Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Evo: na Bolívia não mandam os Chicago Boys Chicago Boys são os Neolibêles do FHC


De Walber Leandro, no face do C Af


No Valor:


“Na Bolívia, não mandam os Chicago boys”, diz Evo Morales em posse




LA PAZ – O presidente da Bolívia, Evo Morales, voltou a rechaçar, nesta quinta-feira, a política econômica neoliberal em seu discurso de posse. “Na Bolívia, não mandam os Chicago boys, mas sim os Chuquiago boys”, disse, após relatar longamente os avanços econômicos e sociais do país. “Aqui, mandam os índios”.

No fim do ano passado, em um evento em Cochabamba, o presidente usou a mesma expressão para criticar as economias ditas neoliberais, como a norte-americana. A afirmação, desta vez, foi feita na presença da presidente Dilma Rousseff, que em seu segundo mandato parece ter dado uma guinada na política econômica, nomeando para o Ministério da Fazenda, um economista considerado um Chicago boy, Joaquim Levy.

(…)

Veja o vídeo:


Os Chicago Boys, neolibêles da Universidade de Chicago, primeiro assumiram o poder com Pinochet no Chile.
Depois, se espalharam pelo México, Bolívia e Argentina e governaram o Brasil nos oito anos do Farol de Alexandria.
Acabam de ser enxotados da Europa pelo Draghi.
E tentam botar as manguinhas de fora por aqui, se o PT deixar.
Paulo Henrique Amorim





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

OS CUBANOS E A DOENÇA DO BRASIL

M.Luther King (28/08/1963): 'I have a dream'; Obama (28/o8/2013):'I have Tomahawks'

* 'Black-Bush': Obama sinaliza ataque iminente contra a Síria, mesmo com inspetores da ONU ainda no país.

*A doutora Ceramides Carbonell  conta como se forma um médico em Cuba: treinamento exaustivo em exame clínico e educação para a solidariedade.
 

EXCLUSIVO:

Samuel Pinheiro: o caso boliviano, o Itamaraty depois de Lula e a tensão na AL (leia a entrevista a Najla Passos, de Brasília)



Eles desembarcaram há quatro dias apenas. Nem começaram a trabalhar. Mas alguma coisa de essencial já foi diagnosticada entre nós com a sua presença. Uma foto estampada na Folha de SP desta 3ª feira, sintetiza a radiografia que essa visita adicionou ao diagnóstico da doença social brasileira. Um médico negro avança altivo pelo corredor polonês que espreme a sua passagem na chegada a Fortaleza, 2ª feira. O funil mobiliza jovens de jaleco da mesma cor alva da pele. Uivam, vaiam, ofendem o visitante. Recitam o texto inoculado diuturnamente em suas mentes pelas cantanhêdes, os gasparis e assemelhados. É questão de justiça creditar-lhes a paternidade da linhagem capaz de cometer o que a foto cristalizou para a memória destes tempos. "Escravo!" "Escravo!" "Escravo!", ecoa a falange, programada para que um dia pudesse cumprir esse papel, entre outros ainda mais letais. Os alvos da fúria deixaram família, rotinas e camaradagem para morar e socorrer localidades das quais nunca ouviram  falar. Mas a maioria dos brasileiros também não. Com o agravante de que ali jamais pousarão os pés. Coisa que os cubanos farão. Campos Alegres de Lourdes, Mansidão, Carinhanha, Cocos, Sítio do Quinto, Souto Soares... Quem conhece esse Brasil? Houve tempo em que essas expedições a um Brasil distante do mar eram feitas por brasileiros, e de classe média, como a Coluna Prestes, os Villas Boas, as Caravanas do CPC, nos anos 60. Onde foi que a seta do tempo se quebrou? Tem conserto? (LEIA MAIS AQUI)



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dilma enquadra o diplomata irresponsável. Nada de papinho de Doi-Codi, guri - DILMA REBATE DIPLOMATA: "EU ESTIVE NO DOI-CODI"


InfografiaFolhacut


27 de agosto de 2013 | 15:17

Nada como quando a Presidenta Dilma Rousseff larga de mão o pessoal do “copidesqui cervical” e fala, ela mesma, sobre os assuntos.
Provocada sobre as declarações do diplomata Eduardo Saboia que, sem ordens e sem autorização do governo boliviano, montou um comboio com militares brasileiros – um detalhe que nossa imprensa mal noticia – para tirar o senador Roger Pinto Molina do país vizinho, alegando que a nossa embaixada parecia o “Doi-Codi”, Dilma disparou:
“Não há nenhuma similaridade. E eu estive no DOI-Codi. Eu sei o que é o DOI-Codi. E asseguro a vocês: é tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz, como é distante o céu do inferno. Literalmente, isso”
A Presidenta afirmou que Saboia ”não poderia colocar em risco a vida de uma pessoa que estava sob sua guarda”:
InfografiaFolha
“Lamento profundamente que um asilado brasileiro tenha sido submetido à insegurança que esse foi. Porque um Estado democrático e civilizado, a primeira coisa que faz é proteger a vida, sem qualquer outra consideração. Protegemos a vida, a segurança, e garantimos o conforto ao asilado.”
“Se nada aconteceu (com o senador) não é a questão, poderia ter acontecido”, declarou a presidente.”Um governo não negocia vidas, um governo age para proteger a vida. Não estamos em situação de exceção.”
De fato, se a gente verificar o que a Follha apresentava sobre as condições em que estava Molina, parecem ser “ligeiramente diferentes” de uma cela do Doi-Codi.
Televisão, notebook, bicicleta ergométrica, figobar, tablet…
Claro que ficar retido, seja onde for, nunca é o melhor dos mundos. Mas o senhor Molina não desconsiderava que, lá fora, 20 processos judiciais o esperavam.
Ah, mas Saboia é um herói….O que diria a mídia brasileira se um dos réus do chamado mensalão pedisse asilo na Embaixada americana e um diplomata gringo organizasse uma escolta de marines para tirá-lo do país?
Por: Fernando Brito


EXCLUSIVO: 'OPERAÇÃO BOLÍVIA' NÃO FOI UM ACIDENTE

*Rede de Marina arrasta 25% de assinaturas podres.

*Obama articula para atacar a Síria: EUA quer bombardear Damasco independente do veredito da ONU sobre armas químicas. De Paris, Eduardo Febbro alerta para as sirenes da invasão.

O horror, o horror: falanges do jaleco branco vaiam médicos negros cubanos em Fortaleza e ecoam o grito de guerra do jornalismo conservador: 'escravos!' 

Escola cubana de medicina valoriza a ética, o exame clínico, a honradez e o internacionalismo. Conservadorismo argentário reage  entre indignado e estupefato.

E ainda: 'Mais Médicos: mídia repete Bush em Nova Orleans  (leia aqui)  



A fuga do senador boliviano que custou o cargo do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, não foi obra individual de
um destemido diplomada brasileiro, mas uma ação organizada pela direita com apoio de setores conservadores do Itamaraty, que mantêm estreitos laços em questões políticas e econômicas, como o boicote aos governos socialistas e a defesa intransigente do agronegócio. A avaliação é do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que participou de uma missão oficial à Bolívia, em março, onde conheceu os três principais personagens envolvidos na trama: o então embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, que patrocinou a aceitação brasileira ao pedido de asilo político do senador, o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que afirma ter organizado sozinho a fuga do político, e o próprio senador oposicionista Roger Pinto, que viveu 545 dias na embaixada brasileira na Bolívia."Eles (Biato e Sabóia) falavam sobre a Bolívia, os bolivianos e o Evo com tanto preconceito que o jantar de recepção à nossa delegação terminou em bate-boca", recorda Putty, ressaltando a cumplicidade ideológica entre diplomatas e o senador.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A covardia europeia contra o presidente Evo Morales

Os europeus, os campeões da defesa da democracia, do Estado de Direito e da liberdade, demonstraram que suas relações com a Casa Branca estão acima de tudo e que podem pisotear os direitos de um avião presidencial caso isso seja preciso para que o grande império não se incomode com eles. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-espião estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha. Por Eduardo Febbro.

Paris - Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norteamericano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-membro da Agência Nacional de Segurança (NSA) norteamericana, o estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha. 

Voltando de Moscou, onde havia participado da segunda cúpula de países exportadores de gás, realizada na capital russa, Morales se viu forçado a aterrissar no aeroporto de Viena depois que França, Portugal e Espanha negaram permissão para que seu avião fizesse uma escala técnica ou sobrevoasse seus espaços aéreos. Os “amigos” do governo norteamericano avisaram os europeus que Morales trazia no avião Edward Snowden, o homem que revelou como Washington, por meio de vários sistemas sofisticados e ilegais, espionava as conversações telefônicas e as mensagens de internet da maioria do planeta, inclusive da ONU e da União Europeia.

O certo é que Edward Snowden não estava no avião de Evo Morales. No entanto, ante a negativa dos países citados em autorizar o sobrevoo do avião presidencial, Morales fez uma escala forçada na Áustria. As capitais europeias coordenaram muito bem suas ações conjuntas para cortar a rota de Evo Morales. Surpreende a eficácia e a rapidez com que atuaram, tão diferente das demoradas medidas que tomam quando se trata de perseguir mafiosos, traficantes de ouro, financistas corruptos ou ladrões do sistema financeiro internacional.

Segundo a informação da chancelaria boliviana, o avião havia obtido a permissão da Espanha para fazer uma escala técnica nas Ilhas Canárias. Essa autorização também foi cancelada e, finalmente, o avião teve que aterrissar no aeroporto de Viena. Segundo declarou em La Paz o chanceler boliviano David Choquehuanca, “colocou-se em risco a vida do presidente que estava em pleno voo”. “Quando faltava menos de uma hora para o avião ingressar no território francês nos comunicam que tinha sido cancelada a autorização de sobrevoo”. O ministro pediu uma explicação tanto da França quanto de Portugal, país que tomou a mesma decisão que a França.

“Queriam nos amedrontar. É uma discriminação contra o presidente”, disse Choquehuanca. Em complemento a esta informação, o portal de Wikileaks também acusou a Itália de não permitir a aterrisagem do avião presidencial boliviano. Em Paris, o conselheiro permanente dos serviços do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault disse que não tinha nenhuma informação sobre esse assunto. Por sua vez, a chancelaria francesa disse que não estava em condições de comentar ocaso. Bocas fechadas, mas atos concretos.

Ao que parece, todo esse enredo se armou em torno da presença de Snowden no aeroporto de Moscou. Alguém fez circular a informação de que Snowden estava no aeroporto da capital russa com a intenção de subir no avião de um dos países latino-americanos dispostos a lhe oferecer asilo político. Snowden é procurado por Washington depois de revelar a maneira pela qual o império filtrava as conversações no mundo. O chanceler boliviano qualificou como uma “injustiça” baseada em “suspeitas infundadas sobre o manejo de informação mal intencionada” o cancelamento das permissões de voo para o avião de Evo Morales. “Não sabemos quem inventou essa soberana mentira; querem prejudicar nosso país”, disse Choquehuanca. “Não podemos mentir à comunidade internacional e não podemos levar passageiros fantasmas”, advertiu o responsável pela diplomacia boliviana.

Em La Paz, as autoridades adiantaram que não receberam nenhum pedido de asilo por parte de Edward Snowden. Evo Morales havia evocado a possibilidade de conceder asilo a Snowden, mas só isso. O mesmo ocorreu com outra vítima da informação e da perseguição norteamericana, o fundador do Wikileaks, Julian Assange. O mundo ficou pequeno para Edward Snowden. 

Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres e Snowden encontra-se há dez dias na zona de trânsito do aeroporto de Sheremétievo, em Moscou. Segundo Dmitri Peskov, o secretário de imprensa do presidente Vladimir Putin, o norteamericano havia solicitado asilo a Rússia, mas depois “renunciou a suas intenções e a sua solicitação”. Peskov esclareceu, porém, que o governo russo não entregaria o fugitivo para a administração norte-americana: “o próprio Snowden por sincera convicção ou qualquer outra causa se considera um defensor dos direitos humanos, um lutador pelos ideais da democracia e da liberdade pessoal. Isso é reconhecido pelos ativistas e organizações de direitos humanos da Rússia e também por seus colegas de outros países. Por isso é impossível a entrega de Snowden por parte de quem quer que seja a um país como os EUA, onde se aplica a pena de morte.

Quando se referiu ao caso de Snowden em Moscou, Evo Morales assinalou que “o império estadunidense conspira contra nós de forma permanente e quando alguém desmascara os espiões, devemos nos organizar e nos preparar melhor para rechaçar qualquer agressão política, militar ou cultural”. Os europeus, os campeões da defesa da democracia, do Estado de Direito e da liberdade, demonstraram que suas relações com a Casa Branca estão acima de tudo e que podem pisotear os direitos de um avião presidencial caso isso seja preciso para que o grande império não se incomode com eles.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ligo para o Oráculo, assustado: - Você viu no que deu o ódio do Serra ? - O que ?, o que é isso ?, pergunta o Oráculo, também assustado. - O Serra semeou o ódio, a divisão, a intolerância e deu nisso. - O que, meu filho ? - Deu no movimento “SP só para paulistas” (clique aqui para ver). - Ah, mas isso já estava lá, submerso. O Serra só fez acender o fósforo. - Sim, mas isso assusta, não ? - Claro. - É a Liga Norte separatista da Itália, o Sarkozy a expulsar os ciganos … - Basta, basta, já entendi tudo. Os chicanos nos Estados Unidos … - E como se sai dessa ? - Meu filho, eu é que pergunto: que líder de São Paulo vai subir na tribuna e dizer: basta ! - Um Kennedy, que disse “eu sou berlinense”. - É, meu filho, não tem Kennedy em São Paulo, diz o Oráculo. - E o Fernando Henrique ?, pergunto. - Esse renunciou ao papel de estadista, para ser chefe de facção. - É o que ele diz do Lula. - É o que eu digo dele: o Fernando Henrique perdeu a autoridade moral. - Então, quem vai levantar a voz e dizer: São Paulo é contra a xenofobia, São Paulo também é o Nordeste ? - Não vejo ninguém. - E no que vai dar nisso, ? pergunto. - Os bolivianos serão as primeiras vítimas. - Os bolivianos ? - Sim ! Quem disse que os mauricinhos de São Paulo cheiram cocaína por culpa da Bolívia ? - É verdade. O Serra. - E quem são os escravos da indústria têxtil de São Paulo ? - Os bolivianos, respondi, assustado. - E quem é perseguido nas escolas públicas de São Paulo ? - O aluno boliviano. - Pois é, meu filho. - O que ? - Vai começar com os bolivianos. Depois é que vai para os nordestinos. Os cariocas. Os mineiros. Os judeus etc etc etc … Pano rápido. Paulo Henrique Amorim

Ligo para o Oráculo, assustado:

- Você viu no que deu o ódio do Serra ?

- O que ?, o que é isso ?, pergunta o Oráculo, também assustado.

- O Serra semeou o ódio, a divisão, a intolerância e deu nisso.

- O que, meu filho ?

- Deu no movimento “SP só para paulistas” (clique aqui para ver).

- Ah, mas isso já estava lá, submerso. O Serra só fez acender o fósforo.

- Sim, mas isso assusta, não ?

- Claro.

- É a Liga Norte separatista da Itália, o Sarkozy a expulsar os ciganos …

- Basta, basta, já entendi tudo. Os chicanos nos Estados Unidos … 

- E como se sai dessa ?

- Meu filho, eu é que pergunto: que líder de São Paulo vai subir na tribuna e dizer: basta ! 

- Um Kennedy, que disse “eu sou berlinense”.

- É, meu filho, não tem Kennedy em São Paulo, diz o Oráculo.

- E o Fernando Henrique ?, pergunto.

- Esse renunciou ao papel de estadista, para ser chefe de facção.

- É o que ele diz do Lula.

- É o que eu digo dele: o Fernando Henrique perdeu a autoridade moral. 

- Então, quem vai levantar a voz e dizer: São Paulo é contra a xenofobia, São Paulo também é o Nordeste ?

- Não vejo ninguém.

- E no que vai dar nisso, ? pergunto.

- Os bolivianos serão as primeiras vítimas.

- Os bolivianos ?

- Sim ! Quem disse que os mauricinhos de São Paulo cheiram cocaína por culpa da Bolívia ?

- É verdade. O Serra.

- E quem são os escravos da indústria têxtil de São Paulo ?

- Os bolivianos, respondi, assustado.

- E quem é perseguido nas escolas públicas de São Paulo ?

- O aluno boliviano.

- Pois é, meu filho.

- O que ?

- Vai começar com os bolivianos. Depois é que vai para os nordestinos. Os cariocas. Os mineiros. Os judeus etc etc etc …

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim





05 Novembro 2010

A estudante de direito Mayara Petruso foi demitida do escritório de advocacia onde estagiava

Ontem, a estudante foi demitida do escritório de advocacia onde estagiava.

"Com muito pesar e indignação, (o escritório) lamenta a infeliz opinião pessoal emitida em rede social, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis", informou, em nota, o escritório Peixoto e Cury Advogados. A estudante paulista também postou comentários ofensivos a nordestinos em seu Facebook. "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171." Depois da repercussão negativa das frases, Mayara publicou mensagens desculpando-se e cancelou seus perfis nos sites de relacionamento. Mas os comentários da estudante foram duramente criticados na rede mundial de computadores. Expressões como "xenofobia, não" foram reproduzidas pelos internautas.







sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Weisbrot: Serra faz campanha em Washington?

6 de agosto de 2010 às 13:03
Será que Serra deseja realmente que o Brasil compre brigas com todos os seus vizinhos?
MARK WEISBROT*, na Folha de S. Paulo
O que José Serra está tentando fazer? Em sua campanha pela Presidência do Brasil, ele acusou a Bolívia de cumplicidade no tráfico de drogas e criticou Lula por tentar mediar a disputa entre Washington e o Irã, e por recusar (em companhia da maioria dos demais países sul-americanos) reconhecimento ao governo de Honduras, “eleito” sob uma ditadura.

Por algum tempo ele optou por não aderir à campanha internacional de Washington contra a Venezuela, mas agora Serra e seu candidato a vice, Indio da Costa, também adentraram aquele pútrido pântano, alegando que a Venezuela “abriga” as Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas), o principal grupo guerrilheiro que combate o governo da Colômbia.

Que conste: a despeito de uma década de alegações, Washington ainda não conseguiu apresentar publicamente um traço de prova de que o governo de Chávez de fato apoie as Farc.

A única “prova” de que existe em domínio público vem de laptops e outros equipamentos de computação supostamente capturados pelas Forças Armadas colombianas em sua incursão ao território do Equador em março de 2008.

Blogueiros de direita como Reinaldo Azevedo repetem o mito de mídia de que a Interpol teria confirmado a autenticidade desses arquivos supostamente capturados, mas um relatório da Interpol nega enfaticamente essa possibilidade. Tudo que temos é a palavra das Forças Armadas colombianas -organização que sabidamente assassinou centenas de adolescentes inocentes e os vestiu como guerrilheiros.

Será que Serra realmente deseja que o Brasil compre brigas com todos os seus vizinhos a fim de se colocar desafiadoramente do lado errado da história? E isso apenas para se tornar o maior aliado direitista de Washington? Sim, caso Serra não tenha percebido, os Estados Unidos, sob o governo Obama como sob o governo Bush, só têm governos de direita como aliados no hemisfério: Canadá, Panamá, Colômbia, Chile, México. Existe um motivo para isso: a política norte-americana com relação à América Latina não mudou sob Obama.

Mesmo de um ponto de vista puramente maquiavélico -deixando de lado qualquer ideia de fazer da região ou do mundo um lugar melhor-, a estratégia “Serra Palin” faz pouco sentido. O Brasil tinha boas relações com Bush e pode ter boas relações com Obama sem incorrer nessa espécie desonrosa de servidão.

O Brasil não é El Salvador, país cujo governo vive sob chantagem por ameaças de enviar de volta ao seu território os milhares de emigrantes salvadorenhos que vivem nos Estados Unidos. E nem El Salvador tomou a estrada que Serra está percorrendo.

Não é apenas na Venezuela e na Bolívia que os Estados Unidos investem dezenas de milhões de dólares para adquirir influência política. Em 2005, como reportou este jornal, os Estados Unidos bancaram um esforço para mudar a lei brasileira de maneira a reforçar a oposição ao Partido dos Trabalhadores.

Washington tem grande interesse no resultado da eleição deste ano porque procura reverter as mudanças que tornaram a América Latina, no passado o “quintal” dos Estados Unidos, mais independente que nunca em sua história. José Serra está fazendo com que esse interesse cresça a cada dia.

tradução de Paulo Migliacci

*Weisbrot é co-diretor do Centro para Pesquisa Política e Econômica, um think-tank progressista de Washington, colunista do jornal britânico Guardian e da Folha.