Embora nossa imprensa fale todo o tempo na recuperação americana e no inevitável refluxo de capitais para os títulos do Tesouro Americano, com a redução ou o fim do “quantitative easing” pela melhora da economia dos EUA, a coisa não é bem assim.
Enquanto se fala horrores de nossa situação fiscal, lá a coisa estava e vai ficando ainda mais feia.
Hoje, o Secretário do Tesouro, Jack Lew, anunciou que “muito em breve” o Governo americano não poderá, de novo, honrar suas dívidas por não poder emitir mais.
Desde 2011, os EUA vivem de crise em crise pela ameaça de “default” – que vem a ser um “calote” chique – de suas dívidas e, da última vez, teve de fechar repartições e suspender serviços públicos.
A dívida pública, hoje está estimada em US$ 16,7 trilhões, ou 101% do PIB americano, e você pode ver como este salto coincide com a crise de 2008 e as maciças injeções de moeda feitas na economia: na americana e na mundial.
Lew afirmou que os EUA podem lançar mão de mecanismos contábeis para evitar ultrapassar o limite até o final de fevereiro. Mas logo depois, ”os EUA só serão capazes de pagar sua dívida e outras obrigações com dinheiro cash“.
Hoje, os dados de queda da atividade industrial de quase 10% de dezembro para janeiro atiraram a bolsa de Nova York para baixo. A perda, em um mês, chega a 6,2%.
E isso, claro, arrasta as bolsas do mundo inteiro, porque sinaliza que o tão falado aquecimento da economia mundial é mais uma esperança que uma realidade.
A verdade é que os nossos “professores” não andam conseguindo mesmo fazer o seu “dever de casa”.
Mas continuam a nos querer dar aulas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.