio – leia também sobre a luta dele para deixar os pobres no Jardim Botânico do Rio – sobre a aprovaçao da Amazul no Congresso.

Foi no programa Entrevista Record Atualidade.

A prova de que o Brasil não é mais aquela mirrada economia Dependente dos neolibelês (*), leia o que a Presidenta Dilma fez:

Governo autoriza nova estatal para construir submarino atômico


BRASÍLIA – O governo do Brasil acaba de criar uma nova estatal. O “Diário Oficial” desta quinta-feira traz a previsão de instituição da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), empresa que será responsável pelo Programa Nuclear da Marinha Brasileira, que inclui a construção do primeiro submarino a propulsão atômica do país.

A Amazul, cujo nome deriva do entendimento de que a costa brasileira possui biodiversidade similar à da Amazônia, será criada a partir de uma cisão da estatal já existente Emgepron, também ligada à Marinha.

Segundo a Lei 12.706, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Amazul terá como objeto “promover, desenvolver, absorver, transferir e manter tecnologias necessárias às atividades nucleares da Marinha do Brasil e do Programa Nuclear Brasileiro – PNB”, além de lidar diretamente com os submarinos.

O submarino nuclear brasileiro está atualmente em construção em Itaguaí (RJ). No entanto, a Amazul terá sede em São Paulo (SP).
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Globo se assanha e 'panfleta' pela privatização da Petrobrás


O jornalão "O Globo" ficou assanhado e publicou um artigo de um tal de Rodrigo Constantino com o título "Privatizem a Petrobras".

O assanhamento foi por conta de um único prejuízo em um trimestre, que não se repetirão nos próximos.

O argumento é a velha ladainha neoliberal demotucana: o livre mercado é que deveria definir o preço da gasolina sem interferência do governo, e a empresa não poderia construir plataformas no Brasil, pois ele acha que uma concorrência internacional poderia economizar alguns trocados.

O tucanófilo entreguista se esquece que a Petrobras chegou ao tamanho que é, realizou a exploração no pré-sal, e é uma das maiores responsáveis por desenvolver o mercado de biocombustíveis, graças a ser estatal. Além disso, as encomendas que faz na indústria brasileira gera empregos que proporcionam renda para o consumo dos próprios produtos que vende, e tem função macroeconômica no equilíbrio da balança cambial.

Fosse a empresa dada de bandeja para a Chevron, como querem estes vendilhões da pátria, a "mão invisível" do mercado poderia achar mais barato soltar bombas em países como a Líbia para comprar petróleo mais barato lá do que desenvolver a produção de poços de petróleo em águas ultra-profundas do pré-sal. Esse fenômeno aconteceu na Argentina, com a Repsol privatizada abandonando a exploração para importar petróleo, gerando rombos na balança comercial.

Para êxtase de gente como José Serra, Aécio Neves e FHC, o artigo chama a petroleira de "Petrossauro", como chamava Roberto Campos, e ainda tem o disparate de dizer que o Brasil importa derivados pela empresa ser estatal, o que é uma justamente o contrário. Quando a Petrobras estava sendo desmontada pela gestão demotucana, eles se recusavam a investir em refinarias. A mão invisível do mercado acha pouco lucrativo esse investimento, e prefere exportar petróleo e importar gasolina. Resultado: os governos Lula e Dilma estão tendo que correr atrás do prejuízo.

O guru tucano ainda tem a cara-de-pau de chamar de eficiência a privataria do sistema Telebrás, quando a falta de eficiência das teles privadas chegou ao ponto de serem proibidas de vender novas linhas, enquanto não se enquadraram com investimentos adequados para prestar um serviço público decente.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Inadimplência vai cair. Não se assuste com a Globo



A “inadimplência” se tornou tema obrigatório da pauta da imprensa Golpista.

… texto do Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência  … aponta que a perspectiva da inadimplência do consumidor teve recuo de 1,5% em maio de 2012, na comparação com abril/12. Como, por sua metodologia de construção, o indicador possui a propriedade de antever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, a sequência de quedas mensais realizadas pelo indicador sinaliza que a inadimplência do consumidor, após ter subido ininterruptamente desde o início de 2011, deve se estabilizar e, posteriormente, entrar em trajetória de recuo ao longo do segundo semestre deste ano.




Até o Globo Repórter, com o incomparável Sergio Chapelin, a mais bela voz do Brasil, decidiu fazer um estudo sobre a inadimplência no Brasil.
A “inadimplência” se tornou tema obrigatório da pauta da imprensa Golpista.
Sim, como a provisória desacelaração da economia.
Na capa da Folha (*) desta sexta-feira, a propósito do que disse a Dilma (“o importante não é o PIB, mas a criança”), há o emprego de um verbo que não costuma frequentar manchetes escandalosas: “Com o PIB em queda, Dilma DESDENHA do indicador” !
O PiG (**) não se controla !
Sobre o PIB, cabe lembrar o que tem dito o Delfim Netto no Valor: no fim do ano, a economia vai rodar à base dos 4% anuais.
O que reforça o que diz a OCDE: o será Brasil a primeira economia a sair da crise (mundial).
Sobre a inadimplência, o Delfim contou a história do Zezinho.
O Zezinha não tinha dívida.
Vivia muito bem com a renda de R$ 2.000.
Aí, o Zezinho comprou um Minha Casa Minha Vida e passou a ter uma dívida de R$ 500 por mês.
O nível de endividamento do Zezinho se tornou gigantesco !!!
Que horror !
Na penúltima reunião do Copom, a análise do Banco Central sobre a execução da política monetária não revela a MÍNIMA preocupação com a rigidez dos bancos brasileiros – ou seja, não teme o calote, a inadimplência.
Quem reclama muito da inadimplência é o Banco do Luciano Huck, como boa desculpa para não reduzir os spreads.
A “crise da inadimplência” nada mais é do que uma das periódicas crises golpais (e globais).



Em tempo: a manchete da seção de Economia do Globo (sempre O Globo !) é reveladora: “Grande nação, mas o PIB …” “Presidente diz que número (do PIB) não pode medir um país”. Interessante. É que a Globo do Roberto Marinho gostava mesmo é do tempo em que o PIB era espetacular e a Nação uma desgraça. A ponto de o próprio general presidente dizer que a Economia ia bem e o povo ia mal. Aí, o Roberto Marinho deitava e rolava. Os filhos dele – que não têm nome próprio – têm que ralar mais.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Supremo sepulta neolibelismo (*) nos EUA

Obama entrou para a História. O que deve facilitar a sua re-eleição

O Supremo americano aprovou por 5 a 4 o programa do SUS de Obama.

De agora em diante, todo americano tem direito a um plano de saúde e, se não quiser ter, pagará uma taxa.

Como demonstra Paul Krugman.

A decisão histórica beneficia diretamente 30 milhões de pobres americanos e todo trabalhador que corre o risco de perder emprego e, com ele, o plano de saúde da empresa.

É uma mudança que, segundo o New York Times, lembra outros presidentes Democratas, como Franklin Rossevelt e Lyndon Johnson, que criaram os mecanismos mais poderosos de proteção social.

Obama entrou para a História.

De todos os países desenvolvidos, os Estados Unidos eram o único que não tinham um SUS.
O que deve facilitar a re-eleição de Obama.

Ele se elegeu com essa promessa: dar um SUS a cada americano.

Segundo o próprio New York Times e o Huffington Post, o SUS do Obama é a mais profunda derrota das políticas neo-liberais – aqui, neolibelistas (*) – que prodominaram nos Estados Unidos desde Ronald Reagan (aqui copiadas pela dupla das sombras, o Farol e o Cerra).

O SUS do Obama mexe, pela primeira vez, na estrutura do Imposto de Renda e revê o regime de isentar os ricos, imposta por Bush, filho.

Em busca do Pirlo, no Itália e Alemanha, o ansioso blogueiro caiu na esparrelha de assistir a um trecho lamentável do jorgal da nlobo (revisor, não mexa nisso !).

O âncora William Traack (segundo a amiga navegante Severina) e notável analista de Nova York demonstraram de forma inequívoca que a vitória na Suprema Corte foi a maior derrota que Obama poderia ter sofrido: uma desgraça !

Mitt Cerra Romney vem aí, presidente da nlobo.

E que o Brasil tem um SUS desde a Constituição de 1988 – modestamente.

Cabe lembrar que o Supremo brasileiro também tem derrotado de forma categórica os defensores do neolibelismo tupiniquim e doutrinas raciais extravagantes.

O STF aprovou as cotas raciais, com impecável relatoria do Ministro Lewandowski, e o ProUni.

O neolibelimso resiste!

No PiG (**) !

Em tempo: não terásido por acaso que a ultra direitista Fox, a Globo americana, e o âncora Wolf Blitzer, o Traack da CNN, noticiaram que o Obama tinha perdido.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O problema não é a Fátima (5,9%). É a Globo

A distância que vai do tele-teleprompter à Oprah Winfrey é a que separa o genial do ridículo.

O que voce vê na foto é um tigre de papel


Nesta quinta-feira, o SBT deu 6,3%, a Fátima, 5,9% e a Record, 4,8%.

Isso é a média no horário, segundo prévia do Globope e, geralmente, a Globo melhora no Globope, depois que o jogo acaba.

Nenhum programa da televisão brasileira foi tão badalado quanto o da Fátima.

Só a estreia da seleção brasileira na Copa.

O que deu errado ?

A Fátima ?

Não, a Fátima sempre foi a Fátima, como o Bonner sempre foi o Bonner.

Se tirar do meio do sanduíche das novelas das Sete e das Oito … é isso aí.

A distância que vai do tele-teleprompter à Oprah Winfrey é a que separa o genial do ridículo.

O problema é a Globo.

A Globo perdeu a mão.

O Brasil se mudou e a Globo faltou ao Encontro.

A Globo está em busca da Classe C ?

Isso é uma quimera.

A Classe C é do tamanho de uma Espanha, de uma Argentina vezes dois, vezes três.

Conquistar a Classe C, saber o que é, o que pensa e o que quer a Classe C é tão difícil quanto entender a Miriam Urubóloga, quando ela diz assim … “o problema da economia brasileira”…

A Globo está como o PSDB e o Fernando Henrique: agora, somos da Classe C !

A Globo, o PSDB e o Fernando Henrique são de um Brasil que ficou pra trás.

A Classe C está em toda parte.

As Classes A, B, C e D são tão parecidos quanto Cerra e o Max.

Distinguí-las exige mais do que 1001 pesquisas.

Saber como tocar neles, chegar a eles, provocar emoção – aí, amigo, tem que perguntar ao Dias Gomes, ao Boni.

Do novo Brasil, de A, B, C, D e Z  a Globo não entende mais.

Ou melhor, o jornalismo da Globo.

O jornalismo da Globo não entende mais nem de fazer telejornalismo.

Telejornalismo na era da internet.

Continua a fazer o telejornalismo do Armando Nogueira – com uma inclinação política ainda mais nociva.

Nesse campo, a Globo brinca com fogo.

É bom ela não esquecer que explora um bem público – o espectro eletro-magnético, em regime de provisória concessão.

O que tem a Globo ?

A teledramaturgia.

Que, no Brasil, é uma invenção dela.

A carpintaria é dela, o léxico é dela.

Nisso, ela é hegemônica.

Porque é quem faz melhor o produto que ela mesma criou.

É a Coca-Cola das emoções.

Então, vai dizer que a Globo domina a Classe C quando exibe novelas ?

Vai dizer que a Avenida Brasil é boa só porque retrata a Classe C do Divino ?

Tá.

Me dá um Marcos Caruso que eu te dou a Classe A, B, C, D …

Nas telenovelas ela domina porque faz um bom produto.

Criou o mercado e o produto.

No resto, ela perdeu a mão.

Não sabe mais onde o Brasil se localiza.

Se na Metrópole ou na Colonia.

Se em Madureira ou em Marechal.

(Na Barra é que não é.)

Pode botar todos os programas da Globo para chamar o jornalismo da Globo.

Jogar toda a mídia espontânea em cima.

Dá nisso: 5,9%.

Fora da dramaturgia, a Globo é um tigre de papel.


Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Selic de 8,5% é nunca dantes

Saiu na Agência Brasil:

Copom reduz taxa básica de juros para 8,5%, a menor desde 1999

Stênio Ribeiro

Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu, hoje (30), para 8,5% ao ano a taxa básica de juros que remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). É o nível mais baixo da taxa Selic, desde que a atual política monetária foi adotada, no início de 1999.

A redução veio em linha com as expectativas da maioria dos analistas financeiros, como mostra o boletim Focus, divulgado pelo BC na última segunda-feira (28).

Foi a sétima redução consecutiva da taxa básica de juros, que chegou a 12,5% em julho do ano passado, começou a declinar no mês seguinte e, desde então, caiu 4 pontos percentuais.

A definição da Selic em 8,5% foi unânime. “O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O comitê nota ainda que até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária”, disse o comitê em nota. A decisão é sem viés, ou seja, não será alterada até a próxima reunião do colegiado.

(…)



A dívida do Governo cai.
A nova regra da poupança exige que todo o sistema financeiro reduza seus custos.
Fundos de investimento vão ter que correr risco e comprar papel das empresas.
Fica mais barato comprar carro e geladeira.
Um horror!
Os neolibelês (*) se dedicarão a dar notícias da Espanha e, breve, da Itália.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Urubóloga( Miriam) ameaça invadir a Argentina

O Bom (?) Dia Brasil desta terça-feira dedicou mais espaço à Cristina Kirchner do que ao José Dirceu.

Com o jn é diferente: o jn instalou  CPI do Dirceu.

E ministros do STF, correspondentemente, vão ao PiG, aparentemente com o mesmo secreto desejo: condenar o Dirceu a tempo de eleger o Cerra em São Paulo, para que o PSDB tenha um candidato em 2014.

A Urubóloga se concentrou naquilo que o amigo navegante chamou de reestatização da Petrobrax.

A Urubóloga previu o “efeito boomerang”: o mundo saberá dirigir sua ira à Argentina.

(Como se a Espanha ainda tivesse algum canhão …)

E a Petrobrás vai pagar caro, porque, breve, a Cristina vai expropriar a Petrobrás de lá.

Ou seja, pela primeira vez na vida, a Globo defende a Petrobrás.

A Globo reage como o Clarín, aquele empresa que detinha na Argentina os mesmos privilégios que a Globo tem aqui e foi devidamente contida numa Ley de Medios.

Clarín e Globo – é tudo o mesmo.

O que a Urubóloga e seus discípulos – um deles agora fica em Londres – poderiam observar é que as companhais de telefonia e de energia elétrica no Brasil deveriam ficar de olho.

Essa história de não investir no Brasil e mandar o dinheiro para fora pode custar caro.

É o que fazia a Repsol espanhola.

Desde que o Carlos Menem, o FHC a Argentina, entregou a Petrobrax aos espanhóis.

A Repsol sentou-se em cima de magníficas reservas, enquanto as importações argentinas de energia cresciam aceleradamente.

Para entender melhor as razões da Argentina, ler na Carta Maior: http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=954

Aqui, a Folha se vale de um articulista do Clarín e ex-Ministro do Menem (o FHC argentino) para explicar o que aconteceu, na pág. A13.

E o Valor reproduz reportagem do Wall Street Journal na pág. A13 para tratar do assunto.

O Wall Street Journal (propriedade do Robert(o) Murdoch Civita)  está muito preocupado: quanto a Cristina pretende pagar pelos 51% da Repsol na empresa estatizada, a YPF ?

O Conversa Afiada tem uma sugestão a fazer à líder argentina.

Copiar o engenheiro Leonel: quando governador do Rio Grande do Sul, estatizou empresas de telefonia e energia americanas e pagou um cruzeiro.

Um cruzeiro em dinheiro.

Muito justo.

(Não foi à tôa que o Dr Roberto passou a vida a perseguir o Brizola. Como os filhos – eles não têm nome próprio – fazem hoje com o Lula e a Dilma.)


Paulo Henrique Amorim