Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 12 de outubro de 2014

Pesquisas fajutas mostram do que o PSDB é capaz


Eduardo Guimarães.
Escrevo nesta manhã de domingo (12 de outubro) ainda meio desconectado dos fatos porque o sábado (11) foi um dia de festa para a família e, assim, dedicado inteiramente a ela – minha filha Victoria cumpriu 16 anos no último dia 6 e, no sábado, aconteceu a festinha dela no salão de festas do condomínio em que resido.
Antes de prosseguir, registro a presença na festa de minha filha dos amigos blogueiros Altamiro Borges, Conceição Oliveira, Luis Nassif, Renato Rovai e Rodrigo Vianna e alguns familiares deles. Agradeço a presença dos colegas blogueiros e lhes digo que esse momento ficará para sempre em meu coração e no de minha família.
A partir daqui, retomarei o ritmo de postagens no Blog. Porém, quero registrar meu mais profundo repúdio a um crime eleitoral que vem sendo cometido a favor do PSDB e de seu candidato a presidente, Aécio Neves, sob o olhar complacente – e até cúmplice – das autoridades.
Ao longo da semana passada, foram divulgadas nada mais, nada menos do que três pesquisas eleitorais claramente fajutas. As duas primeiras foram dos institutos Paraná e Veritas e a última, no sábado, do instituto Sensus.
As duas primeiras foram cabalmente desmentidas pelas pesquisas Ibope e Datafolha 24 horas após terem sido divulgadas. A pesquisa Paraná registrou 54% para Aécio e 46% para Dilma e a Veritas registrou 54,2% para Aécio e 45,2% para Dilma.
Nem 24 horas depois das pesquisas Paraná e Veritas, que deram quase 10 pontos de vantagem para o tucano, Ibope e Datafolha, insuspeitos de serem “petistas”, registraram empate técnico entre ele e sua adversária (51% para Aécio e 49% para Dilma).
Uma informação: ontem, na festa de minha filha, os blogueiros consultamos nossas fontes e descobrimos que a situação de empate técnico entre Dilma e Aécio permanece tanto nos trackings da campanha de Dilma quanto nos da campanha de Aécio.
Quanto ao Sensus, foi contratado pelo PSDB para fazer pesquisas para o partido nestas eleições. No primeiro turno da eleição presidencial, divergiu de todas as outras pesquisas, mas, desta vez, a diferença a favor do tucano foi de inacreditáveis DEZESSETE PONTOS (!?).
Detalhe: nem 48 horas após Datafolha e Ibope terem registrado empate técnico.
O que teria acontecido em menos de dois dias? Dilma matou alguém? Foi flagrada espancando alguma criancinha?
Ao desmentir Paraná e Veritas poucas horas depois de terem sido divulgadas, Datafolha e Ibope – que, repito, são insuspeitos de serem petistas – sugerem que ou eles ou os outros dois institutos cometeram crime eleitoral, pois produzir pesquisas falsas é crime eleitoral punível com prisão e multa.
O caso do Sensus é mais grave porque trabalha para a campanha de Aécio e pertence, oficiosamente, a Clésio Andrade, ex-vice-governador do ex-governador Aécio Neves, e que está envolvido até o pescoço no dito “mensalão mineiro do PSDB”.
Quem vai tomar alguma providência? A Procuradoria Geral Eleitoral? O Tribunal Superior Eleitoral? E a campanha de Dilma, já preparou a representação? Ou será que vai ficar por isso mesmo?
Se um candidato pode usar pesquisas falsas, usar meios de comunicação amigos para fazer vazamentos seletivos de investigações, então, em eleição, passa a valer tudo?
O Brasil vive um golpe eleitoral que começou no ano passado com a colaboração da esquerda que a direita adora, que, agora, vendo a merda que fez ao fortalecer essa direita hidrófoba, passou a apoiar Dilma, vislumbrando o risco de um partido capaz de armações como essas voltar ao poder e saquear de novo o país.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Se a CVM fosse a SEC, nossos lobos estavam na jaula.

UAI

Se o Brasil fosse os Estados Unidos e nossa CVM tivesse a força da SEC - Securities and Exchange Comission- a esta hora uma dúzia de agentes estariam cruzando, desesperadamente, todos os dados de compra e venda de ações do Banco do Brasil e da Petrobras na última semana.
Ficou claro que haveria, com uma notícia assim, alta expressiva nos papéis das duas estatais.
Não havia uma pesquisa mostrando queda de Dilma.
Ou melhor, havia (verdadeira ou não) uma pesquisa indicando isso.
Quem soubesse de seus resultados podia comprar Petrobras e BB, respectivamente, a R$ 13,78 e R$ 21,11, as ações ordinárias.
E vender, hoje, com valorização de uns 8%.
Em um dia.
Se soubesse disso no primeiro boato, dobre a parada e dobre os lucros.
Grana para ninguém botar defeito, dependendo da “bala” que se tinha para apostar na operação.
Dinheiro ganho, claro, dos otários que venderam as ações e dos fundos que operam com margens mais rígidas de compra e venda, por terem perfil conservador.
Mas este negócio de desonestidade nos mercados de capitais é ficção, não é?
O “Lobo de Wall Street” é só um filme, coisa de cinema.
Coisa de americano.
Aqui, não.
O Ibope fez duas pesquisas, nos mesmos dias, com a mesma base amostral, o mesmo número de entrevistados e não as “juntou”, mesmo tendo que pagar, do próprio bolso, uma legião de entrevistadores.
E guardou por dez dias o resultado de uma delas, claro, apenas porque lhe deu na telha.
Não contou o resultado para ninguém, nem para o Senado Clésio Andrade, cliente que contratou por R$ 214 mil a tal pesquisa “engavetada”.
E os ganhos de dezenas ou centenas de milhões na bolsa foram só um acaso ou, claro, fruto da competência espírita de alguns operadores.
O importante é que a Dilma “perdeu” pontos e isso vai para o Jornal Nacional, mesmo que a outra pesquisa – terminada depois, segundo os registros do TSE – mostra que não tenha perdido coisa alguma.
Sabe como é: São Luiz é mais fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é mais fresquinho?

Por dados do Ibope, Dilma não perdeu popularidade. Pesquisa de hoje é mais antiga que a dos 43%. Aliás, estava pronta quando esta foi publicada

ibopeduas
Primeiro, semana passada, o boato de que a pesquisa Ibope traria uma queda – que não houve – da intenção de voto em Dilma Rousseff.
Seis dias depois, uma “outra” pesquisa do Ibope, estranhamente, capta uma súbita mudança de estado de espírito da população e Dilma (que tinha 43% das intenções de voto na tal pesquisa eleitoral) e registra uma perda de sete pontos percentuais em sua aprovação: curiosamente dos mesmos 43% para 37%…
Puxa, como foi rápida a queda, em apenas seis dias, quase um por cento por dia…
É, meus amigos e amigas, é mais suspeito do que isso.
A pesquisa de intenção de voto, divulgada na sexta-feira, foi registrada no TSE no 14 de março, sob o protocolo BR-00031/2014 , com realização das entrevistas entre os dia 13 e 20/03/14.
Já a de popularidade recebeu o protocolo BR-00053, no dia 21 passado,mas quando já se encontrava concluída, com entrevistas entre os dias 14 e 17.
Reparou?
Quinta feira à tarde, dia 20, uma intensa boataria toma conta do mercado de capitais, dizendo que Dilma perderia pontos numa pesquisa Ibope a ser divulgada no Jornal Nacional.
O estranho é que ninguém tinha contratado, isto é , ninguém pagou por essa pesquisa. Em tese, é claro.
A pesquisa é divulgada sem nenhuma novidade.
Mas, naquele momento, o Ibope já tinha outra (outra, mesmo?) pesquisa, terminada três dias antes e certamente já tabulada.
Vamos acreditar que o Ibope fez duas pesquisas diferentes, com a mesma base amostral e 2002 entrevistas exatamente cada uma…
O boato, portanto, não saiu do nada.
No mínimo veio de dentro do Ibope, que tinha nas mãos duas pesquisas totalmente contraditórias.
Uma, “sem dono”, que dizia que Dilma continuava nadando de braçada.
Outra, encomendada pela CNI de Clésio Andrade, um dos senadores signatários da CPI da Petrobras, apontando uma queda de sete pontos em sua popularidade.
Mas a gente acredita em institutos de pesquisas, não é?
O Ibope teve nas mãos duas pesquisas com a mesma base, realizadas praticamente nos mesmos dias, com resultados totalmente diferentes entre si?
Se o PT não fosse um poço de covardia estaria exigindo, como está na lei, os questionários das “duas” pesquisas.
Aliás, nem devia ser ele, mas o Ministério Público Eleitoral, quem deveria exigir explicações públicas do Ibope, diante destes indícios gravíssimos de – vou ser muito suave, para evitar um processo  - inconsistência estatística.
Ainda mais porque muito dinheiro mudou de mãos na quinta-feira e hoje, com a especulação na Bolsa.
Mas não vão fazer: esta é uma nação acoelhada diante das estruturas suspeitíssimas dos institutos de pesquisa.