Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

PEDRO CARDOSO DETONA GLOBO E CIA LTDA......


Globo não transmite último amistoso da seleção olímpica de futebol

AFP PHOTO/Will Oliver
O atacante Neymar é assediado pela imprensa no desembarque da seleção olímpica em Londres
O atacante Neymar é assediado pela imprensa no desembarque da seleção olímpica em Londres
Fato raríssimo, a Rede Globo não vai transmitir um amistoso da seleção brasileira de futebol. Marcado para sexta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), o jogo contra a seleção da Grã-Bretanha é preparatório para os Jogos Olímpicos de Londres, que começam no próximo dia 27.
A partida será disputada em Middlesbrough, na Inglaterra, e terá transmissão exclusiva do canal pago SporTV. No horário do jogo, a Globo programa exibir um capítulo de "Chocolate com Pimenta" e o filme "Lilo & Stitch".
A última vez que a Globo não exibiu um amistoso da seleção foi no dia 10 de agosto de 2010, na estreia de Mano Menezes como técnico da equipe. Marcado para às 21h, mesmo horário em que a emissora exibia então a novela “Passione”, o jogo contra os Estados Unidos foi vencido pela seleção por 2 a 0.
A Globo detém os direitos de transmissão para TV aberta de todos os amistosos da seleção brasileira. Os direitos de mostrar a equipe em ação durante os Jogos de Londres, porém, pertencem à Record, o que pode explicar o desinteresse em exibir esta última partida antes da competição.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Bial sempre fez defesa da moral




 

 
Semana passada estreou Na Moral, programa com Pedro Bial exibido na madrugada. A jornalista Cris, que eu pude conhecer um pouquinho quando dividimos um quarto no 1º Encontro de Blogueiros Progressistas, fez o esforço de ver o programa e escrever sobre ele.
Eu não tenho essa coragem. O programa já disse a que veio quando convidou o “polêmico” Luiz Felipe Pondé. A Folha, que o lançou como colunista, e a grande mídia, que engole tudo que é reaça, quer transformá-lo num novo Paulo Francis. Existe um forte público conservador ávido por revisionismo histórico (daí aberrações como Guia Politicamente Incorreto do Brasil e da América Latina, que viram bestsellers graças aos leitores da Veja) e por aclamação do politicamente incorreto, que virou eufemismo de “Sou reaça e tenho orgulho disso!”. 
É o pessoal do “Vamos fazer uma parada hétero!”, do “Se negros podem usar camiseta de 100% Negro, por que eu não posso usar camiseta de 100% Branco?”, do “feminismo é a mesma coisa que machismo”.
Ninguém sério dá bola pro Pondé. As feministas, por exemplo, o ignoram solenemente, porque a gente sabe que o artigo da semana seguinte será tão programadamente "escandaloso" como o desta semana. Um tempinho atrás, ele escreveu algum artigo falando de Nelson Rodrigues e, mais uma vez, tacando fogo nas mulheres em geral e nas feministas em particular. Pelo jeito, a repercussão não foi a desejada. Pouca gente leu. 

O pior que pode acontecer a um polemista profissional é... não gerar polêmica. Então a Folha entrou em contato com o Blogueiras Feministas implorando para que o grupo se manifestasse sobre Pondé e Nelson Rodrigues (que, apesar de ter sido um dramaturgo genial, também era um reaça de marca maior, e hoje é mais lembrado por frases como “Nem toda mulher gosta de apanhar; só as normais” -– frases citadas como se fossem verdades absolutas, porque, afinal, são repetidas à exaustão). A resposta do grupo foi exemplar: até podemos falar de Nelson Rodrigues; de Pondé, não.
E, no entanto, Pondé está em todas ultimamente. Ele virou, junto com outro filósofo machistóide, o Ghiraldelli, os únicos filósofos no Brasil inteiro. Tem que se perguntar: por que um zero à direita como Pondé recebe espaço na mídia? É justamente por ser de direita e por seguir uma linha editorial muito mais próxima do jornal que uma feminista, ou um ativista do movimento negro ou LGBT. Além do mais, polêmica vende. Ou vendia, na época em que as pessoas ainda liam jornal impresso.
Mas eu queria era falar sobre o Pedro Bial. O que sei do Bial? Muito pouco. Lembro quando ele era correspondente da Globo em algum país, ou vários deles. Havia rumores, minhas leitoras me contaram, que ele bateu na sua ex-mulher, Giula Gam, mas não há queixa formal contra ele. Lembro bem dele no Fantástico, em 98, quando, durante uma matéria sobre balé, podia-se ouvir claramente a voz de Bial dizendo “Isso é coisa de viado”. Ele nunca pediu desculpas.
 
Depois, quando Bial foi pro BBB, eu nem me admirei. A linha entre jornalismo e entretenimento pra alguns veículos é muito tênue. Quem já viu BBB sabe que ele leva a assinatura da Central Globo de Jornalismo. Logo, um jornalista como apresentador não é tão estranho num lugar em que informação e entretenimento não se diferenciam.

Eu vi poucos BBBs (uma ou duas das doze edições?), e achava a pior parte do programa a eliminação de um participante, quando Bial destilava um monte de senso comum e palavras cafonas que os consumidores de Veja e Guias Politicamente Incorretos sobre as Jujubas Amarelas encaram como se fosse um misto de poesia e sabedoria. E, óbvio, fiquei sabendo do “O amor é lindo!” que Bial lançou um dia depois que o país inteiro discutia se rolou um estupro embaixo do edredon.
Mas todas essas memórias são fichinha se comparadas a minha memória mais vívida em relação ao Pedro Miau, repórter e gato. Joinville, 1998. Eu trabalhava numa escola de inglês que alugou um stand numa Feira de Educação que haveria na cidade. É, aquele evento, financiado pela prefeitura da cidade, então nas mãos de Luiz Henrique, era vendido como uma feira da educação. A palestra final, pra um auditório lotado de professor@s, foi dada pelo Prof. Marins, e era basicamente sobre como devemos trabalhar em equipe e, nesta equipe, os pessimistas não têm vez. 
Para ilustrar o seu ponto, Marins disse que o Brasil estava uma maravilha porque vendíamos mais geladeiras que o Canadá (ele não falou, mas eu sabia que a população do Canadá era pouco mais de um décimo da do Brasil), e que não deveríamos dar ouvidos a quem nos dissesse o contrário. Ele também falou, e eu lembro como se fosse hoje, que a gente tinha que parar de pensar no passado e se culpar pelos índios mortos com a chegada dos portugueses, porque, ora, ninguém sabe quantos índios havia nem quantos foram mortos. Marins foi aplaudido de pé. Por educador@s. O pessoal do revisionismo histórico dos Guias Politicamente Incorretos certamente sabe que não está falando nada de novo, pois não?
Mas voltando ao Bial. Ele foi um dos palestrantes convidados (só havia homens entre os palestrantes, embora 90% do público fosse feminino, professoras de ensino fundamental). Eu achei estranho que Bial estivesse num evento sobre educação, mas ele havia publicado alguns livros, não sobre educação, mas eram livros, essas coisas cheias de papel, então devia ser parecido. 
Eu não fui à palestra do Bial porque tinha que ficar no stand da escola, mas nunca vou esquecer quando Bial apareceu. O lugar da feira era grande, meio aberto, com muitos stands. Era preciso passar por um corredor cheio pra chegar aos auditórios. E, quando Bial passou, o barulho foi ensurdecedor. Não estou exagerando. As mulheres (professoras!) gritaram, como se estivessem na presença de um astro da música ou de um galã de novelas. Eu fiquei impressionada, porque nem imaginava que Bial fosse tão famoso, muito menos admirado. E isso foi antes do BBB!
 
Portanto, faz muito tempo que Bial é pop. E, num país preconceituoso em que não se sabe quando acaba a notícia e começa o espetáculo, o pop quase sempre serve pra perpetuar preconceitos.
 
No Escreva Lola Escreva

domingo, 22 de janeiro de 2012

BBB – Bernardo foge da Globo – XXIII



O Conversa Afiada reproduz a seguir trecho de documento oficial do Ministério das Comunicações, enviado através de sua assessoria de imprensa:

” …inicialmente, o Ministério das Comunicações vai identificar se o possível estupro foi veiculado na TV Globo, emissora outorgada concessionária do serviço de radiodifusão de sons e imagens,  fiscalizada pelo ministério, ou apenas nos canais de TV por assinatura, fiscalizados  pela Anatel, nos termos da Lei Geral de Telecomunicações – LGT.

Já foi solicitada à TV Globo a gravação da programação veiculada nos dias 14 e 15 de janeiro de 2012, para degravação.

As imagens serão analisadas e, se estiverem em desacordo com as finalidades educativas e culturais da radiodifusão e com a manutenção de um elevado sentido moral e cívico, não permitindo a transmissão de espetáculos, trechos musicais cantados, quadros, anedotas ou palavras contrárias à moral familiar e aos bons costumes, expondo pessoas a situações que, de alguma forma, redundem em constrangimento, ainda que seu objetivo seja jornalístico (art. 38, alínea “d” do Código Brasileiro de Telecomunicações – Lei n˚ 4.117/62 – c/c art. 28, item 12, alíneas “a” e “b” do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão  – Decreto n˚ 52.795/63), será instaurado Processo de Apuração de Infração neste ministério, cujas sanções cabíveis incluem a interrupção dos serviços (Parágrafo único do art. 63 e multa nos termos do art. 62 do mesmo Código).

Paralelamente, foi solicitado à Anatel que faça também a verificação da veiculação nos canais de TV por assinatura.

Atenciosamente”




Bernardo fugiu da Globo, de novo !
Se houve estupro ou não isso é problema da Anatel.
Com ele, não !
Ele vai peitar a Globo no mesmo dia em que apresentar uma Ley de Medios.
A Anatel não cuida de conteúdo !
Na tevê aberta, a Anatel cuida do espectro de radio frequência, essa propriedade do povo brasileiro que a Globo usa como se fosse um Direito Divino.
Na tevê fechada, onde teria ocorrido a safadeza subededrônica, como diria o Edu, a Anatel cuida da indústria, do negócio.
Na tevê paga, compra-se o que se quiser.
Quem quiser ver safadeza subededrônica, problema do comprador – dirá a Anatel.
Se numa tevê paga um pedófilo ensinar a seduzir uma menor, ou um fanático ensinar a construir uma bomba atômica em casa, também é provável que a Anatel brasileira diga: dane-se.
Comprou, pagou, problema teu, mano !
Mas, com o Bernardo, a coisa é outra.
Ele é quem tem que zelar pelo conteúdo.
Como diz o Ministério Público Fedeal, na explicação do Nassif: o problema não é o estupro.
O problema é o que fazem de um bem público, diante de uma criança de 14 anos.
A Ministra Gleisi e o Ministro Bernardo deixariam um filho de 14 anos assistir ao “amor é lindo” da dupla Boni-Bial ?
Conteúdo é do que trata a Constituição – como explicou o Fernando Brito, no Tijolaço
E é disso que se trata.
O Ministro da Comunicação do Governo Dilma vai fugir da Globo – de novo.
Clique aqui para votar no Não e Sim – Bernardo vai peitar a Globo ?
Aí, um amigo pondera: mas, o Ministro da Justiça também mandou investigar.
Responde o ansioso blogueiro: o Zé (clique aqui para ler por que os amigos do Dantas o chamam de “Zé” ) Cardozo não se mexe de lá para cá, por causa do pêso do preso rabo.
Clique aqui para morrer de inveja da Argentina., com um artigo do professor Venício Lima.
É a tal coisa.
O Brasil é maior do que a Inglaterra e menor do que a Globo.
Clique aqui para ler o excelente artigo do Mino sobre o BBB, os negros de alma branca e a treva.
Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Baixaria na TV há em toda parte, mas no Brasil fica impune

Do último domingo (16/01) para cá, vêm crescendo as reações à baixaria deste ano no Big Brother. Desta vez é uma suspeita de “estupro de vulnerável”, uma hipótese que, segundo a mãe do “brother” acusado, foi lançada na internet pela mãe da “sister” supostamente abusada ao ver sua filha naquelas condições em rede nacional.
A reação começou no mesmo domingo com providência da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, que, “a pedido de cidadãs”, oficiou ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para que investigasse o caso. Em seguida, foi a vez do Ministério Público Federal de São Paulo abrir procedimento para apurar “violação aos direitos da mulher”.
Na segunda-feira, a “sister” supostamente abusada diz, em depoimento à polícia civil, que não foi bem assim e que a bolinação entre o casal rolou consensualmente sob o edredon midiático, descartando a hipótese levantada por sua mãe, a qual fora prontamente acolhida pela sociedade devido ao que encerraria de hediondo caso fosse verdadeira.
Só a partir dali é que as providências tomaram o rumo correto. O MPF-SP anunciou que também irá investigar se a safadeza “subedredônica” constituiu violação dos princípios constitucionais da comunicação social, agressão à criança e ao adolescente – até porque, a classificação indicativa do programa é para 14 anos em vez de 18 – e, por fim, afronta à imagem da mulher, a verdadeira estuprada nesse caso.
Essas providências quase me fizeram ter que engolir o fecho de crônica que escrevi no mesmo domingo em que os fatos vieram à tona, no qual lamentei a impotência da sociedade diante da agressão que a emissora carioca praticara contra si. Disse eu: “Como não há regulamentação da mídia no Brasil, não há a quem reclamar”.
Então, ó crédulo leitor, você dirá que todas essas providências de autoridades me desmentem, certo? Penso que não. Providências têm que gerar efeitos. Do contrário, estimulam a reincidência.
Os efeitos cabíveis que os reiterados abusos da Globo e de outras emissoras – que levam ao ar esse e outros programas que afrontam a cidadania – deveriam gerar seriam multa, suspensão da programação e até cassação da concessão da emissora. Do contrário, não adianta nada o Ministério Público e instâncias do Poder Executivo abrirem procedimentos investigativos.
Eis, aí, o problema. As estripulias da Globo e congêneres não geram nada disso. Os procedimentos abertos em anos anteriores jamais produziram nada.
Em 2011, o Ministério Público Federal recomendou à Globo medidas para “evitar a veiculação de práticas de violação aos direitos humanos, como homofobia, preconceito e racismo”. O órgão tomou aquela decisão após receber mais de 400 reclamações de telespectadores que citavam o baixo nível do apelo sexual do programa.
De nada adiantou. Em uma das festas dos “brothers” que a emissora levou ao ar no ano passado, um rapaz e duas moças protagonizaram uma cena que beirou o sexo grupal, o que fez o MP se manifestar pedindo comedimento quando deveria ter tomado providências mais efetivas já que nos anos anteriores já avisara a emissora sobre tais excessos.
Em 2010, entre as 400 denúncias de abusos do BBB que não produziram qualquer efeito, um caso bizarro. O Ministério Público de São Paulo teve que pedir à Justiça que a Rede Globo orientasse seu público sobre as formas de contágio do vírus HIV após comentário de um dos “brothers” de que “Heterossexuais não contraem Aids”.
Além de as centenas de denúncias de telespectadores naquele ano não terem acarretado conseqüência nenhuma para a Globo, mesmo essa absurda desinformação tendo sido retificada (mas só após pedido do MP à Justiça) não houve penalização da reincidente infratora.
Em 2009, além das cenas de sexo e outras que agridem igualmente a sociedade – ainda que boa parte dela não saiba disso –, o mesmo Ministério Público recebeu denúncias pedindo investigação sobre tortura após três participantes terem sido confinados por longo período em um cômodo sem janelas, com paredes acolchoadas e a luz sempre acesa.
Os casos de tortura consentida pelo torturado são muitos. Esse, em particular, foi no sentido de que, após 18 horas de confinamento, um dos confinados pediu para sair durante um surto psicótico que sofreu. Também daquela vez, cópias das imagens foram requisitadas pelo MP.
Se fosse retrocedendo até edições ainda mais antigas, o material reunido daria um livro.
O que esses casos todos têm em comum? A impunidade dos infratores, claro. Ou seja: não deram em nada. Nem multa, nem suspensão da programação. Nada. Um grande estímulo a que a cada edição do programa os abusos só façam piorar, como de fato aconteceu neste ano.
E nem podemos culpar o Ministério Público, a Secretaria de Políticas para Mulheres ou o Judiciário, onde todas as iniciativas sempre fracassam. Sabe por que, leitor? Porque não há um marco regulatório da mídia e os artigos da Constituição que tratam da comunicação social jamais foram regulamentados.
As pessoas confundem a inevitabilidade de a guerra pela audiência gerar baixaria em qualquer país, mesmo nos mais desenvolvidos, com a ausência de instrumentos para que as autoridades e a Justiça possam punir, de forma até educativa, emissoras que ultrapassarem a linha da legalidade.
Toda vez que digo que o que acontece na televisão brasileira não aconteceria em países desenvolvidos aparece alguém para refutar a afirmação dizendo que esses países também têm reality shows, por exemplo, nos quais também acontecem baixarias como as que temos visto. No post que escrevi no último domingo, aliás, um leitor relatou as baixarias no BBB britânico.
É um erro de avaliação que providencial matéria da BBC Brasil publicada hoje ajuda a reparar. Trata-se de entrevista com o jornalista Torin Douglas, “especialista em mídia da BBC”, na qual ele explica a quilométrica diferença que há entre um país sem regulação da mídia, como o Brasil, e um país como a Inglaterra, onde o rigoroso Ofcom não deixa passar nada.
A entrevista é importante para reflexão da própria Globo, já que a baixaria do BBB fez a audiência do programa disparar também neste ano assim como vem fazendo a cada uma de suas edições. Dos 20 pontos no Ibope registrados no domingo, conforme foi crescendo a dimensão do escândalo a audiência subiu a 36 pontos –80% de acréscimo.
O “especialista em mídia” inglês explica que, no curto prazo, quem apela para a baixaria aumenta a própria audiência, mas, no longo prazo, a reputação da emissora acaba prejudicada.
Segundo o especialista, isso aconteceu com o Channel 4 no caso de Shilpa Shetty, “sister” que teria sido alvo de racismo de outra participante do programa Celebrity Big Brother, em 2007. Depois do incidente, o programa acabou sendo descontinuado.
Além disso, o órgão regulador das telecomunicações na Inglaterra, o Ofcom, considerou válidas as queixas contra a emissora. Depois das reclamações contra o Big Brother, o Channel 4 teve que mudar procedimentos, melhorar processos e criar regras mais rígidas. E vale lembrar, ainda, que a Inglaterra é o país europeu mais liberal nessas questões.
Essas providências (bem) tomadas pelo Ministério Público e pelo governo do Brasil, portanto, só fazem confirmar o que providências idênticas tomadas em edições anteriores do BBB mostraram, que sem um marco regulatório real para as comunicações os procuradores e a ministra continuarão enxugando gelo ano após ano.

Proteste em frente à Globo



O Conversa Afiada publica convocação para protestar contra o Big Brothel Brasil:

Entidades realizam protesto contra a Globo nesta sexta, em São Paulo

A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex), a Rede Mulher e Mídia e o Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação (FNDC) realizam um ato contra a Rede Globo por causa da postura da emissora diante da suspeita de estupro no programa Big Brother Brasil 12, e contra todas as formas de violência contra a mulher. A manifestação será na sexta-feira (20), a partir das 12h, em frente à emissora, em São Paulo.

Segundo as redes que convocam o ato, a Globo deveria ser responsabilizada por quatro motivos: ocultar um fato que pode constituir crime; prejudicar a integridade da vítima e enviar para o país uma mensagem de permissividade diante de uma suspeita de estupro de vulnerável; atrapalhar as investigações de um suposto crime e ocultar da vítima as informações sobre os fatos que teriam se passado com ela quando estava desacordada.

As entidades questionam também a naturalização da violência contra a mulher pela emissora, que transformou um possível abuso sexual em “caso de amor”. Para elas, o próprio formato do programa se alimenta da exploração dos desejos e das cizânias provocadas entre os participantes e busca explorar situações limite para conquistar mais audiência.

O protesto também co-responsabilizará os anunciantes do programa (OMO, Niely, Devassa, Guaraná Antarctica e Fiat), cobrando que eles se pronunciem, retirem seus anúncios do programa ou que os consumidores boicotem os produtos.

As entidades reforçam ainda a necessidade de o Ministério das Comunicações colocar em discussão imediatamente propostas para um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar sobre essas e outras questões.

Protesto contra a postura da Globo no caso BBB


Sexta-feira, dia 20, 12h às 14h


Av. Dr. Chucri Zaidan, esquina da Av. Roberto Marinho

Contatos:


Renata Mielli (Barão de Itararé/FNDC) – 9327-1747


João Brant (Intervozes/FNDC) – 8635-9825


Terezinha Ferreira (Rede Mulher e Mídia) – 9629-4892


Victor Zacharias (Ciranda/Frentex) – 9288-8909


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BBC:Escândalos em reality shows ameaçam reputação de emissoras, diz analista

Para Torin Douglas, especialista em mídia da BBC, incidentes podem ser 'facas de dois gumes'
Os produtores de reality shows como o Big Brother Brasil "têm de monitorar todo o tempo" as interações entre seus participantes, afirma um especialista em mídia da BBC.
Para o jornalista Torin Douglas, episódios como a polêmica sobre uma suposta relação sexual sem consentimento entre Monique Amin, 23, e Daniel Echaniz, 31, no BBB "são como uma faca de dois gumes" para a emissora.
A Polícia Civil está investigando o incidente que teria ocorrido na madrugada do último domingo e resultou na expulsão de Echaniz do programa.
Em depoimento à polícia na última terça-feira, no entanto, tanto Monique como Echaniz afirmaram que houve uma 'troca de carícias' consentida entre os dois.
Para o analista da BBC, o incidente guarda semelhanças com polêmicas ocorridas nos Big Brother britânicos, que levaram, segundo o especialista, a uma perda do interesse de telespectadores pelo formato.
Veja os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil – Episódios polêmicos geram mais interesse por reality shows ou prejudicam a reputação desses programas?
Douglas – São uma faca de dois gumes. No curto prazo, eles aumentam a audiência, mas no longo prazo podem prejudicar a reputação da emissora. Aqui (na Grã-Bretanha) certamente aconteceu isso com o Channel 4 no caso de Shilpa Shetty (que teria sido alvo de racismo de outra participante do programa Celebrity Big Brother em 2007).
Depois do incidente, o Big Brother continuou por alguns anos, mas depois parou.
Hoje o canal não apresenta mais o programa e o interesse pelo formato está caindo. Mas em outros países ainda é popular.
BBC Brasil – Esse caso do suposto estupro no Brasil é novidade em reality shows como o Big Brother?
Tourin Douglas – Não é a primeira vez que a polícia entra em uma casa do Big Brother. Na Grã-Bretanha, os policiais foram chamados para apartar uma briga entre duas pessoas (em 2004, quando um participante ameaçou matar o outro). Na ocasião, o órgão regulador das telecomunicações, Ofcom, considerou válidas as queixas contra a emissora (o Channel 4) por não intervir.
Também houve o caso de bullying e racismo de Jade Goody contra Shilpa Shetty, que virou um incidente internacional no Celebrity Big Brother.
Há inclusive obras de ficção sugerindo que crimes, até assassinatos, podem ocorrer na casa do Big Brother. O livro Dead Famous, de Ben Elton, é um exemplo. É ficção, mas as especulações sobre até onde pode ir a realidade dos reality shows vão longe. Na vida real, polêmica e ilegalidade não são novidade no Big Brother. A questão é se o problema é tratado como um problema do programa, na qual quem atua é o órgão regulador da programação, ou se a polícia vai adiante e indicia os envolvidos.
BBC Brasil – Alguém já teve de prestar contas por incidentes na casa?
Douglas – Sim, depois das duas reclamações contra o Big Brother aqui na Grã-Bretanha o canal teve de mudar seus procedimentos, melhorar seus processos e criar regras mais rígidas para situações assim.
BBC Brasil – Pode haver um lado positivo na exposição desses escândalos? Por exemplo, houve algum lado positivo na polêmica envolvendo racismo na Big Brother britânico?
Douglas – Sim. No fim das contas, o Big Brother levantou um problema que nunca havia sido exposto e discutido de maneira tão abrangente, e de lá para cá as pessoas têm tido mais cuidado com o uso das palavras.
Essas coisas às vezes podem ter um efeito positivo. O que não há dúvida é que com as mídias sociais essas coisas são discutidas muito mais rapidamente.
BBC Brasil – Qual a consequência dessa rapidez com que as imagens se espalham?
Douglas – Eu acho que as mídias sociais criam mais supervisão sobre os produtores dos programas, que ficam sob maior escrutínio do que eles fazem. Claro que eles querem mais audiência, mas ao mesmo tempo precisam estar cientes de que precisam prestar contas por episódios assim.

Estupro no BBB tem patrocínio



BBB e a sociedade imagética da mídia

 
 
Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

Régis Debray escreveu tempos atrás que vivemos sob uma sociedade da imagem e cujo poder se legitima pela sedução. Em termos comparativos, ele afirma que o antecessor da sociedade da imagem era a da escrita com o poder sendo exercido pela autoridade do conhecimento e, antes disto ainda, a sociedade da oralidade e o poder da fala. Uma sociedade da sedução coloca para os indivíduos a valorização do exibicionismo – a sua validade é diretamente proporcional à imagem que constrói.



Acrescento ainda a isto o fato desta sociedade da imagem acontecer em um momento da “desregulamentação” e individualização extremada da sociedade, em que todas as responsabilidades de sucesso ou fracasso cabem ao indivíduo. Vencer a qualquer custo é o imperativo do momento que vivemos, e vencer significa ter capacidade de sedução nesta sociedade imagética. Por isto que a autoridade foi substituída pela celebridade midiática, célebre por tautologia – é famosa por ter espaço na mídia e ponto final.

Esta é a base destes programas de reality shows que povoam a programação da mídia. Temos aquela coisa horrorosa e mimética do mundo corporativo do “Aprendiz” em que jovens são submetidos ao tacão moralista e civilizatório de uma imagem caricata de empresário (feito antes por Justus e agora por Dória). E o mais famoso deles, o Big Brother Brasil, da empresa Endemol e transmitido por estas paragens pela Globo.

Reality show – tradução literal: mostrar a realidade! Mas que realidade? Aquela construída sob os parâmetros dos aparatos tecnológicos e estéticos da televisão. Motrar a realidade não seria tarefa do jornalismo? Mas a realidade que se quer mostrar é aquela enquadrada nos dispositivos ideológicos do momento de uma sociedade imagética, sedutora e que coloca aos indivíduos a busca do sucesso via a sua capacidade de sedução – isto é, o exibicionismo puro e simples.

Floresce, assim, uma das últimas fronteiras de expansão do capital, a indústria da imagem, esta mesma que sustenta toda a indústria do entretenimento (artes, esportes, lazer, eventos) e penetra em outros campos, como na política. Atletas, artistas, cidades, bairros (Cracolândia não, Nova Luz por favor!), produtos, candidatos a cargos públicos são avaliados com base nos seus potenciais imagéticos. Para tanto, contam com um aparato de “especialistas” (consultores, assessores, designers) para cuidar da construção destes simulacros.

E as pessoas comuns que não contam com isto? São jogadas em uma selva onde vale a lei de quem pode mais chora menos. Os seus fracassos são resultados da sua própria incompetência. O cartaz da imagem demonstra isto: “Não seja estuprada” ao invés de “Não estupre”. Aquela idéia de que é a mulher que deve “se preservar”, de “se respeitar”. A culpa é da vítima. Assim como os afrodescendentes – esforcem-se para poder entrar na universidade e não fiquem esperando “favores como as cotas”! De repente as hierarquias raciais e de gênero deixam de existir para entrarmos em um mundo de competências premiadas e incompetências punidas.

Os programas de reality shows consolidam isto – são “gincanas” públicas em que tais pessoas têm sua capacidade testada de sobreviver nestas regras. A polêmica do caso Daniel e Monique é a cereja do bolo desta lógica. Posso tudo, inclusive usar da força de macho para usufruir de uma mulher, deve ter pensado ele. Qualquer problema, o álcool é o álibi. E, de repente, isto pode alavancar uma audiência no programa.

O pay-per-view do BBB vende muito pois se baseia na lógica perversa presente no subconsciente de muitos de poder espiar alguma cena picante (que pode ser simplesmente alguém ficando nu). Qual é o prazer de ficar espiando um bando de pessoas dentro de uma casa? E ainda pagar (!!!) por isto?

“O amor é lindo” foi a primeira reação da emissora, achando que a repercussão do caso iria dar um “up” na audiência do programa que anda em baixa. Mas o feitiço virou contra o feiticeiro. Neste mundo imagético e de lei da selva há ainda os que se indignam. Aqueles que ainda dizem “assim não dá!”. Aqueles que acreditam que a sociedade deve se seguir não pela regra do “vença a qualquer custo”, mas sim de que “vamos construir juntos uma vida digna para todos”.

Avon: Não somos patrocinadores do Big Brother

da Avon, via CDN
COMUNICADO
Diferentemente do que foi veiculado em alguns sites e posts na rede social, a Avon não é patrocinadora do programa Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo. A empresa apenas veicula comerciais de seus produtos nos intervalos da programação da emissora, o que faz com que os anúncios relacionados aos produtos Avon sejam vistos em várias oportunidades ao longo do dia.
São Paulo, 17 de Janeiro de 2012
Leia também:

Devassa, Fiat, Omo, Antarctica, Niely: Quem financia a baixaria, é contra a cidadania.

Carta aberta à Schincariol, Fiat, Unilever, Ambev e Niely

O BBB12 (Big Brother Brasil) é um oferecimento das marcas: Devassa, Fiat, Omo, Antarctica, Niely.

Há anos o programa não é só líder de audiência. É criticado também por muitos como líder de baixarias.

Demorou mas aconteceu uma cena que muitos telespectadores entenderam tratar-se de estupro de vulnerável. A polícia abriu inquérito e investiga o suposto crime.

Desde 2002, uma conquista da sociedade civil organizada levou à campanha permanente por ética na TV, com respeito a dignidade da pessoa humana.

O slogan é "Quem financia a baixaria, é contra a cidadania" (www.eticanatv.org.br).

Só há uma uma empresa parceira, apoiando esta campanha (Ad People).

Nenhuma das cinco empresas que patrocina o BBB é parceira da campanha Ética na TV.

Cada cota de patrocínio do BBB custa R$ 20,6 milhões, segundo o noticiário.

Uma pequena fração desse valor de cada empresa para patrocinar movimentos como o ética na TV, faria uma enorme diferença na qualidade do que se vê na TV.

Programas mais inteligentes e saudáveis, poderiam dar tanta audiência quanto o BBB, se fossem tão bem promovidos, e se os patrocinadores exigissem responsabilidade social.

Como nós, consumidores, devemos lembrar da cerveja Devassa, dos carros Fiat, do sabão Omo, do guaraná Antárctica, e dos cosméticos Niely?

Como marcas associadas à baixaria que financia coisas inescrupulosas a ponto de poderem levar até a ocorrência de estupros, ou como marcas de empresas com responsabilidade social que apoiam a ética, inclusive na tv, e deveriam ser contra a exibição de coisas que ferem a dignidade humana?


Em tempo:
Os consumidores que quiserem reclamar:
Schincariol (Devassa): http://www.schincariol.com.br/index.php/site/fale-conosco
Fiat: http://www.fiat.com.br/fale-com-a-fiat/
Unilever (Omo): http://www.omo.com.br/fale-conosco
Ambev (Antarctica): http://www.ambev.com.br/pt-br/a-ambev/canais-de-comunicacao/fale-conosco
Niely: http://www.niely.com.br/Contato.aspx

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

É Foda!!! Ter Que Discutir Isso, Quando Podia, Cheio de Razões, Proibir.A Constituição é letra morta?

É Foda!!!

O VÍDEO QUE ESTAVA NO "YOU TUBE", FOI CONFISCADO PELA REDE GLOBO

Ninguém tem nada a ver com o que fazem pessoas maiores fazem em sua intimidade, de forma consentida, se isso não envolve violência.
Niguém tem nada a ver com o direito de pessoas expressarem opinião ou criação artística, independente de se considerar de bom ou mau gosto.
Outra coisa, bem diferente, é utilizar-se de concessões do poder público, como são os canais de televisão, sobretudo os abertos, para promover, induzir e explorar, com objetivo de lucro, atentados à dignidade da pessoa humana.
Não cabe qualquer discussão de natureza moral sobre a índole e o comportamento dos participantes. Isso deve ser tratado na esfera penal e queira Deus que, 30 anos depois, já se tenha superado a visão que vimos, os mais velhos, acontecer em casos como o de Raul “Doca” Street, onde o comportamento da vítima e não o ato criminoso ocupava o centro das discussões.
O que está em jogo, aqui, é o uso de um meio público dedifusão, cujo uso é regido pela Constituição:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;(…)
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
O que dois jovens, embriagados, possam ou não ter feito no “BBB” é infinitamente menos graves do que o fato de por razões empresariais, pessoas sóbrias e responsáveis pela administração de uma concessão pública fazem ali.
Não adianta dizer que um participante foi expulso por transgredir o regulamento do programa. Pois se o programa consiste em explorar a curiosidade pública sobre comportamentos-limite, então a transgressão destes limites é um risco assumido deliberadamente.
Assumido em razão de lucro pecuniário: só as cotas de patrocínio rendem à Globo mais de R$ 100 milhões. Com a exploração dos intervalos comerciais, pay-per-view, merchandising, este valor certamente se multiplica algumas vezes.
Será que um concessionário de linhas de ônibus teria o direito de criar “atrações” deste tipo aos passageiros, para lucrar?
Intependente da responsabilização daquele rapaz, que depende de prova, há algo evidente: a emissora assumiu o risco, ao promover a embriaguez, a exploração da sexualidade, o oferecimento de “quartos” para manifestação desta sexualidade, a atitude consciente de vulnerar seus participantes a atos não consentidos. É irrelevante a ausência de reação da jovem, ainda que não por embriaguez. Se a emissora provocou, por todos os meios e circunstâncias, a possibilidade de sexo não consentido, é dela a responsabilidade pelo que se passou, porque não adiante dizer que aquilo deveria parar “no limite da responsabilidade”.
Todos os que estão envolvidos, por farta remuneração, neste episódio – a começar pelo abjeto biógrafo de Roberto Marinho, que empresta o nome do jornalismo à mais vil exploração do ser humano – não podem fugir de suas responsabilidades.
Não basta que, num gesto de cinismo hipócrita, o sr. Pedro Bial venha dizer que o participante está eliminado por “infringir as regras do programa”. Se houve um delito, não é a Globo o tribunal que o julga. Não é uma transgressão contratual, é penal.
Que, além da responsabilização de seu autor, clama pela responsabilização de quem, deliberadamente, produziu todas as cirncunstâncias e meios para isso.
E que não venham a D. Judith Brito e a Abert falar em censura ou ataques à liberdade de expressão.
E depois não se reclame de que as demais emissoras façam o mesmo.
O cumprimento da Constituição é dever de todos os cidadãos e muito maior é o dever do Estado em zelar para que naquilo que é área pública concedida isso seja observado.
Do contrário, revoquemos a Constituição, as leis, a ideia de direito da mulher sobre seu corpo, das pessoas em geral quanto à sua intimidade e o conceito social de liberdade.
A Globo sentiu que está numa “fria” e vai fazer o que puder para reduzir o caso a um problema individual do rapaz e da moça envolvidos. Nem toca no assunto.
Tudo o que ela montou, induziu, provocou para lucrar não tem nada a ver com o episódio. Não é a custa de carícias íntimas, exposição física, exploração da sensualidade e favorecimento ao sexo público que ela ganha montanhas de dinheiro.
Como diz o “ministro” Pedro Bial ao emitir a “sentença” global ( veja o vídeo) : o espetáculo tem que continuar. E é o que acontecerá se nossas instituições se acovardarem diante das responsabilidades de quem promove o espetáculo.
Atirar só Daniel aos leões será o máximo da covardia para a inteligência e a justiça nestes país..

Tijolaço

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sai a lista do Bacanal do Bial



Globo divulga lista da degradação humana do Bacanal do Bial

ENTRE OS PARTICIPANTES DO BBB 12 HÁ UMA PRODUTORA DE FILMES PORNÔS, UM EX-MISTER (?) BRASIL , UM CARA QUE SE INTERESSA POR “MENINOS E MENINAS” (ALÔ SENADOR MAGNO MALTA), E UMA QUAAASE VENCEDORA DO BUMBUM MAIS BONITO DO PAÍS; GARANTIA DE SEXO AO VIVO PARA A FAMÍLIA BRASILEIRA.

QUEM DIRIA QUE UM JORNALISTA COM UMA RESPEITÁVEL BIOGRAFIA FOSSE “COROAR” SUA CARREIRA VIBRANDO COM BAIXARIAS TIPO QUEM COMEU QUEM DEBAIXO DO EDREDOM EM REDE NACIONAL.
O PROGRAMA É A MAIOR FORÇA QUE A DEGRADAÇÃO HUMANA NUNCA TEVE EM PARTE NENHUMA DA HISTÓRIA HUMANA.
Na Roma antiga havia os rituais em homenagem ao Deus Baco, os chamados bacanais, festas luxuriosas que hoje emprestam seu nome para orgias ou outras atividades semelhantes.
O termo 'Big Brother' foi inspirado no livro '1984', escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell, publicado em 1949, e se passava no "futuro" ano de 1984. Nele, havia um governante autoritário, o Big Brother, que comandava todo o ocidente e vigiava a todos por câmeras (chamadas teletelas). Com base no que via, manipulava a forma de pensar dos habitantes. É mais ou menos o que nos incutem na cabeça como a definição de Deus. Um velhinho invisível que fica no céu olhando todos os nossos passos, e com base no que vê, prescreve castigos ou recompensas, decidindo ao fim de nossas vidas se nos manda pro céu ou pro inferno. Vai entender essa diversão divina!
Em 1999, o holandês John de Moll, sócio da empresa Endemol, criou um Reality Show com pessoas comuns, onde estas conviveriam juntas numa casa e seriam vigiadas full-time. O nome do programa foi inspirado no livro de George Orwell.


PS. A quem interessar possa: O ex-repórter e e ex-jornalista Pedro Bial já foi escritor e versado na literatura de Guimarães Rosa (Grandes Sertões) a quem brindou com um documentário cinematográfico!!! Pois vá logo acreditando: é da natureza humana.


Fonte: Toda a internet, menos na Globo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Um filho seu não foge à luta" - Por Pedro Bial

- O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que um filho seu não foge à luta. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e
arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada
história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes,
medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, colocaram o
rabinho entre as pernas e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram
o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia,
inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra
conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.

Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em
nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas,
sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que,
hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de
imprensa.


Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails
clandestinos que circulam Brasil afora.Não sou partidário nem filiado a partido
político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma
Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de
2010. Detesto fujões, detesto covardes!