Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 20 de julho de 2016

A íntegra da denúncia do Intercept sobre a fraude da Folha para ajudar Temer

:

"Uma coisa é a mídia plutocrática brasileira incentivar e incitar abertamente a queda de um governo democraticamente eleito. De acordo com a Repórteres Sem Fronteira, esse comportamento representa uma ameaça direta à democracia e à liberdade de imprensa. Mas é muito diferente testemunhar a fabricação de manchetes e narrativas falsas insinuando que uma grande parte do país apoia o indivíduo que tomou o poder de forma antidemocrática, quando isso não é verdade", escrevem os jornalistas Glenn Greenwald e Erick Dau, em texto que esmiúça a pesquisa Datafolha feita para alavancar o apoio a Michel Temer
 
Por Glenn Greenwald e Erick Dau, do The Intercept -

 UM DOS MISTÉRIOS mais obscuros da crise política que atingiu o país nos últimos meses (conforme relatado inúmeras vezes pela Intercept ) tem sido a ausência completa de pesquisas de opinião nos grandes meios de comunicação e órgãos de pesquisa do país. Há mais de três meses, no dia 17 de abril, a Câmara dos Deputados votou em favor de enviar ao Senado Federal o pedido de impeachment da presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff, resultando na investidura temporária de seu vice-presidente, Michel Temer, como “presidente interino”.

Desde a posse de Temer, o Datafolha – instituto de pesquisa utilizado pelo maior jornal do país, Folha de São Paulo  – não havia publicado pesquisas de opinião sobre o impeachment da presidente, nem sobre o impeachment de Temer, e nem mesmo sobre a realização de novas eleições para presidente. Aúltima pesquisa do instituto antes da votação do impeachment foi realizada em 9 de abril e apontava que 60% da população apoiava o impeachment de Dilma, enquanto 58% era favorável ao impeachment de Temer. Além disso, a sondagem indicou que 60% dos entrevistados desejavam a renúncia de Temer após o impeachment de Dilma, e 79% defendiam novas eleições após a saída de ambos.


última pesquisa de outra grande empresa do setor, o Ibope, foi publicada em 25 de abril, e concluiu que 62% desejavam que Dilma e Temer saíssem e que novas eleições fossem realizadas; 25% queriam a permanência de Dilma e a conclusão de seu mandato; e apenas 8% eram favoráveis a situação atual: com suspensão de Dilma e Temer como presidente interino. Essa pesquisa, mesmo sendo negativa para Temer, foi realizada há algum tempo, em abril deste ano.

De forma surpreendente, mesmo três meses depois da entrada de Temer, a poucas semanas da votação final do impeachment de Dilma no Senado e com toda a atenção do mundo voltada para o Brasil por conta das Olimpíadas, nenhuma pesquisa havia sido publicada até o último final de semana. No sábado, a Folha de São Paulo anunciou uma nova pesquisa realizada pelo Datafolha que se demonstrou, ao mesmo tempo, surpreendente e positiva para o presidente interino, Michel Temer, além de apresentar uma grande variação com relação a pesquisas anteriores. A manchete principal impressa pela Folha, que rapidamente se alastrou pelo país como era de se esperar, dizia que metade do país deseja que Temer permaneça como presidente até o fim do mandato que seria de Dilma no final de 2018.

A IMINÊNCIA DA VOTAÇÃO FINAL DO IMPEACHMENT torna esse resultado (50% dos brasileiros desejam que Temer conclua o mandato de Dilma) extremamente significativo. Igualmente importante foi a afirmação da Folha de que apenas 4% disseram não querer nenhum dos dois presidentes, e somente 3% desejam a realização de novas eleições. O artigo on-line de destaque no sábado:


O jornal também estampou o resultado na primeira página da edição impressa de domingo, a edição de jornal mais lida do país:


Esse resultado não foi apenas surpreendente por conta da ampla hostilidade com relação a Temer revelada pelas pesquisas anteriores, mas também porque simplesmente não faz sentido. Para começar, outras perguntas foram colocadas aos eleitores pelo Datafolha sobre quem prefeririam que se tornasse presidente em 2018 e os resultados apontaram que apenas 5% escolheriam Temer, enquanto o líder da pesquisa, o ex-presidente Lula, obteve entre 21% e 23% das intenções de voto, seguido por Marina Silva, com 18%. Apenas 14% aprovam o governo de Temer, enquanto 31% o consideram ruim/péssimo e 41%,

regular. Além disso, um terço dos eleitores não sabe o nome do Presidente Temer. E, conforme observou um site de esquerda ao denunciar a recente manchete sobre a pesquisa da Folha como uma “fraude estatística”, é simplesmente inconcebível que a porcentagem de brasileiros favoráveis às novas eleições tenha caído de 60%, em abril, para apenas 3% agora, enquanto a porcentagem da população que deseja a permanência de Temer na Presidência da República tenha disparado de 8% para 50%.

Considerando todos esses dados, fica extremamente difícil compreender como a manchete principal da Folha – 50% dos entrevistados querem que Temer continue como presidente até o fim do mandato de Dilma – possa corresponder à realidade. Ela contradiz todos os dados conhecidos. A Folha é o maior jornal do país e o Datafolha é uma empresa de pesquisa de credibilidade considerável. Ambos foram categóricos em sua manchete e gráfico principal a respeito do resultado da pesquisa. Curiosamente, a Folhanão publicou no artigo as perguntas realizadas, nem os dados de suporte, impossibilitando a verificação dos fatos que sustentam as afirmações do jornal.

Como resultado disso, a manchete – que sugere que metade da população deseja a permanência de Temer na Presidência até 2018 – foi reproduzida por grande parte dos veículos de comunicação do país e rapidamente passou a ser considerada uma verdade indiscutível: como um fato decisivo, com potencial para selar o destino de Dilma. Afinal, se literalmente 50% do país deseja que Temer permaneça na Presidência até 2018, é difícil acreditar que Senadores indecisos contrariem a vontade de metade da população.

MAS ONTEM, os dados completos e as perguntas complementares foram divulgados. Tornou-se evidente que, seja por desonestidade ou incompetência extrema, a  Folha cometeu uma fraude jornalística. Apenas 3% dos entrevistados disseram que desejavam a realização de novas eleições, e apenas 4% disseram que não queriam nem Temer nem Dilma como presidentes, porque nenhuma dessas opções de resposta encontrava-se disponível na pesquisa. Conforme observado pelo jornalista Alex Cuadros hoje, a pergunta colocada deu aos entrevistados apenas duas opções de resposta: (1) Dilma retornar à Presidência ou (2) Temer continuar como presidente até 2018.



Portanto, fica evidente que os 50% de entrevistados não disseram que seria melhor para o país se Temer continuasse até o fim do mandato de Dilma em 2018: eles disseram apenas que essa seria a melhor opção se a única alternativa fosse o retorno de Dilma. Além disso, simplesmente não procede alegar que apenas 3% dos entrevistados querem novas eleições, já que essa pergunta não foi feita. O que aconteceu foi que 3% dos entrevistados fizeram um esforço extra para responder dessa forma frente a opção binária entre “Dilma retorna” ou “Temer fica”. É impossível determinar com base nessa pesquisa a porcentagem real de eleitores que desejam a permanência de Temer até 2018, novas eleições ou o retorno de Dilma. Ao limitar de forma infundada as respostas a apenas duas opções, a Folha gerou as amplas distorções observadas nos resultados.

É totalmente injustificável, por inúmeras razões, que a pergunta tenha sido colocada dessa maneira, excluindo todas as outras opções, com exceção das duas respostas disponíveis. Primeiramente, o Supremo Tribunal Federal  já havia decidido que a votação do impeachment de Temer deve prosseguir, visto que o interino cometeu o mesmo ato que Dilma. Em segundo lugar, diversas figuras de destaque político no país – incluindo o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, bem como um editorial da própria Folha – se manifestaram em favor de novas eleições para presidente após o impeachment de Dilma. Andréa Freitas, Professora de Ciência Política na Unicamp, disse à Intercept: “como as novas eleições são uma opção viável, deveriam ter sido incluídas como uma das opções”.

E como Cuadros observou, pesquisas anteriores sobre Dilma e Temer, incluindo a pesquisa de 9 de abril do Datafolha, perguntaram explicitamente aos entrevistados a respeito de novas eleições. Portanto, é difícil entender por que essa pesquisa do Datafolha omitiria propositadamente o impeachment de Temer e as novas eleições, e limitar as opções a “Dilma volta” ou “Temer fica”.

Mas o argumento a respeito de limitar as possíveis respostas a apenas duas opções é simplesmente referente à metodologia da pesquisa. O que aconteceu foi muito mais grave. Após ter decidido limitar as opções de resposta dessa forma, a Folha não pode enganar o país fingindo ter oferecido aos entrevistados todas as opções possíveis. Com a omissão desse fato, a manchete e o gráfico principal do artigo da Folha se tornam enganosos e completamente falsos.

É simplesmente incorreto alegar (como fez o gráfico da Folha) que apenas 3% dos brasileiros acreditam que “novas eleições são o melhor para o país”, já que a pesquisa não colocou essa pergunta aos entrevistados. E ainda mais prejudicial: é completamente incorreto dizer que “50% dos brasileiros acreditam que a permanência de Temer seja melhor para o país” até o fim do mandato de Dilma. Só é possível afirmar que 50% da população deseja a permanência de Temer se a única outra opção for o retorno de Dilma. 

Mas se outras opções forem incluídas – impeachment de Temer, renúncia de Temer, novas eleições – é praticamente certo que a porcentagem de brasileiros que desejam a permanência de Temer até 2018 caia vertiginosamente. Como observou a Professora Andréa Freitas: “pode ser que 50% da população prefira Temer a Dilma se essas forem as únicas opções, mas parte desses 50% pode ser favorável a novas eleições. Com a ausência dessa opção, não há como estabelecer que essas pessoas prefiram o Temer”.

ISSO NÃO É TRIVIAL. Não se pode subestimar o impacto dessa pesquisa. É a única pesquisa de um instituto com credibilidade a ser publicada em meses. Sua publicação se deu exatamente antes da votação final do impeachment no Senado. E contém a extraordinária alegação de que metade do país deseja que o Michel Temer permaneça na presidência até 2018: uma manchete tão sensacionalista quanto falsa.

Considere como os resultados dessa pesquisa foram reproduzidos de forma incansável – como era de se esperar – em manchetes de outros grandes veículos do país:


No primeiro parágrafo: “Pesquisa do Instituto Datafolha realizada nos dias 14 e 15 aponta que 50% dos brasileiros preferem que o presidente interino Michel Temer continue no poder até 2018. A volta da presidente afastada Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto foi a opção de 32% dos entrevistados. Os 18% restantes não escolheram nenhum dos dois, disseram não saber ou que preferiam novas eleições”.


Em entrevista à Intercept, Luciana Schong do Datafolha insistiu que foi aFolha, e não o instituto de pesquisa, quem estabeleceu as perguntas a serem colocadas. Ela reconheceu o aspecto enganoso na afirmação de que 3% dos brasileiros querem novas eleições “já que essa pergunta não foi feita aos entrevistados”. Luciana Schong também conta que qualquer análise desses dados que alegue que 50% dos brasileiros querem Temer como presidente seriam imprecisos, sem a informação de que as opções de resposta estavam limitadas a apenas duas.

No fim de abril, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou seuranking anual de liberdade de imprensa e o Brasil caiu para a 104ª posição, em parte devido à “propriedade dos meios de comunicação continuar concentrada nas mãos de famílias dominantes vinculadas à classe política”. Mais especificamente, o grupo observou que “de forma pouco velada, a mídia nacional dominante encorajou o povo a ajudar a derrubar a Presidente Dilma Rousseff” e “os jornalistas que trabalham nesses grupos midiáticos estão evidentemente sujeitos à influência de interesses privados e partidários, e esses conflitos de interesse permanentes são obviamente prejudiciais à qualidade do jornalismo produzido”.


Uma coisa é a mídia plutocrática brasileira incentivar e incitar abertamente a queda de um governo democraticamente eleito. De acordo com a RSF, esse comportamento representa uma ameaça direta à democracia e à liberdade de imprensa. Mas é muito diferente testemunhar a fabricação de manchetes e narrativas falsas insinuando que uma grande parte do país apoia o indivíduo que tomou o poder de forma antidemocrática, quando isso não é verdade.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Por dados do Ibope, Dilma não perdeu popularidade. Pesquisa de hoje é mais antiga que a dos 43%. Aliás, estava pronta quando esta foi publicada

ibopeduas
Primeiro, semana passada, o boato de que a pesquisa Ibope traria uma queda – que não houve – da intenção de voto em Dilma Rousseff.
Seis dias depois, uma “outra” pesquisa do Ibope, estranhamente, capta uma súbita mudança de estado de espírito da população e Dilma (que tinha 43% das intenções de voto na tal pesquisa eleitoral) e registra uma perda de sete pontos percentuais em sua aprovação: curiosamente dos mesmos 43% para 37%…
Puxa, como foi rápida a queda, em apenas seis dias, quase um por cento por dia…
É, meus amigos e amigas, é mais suspeito do que isso.
A pesquisa de intenção de voto, divulgada na sexta-feira, foi registrada no TSE no 14 de março, sob o protocolo BR-00031/2014 , com realização das entrevistas entre os dia 13 e 20/03/14.
Já a de popularidade recebeu o protocolo BR-00053, no dia 21 passado,mas quando já se encontrava concluída, com entrevistas entre os dias 14 e 17.
Reparou?
Quinta feira à tarde, dia 20, uma intensa boataria toma conta do mercado de capitais, dizendo que Dilma perderia pontos numa pesquisa Ibope a ser divulgada no Jornal Nacional.
O estranho é que ninguém tinha contratado, isto é , ninguém pagou por essa pesquisa. Em tese, é claro.
A pesquisa é divulgada sem nenhuma novidade.
Mas, naquele momento, o Ibope já tinha outra (outra, mesmo?) pesquisa, terminada três dias antes e certamente já tabulada.
Vamos acreditar que o Ibope fez duas pesquisas diferentes, com a mesma base amostral e 2002 entrevistas exatamente cada uma…
O boato, portanto, não saiu do nada.
No mínimo veio de dentro do Ibope, que tinha nas mãos duas pesquisas totalmente contraditórias.
Uma, “sem dono”, que dizia que Dilma continuava nadando de braçada.
Outra, encomendada pela CNI de Clésio Andrade, um dos senadores signatários da CPI da Petrobras, apontando uma queda de sete pontos em sua popularidade.
Mas a gente acredita em institutos de pesquisas, não é?
O Ibope teve nas mãos duas pesquisas com a mesma base, realizadas praticamente nos mesmos dias, com resultados totalmente diferentes entre si?
Se o PT não fosse um poço de covardia estaria exigindo, como está na lei, os questionários das “duas” pesquisas.
Aliás, nem devia ser ele, mas o Ministério Público Eleitoral, quem deveria exigir explicações públicas do Ibope, diante destes indícios gravíssimos de – vou ser muito suave, para evitar um processo  - inconsistência estatística.
Ainda mais porque muito dinheiro mudou de mãos na quinta-feira e hoje, com a especulação na Bolsa.
Mas não vão fazer: esta é uma nação acoelhada diante das estruturas suspeitíssimas dos institutos de pesquisa.

Terrorismo econômico e protestos contra a Copa derrubaram aprovação a Dilma

A leitura da primeira pesquisa CNI-IBOPE de 2014 não deixa dúvidas: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. O antigo adágio popular é o que melhor explica os seguintes fatos revelados pela sondagem do humor dos brasileiros em relação ao governo Dilma Rousseff.
A saber:
• Cai a popularidade da presidente Dilma. Na comparação com novembro de 2013, todos os indicadores registraram redução.
• O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom caiu de 43%  para 36%
• A aprovação da maneira de governar da presidente Dilma caiu de 56% para 51%
• A parcela da população que confia na presidente caiu no limite da margem de erro de 52% para 48%
• Em nenhuma das nove áreas de atuação avaliadas o percentual dos que aprovam supera o dos que desaprovam as ações do governo
• O descontentamento aumentou mais notadamente com relação às políticas econômicas, refletindo a maior preocupação com relação à inflação e ao desemprego.
Outros fatos chamam atenção na pesquisa supracitada.
A queda de Dilma foi mais intensa entre os residentes em municípios pequenos (com até 20 mil habitantes): de 59% para 44%. Também chama atenção a redução no percentual entre os eleitores mais jovens, de 16 a 24, e com renda familiar mais elevada (acima de cinco salários mínimos) e os residentes no interior.
A avaliação do eleitorado sobre o combate ao desemprego, as taxas de juros e o combate à inflação, porém, são o que mais surpreende. Em fevereiro, o Brasil gerou 260 mil postos de trabalho com carteira assinada. Os juros ao consumidor, apesar das altas da taxa Selic, são hoje muito mais baixos do que eram antes da concorrência desencadeada no início do ano passado pelos bancos oficiais. E a inflação, pelo 10º ano seguido, está dentro da meta.
O que pode, por exemplo, fazer a população ficar descontente com o desemprego justamente quando temos a taxa mais baixa de desemprego da história? É óbvio que o noticiário está por trás desse fenômeno praticamente estarrecedor.
Mas não é só. O gráfico abaixo, extraído da pesquisa Ibope, mostra quais são os fatos que mais têm impactado a popularidade do governo Dilma.
Como se vê, os protestos de forma geral e contra a realização da Copa do 2014 no Brasil vêm ajudando o noticiário sobre economia a deprimir a população. Esse efeito está sendo muito forte entre os jovens de 16 a 24 anos, justamente os que têm menos lembranças sobre o que era o Brasil do século XX.
O gráfico abaixo mostra como o noticiário desfavorável ao governo Dilma se encontra hoje em um patamar muito mais alto do que fora até meados do ano passado, quando explodiram as críticas midiáticas ao governo.
O que vem impedindo maior queda da aprovação de Dilma é o público que sente mais intensamente o efeito das políticas sociais.
O percentual dos que aprovam a maneira de governar da presidente praticamente não caiu entre os eleitores com grau de instrução até a 4ª série da educação fundamental, com idade de 25 a 34 anos, residentes nas capitais e em cidades médias (com mais de 20 mil a 100 mil habitantes).
Basicamente, o que está afetando o governo Dilma é o efeito que o noticiário econômico provoca entre a população em geral e o efeito que os protestos contra a Copa estão provocando entre a população adolescente e pós-adolescente.
Apesar da queda da popularidade de Dilma, porém, outra pesquisa Ibope divulgada recentemente mostra que nenhum candidato à sua sucessão está conseguindo tirar vantagem do sobressalto que o noticiário econômico e protestos contra a Copa estão causando.
Dilma ainda tem quase o dobro dos votos dos adversários somados no cenário mais provável, que coloca em disputa Aécio Neves, Eduardo Campos e alguns candidatos nanicos. Nesse cenário, no primeiro turno ela teria 40% dos votos e os adversários somados teriam 22%. Em um eventual segundo turno, Dilma teria o dobro dos votos de qualquer adversário.
O que a pesquisa CNI-IBOPE recém divulgada mostra, porém, é que a presidente pode ser afetada pela continuidade desse bombardeio, que acaba de ganhar uma possível CPI da Petrobrás, que deve se transformar em um belo palanque para os adversários sem votos.
Mas há um fator que talvez seja o que mais vem fragilizando Dilma Rousseff: a péssima política de comunicação de seu governo.
Os dois fatores que mais vêm prejudicando a presidente, como se viu acima, são o noticiário econômico e os protestos contra a Copa. Até agora, porém, não há uma só reação comunicacional para lembrar ao público que todo mundo está conseguindo empregos com salários cada vez melhores e quantos benefícios a Copa deverá trazer ao país.
Chega a ser espantoso que até o momento não exista uma mísera campanha publicitária sobre a Copa a 90 dias da realização do evento. E praticamente não há reação ao terrorismo econômico. As autoridades da equipe econômica parecem ter medo de falar em público e de rebaterem um noticiário que anula o pleno emprego e os salários crescendo.
O fato de os adversários de Dilma na eleição presidencial não estarem empolgando a sociedade, portanto, está sendo magnificado pelo alto comando da campanha presidencial à reeleição.
É evidente que, em algum momento, esses adversários deverão se beneficiar de uma campanha de desmoralização que já não conta mais apenas com a mídia, mas, também, com movimentos sociais e sindicais e pequenos partidos de esquerda que até podem não ter votos, mas que fazem muito barulho.
Se o governo Dilma continuar praticamente mudo enquanto apanha, uma reeleição tranquila pode sofrer sobressaltos que poderiam não ocorrer se houvesse alguma estratégia e alguma reação. Nesse aspecto, a recente pesquisa CNI-Ibope pode servir para despertar o staff governista da letargia em que se encontra.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

QUANTO CUSTOU O PSDB NÃO APOIAR O MAIS MÉDICOS Dilma é generosa e não lembrou que o PSDB acabou com a CPMF.

Saiu na Folha (*):

SE PSDB TIVESSE APOIADO MAIS MÉDICOS NO INÍCIO TERIA SIDO MAIS FÁCIL APROVÁ-LO, DIZ DILMA



Um dia após o senador Aécio Neves (PSDB), provável candidato da sigla à Presidência da República, sinalizar que pretende manter e aprimorar programas como o Bolsa Família e o Mais Médicos caso seja eleito em 2014, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “agora que o programa está dando certo, é óbvio que vão apoiar”.

“É sempre bom ver que eles [oposição] reconhecem alguma coisa. Porque você sabe que, durante um tempo, o Bolsa Família foi chamado de ‘bolsa-esmola’. Hoje não chamam assim porque sabem do reconhecimento internacional que esse programa tem”, disse Dilma, em entrevista à Rádio Jornal, do Recife.

“No caso do Mais Médicos, houve críticas bastante ácidas. Disseram que estava incorreto o programa. Não estou falando do senador [Aécio], estou falando do partido do senador”, afirmou a presidente. E acrescentou que, se no início do programa, “na hora que era difícil”, o PSDB tivesse aprovado a ideia, ela teria ficado “agradecida”. 

(…)


Clique aqui para ler “Como Dudu e Cerra lêem o ‘programa’ do Aécio”. 

aqui para ler “Por que Aécio vacila tanto ? É Minas !”. 


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

IBOPE: APROVAÇÃO À GESTÃO DILMA SOBE DE 37% PARA 43%

terça-feira, 10 de setembro de 2013

CNT: 58% APROVAM DILMA E 73%, MAIS MÉDICOS

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

APROVAÇÃO DE DILMA SOBE PARA 41% EM PESQUISAS DO PLANALTO

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Apostas contra a reeleição de Dilma pagarão cada vez menos


Após amainarem os ânimos exacerbados artificialmente por aquela que talvez tenha sido a maior e mais bem sucedida armação política para desmoralizar o governo federal desde 2003 – quando Lula chegou ao poder –, foi se tornando possível prever que Dilma Rousseff se recuperaria da imensa queda de popularidade que sofreu.
Antes de entrar na questão da recuperação da popularidade de Dilma anunciada pela pesquisa Datafolha recém-divulgada, vale explicar que, devido à mediocridade dos adversários à direita, quem logrou o feito de manchar a imagem da presidente da República não foi a coalizão destro-tucano-midiática, mas partidos de esquerda que se opõe ao projeto político do PT.
Uma armação engendrada por PSOL, PSTU e algumas lideranças, digamos, “vampirescas” da direita demo-tucana conseguiu convencer boa parte da sociedade de que o país estava afundando.
Nesse aspecto da visão e do discurso deturpados sobre a situação do Brasil, há pouca diferença hoje entre a oposição à esquerda e à direita – ambas tentam convencer o brasileiro de que o país vai muito mal, obrigado.
Mas como convencer o povo de que o país vai mal com a renda média do trabalhador e a das famílias crescendo – em maior ou menor ritmo –, com o desemprego despencando mês a mês, com as reservas cambiais na estratosfera, com a inflação sob controle, com o PIB de 2013 tendendo a superar o de 2012 e com os investimentos públicos e privados em alta?
Apesar de não ter votos, a oposição de esquerda tem uma militância muito mais aguerrida do que a da direita de classe média alta que não consegue pôr o bloco na rua por ser integrada por muito pouca gente. Assim, a oposição canhota conseguiu inventar um movimento que conflagrou as cidades por uma causa fictícia e que, em verdade, não passou de transferência para o Erário do aumento das tarifas das passagens do transporte público.
A burrice conservadora, então, fez o governo de São Paulo atiçar a sua truculenta e despreparada polícia militar contra a classe média e, como resultado, o país inteiro ficou indignado e aderiu a um movimento que teria morrido rapidamente se tivesse sido tratado com mais inteligência.
A mídia conservadora, que a princípio ficara assustada, percebeu que cenas de guerra nas ruas corroborariam suas teses alarmistas sobre a economia e passou a apoiar protestos que invariavelmente terminavam em quebra-quebra, em ferimentos graves e até em mortes, sem falar dos prejuízos aos patrimônios público e privado.
Paralelamente, o noticiário econômico, que vinha prevendo desgraças desde que afiançou que sobreviria um apagão de energia elétrica já nas primeiras semanas de 2013, viu nos protestos a chance de corroborar o que dizia, pois se as pessoas estavam indo às ruas protestar com tanta virulência isso só poderia se explicar pela piora da qualidade de vida.
Como consequência, a popularidade de Dilma sofreu a maior queda de todas. Maior até do que a do governador que cometeu o erro que fez as manifestações ganharem a dimensão que ganharam. Geraldo Alckmin, apesar do que fez a sua PM, teve queda de aprovação de apenas 16 pontos enquanto que a presidente caiu 30 pontos.
Contudo, a recuperação da popularidade de Dilma evidenciada pela pesquisa Datafolha deste sábado já podia ser prevista por quem lê este Blog. Vários posts permitiram que se entendesse que não havia uma causa real para a presidente, seu partido e seu governo perderem tanta aprovação.
Em 15 de julho último, o post PT revive hoje 2005, quando sua primeira “morte” foi decretada já mostrava que havia uma precipitação na comemoração destro-canhota-tucano-psolista-midiática sobre a espantosa queda da aprovação de Dilma. Abaixo, um trecho daquele post que mostra que as notícias sobre a “morte” política da presidente foram exageradas.
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“(…) A semelhança entre o passado e o presente se dá até na época de 2005 em que eclodiu o escândalo do mensalão. A entrevista demolidora de Roberto Jefferson à jornalista da Folha de São Paulo Renata Lo Prete denunciando o escândalo foi publicada em 6 de junho e foi nesse mesmo dia e mês que eclodiu a primeira grande manifestação do Movimento Passe Livre [em São Paulo], que marcaria a derrocada de Dilma nas pesquisas, assim como a denúncia de Jefferson marcou a perda de popularidade temporária de Lula no segundo semestre daquele ano.
Até o fim de 2005, Lula era dado como um zumbi político. A cada pesquisa de opinião sua popularidade caía mais um pouco, chegando a dezembro daquele ano – a menos de um ano da eleição presidencial de 2006 -, segundo o Datafolha, com apenas 31% de bom é ótimo, coincidentemente o mesmo índice que Dilma tem hoje.
A precipitação dos que, nesta mesma época do ano, há oito anos, comemoraram antecipadamente a destruição política de Lula e do PT, pouco mais de um ano depois resultou na capa da Folha que você vê no topo deste texto, publicada naquela segunda-feira, 30 de outubro de 2006, quando ele obteve 60% dos votos válidos (…)”
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Em 16 de julho, o post O incrível “pânico espontâneo” de beneficiários do Bolsa Família compunha o mosaico de informações que aqui seriam divulgadas e que permitiram prever, lá atrás, que a popularidade de Dilma iria se recuperar.
Apesar de o post versar sobre a conclusão maluca da Polícia Federal de que o boato sobre o fim do Bolsa Família ocorreu por geração espontânea, o texto já permitia prever que os beneficiários do programa do governo federal que ficaram zangados com Dilma por acreditarem que ela exterminaria seu benefício logo se dariam conta de que tinham sido enganados.
Em 17 de julho, porém, surge neste Blog a primeira grande indicação de que a queda de popularidade de Dilma não iria durar. O post Pesquisa mostra o pessimismo como causa da queda de Dilma versou sobre dado de outra pesquisa que apontava forte queda da aprovação dela, a pesquisa do instituto MDA feita para a Confederação Nacional dos Transportes.
Abaixo, trecho do post que explica a recuperação de Dilma que o Datafolha anunciou neste sábado.
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“(…) A aprovação do desempenho pessoal de Dilma caiu 24,4 pontos, indo de 73,7% na pesquisa anterior para 49,3% nesta, e a desaprovação ao seu governo subiu de 20,4% para 47,3%, uma alta de 26,9 pontos, ou 131,8% de aumento na desaprovação à presidente da República.
Já a aprovação ao governo caiu de 54,2% para 31,3%, perda de 22,9 pontos devido, sobretudo, ao aumento dos percentuais de ruim (que foi de 5,5% para 13,9%) e péssimo (que foi de 3,5% para 15,6%).
A própria pesquisa explica a razão de piora tão acentuada no capital político de Dilma Rousseff e de seu governo. Há piora em pontos altamente sensíveis das expectativas do brasileiro em relação ao futuro, sobretudo na percepção do que ocorrerá com o mercado de trabalho, no qual a expectativa de aumento do desemprego saltou de 11,5% em junho para 20,4% em julho.
(…)
Eis que o medo do desemprego desponta como o principal problema para a imagem do governo federal e para a da sua titular. Os protestos de rua conferiram credibilidade aos vaticínios que a grande mídia vinha fazendo sobre piora na economia e, consequentemente, no meio de sobrevivência de todos: o emprego (…)”
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Como se vê, o pessimismo foi o que fez Dilma despencar. As pessoas acreditaram que iriam perder o emprego porque tanta gente na rua reclamando corroborava a tese da mídia de que o país estava afundando. Porém, a crença na mídia e na oposição à direita e à esquerda dependia de as desgraças que anunciavam se materializarem…
Mas foi em 18 de julho que aqui se publicou matéria contendo o primeiro grande sinal de que Dilma recuperaria aprovação. Trata-se de entrevista que o presidente do instituto de pesquisas Vox Populi deu a este Blog. Abaixo, trecho da entrevista.
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“(…) Marcos Coimbra: Nós temos um ano e alguns meses até a eleição. Em um ano, como já vimos em governos anteriores, foi possível se recuperarem.
A questão é que os problemas não são basicamente econômicos. Os sinais são confusos. Tenho visto, nos últimos dias, pessoas que não têm nenhuma simpatia pelo governo ou pelo PT dizendo que é muito provável que tenhamos um crescimento na economia deste ano bem maior do que o do ano passado. Assim como é muito provável que tenhamos inflação sob controle até o final do ano.
Então, com inflação sob controle, pleno emprego, população com poder de compra alto e crescimento melhor será muito difícil insistir na argumentação de que o país está indo à bancarrota, que foi praticamente o tema desses últimos 3 ou 4 meses (…).
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Infelizmente – ou felizmente –, faltou a muitos o bom senso de levar a sério uma análise tão precisa quanto essa que este Blog já vinha fazendo e que o diretor do Vox Populi referendou: o pessimismo midiático-oposicionista em que muitos acreditaram teria que se transformar em fatos para a queda de Dilma se efetivar.
Em 20 de julho, mais um alerta para os que estavam apostando contra Dilma. O post Se o Brasil estivesse em crise a sua vida já teria piorado tentou, mais uma vez, despertar os pessimistas e os embriagados com a embriaguez das ruas. Abaixo, trecho da matéria que permitia enxergar que em algum momento as pessoas começariam a recobrar o bom senso.
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“(…) As ruas estão cada vez mais entupidas de carros zero quilômetro. As residências mais humildes, hoje, estão sendo reformadas e entupidas de bens de consumo como televisões, computadores, novos móveis etc. E, hoje, só não encontra emprego quem não quer trabalhar.
O que é preciso, portanto, é fazer os brasileiros refletirem que quando um país vai mal a vida das pessoas piora. Entretanto, quem pode dizer que sua vida tem piorado? Só o que tem piorado é a percepção sobre o futuro.
Essa percepção se fundamenta, basicamente, na informação. As pessoas vêm sendo bombardeadas pelos meios de comunicação de massa com cenas de guerra e previsões catastrofistas e, juntando umas e outras, construíram essa percepção pessimista (…)”.
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Em 26 de julho, mais um aviso de que o pessimismo das pessoas era irracional e de que não poderia demorar para começar a se reverter. Entrevista com que o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) deu ao blog no post Ex-presidente do Ipea acusa mídia de terrorismo econômico já mostrava o que agora todos descobrem.
Abaixo, trecho da matéria.
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“(…) Blog da Cidadania – E aí, nesse momento, a gente lê um editorial no maior jornal do país em que a primeira frase é a seguinte: “São consistentes os sinais de deterioração da economia brasileira”. O editorial se intitula “Mudança de sinal” e foi publicado na Folha de São Paulo de 25 de julho de 2013.
Doutor Marcio: são consistentes os sinais de deterioração da economia brasileira?
Marcio Pochmann – Interpretações sempre dependem de quem as define. Eu, particularmente, não vejo sinais nessa direção. Infelizmente vamos ter um ano de crescimento menor do que imaginávamos, mas nada que signifique mudança da trajetória dos últimos dez anos, que tem sido uma trajetória de crescimento e distribuição de renda.
Não vai haver nada de trágico – a menos que surja uma hecatombe, e estamos longe disso no mundo. Deveremos concluir este ano com o controle da inflação, com crescimento econômico melhor do que no ano passado e com indicadores sociais seguindo a trajetória comprovada dos últimos dez anos (…)”
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Em 27 de julho, mais uma reflexão que indicava o futuro. O post Quem você colocaria no lugar de Dilma? tocava em outro fator que faria a presidente recuperar popularidade: a falta de alternativas a ela para 2014.
Abaixo, trecho da matéria
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“(…) Ora, se a razão da insatisfação com o governo Dilma decorre de crença de grande parte da sociedade no catastrofismo (ou terrorismo) econômico midiático, se as desgraças que esses órgãos de “imprensa” de oposição não-assumida alardeiam não se materializarem os que se deixaram levar por previsões pessimistas concluirão que embarcaram numa canoa furada.
Claro que a mídia continuará prevendo desgraças, mas como falta muito tempo para a eleição de 2014 a realidade terá que confirmar os vaticínios midiáticos. Não será possível continuar por mais um ano e meio dizendo que a desgraça virá. Se não vier, as pessoas terão que refletir (…)”.
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Dito e feito…
Em 30 de julho, mais uma explicação sobre por que não é possível que a sociedade comece a ignorar de repente tudo o que a tem levado a manter o PT no poder durante os últimos dez anos. O post Desigualdade caiu 1,89% com FHC e 9,22% com Lula mostrou por que o Brasil real vem dando uma banana para a direita e mantendo o PT no poder.
Finalmente, em 7 de agosto último – três dias antes da divulgação da pesquisa Datafolha que mostra que Dilma está em processo de recuperação de popularidade –, o post Popularidade de Dilma deverá se recuperar no segundo semestre se converte na cereja do bolo.
Abaixo, um trecho.
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“(…) Como se disse aqui anteriormente, o pessimismo esteve na raiz do aumento da indisposição popular com o governo federal e com a sua titular. Contudo, com o progressivo desmonte das previsões catastrofistas, isso deve mudar.
Quem esperava um desemprego maior no futuro próximo vai ver que isso não ocorreu. Quem esperava um surto inflacionário, idem.
Não parece absurdo, portanto, prever que Dilma possa começar a recuperar popularidade nos próximos meses. A frustração das previsões alarmistas, por si só, deve mostrar aos que acreditaram na mídia que as previsões dela não tinham fundamento (…)”
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Mais uma vez, estão me perguntando sobre uma “bola de cristal” que eu teria e que me fez prever tanto a queda pronunciada de Dilma nas pesquisas quanto que ela começaria a se recuperar neste segundo semestre.
Este post mostra que não há “bola de cristal” alguma. Era óbvio que multidões enfurecidas nas ruas iriam corroborar o que Marcio Pochmann chamou de “terrorismo econômico” e que aquilo prejudicaria mais a Dilma, mas também era óbvio que para o prejuízo durar a previsões pessimistas teriam que se confirmar. Foi simples assim.