Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

França prende humorista que faz críticas a judeus

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Poucos dias depois da marcha em defesa da liberdade e contra o terror (com a presença de Benjamin Netanyahu), a França expôs suas contradições; o comediante francês Dieudonné, conhecido por suas críticas ao judaísmo, foi preso ao comentar em seu Facebook que se sente como Charlie Coulibaly (sobrenome de um dos terroristas); em sua defesa, Dieudonné disse que seu humor não difere do feito pelo Charlie, que estimulava preconceito contra muçulmanos 


247 – Após convocar uma marcha pela liberdade e contra o terror, com a presença de líderes mundiais como o israelense Benjamin Netanyahu, o governo francês expõe suas contradições ao mandar prender o comediante francês Dieudonné.

O humorista, conhecido por suas críticas ao judaísmo, foi interpelado em sua casa, em frente aos seus filhos, por ordem do primeiro-ministro Bernard Cazeneuve, sobre a acusação de incitar o terrorismo nas redes sociais.

No Facebook, ele comentou que se sente como Charlie Coulibaly (sobrenome de um dos terroristas): "Após essa marcha histórica, digo mais... lendária! Um momento mágico como o Big Bang que criou o universo! ...ou em um grau mais local, comparável à coroação de Vercingétorix [rei gaulês da antiguidade], eu enfim entro em casa. Sabe que essa noite, no que me diz respeito, eu me sinto como Charlie Coulibaly", escreveu.

Em sua defesa, Dieudonné disse que seu humor não difere do feito pelo Charlie, que estimulava preconceito contra muçulmanos

No ano passado, o comediante foi alvo de outra ação do governo de François Hollande, em ofício pedindo para que todas as prefeituras cancelassem seus shows de stand-up.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

COMO A LEY DE MEDIOS ENQUADRA A GLOBO ARGENTINA Globo de lá não pode ter mais de 35% da audiência.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Folha de S. Paulo comete mais um crime contra a Liberdade de Expressão





A morte da Falha de S. Paulo é um atentado à liberdade de expressão

Nota do redator: este texto foi escrito pouco antes de, mais uma vez, a justiça se decidir, absurdamente, contra a Falha de S.Paulo, nesta manhã.
Torço pela ressurreição da Falha de S. Paulo, morta pela Folha de S. Paulo. A paródia foi abatida a tiros na justiça pelo ‘jornal a serviço do Brasil’.

Os responsáveis pela Falha não se dobraram. Hoje, o caso será apreciado pela justiça na segunda instância. Na primeira, a sentença de morte foi mantida.

Torço pela vitória da vida, e da liberdade de expressão, hoje. O otimismo é moderado, dada a diferença do poder econômico e de intimidação entre as duas partes.

Soube do caso ao escrever sobre a participação de Diogo Mainardi no Roda Viva. Vi então que um jornalista fora desconvidado pelo programa. Era ele, o editor da cassada e caçada Falha de S. Paulo.

É um caso que mereceria uma discussão na imprensa brasileira, certamente. Mas, pelo que entendo, a mídia tradicional ignorou e ignora o assunto.

O jornal conseguiu nos tribunais tirá-la do ar com argumentos jurídicos de duvidosa qualidade — se pensarmos que a Folha se autoproclama uma campeã da liberdade de expressão. A eles se juntou uma pressão econômica ignominiosa: os irmãos responsáveis pela Falha, Lino e Mário Bocchini, jovens da classe média paulistana, simplesmente quebrariam se não tirassem rapidamente o site do ar.

Notemos que nos Estados Unidos o New York Times nada fez contra a paródia Not New York Times, e como esta há copiosas histórias no mundo da imprensa.

A mídia brasileira gritou, há algum tempo, quando o jornalista equatoriano Emilio Palacio foi processado pelo governo de Rafael Correa e condenado a pagar uma multa pesada – afinal perdoada.

Palacio — arquiconservador, uma espécie de Reinaldo Azevedo de poncho, apenas com mais poder, uma vez que tinha o cargo de editor de opinião do principal jornal equatoriano — costuma chamar Correa de Grande Ditador, com maiúsculas, num absoluto desprezo não apenas ao presidente mas aos milhões de equatorianos que o elegeram não uma, mas duas vezes. A administração de Correa é, nos artigos de  Palacio, “a Ditadura”.

Sabemos o que é ditadura. Palacio seria bem menos corajoso se estivesse sob uma de verdade. Sob Pinochet, por exemplo. É, como seu duplo brasileiro, o falso herói, aquele que se voluntaria para lutar quando não há guerra. Hoje, Palacio está nos Estados Unidos, de onde continuará, bravamente, a combater a vontade de seu povo como se fosse um mártir da liberdade.

A mídia brasileira se alvoroça também com o esculacho dado à blogueira Yoani Sanchez, como se vaiá-la não pertencesse ao terreno sagrado da liberdade de expressão.

Mas nenhuma voz se ergue em defesa da Falha de S. Paulo. Vejo que o argumento para bani-la é que ela é uma ameaça à marca Folha de S. Paulo. Hahaha. Falha de S. Paulo é um apelido carinhoso que os paulistanos deram à Folha há muito tempo. Seus próprios jornalistas muitas vezes se referem assim a ela nas conversas informais. A Falha é, ou era, simplesmente uma paródia, uma brincadeira, uma comédia.

Teria feito sentido o Estado de S. Paulo, em 1921, pedir que a recém-fundada Folha de S. Paulo fosse suprimida pela semelhança do produto e pelo uso de S. Paulo no logotipo? E a AOL deveria tentar liquidar o UOL?

Foi um ato de intolerância e intimidação o que a Folha fez com a Falha, um mau momento que remete à empresa que, na escuridão espessa, sob as ordens de seu dono — Octavio Frias, que Clóvis Rossi adora dizer que era um grande jornalista  –, emprestava carros para a ditadura militar perseguir e matar opositores. Se é verdade que as pessoas podem confundir as duas pela semelhança das marcas —  uma enorme, outra composta de dois irmãos —  então a Folha tem um problema sério de conteúdo e e identidade, e ele não vai ser resolvido com a extinção da Falha.