Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Bolsonaro é a cara – sem máscara – da oposição


Blog Cafezinho: o juiz Moro trabalhou em escritório de advocacia que assessorava prefeito do PSDB no Paraná; a mulher de Moro assessora o governo do PSDB no Paraná ; o irmão de Moro fez campanha pelo PSDB destilando ódio contra o PT nas eleições presidenciais...

 Ditadura brasileira matou 434 pessoas, diz relatório final da Comissão da Verdade, que indica revisão da Lei de Anistia para punir os culpado.

 Congresso aprova a mudança na meta fiscal do governo para 2014 e joga a pá de cal no alarido conservador
  
Carta Maior


bolsonaro Aécio


No meio da tarde da última terça-feira (9/12), estava reunido com blogueiros  discutindo o quadro político atual quando uma jovem que participava da reunião interrompeu o orador do momento para anunciar que alguma coisa chamada “Jair Bolsonaro” grunhiu, da tribuna da Câmara dos Deputados, que só não estupraria a deputada pelo PT gaúcho Maria do Rosário porque ela “não merece” ser estuprada por ele.
Desta vez, Maria do Rosário teve mais sorte. Em 2003, além de dizer a mesma coisa esse portento de “valentia” que atende por “Jair Bolsonaro” ainda empurrou a parlamentar enquanto a chamava de “vagabunda”.

bolsonaro

Porém, esse “homem” não se limitou a agredir moralmente apenas a deputada petista; também cobriu outra mulher de insultos e calúnias, a presidente da República, Dilma Rousseff:

“(…) A Maria do Rosário saiu daqui agora correndo. Por que não falou da sua chefe, Dilma Rousseff, cujo primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba, participou da execução do major alemão? O segundo marido confessou publicamente que expropriava bancos, roubava bancos, pegava armas em quarteis e assaltava caminhões de carga na Baixada Fluminense. Por que não fala isso? (…)”

O sujeito citou o “primeiro” e o “segundo” maridos de Dilma como um anátema. Acusou-os de crimes, mas, na mesma frase, a principal acusação que fez, de forma implícita, foi a de que uma mulher, veja só, é tão questionável moralmente que até já teve dois maridos (!). Para uma aberração como a que atende por “Jair Bolsonaro”, mulher que teve dois maridos dispensa maiores comentários.

Você, mulher de qualquer orientação político-ideológica, faixa etária, nível de escolaridade, de renda, que resida em qualquer parte do país e que tenha a cor da pele ou dos cabelos que tiver, gostaria de ser casada com esse sujeito? Algum dia, quando era uma adolescente, você sonhou que o homem da sua vida poderia ser alguém capaz de admitir a hipótese de estuprar uma mulher?

Você amaria essa coisa chamada “Jair Bolsonaro”? Que mulher pode amar um homem que demonstra prazer ao violar mulheres mental e moralmente e, pelo que propôs em sua teoria sobre meritocracia de suas vítimas, também fisicamente?

Não é preciso dizer mais sobre esse que atende por “Jair Bolsonaro”. O relato de sua última fala conhecida resume a sua vida pública e, mais ainda, a sua vida privada. O fato, porém, é que, apesar de sua ultra sinceridade, esse espécime não passa de um resumo da oposição a Dilma Rousseff.

Além da tese sobre meritocracia das vítimas de estupro, o que foi que “Jair Bolsonaro” expeliu, nessa diarreia verborrágica que o acometeu na Casa do Povo, que não diz a oposição formal a Dilma ou essa oposição envergonhada que habita os verdadeiros canis que teimam em se autodenominar “redações”?
Eis um trecho da “argumentação” padrão da oposição a Dilma Rousseff:

“(…) Dilma Rousseff, deve estar envergonhada, sim, Vossa Excelência, por ter roubado, só, dois milhões e meio de dólares da casa do Ademar. Agora, são bilhões da Petrobrás. Presidente do Conselho de Administração, ministra das Minas e Energia, chefe da Casa Civil, Presidente da República, não sabe de nada… Quantas dezenas de milhares de pessoas morrem por esse dinheiro desviado para o seu partido, para a sua casa (…) Esteve agora na Unasul reunida com a escória da América Latina tratando, entre outras coisas, da abertura do espaço aéreo para os países aqui da Unasul… Cuba não faz parte mais; tá no bolo. Além do tráfico de drogas e o tráfico de armas e munições… Já tem onze mil cubanos aqui (…)”

Ufa! Não é fácil ouvir esse animal…

Mas o mais engraçado é que ele acusa o partido de Maria do Rosário apesar de o partido a que pertence, pelos seus critérios, ser muito pior. “Jair Bolsonaro”, do PP, acusa o PT baseado, por exemplo, nas “delações” de gente como o doleiro Alberto Youssef, o mesmo que, segundo matéria do Estadão do último dia 1º, deu declarações nada abonadoras sobre o grupo político do agressor de deputada e da presidente da República.

Abaixo, trecho da matéria do jornal paulista:

“(…) O doleiro Alberto Yousseff afirmou a investigadores da Operação Lava Jato que ‘só sobram dois no PP’ ao reforçar o envolvimento de políticos do partido no esquema de corrupção da Petrobrás (…)”

Detalhe: O PP, de “Jair Bolsonaro”, tem 39 deputados e 5 senadores. Se “sobram dois” no partido, de onde esse energúmeno tirou coragem para acusar o partido de Maria do Rosário?
Enfim, a parte publicável da catilinária do agressor de mulheres emula o que diz, por exemplo, Aécio Neves. A tese de que Dilma “deve se envergonhar” foi usada à exaustão pelo tucano ao longo da recente campanha eleitoral. Se fosse dito que a fala acima sobre corrupção na Petrobrás partiu do senador pelo PSDB mineiro, ninguém duvidaria. A oposição encontra seu símbolo nesse monumento à covardia.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Conheça os perigosos traficantes do Pinheirinho


Na tarde de ontem, conversei com o senador Eduardo Suplicy, quando me foi relatado o resultado de audiência que ele mesmo, o procurador de Justiça de São José dos Campos e o delegado do 3o Distrito Policial da cidade mantiveram com duas moças e um rapaz que alegam ter sido abusados sexualmente por policiais da Rota na madrugada de segunda-feira 22 de janeiro, no dia seguinte à invasão do bairro Pinheirinho pela Polícia Militar.
Enquanto isso, um blog da revista Veja continuava em campanha para criminalizar a população que vi de perto nas duas vezes da semana passada em que estive naquela cidade do interior paulista. O colunista e blogueiro Reinaldo Azevedo, sem ter tirado o traseiro da cadeira, tratava de qualificar os denunciantes como “traficantes”. Escreveu um texto tripudiando sobre a dor daquela gente e sobre a luta por Justiça do senador Eduardo Suplicy.
Confira, abaixo, o que fez o tal colunista da Veja
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Por Reinaldo Azevedo

06/02/2012 às 20:53
No planeta Suplicy – Advogada de denunciantes de suposto estupro tem como clientes presos que Gaeco acusa de pertencer ao PCC
Então… Quanto mais eu pesquiso, mais o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), aquele, vai se mostrando uma pessoa séria, responsável, que só abre a boca para ser justo.
Já contei aqui as circunstâncias todas que desmoralizam a sua denúncia de que uma guarnição da Polícia Militar de São Paulo teria estuprado uma mulher no Pinheirinho. Pois bem… Resolvi aqui fazer as minhas pesquisas.
A Polícia Militar prendeu numa área vizinha ao Pinheirinho — não no Pinheirinho — três homens e um menor de 17 anos, acusados de tráfico de drogas e de portar uma espingarda calibre 12. Fez-se o BO. Os presos estavam acompanhados de sua advogada, Aparecida Maria Pereira. Ninguém relatou abuso sexual nenhum. Dez dias depois, eis que surge a “denúncia”, feita ao Ministério Público Estadual e ao notório Suplicy.
Aparecida Maria Pereira?
Pois é… Encontrei reportagens no jornal “O Vale” que mostram que ela é advogada de vários presos que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) acusa de pertencer ao PCC, especialmente Sérgio Augusto Fonseca, conhecido por “Quase Nada”, e Jorge Pereira dos Santos, o “Jorjão”, ligados ao tráfico de drogas em São José dos Campos. Além deles, sua lista de clientes inclui sete outros acusados.
Pois é… Mesmo assim, acreditem, a página do PT no Senado continua a divulgar as acusações e diz que os denunciantes são ex-moradores do Pinheirinho.
É a mentira como método!
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Na matéria que publiquei ontem (6/2) no início da noite, antecipei matéria da jornalista da Folha de São Paulo Laura Capriglioni sobre esse caso. Em matéria honesta, ela desnuda para o leitor quem são os “perigosos traficantes” que denunciaram os pobres policiais da Rota que tanto cuidado inspiram no colunista da Veja.
Veja, abaixo, o vídeo que contém a matéria de Capriglioni. Em seguida, entrevista que fiz ontem com Suplicy e, ao fim, notícias sobre investigações da situação de mais outra vítima do massacre do Pinheirinho.
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Da Folha.com
por Laura Capriglioni
Perícia começa a investigar acusação de abuso sexual de PMs


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Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 19:31 hs.
Suplicy diz Confiar em supostas vítimas de abuso sexual

O senador Eduardo Suplicy falou ao blog sobre a visita que fez nesta segunda-feira a São José dos Campos para participar de oitiva de duas moças – uma de 26 e outra de 20 anos – e de um rapaz – de 17 anos – pelo promotor Laerte Levai e pelo delegado do 3º Distrito Policial da cidade. Os jovens acusam policiais da Rota de terem praticado abuso sexual contra si.
Após os depoimentos, as autoridades foram ver de perto a casa onde teria ocorrido o suposto abuso, no bairro Campo dos Alemães, zona sul da cidade.
O parlamentar pelo PT de São Paulo informa que foi encontrado o cabo de vassoura untado de creme e talco com o qual os policiais teriam ameaçado o rapaz e as moças de empalação caso não praticassem sexo oral neles. Segundo os depoentes, os policiais os instruíram sobre o que causaria a empalação de acordo com a profundidade com que fosse praticada.
Segundo Suplicy, ele mesmo, o promotor, o delegado, a jornalista da Folha de São Paulo Laura Capriglione e jornalistas da CBN, da Band, de O Globo e da revista Caros Amigos ouviram os depoimentos dos jovens e teriam ficado “plenamente convencidos” pelos seus relatos.
O rapaz de 17 anos e três outros homens que estavam na casa no bairro Campo dos Alemães quando foi invadida pela polícia na madrugada de segunda-feira (23.01), estão presos. O menor de idade está na Fundação Casa e os adultos, em prisão comum. As moças e o pai do menor, que tem 87 anos, não foram presos.
Suplicy ainda relata que irá pedir ao governo federal, ao governador Geraldo Alckmin, à ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso, proteção para os três jovens, os quais afirma que estariam em estado de choque e tomados por puro pavor.
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Defensoria representará ao MPE contra Hospital Municipal de SJC



No último sábado (4/2), voluntário do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) localizou uma das pessoas que desaparecera durante a operação de reintegração de posse do terreno ocupado pela comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos.
Ivo Teles dos Santos, de 69 anos, desde o dia 22 de janeiro esteve internado na UTI do Hospital Municipal daquela cidade, em estado de coma.  Segundo informações fornecidas por sua ex-esposa, Osorina Ferreira de Souza – que também é sua procuradora -, ele fora internado como vítima de agressão.
O registro dessa informação constaria, segundo Osorina, do Boletim de Atendimento de Urgência (BAU) que todos os hospitais têm que fazer para quem recorre ao pronto-atendimento. Tal informação, aliás, coaduna-se com depoimentos de dezenas de testemunhas que afirmam que assistiram ao idoso ser espancado pela polícia militar.
Sabendo disso, parlamentares, advogados, defensores públicos e membros da OAB que integraram a força-tarefa que no último sábado esteve pela segunda vez em SJC, dirigiram-se, naquele mesmo dia, ao hospital, de forma a confirmarem a informação da ex-esposa de Santos.
O hospital, porém, na pessoa de seu administrador, Marcelo Guerra, recusou-se a apresentar à força-tarefa – e até à ex-esposa de Santos, sua procuradora – o Boletim de sua internação, no qual constaria que foi causada por agressão.
Há versões, não confirmadas, de que a ordem teria partido do Secretário de Saúde de SJC, Danilo Stanzani.
Parlamentares que ficaram esperando até o fim da noite de sábado pelo BAU e não foram atendidos, naquele mesmo dia informaram ao blog que se a recusa do hospital em apresentar o documento à responsável pelo idoso fosse mantida seria lavrado um boletim de ocorrência.
Hoje, através de um dos advogados dos moradores do Pinheirinho, doutor Antonio Donizeti Ferreira, este blog obteve informação de que em vez de registrar o caso na polícia, optou-se por deixar que a Defensoria Pública represente ao Ministério Público Estadual de SJC para que exija do hospital a apresentação do documento.
O estado de Santos, segundo o advogado, é grave. Continua na UTI e o hospital persiste na tese de que ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), rejeitando a causa que a sua ex-esposa – e procuradora – afirma que viu registrada no BAU quando o localizou naquela instituição: agressão física.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Veja consegue passar do fundo do poço e afundar no esgoto

Telespectador do JN faz o Resumo da Semana

 
 
 
The most appealing Brazilian magazine gossip

Brado Retumbante e BBB. O Brasil, na Globo

Sobre o BBB, o melhor depoimento é o do pai da Monique.

Ele entendeu tudo.

Especialmente a visão do Brasil, pela Globo.

Com menos audiência e mais pretensão, a mini-série “O Brado Retumbante” reflete com mais nitidez a visão do Brasil, pela Globo.

O que a Globo pensa da política e do que esperar do Brasil (com a Globo, no meio, no papel principal).

“O Brado Retumbante” parecia uma tentativa de exibir o Aécio Never.

Depois ficou claro que a biografia do herói, Paulo Ventura, o presidente bonzinho, bem intencionado, se confundia em muitos pontos com a de Protógenes Queiroz.

O que interessa, porém, é “a mensagem”, “a moral da fábula”.

No BBB, a moral é aquela: a safadeza edredônica do Edu.

O que esperar de jovens embriagados numa situação em que há mais “jornalistas” do que que camas para dormir ?

No “Brado Retumbante”- a alusão suspeita ao Hino Nacional – também tem muito sociólogo para poucas camas.

O Brasil é um esculacho, uma esculhambação.

Um BBB.

Senão, amigo navegante, acompanhe a edificante entrevista que o Euclydes Marinho, o autor da trama, concedeu a uma das colonas (*) sociais (que no resto do mundo acabaram há um século) do PiG (**), na página D2 do Estadão:

O Brasil tem jeito ?

Depende de pessoas como Paulo Ventura (ou seja, se a Globo e seus heróis salvarem o Brasil – PHA). O Brasil tem jeito, mas é difícil, porque a cultura da esculhambação, de meter a mão, é cada vez maior (só se for na Globo – PHA). É muito dificil (Claro, o Bernardo não trabalha – PHA)…


Qual é o seu brado retumbante ?

Cheeeeeeeeega! Você não acha ? Basta, já deu. Vamos partir para outra, vamos tentar uma vida melhor, um país melhor. (Qual ? A Argentina, onde a Globo não tem o direito de fazer o que quer ? – PHA) Chega de tanta esculhambação.


O Conversa Afiada concorda, porém, num ponto.

É a favor de haver tantas camas quantos “jornalistas” na casa.

O ideólogo da Globo diz esse conjunto de parvoices na mesma semana em que 60% dos brasileiros consideram que sua Presidenta se desempenha de forma “ótima”ou “boa”.

Não tem ninguém com a ideia de ir tentar a vida “num país melhor “.

Só se for na Argentina.

A Globo não tem a menor ideia do que se passa no Brasil.

Está trancada dentro de si mesma, na casa.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Paulo Ventura é o Protógenes da CPI. Coitado do Cerra !




 
Protógenes e Ventura: Cerra perde na ida e na volta

Paulo Ventura é o presidente da República de “O Brado Retumbante”, a mini-série da Globo que vai ao ar depois do edredom do Big Brothel Brasil.

No primeiro momento, a semelhança física do ator principal com Aécio Never deu a impressão de que se tratava de um merchandising para que os tucanos tenham, ao menos, um projeto de candidatura em 2014.

O desenrolar da história levou amigo navegante a telefonar para fazer outra analogia.

Protógenes e Ventura são deputados federais.

Protógenes e Ventura têm filhos problemáticos.

Protógenes é quem fala em “banqueiro bandido”, para se referir a beneficiário de dois HCs do tipo “Canguru” (em 48 horas) do ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*).

Paulo Ventura fala em “banqueiro bandido”.

Protógenes casou várias vezes.

Ventura também.

Protógenes sofreu um atentado.

Ventura também.

Protógenes fez a PL-21 para endurecer as penas contra “banqueiros bandidos” e criminosos do colarinho branco de maneira geral.

Ventura fez uma Lei de Responsabilidade.

A Lei da responsabilidade do Ventura copia artigos inteiros da PL-21 do Protógenes.

Logo, conclui-se que o Ventura vai mandar instalar a CPI da Privataria Tucana agora em fevereiro.

Um “banqueiro bandido” já foi devidamente retratado numa recente novela da Globo, “Insensato Coração”.

Quanto ao Padim Pade Cerra, ele perde na entrada e na saída.

Se o Paulo Ventura se parece com o Aécio, ele perde.

Se o Paulo Ventura se parece com o ínclito delegado Protógenes Queiroz, o deputado que vai instalar a CPI da Privataria Tucana, também perde.

Como diz o Amaury, sofisticada não era a engenharia financeira da Privataria Tucana.

Clique aqui para ler “Nassif desmonta um neolibelê (**)”.

Sofisticada era a blindagem do PiG (***) à Privataria !

Era !

Oh, destino ingrato !


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Nassif desmonta um neolibelê

André Lara Rezende, o demiurgo de uma nota só


Em algum momento de 1995 escrevi algumas colunas na Folha dizendo que havia algo de errado na economia. Não era possível um modelo em que uma pequena distribuidora, com R$ 14 milhões de capital, registrasse um lucro de R$ 140 milhões (a parte registrada), enquanto um atacadista com R$ 1 bilhão de faturamento tinha lucro de apenas R$ 10 mi.


André Lara (um dos sócios da distribuidora), primeiro, tentou dar uma carteirada acadêmica, em um artigo na Folha em que falava sobre “palpiteiros”. Depois, recuou e marcou um almoço.


Lá, questionei o absurdo de especialistas exclusivos em inflação inercial serem tratados como demiurgos. Sua resposta foi franca: “Eu entendo de inflação inercial. É a imprensa que cria as lendas”.


André foi um dos principais responsáveis por abortar o projeto de privatização com fundos sociais – que garantiria um capitalismo popular no país, e a distribuição equitativa dos benefícios da privatização com os chamados fundos sociais. Já era um jogo de cartas marcadas.


A fórmula de remonetização que adotou para o Real visou exclusivamente enriquecer grupos aliados no mercado futuro de câmbio. Explico detalhadamente isso em “Os Cabeças de Planilha” (*).


Agora, tem-se uma nova realidade, com o fim do ciclo financista – do qual ele foi um dos expoentes no país, à custa da perda da grande oportunidade de desenvolvimento trazida pelo Real. E o demiurgo reaparece trazendo não-soluções. (Nassif se refere a artigo que André escreveu nesta sexta-feira no Valor: http://www.valor.com.br/cultura/2491926/os-novos-limites-do-possivel – PHA)


Tal qual Pérsio, tem bons diagnósticos sobre a crise e uma incrível incapacidade de enxergar caminhos novos. Confunde sua impotência intelectual de prospectar o novo – sem nenhum demérito, porque o mundo está atrás dessa pedra filosofal – com a incapacidade do mundo de atender às demandas de seus habitantes. Sua máxima parece ser: “Se não encontro uma solução é porque a solução não existe”.


Passa ao largo de um conjunto fundamental de desafios e possibilidades – como extirpar a miséria absoluta, como levar a civilização à maioria da população do planeta, quais as tecnologias disponíveis para melhorar a produtividade, a produção de alimentos, quais os caminhos para a exploração das riquezas no fundo do mar, a era da economia verde – e limita-se a decretar que, dado o esgotamento da capacidade do planeta, nada mais resta do que rezar. O correto seria: dada a incapacidade de visualizar cenários novos, nada mais a pensar.


Esse neo-malthusianismo, essa visão atrasada do Clube de Roma não é uma solução. Com a carteirada das citações bibliográficas, André não consegue ir além de UM problema. E não trazer nenhuma solução.


Sua única solução será os Bancos Centrais remonetizarem as dívidas e trazerem de volta a inflação. Aí, André terá o que dizer novamente. Por enquanto ele comete esse notável feito econômico de rebater Keynes… com Malthus.


(*) No excelente “Cabeças de Planilha”, Nassif demonstra que o lançamento do Plano Real foi montado de tal forma que a fixação do valor do Real em relação dólar beneficiou, diretamente, operadores das finanças,.  André, que estava com a boca na botija, pode ter sido um deles.. O ansioso blogueiro encaminhou essa grave denuncia do Nassif (no livro, FHC, como sempre, disse que nunca soube de nada) ao Ministério Público Federal, para esmiuçar a relação Real x Dolar e a subita fortuna de jenios brasileiros das finanças. Não deu em nada. E o brindeiro Gurgel ainda não estava lá. PHA

STF x Calmon: quem é a “turba”? Esse (Collor de) Melo …




Segundo o Houaiss, “turba” significa:

1. grande número de pessoas, esp. quando reunidas; multidão, turbamulta, turbilhão

Exs.: a t. dos poetas medíocres

a t. das grandes cidades, ávida de eventos gratuitos


2. multidão em movimento ou desordem, potencialmente violenta; turbamulta, turbilhão

Ex.: a t. das ruas durante a Queda da Bastilha


3. o conjunto dos grupos menos favorecidos de uma comunidade; o vulgo, o populacho

Ex.: é difícil fazer-se ouvir pelos doutos, quanto mais pela t.


4. Derivação: por extensão de sentido.

multidão de animais, esp. em desordem ou aparente desordem

Ex.: as t. de gnus durante as secas na África


5. coro de vozes


- nos três primeiros sentidos, esta palavra é freq. de emprego pejorativo



Amigo navegante telefona para chamar a atenção de entrevista (por telefone – só no Brasil Ministro do Supremo dá entrevista por telefone !) do Ministro Marco Aurélio (Collor de) Melo ao jonal Brasil Economico desta quinta-feira, na pág. 6.
É uma peça de antologia.
A começar pelo estilo pedante e incompreensível (até por telefone):
“A atuação da Ministra Eliana na administração do CNJ tem discrepância (sic) na potencialização (sic) do objetivo de investigar e punir, em detrimento ao (sic) prejuízo do meio jurídico para atingir tal fim (sic).”
Entendeu, amigo navegnate ?
Trata-se de um jenio !
Pobre Vieira !
Camões, onde estás ?
Mas, isso é pouco.
A seguir, o Ministro (Collor de) Melo, que tenta sepultar o CNJ com a mesma potencialização com que deu fuga ao banqueiro Cacciola, no passado, trata de uma tentativa de (de quem é a infeliz ideia ?) se criar uma “pauta positiva para o Supremo”.
Aí, diz ele, com inesperada potencialização:
“Dessa ‘pauta positiva’ não participo. O STF nunca atuou junto à turba, sob pressões”.
Até aí, a História o desmente.
Na votação do “mensalão” – que ainda está por provar-se, lembra o Mino Carta -, por exemplo, um Ministro votou com a faca no pescoço. Quem botou a faca ali ?
A “turba”.
Agora, amigo navegante, quem é a turba ?
O amigo navegante se inclui na turba ?
A opinião pública é a turba ?
O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*), uma vez se referiu ao Zé Mané do botequim.
Que ele também não estava ali para votar de acordo com a turba.
É por isso que este ansioso blogueiro morre de inveja da Argentina.
A Cristina fez a Ley de Medios.
O marido dela, o Néstor, botou os militares torturadores na cadeia.
E demitiu os ministros do Supremo nomeados pelo Menem (uma cruza de Collor com Fernando Henrique, o “inventor” do Gilmar Dantas (*)).
Ah, que inveja !




Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

Protesto anti-Globo cobra novo marco da mídia, que Dilma segura



Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já recebeu da equipe proposta de consulta pública sobre novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV, mas projeto não anda por falta de priorização da própria presidenta Dilma Rousseff. Nesta sexta-feira (20), militantes da democratização da mídia vão cobrar nova lei durante protesto contra Globo pelo 'caso BBB'.

BRASÍLIA – Mesmo sem comprovação de que de fato tenha havido estupro, a polêmica levantada pelo programa Big Brother Brasil (BBB) serviu até agora para reacender, em setores da sociedade, um sentimento anti-Globo e o debate sobre a necessidade ou não de um novo marco regulatório para TVs e rádios, regidas hoje por uma legislação que, em agosto, vai completar 50 anos.

Nesta sexta-feira (20), entidades que lutam pela democratização da comunicação no país vão promover um protesto contra a Globo, em frente a sede dela em São Paulo, a partir das 12 horas. Além de criticar a conduta da emissora, a manifestação vai cobrar do ministério das Comunicações que tire da gaveta e discuta publicamente a proposta de regras mais atuais na radiodifusão.

A proposta de um novo marco regulatório começou a ser elaborada na reta final do governo Lula, depois que, em dezembro de 2009, houve a I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Conduzido na época pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o trabalho resultou em uma proposta que, no governo Dilma Rousseff, foi encaminhada ao ministério das Comunicações.

Em 2011, o ministério decidiu refazer o trabalho, com o objetivo de ampliar seu escopo – em vez de englobar apenas a radiodifusão e o Código Brasileiro de Telecomunicações, o plano foi avançar até a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que em 2012 completa 15 anos.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernando, pretende colocar o novo regulatório em consulta pública, antes de fechá-lo para envio ao Congresso. Ele recebeu uma proposta de marco e consulta pública no fim de 2011. Segundo Carta Maior apurou, o texto ainda não andou por falta de vontade política da presidenta Dilma Rousseff. Ela não cobra o projeto de Bernardo e, ao menos por ora, não o considera uma prioridade.

Na convocação do ato contra a Globo, a Frente Paulista pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação (Frentex), o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e Rede Mulher e Mídia afirmam, porém, que há necessidade de aprovação de “um novo marco regulatório do setor com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos”.

No cenário vislumbrado pelos defensores do novo marco, o país teria uma agência de regulação de conteúdo de rádio e TV com poderes para, de forma mais ágil, julgar casos como o do BBB, em que se suspeitou de sexo não consentido – em depoimento à polícia, porém, a vítima não apresentou queixa e disse que, ao menos enquanto esteve acordada, concordou com o que acontecia.

Independentemente disso, no entanto, o grupo que vai protestar contra a Globo pois considera a emissora culpada por não contar à suposta vítima que ela poderia ter sido estuprada, por prejudicar as investigações da polícia e por, via BBB, enviar ao país uma mensagem de permissividade feminina. Além de responsabilizar a emissora, pressiona para que os patrocinadores do BBB parem de anunciar, sob pena de boicote do público.

Nesta quinta-feira (19), o grupo que organiza o protesto, formado por diversas entidades de defesa dos direitos da mulher, entrou com uma denúncua no Ministério Público Federal em São Paulo cobrando a responsabilização da Globo e um direito de resposta coletivo em nome das mulheres que se sentiram ofendidas, agredidas e que tiveram seus direitos violados.

Em nota, o Ministério Público informou que vai investigar o caso do ponto de vista dos direitos da mulher. “O objetivo do procedimento é que a Rede Globo, emissora de alcance nacional, não contribua para o processo de estigmatização da mulher, mas para a promoção do respeito à mulher e a desconstrução de ideias que estabelecem papéis estereotipados para o homem e a mulher”, afirma o MP.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados encaminhou ao diretor do BBB, Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, pedido de informações sobre providências tomadas. Segundo o ofício assinado pela presidente da Comissão, Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), o colegiado quer ter informações suficientes para “formar opinião qualificada sobre episódio que possa, ou não, se caracterizar como violação da dignidade humana num veículo com ampla influência na formação da população brasileira”.



Baixaria na TV há em toda parte, mas no Brasil fica impune

Do último domingo (16/01) para cá, vêm crescendo as reações à baixaria deste ano no Big Brother. Desta vez é uma suspeita de “estupro de vulnerável”, uma hipótese que, segundo a mãe do “brother” acusado, foi lançada na internet pela mãe da “sister” supostamente abusada ao ver sua filha naquelas condições em rede nacional.
A reação começou no mesmo domingo com providência da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, que, “a pedido de cidadãs”, oficiou ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para que investigasse o caso. Em seguida, foi a vez do Ministério Público Federal de São Paulo abrir procedimento para apurar “violação aos direitos da mulher”.
Na segunda-feira, a “sister” supostamente abusada diz, em depoimento à polícia civil, que não foi bem assim e que a bolinação entre o casal rolou consensualmente sob o edredon midiático, descartando a hipótese levantada por sua mãe, a qual fora prontamente acolhida pela sociedade devido ao que encerraria de hediondo caso fosse verdadeira.
Só a partir dali é que as providências tomaram o rumo correto. O MPF-SP anunciou que também irá investigar se a safadeza “subedredônica” constituiu violação dos princípios constitucionais da comunicação social, agressão à criança e ao adolescente – até porque, a classificação indicativa do programa é para 14 anos em vez de 18 – e, por fim, afronta à imagem da mulher, a verdadeira estuprada nesse caso.
Essas providências quase me fizeram ter que engolir o fecho de crônica que escrevi no mesmo domingo em que os fatos vieram à tona, no qual lamentei a impotência da sociedade diante da agressão que a emissora carioca praticara contra si. Disse eu: “Como não há regulamentação da mídia no Brasil, não há a quem reclamar”.
Então, ó crédulo leitor, você dirá que todas essas providências de autoridades me desmentem, certo? Penso que não. Providências têm que gerar efeitos. Do contrário, estimulam a reincidência.
Os efeitos cabíveis que os reiterados abusos da Globo e de outras emissoras – que levam ao ar esse e outros programas que afrontam a cidadania – deveriam gerar seriam multa, suspensão da programação e até cassação da concessão da emissora. Do contrário, não adianta nada o Ministério Público e instâncias do Poder Executivo abrirem procedimentos investigativos.
Eis, aí, o problema. As estripulias da Globo e congêneres não geram nada disso. Os procedimentos abertos em anos anteriores jamais produziram nada.
Em 2011, o Ministério Público Federal recomendou à Globo medidas para “evitar a veiculação de práticas de violação aos direitos humanos, como homofobia, preconceito e racismo”. O órgão tomou aquela decisão após receber mais de 400 reclamações de telespectadores que citavam o baixo nível do apelo sexual do programa.
De nada adiantou. Em uma das festas dos “brothers” que a emissora levou ao ar no ano passado, um rapaz e duas moças protagonizaram uma cena que beirou o sexo grupal, o que fez o MP se manifestar pedindo comedimento quando deveria ter tomado providências mais efetivas já que nos anos anteriores já avisara a emissora sobre tais excessos.
Em 2010, entre as 400 denúncias de abusos do BBB que não produziram qualquer efeito, um caso bizarro. O Ministério Público de São Paulo teve que pedir à Justiça que a Rede Globo orientasse seu público sobre as formas de contágio do vírus HIV após comentário de um dos “brothers” de que “Heterossexuais não contraem Aids”.
Além de as centenas de denúncias de telespectadores naquele ano não terem acarretado conseqüência nenhuma para a Globo, mesmo essa absurda desinformação tendo sido retificada (mas só após pedido do MP à Justiça) não houve penalização da reincidente infratora.
Em 2009, além das cenas de sexo e outras que agridem igualmente a sociedade – ainda que boa parte dela não saiba disso –, o mesmo Ministério Público recebeu denúncias pedindo investigação sobre tortura após três participantes terem sido confinados por longo período em um cômodo sem janelas, com paredes acolchoadas e a luz sempre acesa.
Os casos de tortura consentida pelo torturado são muitos. Esse, em particular, foi no sentido de que, após 18 horas de confinamento, um dos confinados pediu para sair durante um surto psicótico que sofreu. Também daquela vez, cópias das imagens foram requisitadas pelo MP.
Se fosse retrocedendo até edições ainda mais antigas, o material reunido daria um livro.
O que esses casos todos têm em comum? A impunidade dos infratores, claro. Ou seja: não deram em nada. Nem multa, nem suspensão da programação. Nada. Um grande estímulo a que a cada edição do programa os abusos só façam piorar, como de fato aconteceu neste ano.
E nem podemos culpar o Ministério Público, a Secretaria de Políticas para Mulheres ou o Judiciário, onde todas as iniciativas sempre fracassam. Sabe por que, leitor? Porque não há um marco regulatório da mídia e os artigos da Constituição que tratam da comunicação social jamais foram regulamentados.
As pessoas confundem a inevitabilidade de a guerra pela audiência gerar baixaria em qualquer país, mesmo nos mais desenvolvidos, com a ausência de instrumentos para que as autoridades e a Justiça possam punir, de forma até educativa, emissoras que ultrapassarem a linha da legalidade.
Toda vez que digo que o que acontece na televisão brasileira não aconteceria em países desenvolvidos aparece alguém para refutar a afirmação dizendo que esses países também têm reality shows, por exemplo, nos quais também acontecem baixarias como as que temos visto. No post que escrevi no último domingo, aliás, um leitor relatou as baixarias no BBB britânico.
É um erro de avaliação que providencial matéria da BBC Brasil publicada hoje ajuda a reparar. Trata-se de entrevista com o jornalista Torin Douglas, “especialista em mídia da BBC”, na qual ele explica a quilométrica diferença que há entre um país sem regulação da mídia, como o Brasil, e um país como a Inglaterra, onde o rigoroso Ofcom não deixa passar nada.
A entrevista é importante para reflexão da própria Globo, já que a baixaria do BBB fez a audiência do programa disparar também neste ano assim como vem fazendo a cada uma de suas edições. Dos 20 pontos no Ibope registrados no domingo, conforme foi crescendo a dimensão do escândalo a audiência subiu a 36 pontos –80% de acréscimo.
O “especialista em mídia” inglês explica que, no curto prazo, quem apela para a baixaria aumenta a própria audiência, mas, no longo prazo, a reputação da emissora acaba prejudicada.
Segundo o especialista, isso aconteceu com o Channel 4 no caso de Shilpa Shetty, “sister” que teria sido alvo de racismo de outra participante do programa Celebrity Big Brother, em 2007. Depois do incidente, o programa acabou sendo descontinuado.
Além disso, o órgão regulador das telecomunicações na Inglaterra, o Ofcom, considerou válidas as queixas contra a emissora. Depois das reclamações contra o Big Brother, o Channel 4 teve que mudar procedimentos, melhorar processos e criar regras mais rígidas. E vale lembrar, ainda, que a Inglaterra é o país europeu mais liberal nessas questões.
Essas providências (bem) tomadas pelo Ministério Público e pelo governo do Brasil, portanto, só fazem confirmar o que providências idênticas tomadas em edições anteriores do BBB mostraram, que sem um marco regulatório real para as comunicações os procuradores e a ministra continuarão enxugando gelo ano após ano.

Proteste em frente à Globo



O Conversa Afiada publica convocação para protestar contra o Big Brothel Brasil:

Entidades realizam protesto contra a Globo nesta sexta, em São Paulo

A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex), a Rede Mulher e Mídia e o Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação (FNDC) realizam um ato contra a Rede Globo por causa da postura da emissora diante da suspeita de estupro no programa Big Brother Brasil 12, e contra todas as formas de violência contra a mulher. A manifestação será na sexta-feira (20), a partir das 12h, em frente à emissora, em São Paulo.

Segundo as redes que convocam o ato, a Globo deveria ser responsabilizada por quatro motivos: ocultar um fato que pode constituir crime; prejudicar a integridade da vítima e enviar para o país uma mensagem de permissividade diante de uma suspeita de estupro de vulnerável; atrapalhar as investigações de um suposto crime e ocultar da vítima as informações sobre os fatos que teriam se passado com ela quando estava desacordada.

As entidades questionam também a naturalização da violência contra a mulher pela emissora, que transformou um possível abuso sexual em “caso de amor”. Para elas, o próprio formato do programa se alimenta da exploração dos desejos e das cizânias provocadas entre os participantes e busca explorar situações limite para conquistar mais audiência.

O protesto também co-responsabilizará os anunciantes do programa (OMO, Niely, Devassa, Guaraná Antarctica e Fiat), cobrando que eles se pronunciem, retirem seus anúncios do programa ou que os consumidores boicotem os produtos.

As entidades reforçam ainda a necessidade de o Ministério das Comunicações colocar em discussão imediatamente propostas para um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar sobre essas e outras questões.

Protesto contra a postura da Globo no caso BBB


Sexta-feira, dia 20, 12h às 14h


Av. Dr. Chucri Zaidan, esquina da Av. Roberto Marinho

Contatos:


Renata Mielli (Barão de Itararé/FNDC) – 9327-1747


João Brant (Intervozes/FNDC) – 8635-9825


Terezinha Ferreira (Rede Mulher e Mídia) – 9629-4892


Victor Zacharias (Ciranda/Frentex) – 9288-8909


O PORTA-VOZ DO NEOLIBERALISMO. RÉGUAS DIFERENTES PARA UMA MESMA MEDIDA.

Petrobtras. | Foto: ABr


Capitalismo de Estado brasileiro é ambíguo, diz 'Economist'

A Petrobras mantem funcionários que não precisa por imposição do Estado, diz a Economist
O Brasil é o mais ambíguo dos países a praticar o capitalismo de Estado, segundo a revista britânica The Economist.
Em uma reportagem sobre as economias conduzidas pelo governo, a reportagem comenta o modelo brasileiro, que mistura práticas liberais com práticas intervencionistas, adotadas em países como Rússia e China.
Com o líder soviético Vladimir Lênin na capa, a publicação diz que o capitalismo de Estado tem se tornado um modelo ascendente.
A revista lembra ainda que a presença do Estado na economia brasileira foi ainda mais forte no passado. No começo dos anos 1980, o país tinha mais de 500 estatais.
A guinada aconteceu na década seguinte, com a privatização de boa parte das empresas públicas. No entanto, de acordo com a revista, o Estado voltou a se fazer presente com força na economia nos últimos anos.
"O governo despejou recursos em um punhado de (empresas) campeãs, particularmente no setor de recursos naturais e telecomunicações", diz a publicação.
Segundo a Economist, "de um líder das privatizações nos anos 1990", o Brasil agora pressiona sua maior mineradora, a Vale, "para manter funcionários que não precisa, além de obrigar uma série de companhias menores a embarcar numa consolidação subsidiada", diz.
A reportagem cita o exemplo da fusão de Sadia e Perdigão e a compra da Brasil Telecom pela Oi e diz ainda que o governo força a Petrobras a usar equipamentos nacionais para aquecer a economia interna, mesmo quando há similares estrangeiros mais competitivos.

'Leviatã como acionista minoritário'

A Economist afirma que a grande inovação do capitalismo de Estado brasileiro é a prática que chama de "Leviatã como acionista minoritário", termo emprestado de um estudo conduzido pelos professores Sergio Lazzarini, do Insper, de São Paulo, e Aldo Musacchio, da Harvard Business School.
O termo faz referência ao mito que simboliza o Estado, o Leviatã, que dá título ao clássico da filosofia política, escrito por Thomas Hobbes no século 17.
A revista ressalta que o Estado brasileiro é acionista minoritário em uma série de empresas privadas e que, apesar de não ter o controle acionário, o governo tem voz suficiente para mudar o curso dos negócios de acordo com seus interesses.
Baluarte do liberalismo econômico, a revista ironicamente faz alguns elogios ao modelo brasileiro, que cita como "bom exemplo", ao lado dos investimentos do fundo soberano de Cingapura.
Ainda assim, a Economist faz um alerta sobre os perigos do modelo.
"O capitalismo de Estado frequentemente reforça a corrupção, porque aumenta o tamanho e as opções de prêmios para os vitoriosos", diz, lembrando que os principais expoentes do modelo ocupam posições nada louváveis no ranking de corrupção da Transparência Internacional: o Brasil está em 73º lugar, a China em 75º e a Rússia em 143º.


Como se não bastassem os neoliberais da casa grande, temos ainda que ler esse tipo de matéria obtusa.
Preconizam o que eles mesmo nunca seguiram. Grande exemplo nos querem dar, como se tivessem alguma moral para tanto.
Parece que não há ecassez de mão de obra, provocada justamente por uma política contrá ao apregoado pelos neoleberalistas da mão invisível do mercado.

 

Petrobras bate recorde de produção e reservas comprovadas

Em 2011, estatal brasileira aumenta produção diária de petróleo e gás em 1,6%, para 2,376 milhões de barris. Reservas comprovadas sobem 2,7% e atingem 16,4 bilhões de barris. Exploração continua concentrada no Rio de Janeiro, que responde por 68% do total. No exterior, empresa extrai 10% dos barris.

BRASÍLIA – A Petrobras, maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo, terminou 2011 com novo recorde de produção e uma quantidade também inédita de reservas comprovadas.

A produção diária média de petróleo e gás natural no ano passado cresceu 1,6% na comparação com 2010, atingindo 2,376 milhões de barris, segundo informações divulgadas pela estatal nesta quinta-feira (19).

Dias antes, a companhia já havia anunciado que suas reservas provadas de petróleo haviam subido 2,7% ao longo do primeiro ano de mandato da presidenta Dilma Rousseff, totalizando 16,4 bilhões de barris.

Depois da descoberta de petróleo na camada do pré-sal pela Petrobras, o Brasil tornou-se o país que dá a maior contribuição para o aumento das reservas internacionais e o décimo quatro estoque mundial – o ranking é liderado pela Venezuela.

Da produção atual da Petrobras, a maior parte está no Rio de Janeiro, que responde por 68% dos barris diários, seguido por Espírito Santo (14%) e Amazonas (5%). O exterior – a estatal explora na África, América do Sul e América do Norte - colabora ainda com 10% da produção.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Bom Dia Brasil, Alexandre Garcia e a máquina de produzir falsidades



Que os noticiários da Tv Globo são uma máquina de produzir deturpações – não sem muito nisso diferenciarem dos demais das outras emissoras de televisão – todos sabem. Mas há dias em que a coisa fica mais engraçada, por que completamente ridícula.
Parece mesmo, por vezes, que aqueles jornalistas esquecem que atualmente existe a internet e que aquilo que eles espalham vai ser engolido como verdade objetiva, que ninguém questionará nada como, inclusive, até bem pouco tempo atrás acontecia: não por que as pessoas não sabiam o que havia, mas por que não possuíam meio para contradizer.
Pode-se argumentar que eles ainda possuem audiência e que a internet no geral possui uma audiência muito diluída, o que atrapalha o conjunto da informação. Mas há quem lembre, por exemplo, que mesmo ausente completamente da grande mídia, o livro A Privataria Tucana, somente divulgado pela internet e por uma grande revista, caminha celeremente para se tornar o sucesso editorial desse verão.
Enfim, voltando ao assunto: hoje, a título de criticar aumento de salário e de gastos com custeio da Câmara dos Deputados em Brasília, o ex assessor de imprensa dos governos militares, Alexandre Garcia, argumentava que essa proposta ocorre justamente com o mundo em crise, salientando que essa crise se dá, na Europa, justamente pelo colapso do Estado de Bem Estar Social, que gasta muito com o bem estar do cidadão e não de seus políticos.

Alexandre Garcia, no início dos anos 1980, na foto da revista de pornografia que motivou sua demissão de assessor de imprensa do general da ditadura, João Batista Figueiredo

Somente alguém muito mal intencionado (ou completamente ignorante) afirmaria que os problemas econômicos do mundo desenvolvido são decorrentes do Welfare State. Isso é facilmente comprovável se pensarmos nos EUA, que também balançam atualmente e romperam por completo qualquer agenda de bem estar social há, pelo menos, 30 anos! Além disso, sabe-se, com clareza, que a crise é do neoliberalismo e sua agenda eminentemente financista – muito embora os remédios utilizados atualmente inclusive na Europa seja mais ortodoxia neoliberal e, assim como já vimos no Brasil outras vezes, está fadado a dar errado!
Eles são assim: mentem, falseiam, escondem e dissimulam. Se não ficamos atentos às sutilezas de seus discursos, somos engrupidos pelas carinhas sorridentes e pelo simulado bom senso.

Alexandre Garcia hoje em dia, com sorriso de bom velhinho para nos convencer de sua opinião

Para ver o vídeo, clique AQUI

O sociopata mora ao lado


Sabe aquele internauta que o deixou horrorizado com o comentário desumano que fez sobre aquele assunto triste? Lembra-se de como se chocou com comemoração que o viu fazer quando foi divulgada a doença ou a morte de alguma figura pública? Você já refletiu se aquela pessoa – provavelmente anônima – não pode ser seu vizinho, parente ou colega de trabalho?
Ainda está sendo avaliada a interminável revelação que a internet vai fazendo sobre a natureza humana, para o bem ou para o mal. Estudiosos vêm se surpreendendo com a quantidade de sociopatas clássicos que existe por aí. Estão descobrindo que essa é uma ameaça maior do que se imaginava.
Essa é a tese, por exemplo, de um membro da Associação Brasileira de Psiquiatra, o doutor Helio Laudar, que afirma que “A internet favorece o engano em qualquer situação” por ser “Um mundo paralelo, distorcido da realidade, no qual o sujeito está livre para assumir qualquer identidade e escolher as suas vítimas”.
Isso, porém, não significa que a tecnologia crie psicopatas – ela apenas os faz sair das sombras.
Estimativas sobre a incidência de sociopatia, assim, vêm sendo revistas, por mais que seja difícil mensurar que percentual da humanidade tende ao comportamento sociopata, que nada mais é do que um estágio do comportamento psicótico clássico, ainda que o psicopata em potencial nem sempre acabe sendo tomado pela doença.
Vai ganhando força, pois, a teoria de que todos devem ter algum sociopata fazendo parte de suas vidas, independentemente do grau de relação social. Pode ser um colega de trabalho, seu chefe, seu subordinado, um cunhado, um primo, um vizinho e até um irmão, pai ou mãe. Você pode ter relação próxima com ele sem imaginar que aquele comportamento reprovável que exibe de vez em quando é mais do que mera falha de caráter.
O que isso muda nas relações sociais? Elas mudam para pior porque as pessoas estão sendo obrigadas a refletir cada vez mais sobre os cuidados que se deve ter não só com estranhos, mas com seu próprio entorno social.
Todavia, outra tese que vai ganhando força serve de alento. A internet pode estar funcionando como uma válvula de escape para a necessidade do sociopata de praticar o mal contra aqueles que lhe despertam a fúria pelas próprias idéias, pela aparência física, pela etnia ou até pela sexualidade. Fartando-se na internet, portanto, pode diminuir a pressão para agir no mundo real.
Recentemente, com a exposição da doença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os comentários de leitores sobre as matérias que trataram do assunto nos portais de internet, em blogs, sites ou nas redes sociais deixaram ver um nível de ódio inexplicável por ser dirigido a quem a quase totalidade de tais comentaristas jamais viu de perto.
O nível de ódio que o ex-presidente desperta, assim, não se deve exatamente ao indivíduo Lula. É ódio a uma classe social ou até a pessoas específicas do entorno social do sociopata. Há uma transferência de ódios reais, portanto.
Contudo, sempre é bom esclarecer que sociopatia não tem ideologia, religião, preferência sexual ou política. Eventual doença ou o sofrimento da antítese de Lula, que hoje é José Serra, possivelmente despertaria reações análogas. A compulsão do sociopata é a de tripudiar contra aquele objeto de ódio imaginário em um momento em que imagina que pode lhe infligir maior sofrimento ao demonstrar insensibilidade.
Por que, então, é importante abordar a sociopatia latente da sociedade? Não porque esteja crescendo, mas por ir se mostrando mais comum do que se supunha e pelo efetivo potencial que tem de provocar tragédias ou dramas sociais terríveis.
É assustador imaginar que exista tanta gente por aí que extrai prazer de provocar sofrimento, e que essa ânsia por fazer sofrer muitas vezes não se contenta com o sofrimento emocional.
Mas o aspecto mais aterrador do sociopata pode nem ser esse. O que o torna perigoso é o seu egoísmo psicótico e a total ignorância da própria doença. Essas pessoas nem sonham que estão doentes e estão convencidas de que buscar o próprio bem-estar e prazer em detrimento de qualquer valor humanista, é perfeitamente justificável.
E é nesse ponto que a internet vem contribuindo para desnudar o comportamento sociopata devido ao seu poder de unir os que pensam da mesma forma. Estimulados por assistirem congêneres dando vazão aos mais baixos sentimentos, outros sociopatas perdem os últimos freios e se entregam ao vício na maldade.
Vai passando da hora, pois, de o Estado se aprofundar na questão criando grupos de trabalho para planejarem políticas públicas que estimulem o sociopata a buscar tratamento. Poderiam ser feitas campanhas de conscientização daquele que está doente, campanhas que demonstrassem que extrair prazer ao agir das formas aqui descritas, não é normal.
Assim, os crimes de ódio e intolerância que vêm ocorrendo mais amiúde, com agressões a homossexuais e a nordestinos, entre outras minorias, decorrem da banalização do comportamento sociopata que a internet vem expondo e que estimula os mentalmente enfermos a “sair do armário”, por assim dizer.
Seria impróprio, no entanto, afirmar que a sociedade brasileira está doente. Mas é mais do que apropriado dizer que a doença que aflige qualquer sociedade ameaça sair do controle no Brasil. Não só pela banalização desses comportamentos semipsicóticos que se vê na internet cada vez mais amiúde, mas por não haver uma  ampla reprovação pública a eles.
Nesse aspecto, meios de comunicação e classe política só colaboram para o agravamento do surto de sociopatia que vem ocorrendo, pois, no calor das disputas políticas e ideológicas, aquele que agride inimigos políticos e ideológicos torna-se aliado dos que não odeiam e que apenas têm objetivos que se vêem favorecidos pelo fanatismo.
Fanatismo político, ideológico, sexual, étnico ou de classe social, portanto, é apenas um pretexto para aqueles que têm necessidade de agredir os semelhantes de uma ou de todas as formas possíveis e imagináveis. Dessa maneira, enquanto não surge uma política pública para enfrentar esse problema é bom que você se cuide, pois o sociopata mora ao lado.

AUDIÊNCIAS, EDREDONS E AIATOLÁS

* a mesma mídia que engasga de gula ao saborear a posição do Brasil no ranking mundial de desigualdade (o país só perde para a África do Sul no G-20) omite modestamente a sua contribuição para o feito** apenas duas participações mais recentes --a demonização do reajuste de 14% para o salário mínimo e a cruzada contra a taxação das finanças em benefício da saúde pública-- mostram que ela tem créditos a receber. Não são pequenos, nem noviços. E,  sobretudo na última década, tem se acumulado em rota de colisão com esforços em contrário do governo. 

 
O filme iraniano 'A separação', do diretor Asghar Farhadi,  venceu o Globo de Ouro e é sério candidato ao Oscar. Também assinado por Farhadi, o roteiro  disseca as contradições afloradas a partir de um caso de divórcio --sim, tem divórcio no Irã-- que expõe desencontros e colisões entre Estado, justiça,classes, poder religioso ubíquo e uma sociedade de nível  intelectual  e científico sabidamente diferenciado.  O cinema extraído desse ambiente caleidoscópico  reflete um  braço de ferro existencial e político de tensão contemporânea e universal.  Farhadi não é uma estrela solitária a esmiuçar  essa nebulosa que inclui também olhares como os de Abbas Kiarostami e de seu antigo assistente, Jafar Panahi, detido recentemente pelo regime. A arte que eles produzem  não tem nada de subserviente, embora roteiros e recursos percorram a via crucis das aprovações estatais, o que sugere  a existência de vida inteligente e ecumênica ao lado de obscurantismo e opressão.  Tampouco engrossa a servidão  ética e estética que assalta o grosso da cinematografia contemporânea em nome da audiência. O mais interessante é que o saldo não fica nada a dever em termos de receptividade.  'A separação' foi visto por um milhão de pessoas no exterior . E  teve público de 3 milhões no Irã, coincidentemente,  o mesmo número que marcou o 'recorde'  de Ibope do Big Brother Brasil, após o polemico caso do 'estupro-esquenta-audiência' . A partir dele fomos apresentados ao rico repertório conceitua do sr. 'Boninho', o aiatolá que comanda o espetáculo. Sobre privacidade diz ele: 'Não temos câmeras debaixo dos edredons'.Ainda.

Mini-série 'do Aécio-2014' foi vetada em 2009. Será que Serra brigou para o ator ser Ítalo Rossi?



A TV Globo apronta mais uma. A mini-série que está no ar, "O brado retumbante", com trama política de um presidente da República, colocou um ator para representar um político que chega à Presidência da República, que é a cara de ... Aécio Neves!

O personagem lembra muito o senador mineiro em outro quesito: é mulherengo.

A semelhança pára por aí. Na trama, o político é honesto, paladino da ética contra a corrupção (a plataforma política única que a Globo e o PSDB querem pautar) e, pelo menos até agora, nada de mostrar cenas recusando a soprar o bafômetro.

Dá para pensar que a Globo quer preparar o telespectador-eleitor para assimilar os deslizes na vida pessoal de Aécio-2014, como se fossem só esses os seus defeitos, e apresentá-lo como se fosse um bastião da ética, semelhante ao que a emissora fez com Fernando Collor em 1989.

Segundo os autores, a mini-série foi escrita em 2009 e só agora a emissora resolveu levar ao ar, com receio de ser acusada de fazer campanha tucana em época eleitoral. 

Porém, lembrando do clima de guerra entre José Serra e Aécio que reinava na época... um amigo gaiato saiu com essa: 

"O veto só pode ter partido de Serra! Quem sabe ele não brigou com a Globo exigindo que o ator fosse Ítalo Rossi? ...Mais parecido com ele.

O último trem do Cerra. E ele não pegou !


Saiu na pág. A4 do Estadão:

“Serra comunica ao PSDB que está fora da disputa pela Prefeitura de São Paulo”


“Em reunião domingo com seus interlocutores mais próximos, tucano deixou claro que perseguirá plano de concorrer à Presidência em 2014; decisão foi repassada a Alckmin, mas dirgentes nacionais do PSDB ainda vão insistir em candidatura”.

“… o ex-governador acha que se entrar na disputa, passará a campanha dizendo que não renunciará para alcançar outro cargo …”




E assinou um documento com o timbre da Folha (*) para jurar a mesma coisa.
Cerra diz qualquer coisa.
Portanto, essa recusa, de hoje, não significa nada.
Se for preciso, ele assina outro documento com timbre da Folha (*).
Apenas uma ponderação: se ele passaria a campanha de Prefeito a justificar o compromisso quebrado, o que aconteceria numa campanha a Presidente ?
Passaria a campanha a justificar a Privataria.
Ou ele acha que ninguém leu o livro do Amaury ?
O livro do Amaury circunscreveu o destino político de Cerra a ser deputado federal.
Nem Senador consegue ser mais.
Como ele não tem mandato, corre o risco de ir para uma cela comum, já que diploma também não tem.
E ele corre um risco muito sério: esperar até 2014 para conseguir foro privilegiado.
O noticiário do PiG (**) da Província de São Paulo se enreda num minueto de fantasia: porque Cerra naufragou em Cayman.




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

FMI vem com pires na mão.Urubóloga não responde ao Chico

 
Como se sabe, o Farol de Alexandria foi três vezes ao FMI, de pires na mão.

Como se sabe, as taxas de juros do Farol de Alexandria navegavam acima dos 40%.

Um jenio !

(Da Privataria !)

Nesta quinta-feira se lê que o FMI precisa de US$ 500 bilhões para aliviar a Europa.

E já pediu dinheiro ao Brasil.

Como se sabe, o Nunca Dantes não só pagou o que o Farol pegou no FMI, como passou a emprestar dinheiro ao FMI.

Uma questão de estilo …

O Brasil já mandou dizer que só vai pingar dinheiro se tiver mais votos no FMI e se os países beneficiados fizeram um acordo com aquelas famigeradas “cartas de compromisso”com o FMI.

Quem pode, pode …

Como, por exemplo, o Tombini.

Ele reduziu a taxa de juros em meio ponto percentual.

E a taxa Selic vai para 10,5% ao ano.

Quer dizer, daqui a pouco chega a um dígito.

No Bom (?) Dia Brasil, o Chico Pinheiro, depois de ver a Urubóloga se embaralhar com a explicação de por que a inflação e os juros caem de forma consistente, perguntou se as notícias do dia podiam prever um “futuro tranquilo” para o Brasil.

A Urubóloga não conseguiu responder.

Se embaralhou nela própria.


Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BBC:Escândalos em reality shows ameaçam reputação de emissoras, diz analista

Para Torin Douglas, especialista em mídia da BBC, incidentes podem ser 'facas de dois gumes'
Os produtores de reality shows como o Big Brother Brasil "têm de monitorar todo o tempo" as interações entre seus participantes, afirma um especialista em mídia da BBC.
Para o jornalista Torin Douglas, episódios como a polêmica sobre uma suposta relação sexual sem consentimento entre Monique Amin, 23, e Daniel Echaniz, 31, no BBB "são como uma faca de dois gumes" para a emissora.
A Polícia Civil está investigando o incidente que teria ocorrido na madrugada do último domingo e resultou na expulsão de Echaniz do programa.
Em depoimento à polícia na última terça-feira, no entanto, tanto Monique como Echaniz afirmaram que houve uma 'troca de carícias' consentida entre os dois.
Para o analista da BBC, o incidente guarda semelhanças com polêmicas ocorridas nos Big Brother britânicos, que levaram, segundo o especialista, a uma perda do interesse de telespectadores pelo formato.
Veja os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil – Episódios polêmicos geram mais interesse por reality shows ou prejudicam a reputação desses programas?
Douglas – São uma faca de dois gumes. No curto prazo, eles aumentam a audiência, mas no longo prazo podem prejudicar a reputação da emissora. Aqui (na Grã-Bretanha) certamente aconteceu isso com o Channel 4 no caso de Shilpa Shetty (que teria sido alvo de racismo de outra participante do programa Celebrity Big Brother em 2007).
Depois do incidente, o Big Brother continuou por alguns anos, mas depois parou.
Hoje o canal não apresenta mais o programa e o interesse pelo formato está caindo. Mas em outros países ainda é popular.
BBC Brasil – Esse caso do suposto estupro no Brasil é novidade em reality shows como o Big Brother?
Tourin Douglas – Não é a primeira vez que a polícia entra em uma casa do Big Brother. Na Grã-Bretanha, os policiais foram chamados para apartar uma briga entre duas pessoas (em 2004, quando um participante ameaçou matar o outro). Na ocasião, o órgão regulador das telecomunicações, Ofcom, considerou válidas as queixas contra a emissora (o Channel 4) por não intervir.
Também houve o caso de bullying e racismo de Jade Goody contra Shilpa Shetty, que virou um incidente internacional no Celebrity Big Brother.
Há inclusive obras de ficção sugerindo que crimes, até assassinatos, podem ocorrer na casa do Big Brother. O livro Dead Famous, de Ben Elton, é um exemplo. É ficção, mas as especulações sobre até onde pode ir a realidade dos reality shows vão longe. Na vida real, polêmica e ilegalidade não são novidade no Big Brother. A questão é se o problema é tratado como um problema do programa, na qual quem atua é o órgão regulador da programação, ou se a polícia vai adiante e indicia os envolvidos.
BBC Brasil – Alguém já teve de prestar contas por incidentes na casa?
Douglas – Sim, depois das duas reclamações contra o Big Brother aqui na Grã-Bretanha o canal teve de mudar seus procedimentos, melhorar seus processos e criar regras mais rígidas para situações assim.
BBC Brasil – Pode haver um lado positivo na exposição desses escândalos? Por exemplo, houve algum lado positivo na polêmica envolvendo racismo na Big Brother britânico?
Douglas – Sim. No fim das contas, o Big Brother levantou um problema que nunca havia sido exposto e discutido de maneira tão abrangente, e de lá para cá as pessoas têm tido mais cuidado com o uso das palavras.
Essas coisas às vezes podem ter um efeito positivo. O que não há dúvida é que com as mídias sociais essas coisas são discutidas muito mais rapidamente.
BBC Brasil – Qual a consequência dessa rapidez com que as imagens se espalham?
Douglas – Eu acho que as mídias sociais criam mais supervisão sobre os produtores dos programas, que ficam sob maior escrutínio do que eles fazem. Claro que eles querem mais audiência, mas ao mesmo tempo precisam estar cientes de que precisam prestar contas por episódios assim.