Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

PEDRO CARDOSO DETONA GLOBO E CIA LTDA......


Globo não transmite último amistoso da seleção olímpica de futebol

AFP PHOTO/Will Oliver
O atacante Neymar é assediado pela imprensa no desembarque da seleção olímpica em Londres
O atacante Neymar é assediado pela imprensa no desembarque da seleção olímpica em Londres
Fato raríssimo, a Rede Globo não vai transmitir um amistoso da seleção brasileira de futebol. Marcado para sexta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), o jogo contra a seleção da Grã-Bretanha é preparatório para os Jogos Olímpicos de Londres, que começam no próximo dia 27.
A partida será disputada em Middlesbrough, na Inglaterra, e terá transmissão exclusiva do canal pago SporTV. No horário do jogo, a Globo programa exibir um capítulo de "Chocolate com Pimenta" e o filme "Lilo & Stitch".
A última vez que a Globo não exibiu um amistoso da seleção foi no dia 10 de agosto de 2010, na estreia de Mano Menezes como técnico da equipe. Marcado para às 21h, mesmo horário em que a emissora exibia então a novela “Passione”, o jogo contra os Estados Unidos foi vencido pela seleção por 2 a 0.
A Globo detém os direitos de transmissão para TV aberta de todos os amistosos da seleção brasileira. Os direitos de mostrar a equipe em ação durante os Jogos de Londres, porém, pertencem à Record, o que pode explicar o desinteresse em exibir esta última partida antes da competição.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sky combate programação nacional

 

Contra o obscurantismo da Sky, em defesa da diversidade de conteúdo nacional

A Sky iniciou uma forte campanha em que mobiliza seus usuários contra a lei 12.485, sancionada em setembro de 2011 e que deve ser regulamentada até este mês de março. A empresa combina argumentos mentirosos com falácias numa defesa oportunista da liberdade de escolha do usuário. Na campanha, a empresa reúne atletas dos clubes de vôlei e basquete que ela patrocina para apontar uma série de supostas ameaças trazidas pela lei e conclamar o usuário a se manifestar no STF e diretamente na Ancine. A empresa usa a boa fé do usuário da TV por assinatura e de atletas de renome do esporte nacional para defender disfarçadamente seus próprios interesses comerciais. O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação rechaça essa estratégia desonesta e chama atenção dos usuários da Sky para que não sejam ludibriados pela propaganda enganosa da empresa.

Surpreendentemente, nenhuma das sete afirmações principais feitas pela empresa na propaganda exibida se sustenta. Frente ao grande número de acusações infundadas, é fundamental enfrentar cada um dos argumentos.

Você é a favor da liberdade na TV por assinatura? - A frase que abre a campanha da Sky sugere duas coisas: primeiro, que há hoje liberdade na TV por assinatura. Segundo, que essa liberdade está ameaçada. As duas premissas são falsas. Hoje, o usuário não tem liberdade de contratar os canais aleatórios de forma avulsa, nem construir seus próprios pacotes e nem comprar canais que a operadora não quiser lhe oferecer. Exemplo recente e oportuno é a dificuldade do usuário em ter acesso à Fox Sports, que transmite a Libertadores da América, porque as operadoras (como a Sky) não querem oferecê-lo. Além disso, a lei não fere em nada a liberdade do usuário. Ao contrário, ela busca ampliar a oferta, com a entrada de novos canais e de mais concorrentes entre as operadoras, e assim gerar mais diversidade e opções.

Uma lei poderá mudar toda sua programação de TV por assinatura – a lei 12.485 altera pouco da programação para o usuário comum. Por meio de cotas de conteúdo brasileiro e independente, que somam 3h30 por semana (!) e no máximo doze entre as dezenas de canais disponíveis, ela busca ampliar a oferta de conteúdo brasileiro e dar espaço para as produtoras independentes que hoje não têm espaço e liberdade de veiculação de sua produção. A cota incide apenas nos canais que transmitem majoritariamente, em seu horário nobre, filmes, séries, documentários, animações e reality shows.

A lei não considera esporte e jornalismo como conteúdo nacional – Não é verdade. A lei considera sim esses conteúdos como nacionais, mas não impõe cotas de veiculação de esportes. Os canais de esportes não entram na conta das cotas, não tem obrigações de cotas e continuam sendo ofertados normalmente sem qualquer alteração.

Haverá menos esporte na programação – não faz nenhum sentido afirmar que haverá menos esporte na programação. Os canais esportivos não são impactados em nada pela lei. Se a empresa quiser ofertar um pacote só de canais esportivos pode fazer isso à vontade, e não tem de abrir nenhum minuto de cotas de conteúdo brasileiro e independente. A lei não interfere em nada na quantidade de conteúdo esportivo na programação.

Esta é uma grave intervenção nos meios de comunicação – as regras estabelecidas na nova lei estão longe de ser uma grave intervenção. Na verdade, regras como essas existem em todas as democracias avançadas no mundo. Todos esses países constroem instrumentos de regulação para garantir mais pluralismo e diversidade de conteúdo, e para fazer com que a liberdade de expressão seja ampla, e não valha apenas para os donos de meios de comunicação.

Agência reguladora terá poderes para controlar o conteúdo da TV paga – a Ancine não terá poder para controlar o conteúdo, apenas irá zelar pelo cumprimento das regras definidas democraticamente pela lei. Problema seria se houvesse uma lei sem nenhum órgão responsável pela sua fiscalização.

A lei vai gerar impacto no preço da assinatura e na liberdade de escolha – como já foi dito, a liberdade de escolha do usuário, hoje pequena, só aumenta, não diminui. Em relação ao preço da assinatura, a tendência é justamente a contrária. A lei amplia a concorrência e deve fazer com que, em médio prazo, o usuário pague menos pelos pacotes.

É preciso ficar claro que a campanha da Sky não defende o interesse do usuário nem do esporte nacional. O problema para a empresa é que, ao permitir a entrada das empresas de telecomunicações no mercado de TV a cabo, a lei cria concorrência em vários locais em que a Sky é hoje a única opção do usuário. O que está em jogo, portanto, são os interesses comerciais da empresa.

A lei já foi aprovada e sancionada em setembro, e a Sky está apoiando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que tenta derrubá-la no Supremo Tribunal Federal. O momento atual é de definição da regulamentação da lei, e o mais importante é justamente garantir que os objetivos de ampliação da diversidade e da pluralidade sejam materializados. Para isso, qualquer iniciativa de debate democrático é bem-vinda. Só não valem propagandas obscurantistas e falaciosas como essa da Sky.

FNDC
(Coordenação Executiva: CUT – Central Única dos Trabalhadores, Abraço – Ass. Brasileira de Radiodifusão Comunitária, Aneate – Ass. Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões, Arpub – Ass. das Rádios Públicas do Brasil, , Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, CFP – Conselho Federal de Psicologia, Fitert  - Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão, Fittel – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O público alvo da TV paga: ricos, idiotas e débeis mentais

Férias no cabo
“O catastrofismo é tanto, não só na ficção como no documentário, que os americanos devem achar uma merda este mundo no qual eles mandam”
Márcia Denser

Férias na tevê a cabo virou show de horror para débeis metais. Literalmente. Só tem filme de humor ou terror adolescente de quinta categoria e todos os harrys potters possíveis, reprisados pela 125ª vez. E com destaque!!!! Como se fosse um privilégio INIMAGINÁVEL o idiota do assinante poder assistir este lixo again and again and again. Ad nauseummmmmmmm.

Será que acabaram os adultos do planeta? Ora habitado única e exclusivamente por débeis mentais de 8 a 80 anos? É isso que imaginam (ou têm absoluta certeza) os magnatas das telecomunicações & associados provedores da América Latina via Satélite?

E tome “american way of life” – que nunca foi nem será nosso estilo – por todos os motivos óbvios, salvo para os ricos, idiotas e débeis mentais ou só os muito ricos, os muito idiotas e respectivos filhotes muitíssimo débeis mentais. Dentro destas categorias – ricos, idiotas e débeis mentais – eles são legião, ergo, suas combinações serem infinitas.

Aí acrescente-se a sessão da tarde que só joga basebol, hóquei no gelo, golfe, futebol americano – e todo o folclore em torno desses esportes alienígenas para nós, brasileiros (salvo ricos, idiotas e débeis mentais, é claro). Ah, sim, e as “team-leaders”, of course, esta uma categoria à parte, muito em moda entre nossas adolescentes ricas ou idiotas ou débeis mentais, ou os três.

E tudo por quê? Porque os americanos magnatas das telecomunicações resolveram, quanto às suas targets para o cone sul, “que não existem adultos na América Latina”. Não existem seres racionais abaixo da linha do Equador? Que humor/terror adolescente com efeitos especiais são a NOSSA PRAIA! Que hóquei no gelo, golfe, basebol e futebol americano – também com efeitos especiais, folclore específico, sem contar as “team-leaders” – são A PROGRAMAÇÃO IDEAL DE FÉRIAS para as crianças, adolescentes, jovens, pais, tios, primos, avós brasileiros/peruanos/argentinos/chilenos/ venezuelanos/bolivianos/equatorianos, e por aí vai”.

Bom. Pode ser a PRAIA DELES (unanimemente ricos, idiotas e débeis mentais), a nossa é que não é.

Quer dizer, de toda essa “gentinha, essas trezentas e tantas milhões de criaturas, este Third World sem remédio nem conserto, aliás, onde já se viu NASCER já falando português ou espanhol? A incivilização vem do berço (que berço? Essa gente nem sabe o que é isso! God damn it!). Nem parecem pertencer ao mesmo continente – a América – não têm nem estatura nem cabeça para incorporar nosso estilo. Sem contar a cor da pele, resultado desta horrenda miscigenação! Verdadeiro Third Horror! A cura pra isso? Extermínio em massa, of course. E estamos conversados."

Voltando à tevê e deixando o extermínio de lado: se salvam os desenhos animados, aliás ótimos, tipo A Era do Gelo 3 – cujo diretor é um brasileiro – Madagascar, Shrek 1,2,3,4, etc. Mas, de qualquer forma, prevalece o conteúdo alienado – avatares, magia, terror, efeitos especiais, ficção científica, fantasias calhordas, fadas, bruxos, castelos “encantados” com regras dos colégios ingleses, vida depois da morte, paranormalidade, espiritismo, vampirismo, monstrismo, satanismo, angelismo – QUALQUER COISA, desde que se fuja completamente da realidade.

Hollywood só existe a anos luz da realidade: ou existe no passado (inglês ou norte-americano, entenda-se, “uma vez que não existem outros”, tipo O Patriota, A Outra, A Duquesa, A Rainha) ou no futuro (Avatar, 2012, O dia depois de amanhã, Extinção) ou no fantástico (Harry Potter, A Saga do Anel, As Crônicas de Nárnia).

E quando falam do aqui-agora, dá-lhe hóquei no gelo ou basebol ou futebol americano ou golfe ou humor e sexo grosseiro e aborrecente do Alabama ou Ohio ou Massachussets ou Kansas ou Colorado ou Texas ou LA ou NYC. É foda.

Romance “clássico”? Experimente Amor sem escalas com George Clooney cuja festejada ocupação é demitir numa boa, “sem escalas”, pessoas de norte a sul do país. De abaixar o pau até do capeta.

Pintando em todos há décadas: soltar gazes e vomitar. Dum realismo nauseante.

O catastrofismo é tanto, vide Discovery e National Geographic, não só na ficção como no documentário, que os americanos devem achar uma merda este mundo no qual eles mandam.

Divirtam-se!

Márcia Denser


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