Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador paraná. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador paraná. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Estudantes acusam Richa de financiar ataques do MBL



mbl

O blogueiro Esmael Moraes divulgou denúncia tremendamente séria contra o governador tucano do Paraná, Beto Richa. Segundo o movimento estudantil paranaense, o governador estaria “organizando milícias fascistas” contra as ocupações de quase mil escolas paranaenses por estudantes secundaristas.

O governador Beto Richa, do PSDB, estaria pagando milícias fascistas para desocuparem mais de 900 escolas da rede pública do Paraná. Há relatos de confrontos entre estudantes e membros do MBL (Movimento Brasil Livre), que estariam atuando com violência a soldo do tucano.

Há alguns dias, membros do Movimento Brasil Livre invadiram a maior escola pública do Paraná e passaram a intimidar estudantes mobilizados contra a PEC 241. Foram enxotados, mas a mera tentativa de confrontarem os estudantes já preocupa, pois desocupar escolas depende de autorização da Justiça e só pode ser feito pela Polícia Militar.

Na segunda-feira, o grupo Advogados e Advogadas pela Democracia, que apoia a ocupação nas escolas do Paraná, emitiu uma notificação aos manifestantes contrários à ocupação porque o colégio estadual Guido Arzo, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, teve o portão arrombado e foi invadido pelo MBL.
De acordo com a defesa dos estudantes, vários colégios ocupados estão sofrendo intervenções do MBL como a que você vai assistir agora.



Na notificação, a defesa aponta que que as ocupações só podem ser revertidas por ações judiciais, que já são movidas pelo estado e que – em caso de violência – quem entrar na escola sem autorização fica responsável por todo e qualquer dano material e físico dos adolescentes.
Veja a notificação na íntegra:

Prezado(a) Sr.(a).: Estamos cientes da iniciativa de V. Sa. em participar/organizar grupo de pessoas na tentativa de desocupação desta escola. Se não lhe ocorreu ainda o gravíssimo risco de seu ato, fique agora ciente e ADVERTIDO do seguinte: (1) As ocupações são questões a serem resolvidas EXCLUSIVAMENTE PELA VIA JUDICIAL nas ações de reintegração de posse já em trâmite; (2) Estando a escola ocupada pelos alunos, ninguém, repetimos, ninguém poderá adentrar no local sem autorização dos manifestantes ou ordem judicial, seja oficial de Justiça, Conselho Tutelar ou Polícia, sendo crime se isto ocorrer; (3) Diante da tensão provocada nas redes sociais, em especial promovida pelo grupo mbl, contrário às ocupações, e que vem difamando os alunos nas redes sociais, o risco de haver confrontos violentos entre alunos é iminente, podendo o local se tornar uma praça de guerra; circunstância perfeitamente previsível por qualquer pessoa de inteligência mediana! Diante disso, sendo V. Sa. maior, capaz, estando ciente das consequências dessa barbárie, solicitamos a se ABSTER IMEDIATAMENTE DE QUALQUER ATO DIRECIONADO À ESCOLA, seja no portão ou arredores, devendo comunicar dessa notificação os seus pares. Caso insista, por EXPOR CONSCIENTEMENTE ADOLESCENTES À SITUAÇÃO DE RISCO E VIOLÊNCIA, vimos por meio desta, para resguardar direitos e prevenir responsabilidades, NOTIFICÁ-LO de que, por incitar este ato evidentemente hostil, Vossa Senhoria será devidamente RESPONSABILIZADO CRIMINALMENTE por qualquer lesão física ou moral que vier a ocorrer (Arts. 121, 129, 136, 137, 139, 146, 147, 286 do Código Penal entre outros) contra quaisquer adolescentes (favoráveis ou contrários à manifestação) bem como CIVILMENTE pelos danos sofridos pelos alunos, ao patrimônio público e particular. Esta notificação e o número do telefone de V. Sa. serão denunciados ao Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), Ministério Público, Vara da Infância e Adolescência, e V. Sa. NÃO PODERÁ ALEGAR IGNORÂNCIA de que não fora devidamente advertido e notificado. Contamos com a sensatez dos senhores.

Foi nesse ambiente que um adolescente de 16 anos foi assassinado por outro adolescente de 17 no Colégio Safel, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, na tarde desta segunda-feira (24).

A Secretaria de Segurança Pública confirmou que o rapaz era estudante da instituição. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, ele teve ferimentos na clavícula e na barriga, e já estava em óbito quando os socorristas chegaram ao local.
 




Os estudantes afirmam que os dois jovens não fazem parte do movimento de ocupação e não sabem dizer o que aconteceu. O MBL tenta responsabilizar pelo ocorrido um movimento que envolve quase mil escolas.
A atuação da PM de Richa é bastante suspeita. Em entrevista à Band News Curitiba, a advogada dos estudantes Tânia Mandarino confirmou que foi impedida de entrar na escola em que ocorreu a morte do adolescente.

Naquele momento, outros estudantes prestavam depoimento à polícia sem a presença dos advogados. Para a advogada Tânia, houve violação de prerrogativas pela polícia por não deixar advogados acompanharem o interrogatório dos estudantes.

Por conta de o MBL ter sede nacional em São Paulo, é estranho o êxodo de seus membros para Curitiba. Essa movimentação confere verossimilhança à denúncia do blogueiro Esmael de Moraes de que o governador paranaense poderia estar pagando ao MBL para fustigar os estudantes.

Ademais, o histórico do líder desse movimento tudo se torna ainda mais suspeito.

Renan Antônio Ferreira dos Santos se diz “empresário” e é o coordenador nacional do Movimento Brasil livre. Foi filiado ao PSDB de 2010 a 2015.

Segundo o UOL, Renan é réu em mais de 60 processos de ações cíveis e trabalhistas e vem sendo alvo de complicações legais desde 1998, quando tinha apenas 14 anos de idade.

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/05/08/mbl-sofre-acao-de-despejo-e-um-de-seus-lideres-tem-divida-de-r-44-milhoes.htm

O líder do MBL responde por fechamento fraudulento de empresas, dívidas fiscais, fraude contra credores, calote em pagamento de dívidas trabalhistas e ações de danos morais, que totalizam um montante de R$ 4,9 milhões.

Em entrevista ao UOL, Renan admite que deve, mas afirma que essas pendências provém de sua atuação como empresário e que são geradas pela “dificuldade que existe na atividade empresarial no Brasil”.

Boa parte dos processos foi julgada à revelia do réu, isto é, o tempo para a empresa se defender passou sem que eles se manifestassem e a cobrança realizada na Justiça não obteve sucesso porque os tribunais não encontram valores nem nas contas das empresas, nem nas de seus proprietários.

Na época de sua fundação, o MBL se declarava apartidário, mas gravações de áudio reveladas em 2016 pelo portal UOL em matéria assinada pelo jornalista Vinicius Segalla mostram o líder do MBL afirmando que o movimento recebeu dinheiro de partidos políticos de oposição ao Governo Dilma Rousseff como DEM, PMDB, PSDB, e Solidariedade.

Contudo, a acusação envolvendo Richa é muito mais séria porque, segundo as denúncias, o dinheiro que estaria sendo repassado ao paulista MBL para atacar o movimento estudantil paranaense seria dinheiro público, do governo do Paraná.

O Ministério Público do Paraná deve entrar no caso. Em 2015, o MP-PR acusou Beto Richa pelo massacre de professores promovido pela PM. O ataque dos policiais a professores desarmados correu o mundo. Provavelmente, essa denúncia contra Richa será alvo do mesmo MP.

Recentemente, o governo de Michel Temer (integrado por PMDB, PSDB e DEM) convocou o MBL para ajudá-lo a “pensar na melhor forma de tornar as reformas da Previdência e do trabalho palatáveis para a maioria da população”. Contudo, há notícias de que dinheiro público do governo federal estaria sendo repassado ao MBL.

Um dos líderes do movimento, Renan Santos, reuniu-se este anocom Moreira Franco, que é secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, mas ocupa espaço cada vez maior na área da comunicação de Michel Temer, substituindo Eliseu Padilha, da Casa Civil. Ali teria sido acertado o preço do MBL.
Renan Santos, o dos mais de 60 processos deu declarações de que seu MBL iria “ajudar a administração federal, se for no sentido de apoiar as reformas e desde que elas não sejam abrandadas pela pressão de alguns grupos”.

Está mais do que na hora de esclarecer a atuação do MBL em nível nacional, mas, sobretudo, esse caso no Paraná. Os estudantes estranham muito a morte do adolescente. Jamais ocorreu coisa parecida em qualquer mobilização estudantil.

Além disso, é mais do que estranho o súbito interesse do paulista MBL pelas escolas paranaenses e só por elas, apesar de estarem ocorrendo ocupações de escolas em todo país para protestar contra a PEC 241.
Já passou da hora de representar ao Ministério Público pedindo investigação das atividades do MBL e a transparência da contabilidade do movimento. É um absurdo que ninguém saiba como são financiados os enormes gastos desse movimento. Se remexerem esse lodaçal, vai brotar muita sujeira.

O que falta para representar ao MP contra o MBL? Está na hora de os movimentos sociais se mobilizarem contra esse grupo fascistoide e recoberto de mistérios. O Brasil tem que saber de onde vêm os recursos que financiam tantas e tão dispendiosas ações simultâneas desse grupo. E o que foi tratado com Temer e Richa

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$500 milhões da Prefeitura de Maringá

Sergio_Moro08

Nascido em Maringá, no norte do Paraná, o juiz Sérgio Moro é um dos maiores “especialistas” do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi no escritório do doutor Irivaldo Joaquim de Souza, o maior tributarista de Maringá. Doutor Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta.

Via Plantão Brasil, com informações de O Globo

O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de Maringá em 2010 a devolver cerca de R$500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luiz Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.

Segundo o MP, as decisões se referem a duas ações que tratam de desvios de dinheiro do município de Maringá constatados entre 1997 e 2000, num total de R$49.135.218,35 na época do ingresso da ação. O valor atual é atualizado.

De acordo com a sentença o ex-prefeito e o ex-secretário da Fazenda “enriqueceram-se ilicitamente através de atos de improbidade administrativa, tendo colaboração dos réus Jorge e Rosimeire” e o dinheiro público “foi utilizado para aquisição de bens, depósitos em contas bancárias, em benefício a Jairo, Paolicchi ou terceiros”. Cabe recurso à decisão do TJ/PR.

Além de Jairo, Paolicchi, Sossai e Rosimeire, foram condenados nos autos nº 449/2000 a mulher de Gianoto, Neuza Aparecida Duarte Gianoto, o ex-deputado federal José Rodrigues Borba, e os réus Sérgio de Souza Campos, Celso de Souza Campos, Eliane Cristina Carreira, Izaias da Silva Leme, Silvana Aparecida de Souza Campos, Valdenice Ferreira de Souza Leme, Valmir Ferreira Leme, Waldemir Ronaldo Correa, Paulo Cesar Stinghen, Moacir Antônio Dalmolin, a empresa Flórida Importação e Comércio de Veículos Ltda. e o doleiro Alberto Youssef.

A Policia Federal prendeu o ex-prefeito Jairo Gianoto em 2006, por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, e sonegação fiscal, já o advogado tributarista Irivaldo Joaquim de Souza foi preso, e só conseguiu o Habeas Corpus, depois do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, ter testemunhado ao seu favor.

Sergio_Moro06_Maringa
Sergio_Moro07_Maringa

O doleiro Alberto Youssef, “o laranja de Moro”

Entre os investigados “um dos nomes sob investigação, o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, apontado como pivô do esquema de corrupção”, afirmou, em depoimento à Justiça, que as campanhas de políticos do Paraná, como o governador Jaime Lerner (DEM) e o senador Álvaro Dias (PSDB), foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto através do doleiro Youssef

Álvaro Dias

A campanha em questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava [o comitê de Lerner em Maringá] era o senhor João Carvalho [Pinto, atual chefe do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura], que sempre vinha ao meu gabinete e pegava recursos, em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou quanto teria destinado à campanha do governador -o qual não saberia diretamente do esquema, segundo ele.

Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da Prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.

“O prefeito [Gianoto] chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. […] Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.

Beto_Richa06_Maringa
Sílvio de Barros, a vice Cida Borghetti, o esposo Ricardo Barros e o governador Beto Richa (PSDB).

Por fim…

O advogado Irivaldo Joaquim de Souza, mestre em assuntos tributários no Estado do Paraná, e “mentor” de Moro, continua a advogar para Prefeitura de Maringá em especial para a Família Barros.

Sílvio de Barros 1º contraiu a dívida e Sílvio de Barros 2º “pagou”

A Prefeitura de Maringá saiu vencedora no processo de cobrança de dívidas contraídas pelo município junto à Caixa Econômica Federal entre 1970 e 1980 na gestão de Sílvio de Barros 1º. Em 2011, o prefeito Sílvio de Barros 2º, anunciou a decisão final da Justiça que deixa a dívida alegada de R$380 milhões para cerca de R$68 milhões.

Acompanhado do advogado Irivaldo Joaquim de Souza na época, que defendeu o município no processo, o prefeito Sílvio de Barros na época explicou que a decisão restaura o poder financeiro do município. “As contas da Prefeitura ficam saneadas e com poder de contrair empréstimos para grandes projetos”, disse.

A decisão que favoreceu o advogado e a família Barros, foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando o último recurso apresentado pela CEF e pela União, leva a dívida alegada de aproximadamente R$380 milhões para cerca de R$68 milhões, valor que representa 10% da receita anual do município.

Família Barros do PSDB

Os irmãos Sílvio e Ricardo Barros são do PP, partido de sustentação do governo de Beto Richa. Ricardo Barros é secretário de Indústria e Comércio do Estado Paraná, chegando a representar, Richa em alguns eventos.

Nas eleições deste ano, Ricardo Barros conseguiu emplacar sua esposa Cida Borghetti, como vice de Beto Richa, em detrimento de Flávio Arns, atual vice.

Segundo o blogueiro Esmael Morais, Sílvio e Ricardo Barros têm cadeiras cativas no governo Beto Richa, e Cida Borguetti, ambos do PSDB.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Moro só investiga o político que quiser “Fale o nome de um tucano gordo e seu interrogatório cessará” – Advogado de delator seletivo a delator seletivo.


Em declaração reproduzida no jn – onde o Brasil é uma m…, menos a Globo e os eventos que monopoliza -, o Dr Moro explicou por que não deixa que os delatores seletivos citem políticos.

(Provavelmente, os delegados aecistas também não querem saber de tucano gordo.)

Não é porque, como suspeita do Ministro Teori, ele queira governar o Brasil sozinho e, portanto, impede que o Supremo compartilhe da gloria de que ele, solitariamente, usufrui.

Não é porque, como diz o Dr Toron, o Supremo ficou refém do Dr Moro.

Segundo o jn, o Dr Moro não quer investigar políticos corruptos porque não quer.

E pronto !

E basta !

Ele decidiu que os corruptos são apenas os funcionários da Petrobras e os empreiteiros.

(O doleiro, reincidente, vai acabar merecendo a Medalha da Ordem do Judiciário …)

Os políticos – como o Presidente do PSDB, Sergio Guerra – são, por definiçao, inocentes, nessa logica.

Por que a generosidade ?

Para não deixar o Supremo tomar-lhe a glória e o estrelato ?

Talvez não.

Ele já assumiu a cadeira do ex-Presidente Barbosa no Panteão do PiG, e isso ninguém lhe usurpará.

Segundo a Veja, ele é o vaso-de-guerra do Golpe !

O Ataulfo Merval (ver no ABC do C Af) apoiou a Veja nessa inglória batalha – o Golpe Paraguaio – I e II.

Uma explicação para essa bizarra atitude – viva o Brasil ! – é querer determinar que políticos ele pretende punir.

E que partidos !

A Lei da Ficha Limpa é ele !

E mais ninguém !

Só vai se enlamear na graxa da corrupção quem ele quiser !

É porque, assim, ele decidiu, diante da passividade (aparente) do Supremo !

O amigo navegante se perguntará: mas como Sua Excelência conseguirá circunscrever o crime ao doleiro, aos funcionários da Petrobras e aos empreiteiros, sem macular um único político ?

Não era tudo a mesma sopa ?

Ora, ora, amigo navegante… francamente !

Que ingenuidade a sua !

O Dr Moro assumiu.

Não foi a Dilma nem o Aécio, que ainda precisa levar uns puxões de orelha da Jandira.

Foi o Dr Moro !

Foi ele quem assumiu !

Nem o Barbosa foi tão poderoso !

Ele, os delegados aecistas e o PiG.

Clique aqui para ver que os Ministros Barroso e Fux, porém, podem desmoralizar irremediavelmente a Lava Jato.


Paulo Henrique Amorim



E vote na trepidante enquete do C Af:

domingo, 12 de outubro de 2014

Pesquisas fajutas mostram do que o PSDB é capaz


Eduardo Guimarães.
Escrevo nesta manhã de domingo (12 de outubro) ainda meio desconectado dos fatos porque o sábado (11) foi um dia de festa para a família e, assim, dedicado inteiramente a ela – minha filha Victoria cumpriu 16 anos no último dia 6 e, no sábado, aconteceu a festinha dela no salão de festas do condomínio em que resido.
Antes de prosseguir, registro a presença na festa de minha filha dos amigos blogueiros Altamiro Borges, Conceição Oliveira, Luis Nassif, Renato Rovai e Rodrigo Vianna e alguns familiares deles. Agradeço a presença dos colegas blogueiros e lhes digo que esse momento ficará para sempre em meu coração e no de minha família.
A partir daqui, retomarei o ritmo de postagens no Blog. Porém, quero registrar meu mais profundo repúdio a um crime eleitoral que vem sendo cometido a favor do PSDB e de seu candidato a presidente, Aécio Neves, sob o olhar complacente – e até cúmplice – das autoridades.
Ao longo da semana passada, foram divulgadas nada mais, nada menos do que três pesquisas eleitorais claramente fajutas. As duas primeiras foram dos institutos Paraná e Veritas e a última, no sábado, do instituto Sensus.
As duas primeiras foram cabalmente desmentidas pelas pesquisas Ibope e Datafolha 24 horas após terem sido divulgadas. A pesquisa Paraná registrou 54% para Aécio e 46% para Dilma e a Veritas registrou 54,2% para Aécio e 45,2% para Dilma.
Nem 24 horas depois das pesquisas Paraná e Veritas, que deram quase 10 pontos de vantagem para o tucano, Ibope e Datafolha, insuspeitos de serem “petistas”, registraram empate técnico entre ele e sua adversária (51% para Aécio e 49% para Dilma).
Uma informação: ontem, na festa de minha filha, os blogueiros consultamos nossas fontes e descobrimos que a situação de empate técnico entre Dilma e Aécio permanece tanto nos trackings da campanha de Dilma quanto nos da campanha de Aécio.
Quanto ao Sensus, foi contratado pelo PSDB para fazer pesquisas para o partido nestas eleições. No primeiro turno da eleição presidencial, divergiu de todas as outras pesquisas, mas, desta vez, a diferença a favor do tucano foi de inacreditáveis DEZESSETE PONTOS (!?).
Detalhe: nem 48 horas após Datafolha e Ibope terem registrado empate técnico.
O que teria acontecido em menos de dois dias? Dilma matou alguém? Foi flagrada espancando alguma criancinha?
Ao desmentir Paraná e Veritas poucas horas depois de terem sido divulgadas, Datafolha e Ibope – que, repito, são insuspeitos de serem petistas – sugerem que ou eles ou os outros dois institutos cometeram crime eleitoral, pois produzir pesquisas falsas é crime eleitoral punível com prisão e multa.
O caso do Sensus é mais grave porque trabalha para a campanha de Aécio e pertence, oficiosamente, a Clésio Andrade, ex-vice-governador do ex-governador Aécio Neves, e que está envolvido até o pescoço no dito “mensalão mineiro do PSDB”.
Quem vai tomar alguma providência? A Procuradoria Geral Eleitoral? O Tribunal Superior Eleitoral? E a campanha de Dilma, já preparou a representação? Ou será que vai ficar por isso mesmo?
Se um candidato pode usar pesquisas falsas, usar meios de comunicação amigos para fazer vazamentos seletivos de investigações, então, em eleição, passa a valer tudo?
O Brasil vive um golpe eleitoral que começou no ano passado com a colaboração da esquerda que a direita adora, que, agora, vendo a merda que fez ao fortalecer essa direita hidrófoba, passou a apoiar Dilma, vislumbrando o risco de um partido capaz de armações como essas voltar ao poder e saquear de novo o país.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pinto Jr, o Juiz-Censor do Paraná

O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.
    O ansioso blogueiro nao viu e não gostou


A Censura acabou com o regime militar, não é isso ?

Não, amigo navegante.

O Censor agora é o Juiz.

É o que alimenta, por exemplo, a alma do Daniel Dantas e o bolso de seus 1001 advogados.

Este ansioso blogueiro convive com este problema há algum tempo, como se percebe na aba “Não me calarão”.

Mas, poucas vezes se viu diante de tão inusitada decisão quanto a que acompanhou as duas ações que, com muito orgulho, acaba de receber.

São de autoria de um notável deputado tucano, o policial Francischini, de edificante carreira no Espirito Santo e no Paraná.

Um exemplo de policial a ser seguido !

Acompanha a ação inusitada decisão do Juiz-Censor José Roberto Pinto Junior, da 8ª Vara Cível de Curitiba.

Ele exige que um dos posts publicados sobre o exemplar policial seja retirado do ar, sob pena de multa diária.

O que, por si só já é um ato de Censura, uma vez que a ação ainda não foi julgada, mas o Juiz já resolveu interditar , antes de saber quem tem razão, o livre curso da liberdade de expressão.

Com alguma relutância, o ansioso blogueiro seguiu instrução de seu sensato advogado, Dr Cesar Marcos Klouri e fez o que o Juiz-Censor mandou fazer.

A decisão merece uma tese de Doutorado.

A certa altura, diz assim: o réu fica IMPEDIDO de publicar matérias SIMILARES !

Matérias similares !

Quer dizer que, além de calar a boca de um jornalista num texto especifico sobre a ampla e polêmica atuação do deputado, o ansioso blogueiro FICA IMPEDIDO DE TRATAR DE MATÉRIA SIMILAR.

“Similar”.

Os Censores do Regime Militar eram mais precisos.

Ou mais liberais.

O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.

O Conversa Afiada toma a liberdade (se é que ainda dispõe de alguma …) de encaminhar esse provavelmente impróprio post aos doutos Juízes Ayres Britto – gabcarlosbritto@stf.jus.br – e Eliana Calmon – gab.eliana.calmon@stj.jus.br

O Ministro Ayres Britto, como se sabe, determinou ao Conselho Nacional de Justiça que explicasse aos Juízes brasileiros que a “liberdade de expressão é irmã siamesa da Democracia”; que “a liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade”; e que Juiz não é Censor.

Sendo assim, o ansioso blogueiro e o blog Conversa Afiada deram cumprimento à ordem do Dr Pinto Junior e esperam que ele receba as recomendações do Ministro Britto e Dra Calmon com boa vontade – e humildade.
Em tempo: o escritório que defende o notável policial tucano é o “Kfouri&Gorski”. Por coincidência, “Kfouri” é o sobrenome que leva Miguel Kfouri Neto, maxima autoridade do Tribunal de Justiça do Paraná.


Paulo Henrique Amorim, cidadão brasileiro, protegido pela Carta de 1988, e que vai continuar a analisar a carreira do deputado e policial Francischini, porque ele não está acima de Lei.

terça-feira, 27 de março de 2012

O racismo a serviço do império euroamericano

Mauro Santayanna
Podemos talvez encontrar a origem do racismo, a partir do equívoco bíblico, de que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. Levando a idéia ao pé da letra, nasceu a paranóia da intolerância ao outro. A imagem negra de Deus é a de seus deuses africanos, a imagem judaica de Deus é a de um patriarca hebreu, na figura de Jeová. Os muçulmanos não deram face a Alá, nem veneram qualquer imagem de Maomé, mas isso não os fez mais santos. Desde a morte de Maomé, seus descendentes e discípulos se separaram em seitas quase inconciliáveis, que se combatem, todas elas reclamando o legado espiritual do Profeta. Os muçulmanos, como se sabe, reconhecem Cristo como um dos profetas.
Os protestantes da Reforma também prescindiram de imagens sagradas, o que, sem embargo, não os impediu de exercer intolerância e violência contra os católicos, com sua inquisição – em tudo semelhante à de seus adversários.
Essa idéia que associa as diferenças étnicas e teológicas à filiação divina, tem sido a mais perversa assassina da História. Os povos, ao eleger a face de seu Deus, fazem dele cúmplice e protetor de crimes terríveis, como os de genocídio. O Deus de Israel, ao longo da Bíblia, ajuda seu povo, como Senhor dos Exércitos, a “passar pelo fio da espada” os inimigos, com suas mulheres e seus filhos. Quando Cortés chegou ao México, incitou os seus soldados ao invocar a Deus e a São Tiago, com a arenga célebre: “adelante, soldados, por Dios y San Tiago”.
Quando falta aos racistas um deus particular, eles, em sua paranóia, se convertem em seus próprios deuses. Criam seus mitos, como os alemães, na insânia de se considerarem os mestres e senhores do mundo. Dessa armadilha da loucura só escaparam os primitivos cristãos, mas por pouco tempo, até Constantino. A Igreja, a partir de então, se associou aos interesses dos grandes do mundo, e fez uma leitura oportunista dos Evangelhos.
A partir do movimento europeu de contenção dos invasores muçulmanos e do fanatismo das cruzadas, a cruz, símbolo do sacrifício e da universalidade do homem, se converteu em estandarte da intolerância. Nos tempos modernos, o símbolo se fechou – com a angulação dos braços, no retorno à cruz gamada dos arianos – em sinal definitivo e radical da bestialidade do racismo germânico sob Hitler.
Os fatos dos últimos dias e horas são dramática advertência da intolerância, e devem ser vistos em suas contradições dialéticas. O jovem francês que mata crianças judias e soldados franceses de origem muçulmana, como ele mesmo, é o resultado dessa diabólica cultura do ódio de nosso tempo aos que diferem de nós, na face e nas crenças. É um tropeço da razão considerar todos os muçulmanos terroristas da Al-Qaeda, como classificar todos os judeus como sionistas e todos alemães como nazistas. Ser muçulmano é professar a fé no Islã – e há muçulmanos de direita, de esquerda ou de centro.
Merah, se foi ele mesmo o assassino, matou cidadãos do moderno Estado de Israel, como eram as vítimas da escola de Toulouse, mas também muçulmanos do Norte da África, como ele mesmo. Os fatos são ainda nebulosos, e os franceses de bom senso ainda duvidam das versões oficiais, como constatou Teh Guardian em matéria sobre o assunto.
Em El Cajon, nas proximidades de San Diego, na Califórnia – uma comunidade em que 40% de seus habitantes é constituída de imigrantes do Iraque, uma senhora iraquiana, que morava nos Estados Unidos há 19 anos, foi brutalmente assassinada, com o recado de que, sendo terrorista, depois de morta deveria voltar para o seu país. O marido, também iraquiano, é, por ironia da circunstância, empregado de uma firma que assessora o Pentágono na preparação psicológica dos militares que servem no Oriente Médio. E também nos Estados Unidos, na Flórida, um vigilante de origem hispânica (embora com o sobrenome significativo de Zimmermann, bem germânico) matou, há um mês, um jovem de 17 anos, Travyon Martin, provocando a revolta e os protestos da comunidade negra.
Em Israel, o governo continua espoliando os palestinos de suas terras e casas e instalando novos assentamentos para uso exclusivo dos judeus. O governo de Telavive não reconheceu a admoestação da ONU de que isso viola os direitos humanos essenciais. Os Estados Unidos votaram contra a advertência internacional a Israel. Como se vê os direitos humanos só são lembrados, quando servem para dissimular os reais interesses de Washington e de seus aliados e dar pretexto à agressão a países produtores de petróleo e de outras riquezas, como ocorreu com o Iraque, a Líbia e o Afeganistão.
Os episódios de intolerância se multiplicam em todos os países do mundo – e mesmo entre nós. No Distrito Federal, segundo revelações da polícia, um grupo de neonazistas mantinha célula terrorista há cerca de trinta anos, associada a outros extremistas de todo o país. Na madrugada de 28 de fevereiro deste ano, em Curitiba, vinte jovens neonazistas assassinaram um rapaz de 16 anos, a socos, pontapés e facadas. O principal executor, um estudante de direito, foi escolhido para cumprir ritual de entrada no grupo, como prova de coragem. A coragem de matar um menino desarmado. Também em Curitiba e em Brasília foram presos dois racistas, que usavam a internet para expor as suas idéias fascistas e incitar a violência contra ativistas femininas, homossexuais, negros e nordestinos.
Enquanto não aceitarmos a face morena de Jesus, como a mais próxima da face do Deus – criada para dar transcendência ao mistério da vida – o deus que continuará a dominar a nossa alma será Tanatos, o senhor da morte.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A Justiça refunda a censura. (No Pará, também)


Na foto, Cecílio, um empresário que dignifica a Justiça!

O Conversa Afiada atende a sugestão dos professores Venício Lima e Bernardo Kucinski e publica esse depoimento histórico: como a Justiça (do Pará, também) refundou a censura a jornalistas do Brasil.
Alô, alô, D Judith, não vai protestar ?
Caros amigos:
Peço que disseminem a mensagem recebida do Lucio Flavio Pinto de Belem do Para.
B. Kucinski
O Grileiro vencerá?
Como já é do conhecimento público, em 1999 escrevi uma matéria no meu Jornal Pessoal denunciando a grilagem de terras praticada pelo empresário Cecílio do Rego Almeida, dono da Construtora C. R. Almeida, uma das maiores empreiteiras do país, com sede em Curitiba, no Paraná. Embora nascido em Óbidos, no Pará, Cecílio se estabeleceu 40 anos antes no Paraná. Fez fortuna com o uso de métodos truculentos. Nada era obstáculo para a sua vontade.
Sem qualquer inibição, ele recorreu a vários ardis para se apropriar de quase cinco milhões de hectares de terras no rico vale do rio Xingu, no Pará, onde ainda subsiste a maior floresta nativa do Estado, na margem direita do rio Amazonas, além de minérios e outros recursos naturais. Onde também está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte, para ser a maior do país e a terceira do mundo.
Os 5 milhões de hectares já constituem território bastante para abrigar um país, mas a ambição podia levar o empresário a se apossar de área ainda maior, de 7 milhões de hectares, o equivalente a 8% de todo o Pará, o segundo maior Estado da federação brasileira. Se fosse um Estado, a “Ceciliolândia” seria o 21º maior do Brasil.
Em 1996, na condição de cidadão, atendi a um chamado do advogado Carlos Lamarão Corrêa, diretor do Departamento Jurídico do Iterpa (Instituto de Terras do Pará), e o ajudei a preparar uma ação de anulação e cancelamento dos registros das terras usurpadas por C. R. Almeida, com a cumplicidade da titular do cartório de registro de imóveis de Altamira e a ajuda de advogados inescrupulosos. A ação foi recebida pelo juiz da comarca, Torquato de Alencar, e feita a averbação da advertência de que aquelas terras não podiam ser comercializadas, por estarem sub-judice, passíveis de nulidade.
Os herdeiros do grileiro podem continuar na posse e no usufruto da pilhagem, apesar da decisão, porque a grilagem recebeu decisão favorável dos desembargadores João Alberto Paiva e Maria do Céu Cabral Duarte, do Tribunal de Justiça do Estado. Deve-se salientar que essas foram as únicas decisões favoráveis ao grileiro nas instâncias oficiais, que reformaram a deliberação do juiz de Altamira.
Com o acúmulo de informações sobre o estelionato fundiário, os órgãos públicos ligados à questão foram se manifestando e tomando iniciativas para evitar que o golpe se consumasse. A Polícia Federal comprovou a fraude e só não prendeu o empresário porque ele já tinha mais de 70 anos. O próprio poder judiciário estadual, que perdeu a jurisdição sobre o caso, deslocado para a competência da justiça federal, a partir daí, impulsionado pelo Ministério Público Federal, tomando rumo contrário ao pretendido pelo grileiro, interveio no cartório Moreira, de Altamira, e demitiu todos os serventuários que ali trabalhavam, inclusive a escrivã titular, Eugênia de Freitas, por justa causa.
Carlos Lamarão, um repórter da revista Veja (que chegou a ser mantido em cárcere privado pelo empresário e ameaçado fisicamente) e o vereador Eduardo Modesto, de Altamira, processados na comarca de São Paulo por Cecílio Almeida, foram absolvidos pela justiça paulistana. O juiz observou que essas pessoas, ao invés de serem punidas, mereciam era homenagens por estarem defendendo o patrimônio público, ameaçado de passar ilicitamente para as mãos de um particular.
De toda história, eu acabei sendo o único punido. A ação do empreiteiro contra mim, como as demais, foi proposta no foro de São Paulo. Seus advogados sabiam muito bem que a sede da ação era Belém, onde o Jornal Pessoal circula. Eles queriam deslocar a causa por saberem das minhas dificuldades para manter um representante na capital paulista. A juíza que recebeu o processo, a meu pedido, desaforou a ação para Belém, como tinha que ser. Hoje, revendo o que passei nestes 11 anos de jurisdição da justiça do Pará, tenho que lamentar a mala suerte de não ter ficado mesmo em São Paulo, com todas as dificuldades que tivesse para acompanhar a tramitação do feito.
A justiça de São Paulo foi muito mais atenta à defesa da verdade e da integridade de um bem público ameaçada por um autêntico “pirata fundiário”, do que a justiça do Pará, formada por homens públicos, que deviam zelar pela integridade do patrimônio do Estado contra os aventureiros inescrupulosos e vorazes. Esta expressão, “pirata fundiário”, C. R. Almeida considerou ofensiva à sua dignidade moral e as duas instâncias da justiça paraense sacramentaram como crime, passível de indenização, conforme pediu o controverso empreiteiro.
Mesmo tendo provado tudo que afirmei na primeira matéria e nas que a seguiram, diante da gravidade do tema, fui condenado, graças a outro ardil, montado para que um juiz substituto, em interinidade de fim de semana, pela ausência circunstancial da titular da 1ª vara cível de Belém, sem as condições processuais para sentenciar uma ação de 400 páginas,
me condenasse a pagar ao grileiro indenização de 8 mil reais (em valores de então, a serem dramaticamente majorados até a execução da sentença), por ofensa moral.
A sentença foi confirmada pelo tribunal, embora a ação tenha sido abandonada desde que Cecílio do Rego Almeida morreu, em agosto de 2008; mesmo que seus sucessores ou herdeiros não se tenham habilitado; mesmo que o advogado, que continuou a atuar nos autos, não dispusesse de um novo contrato para legalizar sua função; mesmo que o tribunal, várias vezes alertado por mim sobre a deserção, tenha ignorado minhas petições; mesmo que, obrigado a extinguir a minha punibilidade, arquivando o processo, haja finalmente aberto prazo para a habilitação da parte ativa, que ganhou novo prazo depois de perder o primeiro; mesmo que a relatora, confrontada com a argüição da sua suspeição, que suscitei, diante de sua gravosa parcialidade, tenha simplesmente dado um “embargo de gaveta” ao pedido, que lhe incumbia responder de imediato, aceitando-o ou o rejeitando, suspendendo o processo e afastando-se da causa; mesmo que tudo que aleguei ou requeri tenha sido negado, para, ao final, a condenação ser confirmada, num escabroso crime político perpetrado pela maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará que atuaram no meu caso, certamente inconformados com críticas e denúncias que tenho feito sobre o TJE nos últimos anos, nenhuma delas desmentida, a maioria delas também completamente ignorada pelos magistrados citados nos artigos. Ao invés de cumprir as obrigações de sua função pública, eles preferem apostar na omissão e na desmemoria da população. E no acerto de contas com o jornalista incômodo.
Depois de enfrentar todas as dificuldades possíveis, meus recursos finalmente subiram a Brasília em dezembro do ano passado. O recurso especial seguiu para o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Ari Pargendler, graças ao agravo de instrumento que impetrei (o Tribunal do Pará rejeitou o primeiro agravo; sobre o segundo já nada mais podia fazer).
Mas o presidente do STJ, em despacho deste dia 7, disponibilizado no dia 10 e a ser publicado no Diário da Justiça do dia 13, negou seguimento ao recurso especial. Alegou erros formais na formação do agravo: “falta cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, do inteiro teor do acórdão proferido nos embargos de declaração e do comprovante do pagamento das custas do recurso especial e do porte de retorno e remessa dos autos”.
Recentemente, a justiça brasileira impôs novas regras para o recebimento de agravos, exigindo dos recorrentes muita atenção na formação do instrumento, tantos são os documentos cobrados e as suas características. Podem funcionar como uma armadilha fatal, quando não são atendidas as normas formais do preparo.
A falta de todos os documentos apontada pelo presidente do STJ me causou enorme surpresa. Participei pessoalmente da reunião dos documentos e do pagamento das despesas necessárias, junto com minha advogada, que é também minha prima e atua na questão gratuitamente (ou pró-bono, como preferem os profissionais). Não tenho dinheiro para sustentar uma representação desse porte. Muito menos para arcar com a indenização que me foi imputada, mais uma, na sucessão de processos abertos contra mim pelos que, sendo poderosos, pretendem me calar, por incomodá-los ou prejudicar seus interesses, frequentemente alimentados pelo saque ao patrimônio público.
Desde 1992 já fui processado 33 vezes. Nenhum dos autores dessas ações teve interesse em me mandar uma carta, no exercício de seu legítimo direito de defesa. O Jornal Pessoal publica todas as cartas que lhe são enviadas, mesmo as ofensivas, na íntegra. Também não publicaram matérias contestando as minhas ou, por qualquer via, estabelecendo um debate público, por serem públicos todos os temas por mim abordados. Foram diretamente à justiça, certos de contarem com a cumplicidade daquele tipo de toga que a valente ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, disse esconderem bandidos, para me atar a essa rocha de suplícios, que, às vezes, me faz sentir no papel de um Prometeu amazônico.
Não por coincidência, fui processado pelos desembargadores João Alberto Paiva e Maria do Céu Duarte, o primeiro tendo como seu advogado um ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, à frente de uma das mais conceituadas bancas jurídicas do Distrito Federal. O ex-ministro José Eduardo Alckmin, que também advogava para a C. R. Almeida, veio a Belém para participar de uma audiência que durou cinco minutos. Mas impressionou pela sua presença.
O madeireiro Wandeir dos Reis Costa também me processou. Ele funcionou como fiel depositário de milhares de árvores extraídas ilegalmente da Terra do Meio, que o Ibama apreendeu em Altamira. Embora se declarasse pobre, ele se ofereceu para serrar, embalar e estocar a madeira enquanto não fosse decidido o seu destino. Destino, aliás, antecipado pelo extravio de toras mantidas em confinamento no próprio rio Xingu. Uma sórdida história de mais um ato de pirataria aos recursos naturais da Amazônia, bem disfarçado.
Apesar de todas essas ações e do martírio que elas criaram na minha vida nestes últimos 20 anos, mantenho meu compromisso com a verdade, com o interesse público e com uma melhor sorte para a querida Amazônia, onde nasci. Não gostaria que meus filhos e netos (e todos os filhos e netos do Brasil) se deparassem com espetáculos tão degradantes, como ver milhares de toras de madeira de lei, incluindo o mogno, ameaçado de ser extinto nas florestas nativas amazônicas, nas quais era abundante, sendo arrastadas em jangadas pelos rios por piratas fundiários, como o extinto Cecílio do Rego Almeida. Depois de ter sofrido todo tipo de violência, inclusive a agressão física, sei o que me espera. Mas não desistirei de fazer aquilo que me compete: jornalismo. Algo que os poderes, sobretudo o judiciário do Pará, querem ver extinto, se não puder ser domesticado conforme os interesses dos donos da voz pública.
Vamos tentar examinar o processo e recorrer, sabendo das nossas dificuldades para funcionar na justiça superior de Brasília, onde, como regra, minhas causas sempre foram vencedoras até aqui, mesmo sem representação legal junto aos tribunais do Distrito Federal.
Decidi escrever esta nota não para pressionar alguém nem para extrapolar dos meus direitos. Decisão judicial cumpre-se ou dela se recorre. Se tantos erros formais foram realmente cometidos no preparo do agravo, o que me surpreendeu e chocou, paciência: vou pagar por um erro que impedirá o julgador de apreciar todo meu extenso e profundo direito, demonstrado à exaustão nas centenas de páginas dos autos do processo. Terei que ir atrás da solidariedade dos meus leitores e dos que me apoiam para enfrentar mais um momento difícil na minha carreira de jornalista, com quase meio século de duração. Espero contar com a atenção das pessoas que ainda não desistiram de se empenhar por um país decente.
Belém (PA), 11 de fevereiro de 2012
Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

TV Beto Richa censura discurso de Dilma.“NOTA DE REPÚDIO DO PT DE CURITIBA




O PT de Curitiba repudia veementemente a forma discriminatória como a TV Educativa do Paraná transmitiu ontem a solenidade em que a Presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciou a destinação de R$ 1 bilhão do governo federal a fundo perdido e mais R$ 750 milhões em empréstimos à prefeitura de Curitiba para a construção do metrô. De acordo com as notas “Aqui quem canta de galo… 1 e 2”, publicadas pelo colunista Reinaldo Bessa, na edição de hoje da Gazeta do Povo, a TV pública do Estado do Paraná tirou do ar de forma deliberada os pronunciamentos do ministro das Cidades, Mario Negromonte, e da presidenta Dilma.

Temos muito orgulho dos governos petistas de Lula e Dilma, pautados pela ação republicana, pelo compromisso com a qualidade de vida da população e pelo foco em projetos prioritários para alavancar o desenvolvimento econômico com inclusão social, levando recursos e benefícios a todos os cantos do país, independentemente do partido do governador ou do prefeito de plantão. Por isso, nos indigna o comportamento imaturo e antidemocrático que motivou a censura na transmissão da TV Educativa do Paraná. Entendemos que esse tipo de atitude não seja gratuita e nem tão pouco aconteça sem uma “ordem vinda de cima”.

O dia de ontem, em que o governo federal assumiu, pelo PAC da Mobilidade, bancar, enfim, a realização da obra do metrô em Curitiba foi um marco histórico e, portanto, inesquecível. Mas a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Estado do Paraná fizeram de tudo ao seu alcance para apagar o brilho de uma festa que deveria celebrar a conquista popular. O PT de Curitiba defendia que o evento acontecesse em espaço adequado e que favorecesse a participação da população curitibana, real beneficiária desse grandioso empreendimento. Além do espaço físico ser inadequado ao porte da solenidade, vimos uma imprensa espremida e sem condições de realizar plenamente o seu trabalho de cobertura jornalística e, até minutos antes da presidenta entrar no salão, o cerimonial enxugava as cadeiras molhadas por goteiras existentes no teto do Salão de Atos do Parque Barigui. Essa receptividade inadequada evidenciou uma profunda falta de respeito e má vontade por parte das autoridades locais, que cerceou também a participação do cidadão. Tudo muito lamentável!

O PT de Curitiba quer saber de onde partiu a ordem para a censura que se viu na transmissão da TV Educativa do Paraná e exige explicações da direção da emissora. Também repudiamos o uso político e “pequeno” da concessão pública, voltada ao interesse próprio do governador do Paraná e em benefício de poucos. Isso é antidemocrático e vergonhoso para o nosso estado!

Curitiba-PR, 14 de outubro de 2011.
Roseli Isidoro
Presidenta do Diretório Municipal do PT de Curitiba”

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O governador Richa consegue: Justiça mantém censura a blogueiro


Beto Richa, um derrotado herói da liberdade de expressão
Extraído do blog do Altamiro Borges:

Justiça mantém censura a blogueiro do PR


O juiz Austregésilo Trevisan, da 17ª Vara Cível de Curitiba, a pedido do governador Beto Richa (PSDB), decidiu manter ontem (4) a censura ao jornalista Esmael Morais, proprietário do “Blog do Esmael” (http://esmaelmorais.com.br).


Fora do ar há 28 dias, o “Blog do Esmael” é uma das principais páginas no Paraná especializada em política e cidadania. Esmael Morais informa que seus advogados vão recorrer ao Tribunal de Justiça nas próximas horas.


O blogueiro é alvo de uma ação por danos morais em virtude de postagens que fez denunciando o uso de caixa 2 pelo tucano nas eleições de 2008, quando foi reeleito prefeito de Curitiba. Richa alega ter sofrido “abalo emocional” com as críticas recebidas pelo site.


Além de destacar o caixa 2 tucano, o blog vinha criticando o nepotismo no governo do estado e o aluguel de helicópteros, sem licitação, no valor de R$ 2 milhões pelo período de três meses.


“É um absurdo que minha página pessoal esteja censurada. É caso único no país, um atentado à liberdade de expressão em pleno Estado de Direito Democrático”.


O blogueiro censurado nega que tenha ofendido pessoalmente o governador Beto Richa. “Eu nunca me interessei por questões pessoais de ninguém. O meu blog sempre discutiu e vai continuar discutindo política, políticas públicas e cidadania”, afirma.


Morais garante que está sendo vítima de uma implacável perseguição política promovida pelo governador paranaense. “O que eu publiquei os demais órgãos de imprensa também publicaram fartamente”, ressalta.


Por solicitação de Richa, o “Blog do Esmael” já foi retirado do ar quatro vezes pela Justiça. “Atrás da máscara de bom moço, está um governador rancoroso e autoritário que não suporta o exercício do contraditório”, critica.


Nas eleições de 2010, Beto Richa censurou pesquisas de opinião realizadas por institutos nacionais como Datafolha, Vox Populi e Ibope. Também investiu contra reportagens em revistas, jornais e portais de notícias. 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Aécio e Requião põem Senado em xeque


Os que propõem a extinção do Senado Federal acabam de ganhar dois bons argumentos para a proposta. O principal argumento para a existência da Casa legislativa deixou de fazer sentido por ações de dois de seus membros, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Roberto Requião (PMDB-PR).
O Senado, também conhecido por “câmara alta”, seria a instância ratificadora das decisões da Câmara dos Deputados devido a uma suposta maior envergadura, se não moral, ao menos intelectual dos senadores. O cargo de senador, pois, é considerado de maior importância do que o de deputado federal.
Os recentes comportamentos pouco abonadores de Aécio Neves e Roberto Requião escandalizaram a sociedade.
O primeiro, enche a cara e sai dirigindo pelas ruas do Rio de Janeiro. Estando ou não a sua carteira de habilitação vencida, a gravidade é a mesma. Aliás, se estava mesmo dirigindo ilegalmente, o senador mineiro e tucano feriu as leis que tem obrigação de formular e, acima de tudo, defender.
O segundo, talvez tenha tido um comportamento ainda pior. Ao tomar à força o gravador de um repórter da TV Bandeirantes que lhe fez pergunta da qual não gostou, agiu como os velhos coronéis truculentos, de triste memória. Sendo um servidor do povo, agiu como se fosse mais do que um cidadão comum.
Ora, quando senadores – políticos que, supostamente, seriam mais sábios, experientes e honoráveis do que seus pares da Câmara dos Deputados – agem como moleques, que justificativa resta para a existência dessa dispendiosa Casa Legislativa que é o Senado Federal da República?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vice do Cerra apresentou recibo com data de novembro de 2011


 Conversa Afiada reproduz informação enviada por Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades (quem será Stanley Burburinho ?):


APOSENTADOS

Paraná gasta R$ 4,5 mi em aposentadorias para governadores

Entre eles está o senador Álvaro Dias, que apresentou recibo de doação do dinheiro com data futura de novembro de 2011

Dez ex-governadores do Paraná recebem aposentadoria dos cofres públicos e, somados a duas viúvas, e o ex-governador Orlando Pessuti, que administrou o estado por menos de um ano, os valores chegam a R$ 4,5 milhão por ano.

Entre os casos, um dos que mais chamou a atenção foi de ex-governador e atual senador, Álvaro Dias (PSDB), que disse que vai receber o valor retroativo e doar para entidades beneficentes. Ele já teria feito isso e apresentou um recibo, mas que possui data de 30 de novembro de 2011, daqui a 10 meses.

A OAB já pediu o levantamento de todos os pagamentos deve entrar com uma ação de nulidade do benefício na Justiça. O principal questionamento é que os governadores não contribuem para um fundo para receber a aposentadoria, como todos os outros trabalhadores.


http://www.rpctv.com.br/parana-tv/2011/01/parana-gasta-r-45-milhoes-em-aposentadorias-para-governadores/



Clique aqui para ler “Até o PSDB pensa em expulsar o vice do Cerra”.
Em tempo: com o título “curiosidades”, Stanley Burburinho enviou esta informação complementar:

A partir de dica do @biruel:


Segundo a declaração de bens do candidato dos Democratas a deputado federal pelo Paraná , Luiz Carlos Setim, ele é um dos donos do Frigorífico Argus com quotas de R$ 1.561.121,34 e R$ 58.128,20.

Consta, na mesma declaração de bens do candidato Setim, que ele fez um empréstimo de R$ 20.000,00 à Sra. Raquel Maria Athayde.

http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/2010/deputado-federal/02051944-setim.jhtm

A Sra. Raquel Maria Athayde, se for a mesma pessoa, é a presidente da Assistência Social Santa Bertilla Boscardin, do Paraná, e a pessoa que assina um documento datado de 30/11/2011, daqui a 10 meses, acusando o recebimento de doação do senador Álvaro Dias no valor de R$ 18. 673,21.

Abaixo, a foto do recibo, com a doação do senador, disponibilizada pelo Dr. Rosinha (@DrRosinha):


Será que o presidente da OAB vai ficar indignado ?

Conversa Afiada!

Um grande exemplo de caridade e desapego ao dinheiro – Como agem os homens bons



Filed under: Relatos Pessoais — Hariovaldo @ 22:00 
Tags: 
Alvaro Dias
Alvo Álvaro no trilhar das Alvas Flores. Alvíssaras!
Alvas nuvens no céu a lembrarem que as alvas flores da terra perfumam o caminho dos que andam de acordo com a trindade santa, qual seja a Fé, a Esperança e a Caridade, como faz nosso irmão e grande homem bom, Álvaro Dias, alvíssaras!!! Oh, que esperança ao vermos a inabalável  de um homem de bem sempre disposto a fazer caridade para os necessitados, demonstrando o porquê é realmente um homem bom. Que grande desprendimento, que grande desapego ao dinheiro e aos bens materiais! Estamos todos em regozijo por tal ato vindo de tão caridoso espírito, que com certeza é um espírito rico em virtudes e sabedoria, pois o nobre senador Dias sabe que a verdadeira riqueza não está nesse mundo.
Ao requisitar para a caridade estes parcos milhões a que tem direito de fato e de moral, Álvaro Dias demonstra que seu mais profundo interesse está no bem estar do próximo, na melhoria da condição humana, sendo dever de todo homem de bem fazer caridade, lutando pelas modestas quantias que lhes são devidas para aquinhoar os mais necessitados. Sigamos pois este exemplo bendito. Alvíssaras.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lula diz que Dilma é alvo das 'cretinices' pelas quais passou

Em Curitiba, presidente diz que os adversários atacam somente Dilma porque não podem falar mal de presidente com alta popularidade

Piero Locatelli, enviado a Curitiba

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse em comício nesta terça-feira em Curitiba, que sofreu nas eleições de 1989 os mesmos ataques sofridos pela candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, neste ano.

“A impressão que eu tenho (nesta campanha) era que era eu que estava sendo atacado. Em 89, os mesmos diziam sobra mim: ‘Não vota no Lula, o partido dele tem bandeira vermelha. (...). Não vota no Lula porque ele tem barba. Não vota no Lula porque ele é comunista, (...) porque ele vai fechar a Igreja Católica, vai fechar as igrejas evangélicas’. As mesmas cretinices eles falaram da Dilma Rousseff agora”, disse o presidente, durante comício realizado na Cidade Industrial, zona Sul da capital paranaense.

Segundo Lula, os seus adversários só atacam Dilma porque não podem falar mal de um presidente com alta popularidade. “Só tem 3% no Brasil que acham o governo ruim ou péssimo. Esses 3% devem estar no comitê do Serra”, falou Lula.

Foto: Agência Estado
Lula faz comício em Curitiba na véspera de seu aniversário
Lula também disse que, apesar de ter sido derrotado em três eleições, nunca agiu como o postulante tucano à Presidência José Serra. “Eu ia para casa chorar minhas derrotas, mas não atacava os adversários como eles estão fazendo com a Dilma”, disse Lula. “Não vamos aceitar nada, que daqui a pouco eles vão jogar bola de papel na gente. Não vamos aceitar nenhuma provocação.”

O presidente também usou a expressão “serra abaixo”, em referência a José Serra, utilizada por Dilma em comício no Nordeste. 
“Eu estou aqui para pedir para vocês. Não é possível que um Estado como o Estado do Paraná. Um dos Estados mais desenvolvidos deste país. Um Estado em que o seu povo atingiu um padrão de maturidade acima da média nacional. Não é possível que a gente permita que esse país desça serra abaixo”.

Respeito 

O presidente pediu para que as pessoas presentes no comício se perguntassem como uma pessoa que “não respeita uma mulher” conseguiria respeitar “cada um de nós”.

A pergunta que eu faço para vocês é a seguinte. Um cara que não respeita numa campanha política, não respeita uma mulher que está disputando com ele. Agredindo ela na televisão, pra gente receber as ofensas dentro da sala da gente. Eu me pergunto: e um cara desses? Como ele ia respeitar cada um de nós? O que ele ia fazer com cada um de nós?

Durante seu discurso, Lula pediu para que os militantes comparassem seu governo com os anteriores e disse que a oposição só pensa em pobre no período eleitoral.

“Na época de eleição, a coisa mais valorizada é o pobre. Todo mundo na televisão. Pobrezinho daqui, pobrezinho dali. Se pudessem ser vendidas ações nas bolsas de valores, a ação mais valorizada seria a do pobre na época de eleição. Agora, depois da eleição, eles tomam café da manhã e o pobre não é convidado. Eles almoçam e o pobre não é convidado”, disse o presidente.

Lula discursou durante aproximadamente meia hora em um palco instalado numa praça. No evento, os militantes cantaram parabéns para o presidente que fará 65 anos nesta quarta-feira. O presidente foi homenageado no palco com balões em formato de estrelas vermelhas, símbolo do partido, e recebeu presentes de militantes em cima do palco. Muito emocionado, o presidente chegou a levar as mãos ao rosto durante grande parte do comício em que jingle de suas campanhas, "Lula lá", foi tocado. Depois, a letra da música foi trocada pelo refrão “Dilma lá”.

O governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB), o senador Osmar Dias (PDT), os senadores eleitos Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) e o ministro do planejamento, Paulo Bernardo, participaram do evento.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eu quero ver as pesquisas. Tenho esse direito!

O que acontece nas eleições do Paraná é vergonhoso. Um verdadeiro atentado à democracia se impõe diante da população paranaense e mancha o estado de direito por aqui. Um único partido controla o ritmo da campanha eleitoral ou pelo menos tenta, mas com uma força incomparável e com condições reais de manipular os fatos. Com os poderes necessários para fazê-lo. A seu favor, claro. O único poder também capaz de invalidar essa manipulação é o do voto, nas mãos do povo. Mas, para confundir o mesmo povo, o tucanato impede que o eleitorado tenha informações sobre as quais possa basear sua tomada de decisão.


Pesquisa não ganha eleição e não é de hoje que se questiona o poder delas sobre as definições dos indecisos. Também não é de hoje que se põe à prova os critérios e metodologias usados nas sondagens dos institutos de pesquisa. Mas estabeleceu-se uma cultura de acompanhamento dessas consultas durante a campanha eleitoral que de fato influencia nas decisões dos eleitores. Tanto que as pesquisas não registradas devidamente junto à Justiça Eleitoral, aquelas de “consumo interno” dos partidos, correm soltas e, com elas debaixo do braço, os cabos eleitorais vão a campo informar e tentar convencer os eleitores para votarem nos candidatos de sua preferência.

Às vésperas das eleições, a coligação de Beto Richa (PSDB) impede a divulgação por duas semanas de toda e qualquer pesquisa registrada no TSE – Tribunal Superior Eleitoral – sobre as intenções de voto no Paraná. Justamente no momento em que as de “consumo interno” apontam para o fato de que o adversário, Osmar Dias (PDT), teria passado à frente e estaria liderando as sondagens feitas. Dessa forma, os tucanos controlam sozinhos o que o eleitorado pode ou não saber. E nós, cidadãos e eleitores, vamos assistindo a tudo isso quietos, calados, passivos, omissos e de braços cruzados. De “Novo Paraná” a coligação do Beto Richa não tem nada. Ela reedita o velho golpe eleitoral da censura ao contraditório e da manipulação dos fatos.

Temos de exigir que as pesquisas sejam divulgadas. Puxar um movimento relâmpago: “Eu quero ver as pesquisas. Tenho esse direito”! E, daí, decidir o que fazer com essa informação. Temos condições de analisar criticamente esse dado. O que não pode é ficarmos nas mãos dos caprichos de uma “ditadura velada da informação”. E, o que é pior, de uma sonegação de informação que só favorece a quem comete esse atentado ao estado democrático de direito. Quem eles pensam que são? Se não fizermos isso urgentemente, corremos o risco de ver esse golpe escolher o próximo governador do Paraná. Não pode acontecer. A população não deve se calar diante de tamanha atrocidade contra a cidadania. E eu não quero compactuar com esse crime hediondo! Espalhe você também essa ideia e essa indignação. Faça valer o seu voto!

(*) Edson Rimonatto é publicitário.