Em vez de apresentar o nome de Michel Temer, a lista elencou
"líder brasileiro", mesmo três dias após o evento; na foto oficial dos
líderes, Temer, ao contrário de Lula e Dilma, foi escanteado e colocado
na ponta, entre os presentes.
DoBrasil de Fato– O
presidente não-eleito Michel Temer foi o único líder que não teve o
nome citado na lista de presença do encontro do G20, que reúne as 20
maiores economias do mundo todos os anos. Em vez de apresentar o nome de
Michel Temer, a lista elencou "líder brasileiro", mesmo três dias após o
impeachment de Dilma Rousseff.
Neste ano, o evento aconteceu em Hangzhou, capital da província de
Zhejiang, na China. Iniciada neste domingo (4), a reunião terminou nesta
segunda-feira (5).
O Brasil de Fato entrou em contato com bloco por email à procura de
explicações sobre a omissão do nome de Temer, mas não obteve retorno até
o fechamento desta matéria.
O 11º Encontro do G20 será sediado em Hangzhou, Zhejiang, em 4 e 5 de
setembro. Os seguintes líderes dos países-membros do G20 irão
comparecer ao encontro a convite do presidente Xi Jinping:
- Presidente Mauricio Macri, da Argentina; líder brazileiro;
presidente François Hollande, da França; presidente Joko Widodo, da
Indonésia; presidente Park Geun-hye, da ROK; presidente Enrique Pena
Nieto, do México; presidente Vladimir Putin, da Rússia; presidente Jacob
Zuma, da África do Sul; presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia;
presidente Barack Obama, dos EUA; primeiro-ministro Malcolm Turnbull, da
Austrália; primeiro-ministro Justin Trudeau, do Canadá; chanceler
Angela Merkel, da Alemanha; primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia;
primeiro-ministro Matteo Renzi, da Itália; primeiro-ministro Shinzo Abe,
do Japão; primeira-ministra Theresa May, do Reino Unido; presidente
Donald Tusk, do Conselho Europeu; presidente Jean-Claud Juncker, da
Comissão Europeia; vice-primeiro-ministro da Arábia Saudita,
príncipe Muhammad bin Salman Al Saud da Arábia Saudita;
presidente Idriss Deby, de Chade; presidente Abdel Fatah al-Sesi, do
Egito; presidente Nursultan Nazarbayev, do Casaquistão; presidente
Bounnhang Vorachith, de Laos; presidente Macky Sall, de Senegal;
primeiro-ministro Lee Hsien Loong, de Cingapura;
primeiro-ministro Mariano Rajoy, da Espanha; primeiro-ministro Prayut
Chan-ocha, da Tailândia; secretário-geral da ONU Ban Ki-moon; presidente
do Banco Mundial, Jim Yong Kim; diretora do FMI, Christine Lagarde;
diretor-geral do WTO, Roberto Azevedo; diretor-geral Guy Ryder, da
Organização Internacional do Trabalho; presidente Mark Carney, do
Financial Stability Board; a secretária-geral Angel Gurria, da OECD,
etc..
Posted by eduguim Tremei, brasileiros que leem, informam-se e pensam. Como dizia um
meme que circulou pelas redes sociais, o impeachment de Dilma foi
comemorado pelos poucos que lucrarão com ele e pelos muitos que não
sabem o que irá gerar.
Na quarta-feira da infâmia, 31 de agosto, em seu “discurso de posse”, Temer chegou ao ponto de dar pistas sobre o que fará. Os trechos a seguir demonstram isso à perfeição.
Temer afirmou estar preocupado com a imagem externa do Brasil:
“(…) Eu conservo a absoluta convicção de
que é preciso resgatar a credibilidade do Brasil no concerto interno e
no concerto internacional, fator necessário para que empresários dos
setores industriais, de serviços, do agronegócio, e os trabalhadores,
enfim, de todas as áreas produtivas se entusiasmem e retomem, em
segurança, com seus investimentos (…)”
Se essa preocupação for legítima, porém, ele começou muito mal. A
imagem do país desmoronou por conta justamente da trama sórdida que esse
usurpador levou a cabo em dueto com Eduardo Cunha. Abaixo, alguns exemplos de como a imagem do país ficou após o golpe.
Não parece ter sido esse o objetivo de Temer, mas foi o que ele e
seus asseclas conseguiram com o ataque que empreenderam contra a
democracia.
Mas muito pior do que a imagem do país, que os golpistas macularam de
forma tão grave, é o objetivo deles. Temer ocupa a presidência da
República, mas jamais poderia ser presidente se disputasse uma eleição
porque é “ficha-suja”,
está inelegível por oito anos por condenação da Justiça eleitoral,
devido a fraudes em suas contas de campanhas eleitorais passadas.
Justamente por não ter como continuar no cargo após 2018 mesmo se
fizesse um governo espetacular (hipótese que não passa de piada de
humor-negro) é que o capital e a direita quiseram colocá-lo na
Presidência; a Temer caberá fazer o serviço sujo de acabar com os
direitos trabalhistas dos brasileiros, antiga reivindicação dos grandes
empresários.
A direita quer acabar com os direitos inscritos na CLT de Getúlio
Vargas, que a elite brasileira nunca aceitou, e com o gasto de dinheiro
público com aposentados e com saúde pública, para que os cofres públicos
possam ficar mais gordos para ser saqueados pelo topo da pirâmide.
Nesse aspecto, Temer, em seu discurso de posse, chegou ao ponto de declarar o objetivo de seu mandato.
“(…) A força da União, nós temos que
colocar isso na nossa cabeça, deriva da força dos estados e municípios.
Há matérias, meus amigos, controvertidas, como a reforma trabalhista e a
previdenciária. A modificação que queremos fazer, tem como objetivo, e
só se este objetivo for cumprido é que elas serão levadas adiante, mas
tem como objetivo o pagamento das aposentadorias e a geração de emprego.
Para garantir o pagamento, portanto. Tem como garantia a busca da
sustentabilidade para assegurar o futuro.
Esta agenda, difícil, complicada, não é
fácil, ela será balizada, de um lado pelo diálogo e de outro pela
conjugação de esforços. Ou seja, quando editarmos uma norma referente a
essas matérias, será pela compreensão da sociedade brasileira. E, para
isso, é que nós queremos uma base parlamentar sólida, que nos permita
conversar com a classe política e também com a sociedade (…)”
Para quem quiser entender o que significa toda essa enrolação acima, aí vai, abaixo, o resumo da ópera.
Para quem não sabe o que quer dizer “flexibilização da CLT”, em
resumo quer dizer que, em tempos de desemprego, você vai ter que aceitar
trabalho sem férias, décimo-terceiro salário, fundo de garantia etc.,
etc.
Mas não fica só por aí.
O tucanês voltou a ser falado no país e não só pelos tucanos, mas, como outrora, também pelos peemedebês.
O que eles querem dizer por “rever o SUS” é reduzir o atendimento na
saúde pública, porque, apesar de grande parte do povo não enxergar, o
atendimento na saúde pública cresceu e melhorou exponencialmente durante
os governos do PT e isso, claro, custa dinheiro e o golpe veio para que
o Estado parasse de gastar dinheiro com pobre.
No segundo dia 31 da infâmia (após o de março de 64, o de agosto de
16), fui almoçar e o servente do bar em que devorei um “comercial”, um
sujeito que deve ganhar cerca de mil reais por mês, se tanto, comemorava
a queda de Dilma.
Não senti raiva, mas pena. Ele não sabe o que o espera…
Em
Brasília há um panteão dos heróis nacionais. Lá estão gravados os nomes
de Zumbi, Sepé Tiaraju, Tiradentes, Anita Garibaldi, dentre outros. Não
duvido de que um dia os nomes de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma
Rousseff lá estarão.
Mas
seria bom, a partir deste 31 de agosto de 2016, quando se consumou o
golpe de estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, que se
erigisse ao lado um… bem, não um panteão, mas sim um Hall da Infâmia, já
que todos e todas que perpetraram este golpe são americanófilos e,
portanto, este nome lhes cai melhor.
O
patrono deste Hall é Joaquim Silvério dos Reis, na boa companhia de
Carlos Lacerda, Café Filho, Rainieri Mazzili e Auro de Moura Andrade,
além de todos os signatários do Ato Institucional no. 5, Carlos Alberto
Brilhante Ustra, só para começar.
Bem,
vai ser impossível designar aqui todos os candidatos a terem seus nomes
e fotos, em posições infames, inscritos neste Hall da Infâmia. Além
disto, cuidado! Não basta ter praticado algum ato infame para adentrar
este valhacouto ou covil. É necessário haver um devido processo, que
prove o requinte da infâmia. A seguir, portanto, tratarei apenas de
alguns dos infames declarados, e de alguns outros que são bons
candidatos a terem seu nome perpetuado neste Hall.
Para
começar, descartemos os infames de segunda categoria. Por exemplo: a
caterva de promotores menores, policiais federais, juízes e juízas de
nenhuma relevância, que ajudam o golpe, com milhares de coxinhas idiotas
que foram às ruas achando que estavam lutando para acabar com a
corrupção, ou mesmo de má fé, defendendo a volta da ditadura, por
exemplo. Estes e estas serviriam no máximo para serem incluídos no
tapete de entrada do Hall, pisados e repisados pelos pés dos visitantes
que, na entrada, passariam por um portal da lama para carregá-la
adentro, enlameando os nomes ali eternizados.
Também
eliminemos os concorrentes à Comenda Pôncio Pilatos, como os ministros e
ministras do Supremo Tribunal Federal que sistematicamente se negaram a
se pronunciar - pelo menos até agora - sobre o mérito de um processo
injusto, vazio e iníquo, no estilo daquele que condenou Joana d’Arc à
fogueira. Seu destino seria terem seus nomes e fotos eternizados em
placas de metal que ficariam gravitando em torno do Hall, nele impedidos
de entrar, assim como os omissos, no Inferno de Dante, correm sem parar
junto à sua porta perseguidos por enxames de vespas, moscas, mosquitos,
pernilongos que se saciam na sua carne apodrecente.
Não, no Hall da Infâmia entrarão apenas os eleitos, o supra-sumo da malfeitoria.
Para
começar, lá estarão, desprovidos de dedos, palmas e punhos, com os
braços interligados, apodrecendo juntos por toda a eternidade, Cunha,
Temer e Renan Calheiros. No seu centro, com os olhos na nuca, pois só
pode ver o passado, estará Meirelles, este exterminador do futuro, da
infância e da juventude de nosso país, com seu plano nefasto e nefando
de impedir investimentos em educação e saúde, e outras áreas sociais.
Logo a seguir virá o chanceler José Shell (antes conhecido como Serra
Chevron), com uma peculiaridade: ao invés de mãos terá cascos de cavalo e
em lugar dos pés, patas de rinoceronte. Ao abrir a boca, só sairão dela
bombas de fragmentação, ferindo seus companheiros de Hall, ungido pela
destruição não apenas da política externa independente e altiva de seus
antecessores imediatos, mas também da laboriosa tradição construída
desde Alexandre de Gusmão e os dois Rio Branco, o Visconde e o Barão.
Na
ala da idiotice contumaz estará reinando o senador Aécio Neves, por
declarar que com o golpe perpetrado a Brasil redescobriu a democracia e
recuperou o respeito internacional, quando é exatamente o contrário que
se dá. Terá os olhos e os ouvidos permanentemente tapados, pois assim
agiu neste e em outros momentos.
Já
na ala da hipocrisia e mentira se encontrarão os diretores e arautos da
mídia conservadora, Estadão, Globo, Veja, Folha de S. Paulo, Zero Hora,
Isto É e outros e outras, tendo suas línguas distendidas
permanentemente esfregadas com sabão de sebo cru.
Ao
lado deles, o juiz Gilmar Mendes terá as pálpebras permanentemente
abertas, sem nunca poder fecha-las, condenado, como diz São Tomás de
Aquino, a um choro sem lágrimas e a um soluçar silencioso. Ao tentar
gritar, nenhum som sairá de sua boca, somente um hálito fétido que
empestará a respiração dos demais eleitos do Hall.
Haverá muito mais neste Hall da Infâmia. Convido leitoras e leitores a soltar a imaginação.
Mas há ainda os candidatos que deverão passar pelo crivo de serem examinados em processo.
Por
exemplo, cito alguns casos. Primeiro, o juiz Sérgio Moro. Sabe-se que
se ele atuasse nos Estados Unidos, país que tanto ama, e fizesse o que
vem fazendo, já teria perdido o cargo. É um caso a ser estudado.
Trata-se de paranoia ou mistificação? Com a palavra os psicanalistas e
juristas do futuro. Idem, o caso da trinca Janaína Paschoal, Reale
Júnior e Helio Bicudo. Afinal, a primeira se vendeu por quarenta e cinco
mil dinheiros. É muito pouco. E os demais? Ganharam mais, menos, ou
apenas cederam perante a vaidade e a glória? O mesmo se pode dizer de
agentes de segunda mão, como Cristovam, Marta, Romário, Anastasia…
Seriam farsantes apenas?
Outro a ser estudado é o general Etchegoyen. Estará à altura dos seus antepassados conspiradores e golpistas?
Caso sejam reprovados nos devidos exames, ficarão no tapete de entrada, com os ajudantes do golpe, enlameados como os demais.
No dia em que se inicia o julgamento final do impeachment da
presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula diz que "está começando a
semana da vergonha nacional"; "Os senhores senadores que vão votar para
Dilma ser impeachmada, que vão falar mal dela, estão caçando o voto que
vocês deram em outubro de 2014", declarou, durante ato em defesa do
emprego e da democracia no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio; se
dizendo "envergonhado" pelo Senado, Lula afirmou que senadores começam
hoje a "rasgar a constituição do País ao tentar condenar uma mulher
inocente"; ele citou dados de desemprego na indústria naval e defendeu
que "o trabalhador humilde" não pague o preço do que está acontecendo no
Brasil
247 – O ex-presidente Lula fez um discurso em defesa
do emprego e com duras críticas ao governo interino e ao processo de
impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, cujo processo final
começa nesta quinta-feira 25 no Senado. "Hoje a gente pode dizer que
está começando a semana da vergonha nacional com a tentativa do
impeachment da Dilma", declarou Lula no ato em defesa do emprego e da
democracia realizado no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio de Janeiro.
"Os senhores senadores que vão votar hoje para Dilma ser impeachmada,
que vão falar mal dela, estão caçando o voto que vocês deram em outubro
de 2014", discursou Lula. "Começa hoje o dia da vergonha nacional, dia
em que os senadores começam a rasgar a Constituição do País ao tentar
condenar uma mulher inocente, uma mulher honesta. Que pode ter cometido
erros, mas quem não comete erros?", perguntou.
Contra o governo interino de Michel Temer, Lula voltou a dizer que se
trata de um grupo que quer "chegar ao poder sem disputar as eleições".
"Eu não tenho nada pessoal contra o Temer, eu só queria que ele soubesse
que seria digno, ele como advogado, constitucionalista, dizer que não
aceita chegar à presidência pelo golpe e que ele vai disputar as
eleições em 2018 para ver se vai ser eleito pelo voto", provocou.
"Eu como brasileiro hoje estou envergonhado de perceber que o nosso
Senado, que deveria estar debatendo os interesses do povo brasileiro,
está discutindo a condenação de uma pessoa inocente", atacou ainda o
petista, antes de começar a expor dados de desemprego no Brasil,
especialmente na indústria naval, onde foram fechados 335 mil postos de
trabalho entre janeiro de 2015 e abril de 2016, segundo dados da
Federação Única dos Trabalhadores (FUP) citados por ele.
"Eu já chorei por causa do desemprego, já vi casais se separarem por
causa do desemprego, já vi gente se matar por causa do desemprego. O
Brasil não merece o que está passando", lamentou. Ele destacou feitos em
sua gestão na presidência em prol da indústria naval, que "não
acreditavam" que poderia ser recuperada no Brasil.
Em críticas sobre o desmonte da Petrobras, com vendas de subsidiárias
da estatal, ele ressaltou: "Se vocês não brigarem para se defender,
ninguém vai brigar". Lula disse que o desemprego "tem muito a ver com o
que está acontecendo no Brasil", mas que "o pobre, a família mais
humilde não pode pagar o preço".
Sobre o governo interinamente no poder, declarou que "está
prevalecendo o complexo de vira-latas", de "ficar mendigando para países
ricos". Por fim, defendeu que "quem roubou na Petrobras, tem que ir
preso mesmo, agora o que a gente não pode é prejudicar inocente". Em
seguida, fez uma provocação à Lava Jato: "o que não pode é gente que
pegou dinheiro [no esquema], contou meia dúzia de mentiras na delação
premiada e está em liberdade, fumando charuto cubano"
Em setembro de 2015, chefes de Estado e de Governo, reunidos na sede
da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), aprovaram
por consenso a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
São 17 objetivos e 169 metas.
O objetivo 3:assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Uma de suas metas:
Até 2030, acabar com as epidemias de
AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e
combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças
transmissíveis.
Justamente para decidir o que fazer, aconteceu de 8 a 10 de junho de
2016, também em Nova York, a Reunião de Alto Nível da ONU sobre
HIV/AIDS.
Participaram líderes mundiais, representantes de governo, técnicos,
implementadores de programas de HIV e organizações da sociedade civil do
mundo inteiro.
O Brasil, que sempre teve protagonismo na área, passou vexame internacional.
VERGONHA! Brasil ausente do Encontro de Alto Nível da ONU sobre HIV/AIDS (documento na íntegra, ao final, em português e inglês).
Pela primeira vez em mais de 30 anos
da epidemia de HIV/AIDS o Governo do Brasil não mandou uma delegação de
alto nível para um evento internacional das Nações Unidas. Foi anunciada
a presença do Ministro das Relações Exteriores e ex-Ministro da Saúde
do Governo Fernando Henrique Cardoso, José Serra, mas sua viagem foi
cancelada.
O sucesso das políticas públicas de
combate à AIDS no Brasil é internacionalmente reconhecido. Repetidamente
a UNAIDS cita em seus documentos o Brasil como um país de sucesso em
prevenção e atenção. (…)
Nos 31 anos de existência formal da
resposta brasileira à epidemia de AIDS esta é a primeira vez que não
haverá participação dos técnicos do Departamento em um fórum desta
relevância.
A ausência da vibrante participação
do Brasil neste tipo de evento é uma vergonha e é uma perda irreparável
para a comunidade internacional.
REPRESENTAÇÃO DE POUCO NÍVEL PARA ENCONTRO DE ALTO NÍVEL
Inicialmente, o Ministério da Saúde não pretendia enviar ninguém.
Na penúltima semana de maio, Antônio Nardi, secretário-executivo da
pasta, despachou um documento proibindo a participação no encontro de
diretor, funcionário, consultor ou colaborador do Departamento de DST,
AIDS e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde.
O então diretor do Departamento, o médico Fábio Mesquita, denunciou o absurdo e se demitiu.
Em carta aberta, ele saiu atirando em Nardi e no ministro interino da Saúde, o engenheiro Ricardo Barros.
Uma delegação foi montada às pressas. Ela seria composta por três
pessoas do DDAHV, o ministro Ricardo Barros e talvez o interino de
Relações Exteriores, José Serra.
Ao final, nenhum ministro compareceu, e a delegação acabou tendo
cinco pessoas. Chefiou-a o médico Alexandre Fonseca dos Santos, em nome
da Secretaria-Executiva do ministério, dirigida por Antônio Nardi, braço
direito de Ricardo Barros.
Alexandre dos Santos formou-se em Medicina pela Universidade de Taubaté (Unitau), em 1995.
Em 2000, fez pós-graduação em Medicina do Trabalho, na Faculdade de
Ciências Médicas da Santa de São Paulo. Em 2015, concluiu mestrado
em Saúde Coletiva na Universidade de Brasília (UnB).
De 13 de junho a 13 julho, ele foi nomeado interinamente chefe da
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), onde era chefe de gabinete
Antônio Nardi.
Na área de HIV/AIDS, o mais próximo que Alexandre chegou foi uma
suplência na Comissão Nacional de DST/AIDS, representando o Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), onde trabalhava
como assessor técnico.
“A incorporação de três técnicos do DDAHV na delegação do Brasil só aconteceu devido à mobilização social frente às denúncias anteriores”, observa Fábio Mesquita, ex-diretor do Ministério da Saúde. “Uma vitória.”
“Porém, a não ida de nenhum ministro a um encontro tão importante e a
delegação ter sido chefiada por um profissional Júnior em Gestões
Públicas de HIV comprometeram a participação do Brasil, que foi de baixa
estatura política”, critica. “Pegou muito mal.”
Fábio Mesquita é taxativo: “Pela primeira vez na história, o nosso
País perdeu a capacidade de influir na pauta de maneira significativa”,
lamenta Fábio Mesquita, que atua na área de HIV/AIDS há mais de 30 anos.
Mesquita coordenou os programas municipais de DST/Aids das cidades de
Santos, São Vicente (litoral paulista) e São Paulo. Na década de 1990,
chefiou as unidades de Prevenção e Direitos Humanos do então Programa
Nacional de Aids do Ministério da Saúde. Em 2013, antes de ele assumir a
direção do Departamento de AIDS, era membro do corpo técnico da OMS.
Atuava no escritório do Vietnã, com base em Hanoi.
Não por acaso sua expertise e o seu longo comprometimento com a questão são mencionados no documento-denúncia do Defend Democracy in Brazil.
DEFEND DEMOCRACY IN BRAZIL: ESCRACHOS EM NOVA YORK PARA DENUNCIAR O GOLPE
“O nosso coletivo visa denunciar à comunidade internacional o golpe
parlamentar-midiático-jurídico, as políticas de arrocho, os ataques aos
direitos humanos e o desmonte dos programas sociais pelo governo
ilegítimo”, explica um dos seus membros, Eduardo Vianna, professor de
Psicologia na New York City University.
Uma das estratégias é promover escrachos em grandes eventos internacionais, especialmente naqueles em que o Brasil participa.
Já organizaram vários atos lá. O maior – durou três dias – foi no
Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos (LASA). O protesto
de intelectuais fez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
fugir da sessão de abertura.
No domingo passado, 26 de junho, o DDB saiu junto com o ACT UP
(importantíssimo grupo ativista que luta contra a Aids nos EUA desde
1987) na Parada Gay de Nova York, que acontece desde 1970.
“Procuramos nos articular com setores progressistas americanos que
lutam por contra as forças neoliberais, para angariar apoio e esclarecer
como o golpe no Brasil se insere nesse contexto geopolítico”, justifica
Vianna.
O manifesto VERGONHA! faz parte dessa estratégia.
Ele foi divulgado na manhã de 8 de junho, primeiro dia da Reunião de
Alto Nível sobre HIV/AIDS a líderes governamentais e técnicos do mundo,
bem como a burocratas da ONU e ONGs.
“Na passagem dos participantes, nós colocamos cartazes grandes e,
ainda, fizemos um rolezinho de 8 às 10, em frente à sede da ONU, na Rua
45 com a Primeira Avenida, em Manhattan”, conta Myriam Marques, também
membro do DDB e da Rede de Mulheres em Comunicação no Brasil.
Deu certo. Muitos participantes de Alemanha, Itália, África do Sul,
Zimbabue e Angola, entre outros países, pararam para conversar com o
grupo para entender o que está se passando no Brasil e lamentar a quase
ausência do País no encontro.
DELEGAÇÃO DE PARLAMENTARES PREFERIU FAZER TURISMO EM NOVA YORK
Para completar o vexame, a “cereja do bolo” ficou com a delegação de
parlamentares que foi a Nova York, em missão oficial, para participar do
encontro.
“A delegação da UIP, conforme consta
no portal da transparência da Câmara dos Deputados, foi composta por 4
Deputados. Nenhum Senador participou da Reunião”.
Fernando Monteiro (PP-PE) é empresário.
Iracema Portella (PP-I) é empresária e esposa do senador Ciro Nogueira, presidente do PP.
Hugo Motta (PMDB-PB), formado em Medicina, integra
a tropa de choque do deputado federal Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). A publicitária Danielle Dytz da Cunha Doctorovich, filha do
presidente afastado da Câmara e investigada na Lava Jato, já foi sua
assessora de marketing.
Em 2016, pelo segundo ano consecutivo, Danielle passou a semana de
festejos de São João de Patos, considerada a capital do forró do sertão
da Paraíba. Ela hospedou-se na casa da mãe do deputado, dona Chica
Motta, que é prefeita do município.
Irajá de Abreu (PSD-TO) é empresário, produtor rural e filho da senadora Kátia Abreu.
Iracema e Fernando são do mesmo partido do ministro interino Ricardo Barros.
Apesar de registrados para participar da Reunião da ONU, temos a
informação de que só a deputada Iracema Portella apareceu por
lá fugazmente. O tempo suficiente para sentar numa das cadeiras e tirar
fotos.
Deputados e deputadas viajam, em missão oficial, para o cumprimento dos deveres inerentes ao mandato (…)
Assim como as viagens nacionais e
internacionais podem ser essenciais para que Parlamentares exerçam na
plenitude, o mandato em nome do povo brasileiro, também é a devida à
sociedade a comprovação do interesse público inerente a essas missões
oficiais (…)
Afinal de contas, que deveres?
Por que não participaram efetivamente do evento para o qual viajaram?
Cadê o interesse público?
Será que se essa Reunião de Alto Nível sobre HIV/AIDS fosse na
Etiópia, eles teriam interesse em ir e, ainda, ficar quatro, cinco dias
lá, como fizeram em Nova York?
Tudo indica que foi mais uma excursão parlamentar com dinheiro público.
Tal como fez o engenheiro Ricardo Moraes na penúltima semana de maio,
em sua primeira viagem ao exterior como ministro interino da Saúde.
Ele tirou técnicos da comitiva oficial à Assembleia Mundial da Saúde,
da OMS, em Genebra, na Suíça, para levar a esposa Cida Borghetti (PP),
vice-governadora do Paraná.
Ambos entendem zero de saúde.
Abaixo o documento do Defense Democracy in Brazil/NYC, sobre a
Reunião de Alto Nível sobre HIV/AIDS da ONU e a sua tradução em
português
VERGONHA! Brasil ausente do Encontro de Alto Nível da ONU sobre HIV/AIDS Nova York, EUA, 8 a 10 de Junho
Pela primeira vez em mais de 30 anos da epidemia de HIV/AIDS o
Governo do Brasil não mandou uma delegação de alto nível para um evento
internacional das Nações Unidas. Foi anunciada a presença do Ministro
das Relações Exteriores e ex Ministro da Saúde do Governo Fernando
Henrique Cardoso, José Serra, mas sua viagem foi cancelada.
O sucesso das políticas publicas de combate à AIDS no Brasil é
internacionalmente reconhecido.
Repetidamente a UNAIDS cita em seus
documentos o Brasil como um país de sucesso em prevenção e atenção.
A política pública seguida pelo Ministério da Saúde através do
Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais é baseada em um intenso
envolvimento de organizações governa e não governamentais.
O Brasil também é famoso por ter por ter removido as patentes dos
medicamentos de AIDS nos anos 90 e pela sua produção nacional de
medicamentos genéricos, contribuindo assim para o acesso das pessoas
vivendo com HIV à medicamentos em todo o mundo.
A Comunidade que defende a democracia no Brasil está hoje aqui para
denunciar que todos estes anos de trabalho exemplar no campo da saúde
publica está ameaçado por um golpe na democracia que afastou a
Presidenta Dilma Rousseff em 12 de Maio.
O novo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, conectado com setores
interessados em privatizar nosso Sistema Único de Saúde que garante
acesso universal, levou uma série de profissionais de alto nível a pedir
demissão, incluindo o Diretor do Departamento de HIV/AIDS de Fábio
Mesquita – com expertise e comprometimento com o campo de longo tempo.
Apesar de Epidemias importantes de Zyka, Dengue, Chicungunha, H1N1 e
HIV não há nenhum Secretário, nem mesmo o de Vigilância em Saúde foi
nomeado até o momento , que seria o responsável para controlar estas
epidemias.
A última novidade foi um documento da SVS proibindo a participação do
Diretor ou de qualquer técnico ou consultor do Departamento de DST/AIDS
e Hepatites Virais no High Level Meeting da ONU sobre HIV/AIDS de 8 a
10 de junho em NYC. Nos 31 anos de existência formal da resposta
brasileira a epidemia de AIDS está é a primeira vez que não haverá
participação dos técnicos do Departamento em um fórum desta relevâncias.
A ausência da vibrante participação do Brasil nestetipo de evento é
uma vergonha e é uma perda irreparável para a comunidade internacional.
#Parem o golpe no Brasil! Fora Temer. Não à privatização do setor saúde no Brasil Não ao fim do Programa Brasileiro de AIDS #defenda a democracia no Brasil, nós resistiremos ao golpe no Brasil em 2016
A revista que hoje pertence aos irmãos Giancarlo e
Victor Civita Neto cometeu um atentado à democracia brasileira; a dois
dias de uma eleição presidencial, fez circular uma edição
sensacionalista, que acusa a presidente Dilma Rousseff, favorita à
reeleição, assim como o ex-presidente Lula, de "saberem de tudo" na
Petrobras, a partir da delação premiada do doleiro Alberto Youssef; eis o
que diz a própria reportagem: "O doleiro não apresentou – e nem lhe
foram pedidas – provas do que disse. Por enquanto, nessa fase do
processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o
depoente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades"; o
depoimento já foi negado pelo advogado e a revista Veja teve ainda a
desafaçatez de negar interesse eleitoral na publicação da reportagem;
banditismo midiático supera todos os limites e envergonha o País.
247 - O ato
cometido pela família Civita em sua mais recente edição não merece outra
qualificação. Trata-se de um atentado à democracia brasileira. Um
crime. Uma tentativa escancarada de golpe. A dois dias da eleição presidencial,
A Abril faz circular uma edição em que a presidente Dilma Rousseff, que
lidera as pesquisas Ibope e Datafolha já fora da margem de erro, é
acusada de comandar um esquema de desvios na Petrobras.
Assinada pelo repórter Robson Bonin,
a reportagem já principia com uma explicação, que é quase um pedido de
desculpas pelo crime:
A
Carta ao Leitor desta edição termina com uma observação altamente
relevante a respeito do dever jornalístico de publicar a reportagem a
seguir às vésperas da votação em segundo turno das eleições
presidenciais. "Basta imaginar a temeridade que seria não publicá-la
para avaliar a gravidade e a necessidade do cumprimento desse dever".
VEJA não publica reportagens com a intenção de diminuir ou aumentar as
chances de vitória desse ou daquele candidato.
Feita a explicação, parte-se para a
reportagem em si sobre o depoimento de um doleiro, que já foi negado por
seu próprio advogado (leia mais aqui).
Lá pelas tantas, eis o que diz o
repórter: "O doleiro não apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas
do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa
aos delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo
menos presenciou ilegalidades".
O que mais é preciso dizer?
Nada.
Simplesmente, que a família Civita
cometeu um atentado contra a democracia brasileira, com a intenção se
colocar acima da vontade popular, estimulando seus colunistas raivosos a
já falar em impeachment, caso a presidente Dilma Rousseff confirme sua
vitória no próximo domingo.
Gigante nova-iorquino ‘New York Times’, considerado o jornal mais influente do mundo, admite sucesso da Copa do Mundo no Brasil com o título: "Previsão de dia do juízo final dá lugar a soluços menores": ‘Estádios atrasados, obras que não estariam prontas, segurança, transporte não aguentaria... Estas eram preocupações constantes nos dias que antecederam a Copa no Brasil. Mas depois de uma semana do Mundial, a situação no maior país da América Latina é bem mais tranquila. Os jogos são empolgantes e o drama é perfeito para a televisão’, diz o texto
247 – Com o título "Previsão de dia do juízo final dá lugar a soluços menores", o "New York Times" reconhece o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. "Estádios atrasados, obras que não estariam prontas, segurança, transporte não aguentaria... Estas eram preocupações constantes nos dias que antecederam a Copa no Brasil. Mas depois de uma semana do Mundial no Brasil, a situação no maior país da América Latina é bem mais tranquila", diz apublicação.
“Para aqueles torcedores que gostam de gols de saltar os olhos, resultados surpreendentes e futebol de qualidade, esse torneio foi, de longe, um sucesso incrível”, acrescenta. “Os jogos são empolgantes e o drama é perfeito para a televisão.”
O jornal aponta, no entanto, “falhas” ocorridas na primeira semana de mundial: falta de comida nos estádios, problemas no sistema de som antes de França x Honduras, detalhes de acabamento nas arenas, confusões no jogo da Argentina no Maracanã, entre outros. Mas, ainda assim, ressalta que eventos como Copa e Olimpíadas têm imprevistos, como em Londres e nos Jogos de Inverno de Socchi.
Ao final, elogia a qualidade dos gramados das 12 sedes: "Em geral, as condições de jogo para a maioria das partidas têm sido excelentes, mesmo quando as chuvas pesadas aconteceram. Isso prova a qualidade da drenagem. Em última análise, esta é a prioridade mais importante, pois são os jogos que geralmente definem o legado histórico de um evento".
Ou seja: como no samba de Assis Valente, apesar de todas as previsões derrotistas, o tal do mundo não se acabou.
"PREVISÕES FURADAS: DEU CAOS
NA MÍDIA"
Site "Muda Mais" questiona reportagens da grande mídia que previam problemas diversos durante a realização da Copa do Mundo; "a Copa está rolando, as pessoas estão felizes, os turistas estão se divertindo e os jogadores e jornalistas estrangeiros estão se encantando. Os estádios ficaram prontos, o caos aéreo não rolou, nem mesmo todos os apagões previstos: de energia elétrica, de mão de obra, telefonia e internet. Sim, se você não se lembra, tudo isso foi previsto pela mídia tradicional no Brasil nos meses que antecederam a Copa do Mundo", diz o texto
Muda Mais- A Copa está rolando, as pessoas estão felizes, os turistas estão se divertindo e os jogadores e jornalistas estrangeiros estão se encantando. Os estádios ficaram prontos, o caos aéreo não rolou, nem mesmo todos os apagões previstos: de energia elétrica, de mão de obra, telefonia e internet.
Sim, se você não se lembra, tudo isso foi previsto pela mídia tradicional no Brasil nos meses que antecederam a Copa do Mundo. Disseram que os estádios - elemento básico para o evento - só estariam prontos em 2038.
Chegou a Copa e os jogos não estão acontecendo em estádios de hologramas, porque, afinal, estão todos prontos. O caos aéreo não só não rolou, como o índice de voos atrasados (4,2%), durante a Copa, está menor do que o padrão internacional (15%) e o europeu (8,4%). E também menor do que a média brasileira ao longo do ano.
Também previram que alguns estádios inspiravam preocupação com a iluminação e os serviços de telefonia e internet. Pelas fotos postadas nas redes sociais do pessoal durante o jogo, parece que não rolou o apagão da comunicação nos estádios. E o consumo de energia? Caiu durante os jogos. Logo depois do primeiro jogo da Copa, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), informou que o consumo de energia elétrica chegou a cair mais de 20% no Brasil.
Também não foi preciso recorrer à mão de obra estrangeira para suprir a demanda por mão de obra temporária. Os mais de 700 mil empregos temporários gerados estão sendo ocupados por brasileiros.
Mas parece que o caos se deu mesmo, foi na mídia, que quis brincar de vidente e acabou fazendo previsões furadas. De acordo com o dicionário Aulete, jornalismo é “atividade profissional de levantamento, apuração e transmissão de notícias – fatos atuais de interesse público”. Quem faz previsão, é cartomante.
FOLHA RECONHECE: COPA SUPERA
SUAS EXPECTATIVAS
Ao escrever nesta quinta-feira sobre "A Copa como ela é", o jornal da família Frias, que vinha enfatizando aspectos negativos da organização do Mundial, já admite que não houve caos algum e que as falhas são episódios localizados; aeroportos funcionam normalmente, torcedores estão satisfeitos e o nível técnico é um dos melhores de todos os tempos, com maior média de gols desde 1958; "O bordão 'Imagina na Copa', repetido antes do Mundial como uma crise na infraestrutura e de possível fracasso do evento, não se concretizou", diz o texto; nesse ritmo, torneio caminha para ser mesmo #acopadascopas
247 na Copa - Até a Folha de S. Paulo se rendeu. Jornal que vinha dedicando a cobertura mais negativa à organização do Mundial de 2014, a publicação da família Frias reconheceu, nesta quinta-feira, que "Copa começa com falhas, mas sem o temido caos".
"O bordão 'Imagina na Copa', repetido antes do Mundial como uma crise na infraestrutura e de possível fracasso do evento, não se concretizou", diz o texto.
Ao contrário, o que se vê é uma grande festa. Os torcedores estão satisfeitos com os estádios, fanáticos latino-americanos invadiram o País, vindos da Argentina, mas também do Chile, do México e da Colômbia, e a percepção geral é de que a Copa no Brasil caminha mesmo para ser #acopadascopas.
Isso porque, dentro de campo, o nível técnico já é um dos melhores da história, com a maior média de gols desde 1958, quando o Brasil foi campeão na Suécia. Fora dele, os aeroportos funcionam bem, com voos partindo nos horários previstos em aeroportos novos ou reformados e acesso relativamente simples aos estádios.
"Nos aeroportos, o único problema até agora foram alguns dias com fila na imigração, em Cumbica", diz o texto.
Ou seja: quem apostou contra, saiu perdendo. E o que se vê até agora é uma tese já exposta antes no 247. As expectativas foram tão rebaixadas pelo discurso derrotista que um torneio minimamente normal já será percebido como um grande sucesso.
Às vésperas de deixar a presidência do Supremo
Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa cometeu a mais grave e
absurda de suas arbitrariedades: expulsou o advogado Luiz Fernando
Pacheco, que defende o ex-deputado José Genoino, no livre exercício de
suas funções; da tribuna do STF, Pacheco argumentava que as execuções
penais têm prioridade sobre outros casos; o objetivo era tentar tirar
Genoino da Papuda e enviá-lo à prisão domiciliar em razão do agravamento
de seu estado de saúde; "Honre esta casa, ministro", protestou o
advogado, sobre a conduta de Barbosa; o presidente demissionário teve
então um acesso de fúria: "Chamem os seguranças!"; o advogado foi
retirado; vídeo
247 – Nunca na história do Supremo Tribunal
Federal um advogado foi expulso da Corte no exercício de suas funções.
Ao final da gestão do ministro Joaquim Barbosa, porém, o gesto ocorreu
pela primeira vez.
Às vésperas de se aposentar do cargo de presidente do STF, Barbosa
teve um acesso de fúria nesta quarta-feira 11 e expulsou do tribunal o
advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-deputado José Genoino,
no livre exercício de suas funções.
Pacheco argumentava, da tribuna do STF, que as execuções penais têm
prioridade sobre outros casos, criticando assim a conduta de JB, que
mandou Genoino de volta para a penitenciária da Papuda, em Brasília, sem
atender a pedido da defesa, que defende que o condenado na Ação Penal
470 cumpra prisão domiciliar.
De acordo com o advogado, "manter o apenado na penitenciária
representa um risco excessivo à sua vida, tendo em vista o seu quadro
clínico, o comprovado malefício que o ambiente carcerário impõe à sua
saúde e as precárias condições de atendimento médico já existentes"
(leia mais aqui).
"Honre esta casa, ministro", disparou Pacheco. Barbosa, então, no
mais alto descontrole, atacou de volta, pedindo a expulsão do advogado:
"Chamem os seguranças". Se o ministro queria deixar mais uma marca em
seu polêmico mandato, acaba de registrar o maior gesto de falta de
respeito da história do Judiciário.
O pedido da defesa de Genoino tem o respaldo da Procuradoria Geral da
República. Há uma semana, Rodrigo Janot, chefe da PGR, enviou parecer
ao STF pedindo para que o petista voltasse à prisão domiciliar (relembre
aqui).
Assista ao vídeo e leia abaixo reportagem da Agência Brasil sobre o episódio:
Barbosa manda seguranças retirarem advogado de Genoino do plenário do STF
André Richter – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Joaquim Barbosa, mandou hoje (11) seguranças da Corte retirarem do
plenário o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-deputado
José Genoino.
Barbosa deu a ordem após Pacheco subir à tribuna para pedir que o
presidente libere para julgamento o recurso no qual Genoino diz que tem
complicações de saúde e precisa voltar a cumprir prisão domiciliar. No
momento, os ministros estavam julgando a mudança no tamanho das bancadas
na Câmara dos Deputados.
Ao subir à tribuna e interromper o julgamento para cobrar de Barbosa a
liberação do recurso, Pacheco foi questionado pelo presidente: "Vossa
Excelência vai pautar? [a Corte]". O advogado respondeu: "Eu não venho
pautar. Venho rogar a Vossa Excelência que coloque em pauta, porque há
parecer do procurador-geral da República favorável à prisão domiciliar
deste réu, deste sentenciado. Vossa Excelência, ministro Joaquim
Barbosa, deve honrar esta casa e trazer aos seus pares o exame da
matéria", respondeu Pacheco.
Após dizer duas vezes: "eu agradeço a Vossa Excelência", na tentativa
de cortar a palavra de Pacheco, Barbosa determinou a retirada do
advogado do plenário. "Eu vou pedir à segurança para tirar este homem",
disse Barbosa.
Ao ser abordado pelos seguranças, o advogado protestou: "isso é abuso
de autoridade! Isso é abuso de autoridade", gritou. Joaquim Barbosa
ainda retrucou: "Quem está abusando de autoridade é Vossa Excelência. A
República não pertence a Vossa Excelência, nem à sua grei (grupo). Saiba
disso."
No dia 4 deste mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
enviou ao Supremo parecer favorável ao regime de prisão domiciliar para
Genoino. Segundo Janot, o ex-deputado deve voltar a cumprir pena em casa
enquanto estiver com a saúde debilitada. Ele foi condenado a quatro
anos e oito meses de prisão em regime semiaberto na Ação Penal 470, o
processo do mensalão.
Para o procurador, há dúvidas sobre as garantias de que Genoino terá
atendimento médico adequado no Presídio da Papuda, no Distrito Federal,
onde está preso. No documento, o procurador lembra que o Estado tem o
dever de garantir a integridade física do preso.
Genoino voltou a cumprir pena na Papuda, no mês passado, por
determinação do presidente do Supremo. A decisão foi tomada após Barbosa
receber laudo do Hospital Universitário de Brasilia. No documento, uma
junta médica concluiu que o estado de saúde do ex-parlamentar não era
grave.
Segundo os médicos, o quadro de saúde de Genoino não justifica
tratamento diferenciado. "Não se expressa no momento a presença de
qualquer circunstância justificadora de excepcionalidade e diferenciada
do habitual para a situação médica em questão, visando ao acompanhamento
e tratamento do paciente em apreço", diz o laudo.
O advogado Luiz Fernando Pacheco defende que Genoino cumpra prisão
domiciliar definitiva. De acordo com Pacheco, Genoino sofre de
cardiopatia grave e não tem condições de cumprir pena em um presídio,
por ser "paciente idoso, vítima de dissecção da aorta". Para o advogado,
o sistema penitenciário não tem condições de oferecer tratamento médico
adequado ao ex-parlamentar.
Genoino teve prisão decretada em novembro do ano passado e chegou a
ser levado para a Papuda, mas, por determinação de Barbosa, ganhou o
direito de cumprir prisão domiciliar temporária até abril. Durante o
período em que ficou na Papuda, o ex-deputado passou mal e foi levado
para um hospital particular.
Maturidade não é sinônimo de complacência. Afrontar o despotismo é um predicado intrínseco à vida democrática.
por: Saul Leblon
Um déspota de toga não é menos ilegítimo que um golpista fardado.
A justiça que burla as próprias sentenças, mercadejando ações cuidadosamente dirigidas ao desfrute da emissão conservadora, implode o alicerce da equidistância republicana que lhe confere o consentimento legal e a distingue dos linchamentos falangistas.
Joaquim Barbosa age na execução com a mesma destemperança com que se conduziu na relatoria da Ação Penal 470.
A personalidade arestosa que se avoca uma autoridade irretorquível mancha a toga com a marca da soberba, incompatível com o equilíbrio que se espera de uma suprema corte.
Desde o início desse processo é nítido o seu propósito de atropelar o rito, as provas e os autos, em sintonia escabrosa com a sofreguidão midiática.
Seu desabusado comportamento exalava o enfado de quem já havia sentenciado os réus, sendo-lhe maçante e ostensivamente desagradável submeter-se aos procedimentos do Estado de Direito.
O artificioso recurso do domínio do fato, evocado inadequadamente como uma autorização para condenar sem provas, sintetiza a marca nodosa de sua relatoria.
A expedição de mandatos de prisão no dia da República e no afogadilho de servir à grade da TV Globo, consumou a natureza viciosa de todo o enredo.
A exceção do julgamento reafirma-se na contrapartida de uma execução despótica de sentenças sob o comando atrabiliário de quem não hesita em colocar vidas em risco se o que conta é servir-se da lei e não servir à lei.
A lei faculta aos condenados ora detidos o regime semi-aberto.
A pressa univitelina de Barbosa e do sistema midiático, atropelou providências cabíveis para a execução da sentença, transferindo aos condenados o ônus da inadequação operacional.
Joaquim Barbosa é diretamente responsável pela vida do réu José Genoíno, recém-operado, com saúde abalada ,que requer cuidados e já sofreu dois picos de pressão em meio ao atabalhoado trâmite de uma detenção de urgência cinematográfica.
Suponha-se que existisse no comando da frente progressista brasileira uma personalidade dotada do mesmo jacobinismo colérico exibido pela toga biliosa.
O PT e as forças democráticas brasileiras, ao contrário, tem dado provas seguidas de maturidade institucional diante dos sucessivos atropelos cometidos no julgamento da AP 470.
Maturidade não é sinônimo de complacência.
O PT tem autoridade, portanto, para conclamar partidos aliados, organizações sociais, sindicatos, lideranças políticas e intelectuais a uma vigília cívica em defesa do Estado de Direito.
Cumpra-se imediatamente o semi-aberto, com os atenuantes que forem necessários para assegurar o tratamento de saúde de José Genoíno.
Justificar a violação da lei neste caso, em nome de um igualitarismo descendente que, finalmente, nivela pobres e ricos no sistema prisional, é a renúncia à civilização em nome da convergência da barbárie.
Afrontar o despotismo é um predicado intrínseco à vida democrática.
Vista ele uma farda ou se prevaleça de uma toga, não pode ser tolerado.
A sorte de Genoíno, hoje, fundiu-se ao destino brasileiro.
Da sua vida depende a saúde da nossa democracia.
E da saúde da nossa democracia depende a sua vida.
As advogadas LETÍCIA MELLO, 37 anos, filha do ministro do STF Marco Aurélio Mello, e MARIANNA FUX, 32 anos, filha do ministro Luiz Fux, ambas sem pós graduação, foram indicadas para desembargadoras, equivalentes a juízas de segunda instânci...Ver mais
As advogadas LETÍCIA MELLO, 37 anos, filha do ministro do STF Marco Aurélio Mello, e MARIANNA FUX, 32 anos, filha do ministro Luiz Fux, ambas sem pós graduação, foram indicadas para desembargadoras, equivalentes a juízas de segunda instância. A indicação será confirmada por colegas dos pais. Marianna é indicada para o TJ do Rio, com salário de R$ 25,3 mil, carro oficial e equipe de assessores, e Letícia para o TRF (Tribunal Regional Federal), também do Rio. Segundo a reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", os pais, os outros ministros e o governador do Rio disseram que as duas são excelentes advogadas. Então, tá!.
Os europeus, os campeões da defesa da democracia, do Estado de Direito e da liberdade, demonstraram que suas relações com a Casa Branca estão acima de tudo e que podem pisotear os direitos de um avião presidencial caso isso seja preciso para que o grande império não se incomode com eles. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-espião estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha. Por Eduardo Febbro.
Eduardo Febbro
Paris - Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norteamericano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-membro da Agência Nacional de Segurança (NSA) norteamericana, o estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha.
Voltando de Moscou, onde havia participado da segunda cúpula de países exportadores de gás, realizada na capital russa, Morales se viu forçado a aterrissar no aeroporto de Viena depois que França, Portugal e Espanha negaram permissão para que seu avião fizesse uma escala técnica ou sobrevoasse seus espaços aéreos. Os “amigos” do governo norteamericano avisaram os europeus que Morales trazia no avião Edward Snowden, o homem que revelou como Washington, por meio de vários sistemas sofisticados e ilegais, espionava as conversações telefônicas e as mensagens de internet da maioria do planeta, inclusive da ONU e da União Europeia.
O certo é que Edward Snowden não estava no avião de Evo Morales. No entanto, ante a negativa dos países citados em autorizar o sobrevoo do avião presidencial, Morales fez uma escala forçada na Áustria. As capitais europeias coordenaram muito bem suas ações conjuntas para cortar a rota de Evo Morales. Surpreende a eficácia e a rapidez com que atuaram, tão diferente das demoradas medidas que tomam quando se trata de perseguir mafiosos, traficantes de ouro, financistas corruptos ou ladrões do sistema financeiro internacional.
Segundo a informação da chancelaria boliviana, o avião havia obtido a permissão da Espanha para fazer uma escala técnica nas Ilhas Canárias. Essa autorização também foi cancelada e, finalmente, o avião teve que aterrissar no aeroporto de Viena. Segundo declarou em La Paz o chanceler boliviano David Choquehuanca, “colocou-se em risco a vida do presidente que estava em pleno voo”. “Quando faltava menos de uma hora para o avião ingressar no território francês nos comunicam que tinha sido cancelada a autorização de sobrevoo”. O ministro pediu uma explicação tanto da França quanto de Portugal, país que tomou a mesma decisão que a França.
“Queriam nos amedrontar. É uma discriminação contra o presidente”, disse Choquehuanca. Em complemento a esta informação, o portal de Wikileaks também acusou a Itália de não permitir a aterrisagem do avião presidencial boliviano. Em Paris, o conselheiro permanente dos serviços do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault disse que não tinha nenhuma informação sobre esse assunto. Por sua vez, a chancelaria francesa disse que não estava em condições de comentar ocaso. Bocas fechadas, mas atos concretos.
Ao que parece, todo esse enredo se armou em torno da presença de Snowden no aeroporto de Moscou. Alguém fez circular a informação de que Snowden estava no aeroporto da capital russa com a intenção de subir no avião de um dos países latino-americanos dispostos a lhe oferecer asilo político. Snowden é procurado por Washington depois de revelar a maneira pela qual o império filtrava as conversações no mundo. O chanceler boliviano qualificou como uma “injustiça” baseada em “suspeitas infundadas sobre o manejo de informação mal intencionada” o cancelamento das permissões de voo para o avião de Evo Morales. “Não sabemos quem inventou essa soberana mentira; querem prejudicar nosso país”, disse Choquehuanca. “Não podemos mentir à comunidade internacional e não podemos levar passageiros fantasmas”, advertiu o responsável pela diplomacia boliviana.
Em La Paz, as autoridades adiantaram que não receberam nenhum pedido de asilo por parte de Edward Snowden. Evo Morales havia evocado a possibilidade de conceder asilo a Snowden, mas só isso. O mesmo ocorreu com outra vítima da informação e da perseguição norteamericana, o fundador do Wikileaks, Julian Assange. O mundo ficou pequeno para Edward Snowden.
Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres e Snowden encontra-se há dez dias na zona de trânsito do aeroporto de Sheremétievo, em Moscou. Segundo Dmitri Peskov, o secretário de imprensa do presidente Vladimir Putin, o norteamericano havia solicitado asilo a Rússia, mas depois “renunciou a suas intenções e a sua solicitação”. Peskov esclareceu, porém, que o governo russo não entregaria o fugitivo para a administração norte-americana: “o próprio Snowden por sincera convicção ou qualquer outra causa se considera um defensor dos direitos humanos, um lutador pelos ideais da democracia e da liberdade pessoal. Isso é reconhecido pelos ativistas e organizações de direitos humanos da Rússia e também por seus colegas de outros países. Por isso é impossível a entrega de Snowden por parte de quem quer que seja a um país como os EUA, onde se aplica a pena de morte.
Quando se referiu ao caso de Snowden em Moscou, Evo Morales assinalou que “o império estadunidense conspira contra nós de forma permanente e quando alguém desmascara os espiões, devemos nos organizar e nos preparar melhor para rechaçar qualquer agressão política, militar ou cultural”. Os europeus, os campeões da defesa da democracia, do Estado de Direito e da liberdade, demonstraram que suas relações com a Casa Branca estão acima de tudo e que podem pisotear os direitos de um avião presidencial caso isso seja preciso para que o grande império não se incomode com eles.