A propósito do post “Luciana Genro vai processar a revista Veja”, a amiga navegante Marilia Amorim (**) enviou o seguinte comentário :
Luciana Genro e o Projeto Emancipa
A força do projeto de Luciana Genro reside no fato de se situar, ao mesmo tempo, além e aquém de qualquer sistema de cotas. Além, porque possibilita a igualdade pelo acesso ao conhecimento e não apenas pelo reconhecimento do direito de ser igual. Aquém, porque ele é anterior à invenção das politicas afirmativas e se baseia no ideal iluminista segundo o qual é possivel erradicar a desigualdade oferecendo uma educação de qualidade para todos.
Nesse sentido, o nome Emancipa vem bem a calhar, pois coincide com as utopias da modernidade, ausentes na pré-modernidade obscurantista e suprimidas na pós-modernidade ultraliberal, e que tinham, justamente, como eixo, o projeto de emancipação de todo ser humano. Isso explica por que a direita brasileira(***) que, diga-se de passagem, tornou-se pós-moderna sem nunca ter sido moderna, não pode tolerar iniciativas como a de Luciana Genro e expressa sua fúria através da revista Veja ( veja o quê?).
Clique aqui para conhecer melhor o Emancipa.
(*) Este ansioso blog costuma referir-se à VEJA como “a última flor do Fascio”, ou “detrito de maré baixa” (PHA).
(**) Possui doutorado em Ciências Humanas e da Educação com a tese Le texte de recherche en sciences humaines: une approche bakhtinienne du problème de l’altérit, na Universiade de Paris-8. Ex-professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é atualmente professora do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Paris. É autora dos seguintes livros: Raconter, démontrer, . survivre: formes de savoir et de discours dans la culture contemporaine e Dialogisme et altérité dans les sciences humaines e organizou o livro coletivo Images et discours sur la banlieue (todos na França) e O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas ciências humanas. É co-autora do livro Bakhtin: outros conceitos-chave.
(***) Sobre se existe ou não “direita” ou “esquerda”, leia o que diz Mino Carta ou, como disse, uma vez, Leandro Konder: só a direita acha que não existe mais essa distinção.
(**) Possui doutorado em Ciências Humanas e da Educação com a tese Le texte de recherche en sciences humaines: une approche bakhtinienne du problème de l’altérit, na Universiade de Paris-8. Ex-professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é atualmente professora do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Paris. É autora dos seguintes livros: Raconter, démontrer, . survivre: formes de savoir et de discours dans la culture contemporaine e Dialogisme et altérité dans les sciences humaines e organizou o livro coletivo Images et discours sur la banlieue (todos na França) e O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas ciências humanas. É co-autora do livro Bakhtin: outros conceitos-chave.
(***) Sobre se existe ou não “direita” ou “esquerda”, leia o que diz Mino Carta ou, como disse, uma vez, Leandro Konder: só a direita acha que não existe mais essa distinção.
Paulo Henrique Amorim
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