Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 13 de março de 2015
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Exocet verde-amarelo
Míssil verde e amarelo I/ A Omnisys, empresa encarregada de desenvolver o radar autodiretor (Seeker) do Programa de Desenvolvimento do míssil antinavio de superfície (MANSUP), comemora amanhã com a alta cúpula da Marinha o fim da fase de testes do modelo funcional. Esse é o sistema que permite ao míssil perseguir o alvo.
Míssil verde e amarelo II/ Quem é do setor sabe que é mesmo para comemorar esse feito como um marco inédito e histórico para o setor de defesa nacional, uma vez que a tecnologia foi totalmente desenvolvida pela equipe brasileira na planta da empresa. Agora, começa a fase de integração de todos os componentes testados do radar. A conclusão do trabalho com a entrega dos protótipos do Seeker à Marinha do Brasil está prevista para 2016.
FONTE: Denise Rothenburg
sexta-feira, 19 de abril de 2013
RÉUS PODEM IR À OEA E BRASIL TERÁ DE ACATAR DECISÃO
EDITORIAL
Embargos do Mensalão:
Mais 250 dias ou Fux vai matar no peito?
O Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu duplicar o prazo para recorrer dos réus na AP 470, conhecida como "mensalão". Veiculada assim, genericamente, a notícia elide um aspecto jurídico fundamental. Quantos dias, de fato, disporão os réus para apresentarem, respectivamente, cada qual o seu recurso, que recebe o nome de ‘embargos de declaração'? Trata-se do poder de interromper o prazo para outros recursos. Esse é o efeito intrínseco aos embargos de declaração, por força de lei. Esse poder interruptivo "zera" o prazo para outros recursos, ou seja, devolve-lhes o prazo original integralmente. A questão essencialmente jurídica, e algo complexa, não é inédita. Ela já foi objeto de exame pelo hoje ministro do STF Luiz Fux, quando ainda ministro do Superior Tribunal de Justiça. O que se espera, diante dos ‘embargos de declaração' eventualmente interpostos pelos advogados de defesa da AP 470, é que não se registre, no conjunto do STF, aquilo que o ministro Fux já disse uma vez, e agora possa vir a repetir contra ele próprio: "Deixa comigo que eu mato no peito". (LEIA MAIS AQUI)
A caça a José Dirceu
A condenação política de José Dirceu já foi feita em 2005. Independentemente das críticas políticas que possamos ter às escolhas do PT antes e depois de sua chegada ao poder, cedo ou tarde todos teremos que entender o que está em jogo. É o precedente de um julgamento de exceção em plena democracia.
Lincoln Secco - Especial para o Viomundo
O filme A Caça, do cineasta dinamarquês Thomas Vinterberg, retrata um professor de educação infantil falsamente acusado de molestar sexualmente as crianças da escola em que ministra suas aulas. Mesmo depois de inocentado, ele continuará a sofrer em sua cidade com a reprovação social de atos que nunca cometeu.
Diante de um filme tão lancinante assim, lembramos logo do caso da Escola Base em São Paulo, cuja distância temporal nos dá o conforto de que o fato não nos diz respeito. Porém, nós temos um acontecimento igualmente difícil para nos posicionarmos. Diante dele, a maioria atira as pedras da covardia e os demais se calam. Ousar discordar de quase tudo o que foi veiculado até se tornar “verdade” é quase um ato de insanidade intelectual e política.
José Dirceu foi sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal num julgamento viciado desde o início. Só o calendário eleitoral adotado pelo tribunal, condenando o réu às vésperas do primeiro e do segundo turno das eleições já seria suficiente para desvelar a natureza política do julgamento.
Recentemente, Dirceu ofereceu uma denúncia contra um dos ministros que o teria procurado para pedir apoio à sua indicação àquela corte. Este juiz não se declarou impedido de participar da famigerada ação penal 470.
Ninguém achou estranho. Mas a mesma compreensão não teve o Ministro Toffoli, ex-advogado do Partido dos Trabalhadores. Que um seja colocado sob suspeição e outro não, é algo que só a grande imprensa opinativa pode esclarecer.
Quando o réu Marcos Valério acusou o ex-presidente Lula, o Procurador Geral da República encaminhou as denúncias à justiça de Minas Gerais. Quando Dirceu acusou o referido Ministro pedinte, o procurador desqualificou-o por ser réu! O PT tratou o caso com o termo “incoerência”.
Ledo engano. Trata-se da mais perfeita coerência de uma ação política que visa tão somente desmoralizar um partido e é surpreendente que ações tão escandalosas não mereçam repúdio veemente. Se a mais alta corte do país declara que houve compra de votos para aprovação de leis pelo Congresso Nacional, todas as votações desde 2003 deveriam ser simplesmente anuladas!
A condenação política de José Dirceu já foi feita em 2005. Não importa que o jornalista Raimundo Pereira, debruçado sobre o caso desde aquela época, autor de um livro sobre o tema, demonstre cabalmente a inconsistência das acusações. E que a malfadada Teoria do Domínio do Fato, cujo uso brasileiro e casuístico foi desautorizado pelo próprio autor alemão, tenha substituído as provas, também não deve nos incomodar.
Independentemente das críticas políticas que possamos ter às escolhas do PT antes e depois de sua chegada ao poder, cedo ou tarde todos teremos que entender o que está em jogo. É o precedente de um julgamento de exceção em plena democracia.
*Lincoln Secco é professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Artigo publicado originalmente em Viomundo
Diante de um filme tão lancinante assim, lembramos logo do caso da Escola Base em São Paulo, cuja distância temporal nos dá o conforto de que o fato não nos diz respeito. Porém, nós temos um acontecimento igualmente difícil para nos posicionarmos. Diante dele, a maioria atira as pedras da covardia e os demais se calam. Ousar discordar de quase tudo o que foi veiculado até se tornar “verdade” é quase um ato de insanidade intelectual e política.
José Dirceu foi sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal num julgamento viciado desde o início. Só o calendário eleitoral adotado pelo tribunal, condenando o réu às vésperas do primeiro e do segundo turno das eleições já seria suficiente para desvelar a natureza política do julgamento.
Recentemente, Dirceu ofereceu uma denúncia contra um dos ministros que o teria procurado para pedir apoio à sua indicação àquela corte. Este juiz não se declarou impedido de participar da famigerada ação penal 470.
Ninguém achou estranho. Mas a mesma compreensão não teve o Ministro Toffoli, ex-advogado do Partido dos Trabalhadores. Que um seja colocado sob suspeição e outro não, é algo que só a grande imprensa opinativa pode esclarecer.
Quando o réu Marcos Valério acusou o ex-presidente Lula, o Procurador Geral da República encaminhou as denúncias à justiça de Minas Gerais. Quando Dirceu acusou o referido Ministro pedinte, o procurador desqualificou-o por ser réu! O PT tratou o caso com o termo “incoerência”.
Ledo engano. Trata-se da mais perfeita coerência de uma ação política que visa tão somente desmoralizar um partido e é surpreendente que ações tão escandalosas não mereçam repúdio veemente. Se a mais alta corte do país declara que houve compra de votos para aprovação de leis pelo Congresso Nacional, todas as votações desde 2003 deveriam ser simplesmente anuladas!
A condenação política de José Dirceu já foi feita em 2005. Não importa que o jornalista Raimundo Pereira, debruçado sobre o caso desde aquela época, autor de um livro sobre o tema, demonstre cabalmente a inconsistência das acusações. E que a malfadada Teoria do Domínio do Fato, cujo uso brasileiro e casuístico foi desautorizado pelo próprio autor alemão, tenha substituído as provas, também não deve nos incomodar.
Independentemente das críticas políticas que possamos ter às escolhas do PT antes e depois de sua chegada ao poder, cedo ou tarde todos teremos que entender o que está em jogo. É o precedente de um julgamento de exceção em plena democracia.
*Lincoln Secco é professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Artigo publicado originalmente em Viomundo
Ao entregar seu voto revisado para a publicação do acórdão da Ação Penal 470, que deverá ser feita nesta sexta-feira, o ministro Celso de Mello diz que é possível que o processo chegue à Corte Interamericana de Direitos Humanos e que o Brasil terá de acatar a decisão, seja qual for; trecho do voto do decano do Supremo revela que o recurso a que se refere Dirceu é possível.
Do Conjur - A possibilidade de réus condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, recorrerem a órgãos de julgamento internacionais da Organização dos Estados Americanos existe e pode levar a interessantes discussões, em âmbito internacional, sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que condenou 25 réus. Ao entregar seu voto revisado para a publicação do acórdão, que deverá ser feita nesta sexta-feira (19/4), o ministro Celso de Mello diz que é possível que o processo chegue à Corte Interamericana de Direitos Humanos e que o Brasil terá de acatar a decisão, seja qual for.
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo, na última semana, que irá recorrer de sua condenação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Dirceu foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa a dez anos e dez meses de prisão. O ex-ministro afirma que o STF não apenas o condenou sem provas, como não levou em contra a "contraprova" que sua defesa fez no processo. E, por isso, promete levar o caso às cortes internacionais de Direitos Humanos.
Um trecho do voto do decano do Supremo, Celso de Mello, revela que o recurso a que se refere Dirceu é possível. O voto traz a discussão travada durante o julgamento sobre a competência dos organismos internacionais em relação às decisões da Justiça brasileira. O debate foi provocado por uma preliminar levantada pela defesa dos réus Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado. Os dois pediram a suspensão do processo alegando que o julgamento deveria esperar o resultado da denúncia apresentada por eles à Comissão Interamericana de Direitos Humanos por cerceamento de defesa. O pedido foi rejeitado por unanimidade e Fischberg e Quadrado, que eram sócios da corretora Bônus Banval, foram condenados por lavagem de dinheiro.
Em seu voto, o ministro Celso de Mello afirma que o fato de haver um procedimento em trâmite na comissão da OEA não impunha a suspensão do processo. Mas foi além, e disse que o Brasil se submete, sim, por vontade própria, às decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
De acordo com o ministro, pessoas físicas ainda não têm legitimidade para instaurar processo perante a Corte da OEA. A legitimidade se restringe aos Estados que compõem o órgão internacional e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A Comissão é a chave para que o caso venha a ser julgado internacionalmente.
A Corte pode receber qualquer processo no qual a Convenção Americana de Direitos Humanos não tenha sido respeitada — exatamente o que alegam alguns réus. Para que o caso chegue ao tribunal internacional, os condenados devem recorrer à Comissão Interamericana, que faz a análise dos casos e elege quais devem ser submetidos à Corte. A Comissão funciona, na prática, como um filtro. Já há o processo de dois réus em análise no órgão. E Dirceu promete levar seu caso para lá.
Segundo o ministro Celso de Mello, nada impede que, esgotada a jurisdição interna, a Comissão submeta o caso à Corte Interamericana, "em ordem a permitir que esta exerça o controle de convencionalidade". No voto, o decano ressalta: "Não custa relembrar que o Brasil, apoiando-se em soberana deliberação, submeteu-se à jurisdição contenciosa da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o que significa, considerado o formal reconhecimento, por parte de nosso país, da competência da Corte (Decreto 4.463/2002), que o Estado brasileiro comprometeu-se, por efeito de sua própria vontade político-jurídica, 'a cumprir a decisão da Corte em todo caso' de que é parte (Pacto de São José da Costa Rica, Artigo 68). 'Pacta sunt servanda'...".
Trocando em miúdos, o Brasil, tem, sim, de cumprir as determinações da corte internacional. Ainda de acordo com o ministro, o Brasil não pode justificar, com base em "regras domésticas, o inadimplemento de suas obrigações convencionais, sob pena de cometer grave ilícito internacional".
Noutro trecho da discussão, que comporá o acórdão, Celso de Mello rememora que no final do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, por meio do Decreto 4.463, 8 de novembro de 2002, o país reconheceu como obrigatórias a jurisdição e a competência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, "em todos os casos relativos à interpretação ou aplicação desta Convenção (Pacto de São José da Costa Rica)".
Segundo o ministro, esse fato "legitima o exercício, por esse importante organismo judiciário de âmbito regional, do controle de convencionalidade, vale dizer, da adequação e observância, por parte dos Estados nacionais que voluntariamente se submeteram, como o Brasil, à jurisdição contenciosa da Corte Interamericana, dos princípios, direitos e garantias fundamentais assegurados e proclamados, no contexto do sistema interamericano, pela Convenção Americana de Direitos Humanos".
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Forjemos nossas armas, por Mauro Santayana
Mauro Santayana
O governo da Presidente Dilma Roussef decidiu alterar as leis sobre a indústria bélica e editar normas para a política de defesa, que incentivam a produção nacional de armas e o desenvolvimento de processos tecnológicos autônomos. Os nossos leitores habituais devem recordar-se de matéria sobre o assunto que publicamos neste mesmo Jornal do Brasil sobre o tema em 16 de agosto do ano passado. No texto, citávamos a dramática advertência do general Maynard Santa Rosa: em caso de agressão estrangeira, só dispomos de munição para uma hora de resistência.
O governo da Presidente Dilma Roussef decidiu alterar as leis sobre a indústria bélica e editar normas para a política de defesa, que incentivam a produção nacional de armas e o desenvolvimento de processos tecnológicos autônomos. Os nossos leitores habituais devem recordar-se de matéria sobre o assunto que publicamos neste mesmo Jornal do Brasil sobre o tema em 16 de agosto do ano passado. No texto, citávamos a dramática advertência do general Maynard Santa Rosa: em caso de agressão estrangeira, só dispomos de munição para uma hora de resistência.
Um dos maiores erros dos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, se não o mais grave, foi desarmar o Brasil. A doutrina FHC se baseava no falso conformismo de que jamais poderíamos nos defender do poderio bélico norte-americano e seria melhor transformar as forças armadas em corpos policiais destinados ao combate ao tráfico de drogas, sob o comando continental dos Estados Unidos,of course.
Todos os povos que se prezam são obrigados a defender-se dos eventuais inimigos. As nações se formam dentro de espaços naturais, em que devem viver em paz, preocupando-se com seus recursos, com a felicidade e com a defesa de sua liberdade. À soma de espaço e liberdade chamamos soberania, no léxico político moderno. Nas guerras, sempre indesejadas, as nações agredidas, qualquer que seja a sua capacidade bélica, são eticamente obrigadas a resistir.
Churchill, ao opor-se à capitulação de Chamberlain, ponderou que uma nação , quando se defende com a coragem do patriotismo, pode ser derrotada sem perder a honra, mas, ao capitular sem luta, perde o respeito do inimigo e das nações neutras.
O vencedor trata com natural desprezo os que se entregam sem luta, ainda que em nome da paz. É essa a diferença entre os soviéticos, que perderam rios de sangue na Segunda Guerra Mundial, e puderam hastear sua bandeira no Reichstag, enquanto Hitler se matava - e os franceses de Pétain e Laval, que se entregaram quase sem luta. Ainda bem que, no caso da França, os maquisards salvaram a face de seu povo, na dura resistência contra os ocupantes.
O Brasil é um dos poucos países do mundo capazes de viver com autonomia dentro de suas próprias fronteiras, o que o dispensa da sedução de conquista de espaços alheios. É um dos maiores do mundo em extensão territorial contínua, em que se fala a mesma língua, com invejável insolação e imensos depósitos de água potável. E exatamente por isso é obrigado a manter forças armadas capazes de dissuadir os eventuais cobiçosos.
A experiência continental nos adverte de que não podemos manter alinhamentos internacionais automáticos. Não cabe discutir aqui se a Argentina agiu bem , ao tentar recuperar, pela força, o que pela força perdera, ou seja, a soberania sobre as Malvinas. O fato é que Washington não interveio em favor da paz: colocou-se inteiramente ao lado de Mme. Thatcher, sem ir mais fundo na discussão da soberania argentina, reconhecida por todos os seus vizinhos da América do Sul.
A nova doutrina brasileira busca estabelecer parcerias não só comerciais, mas estratégicas. E, para que não ocorra a pressão sobre os nossos parceiros, é melhor negociar com países emergentes – no caso, os Brics.
Cometemos um erro estratégico ao assinar o famoso Tratado de Não Proliferação Nuclear. A decisão de não usar determinado instrumento bélico não nos deve tolher o processo de sua fabricação e a técnica de seu emprego.
Armemo-nos todos, ou nos desarmemos todos, sem exceção.
sexta-feira, 1 de março de 2013
BRASIL ENTRA NO SELETO GRUPO DO SUBMARINO NUCLEAR
Foi inaugurada nesta sexta-feira a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, no município fluminense de Itaguaí, que vai construir submarinos projetados pela França; "Acredito que nós podemos afirmar com orgulho que o programa de desenvolvimento de submarinos é uma realidade", disse a presidente Dilma, presente no evento
1 DE MARÇO DE 2013 ÀS 15:52
Por Anthony Boadle
BRASÍLIA, 1 Mar (Reuters) - O Brasil deu um passo importante nesta sexta-feira para aderir ao grupo de países que têm submarinos de propulsão nuclear, com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, no município fluminense de Itaguaí, que vai construir submarinos projetados pela França.
A presidente Dilma Rousseff inaugurou a fábrica que vai fazer as estruturas de metal para quatro submarinos de ataque convencionais Scorpene e um submarino alimentado por um reator nuclear desenvolvido inteiramente pelo Brasil.
Os submarinos serão feitos pela construtora de navios francesa DCNS em uma joint venture com a brasileira Odebrecht na base da Marinha na baía de Sepetiba, sul do Rio de Janeiro.
O programa de 7,8 bilhões de reais vai entregar o primeiro submarino convencional em 2015 e o submarino de propulsão nuclear ficará pronto em 2023 e entrará em operação em 2025, após dois anos de testes, informou a Marinha do Brasil em comunicado.
Os submarinos são uma parte fundamental do esforço do Brasil para construir uma Marinha moderna, que possa defender seu petróleo e os interesses comerciais no Atlântico Sul, uma região há muito dominada pelas Marinhas britânica e norte-americana. É também um renascimento do desenvolvimento nuclear militar brasileiro, que foi interrompido em 1990 com o fim do programa de bomba atômica do país.
Dilma indicou, em seu discurso, que a construção de um submarino nuclear coloca o Brasil mais próximo de alcançar o objetivo de conquistar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, um grupo ao qual o país aspira se juntar.
"Podemos dizer que, de fato, com ela nós entramos no seleto grupo que é aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, únicas nações que têm acesso ao submarino nuclear, Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia", disse Dilma em discurso na cerimônia de inauguração da fábrica.
"Acredito que nós podemos afirmar com orgulho que o programa de desenvolvimento de submarinos é uma realidade", acrescentou.
EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China são os únicos países com capacidade para construir submarinos nucleares. A Marinha indiana tem um submarino de ataque de propulsão nuclear, o INS Chakra, que foi arrendado da Rússia, e a Índia está construindo um submarino nuclear com tecnologia própria que deve estar em funcionamento até 2015.
Segundo Dilma, apesar de o Brasil viver em profunda paz com todos os vizinhos e de não fazer disputas bélicas, existe a consciência de que o mundo é complexo, e que o Brasil assumiu nos últimos anos uma extrema relevância.
"Isso (ser pacífico) não nos livra de termos uma indústria da defesa e termos toda uma constribuição a dar na garantia de nossa soberania e nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica... no cenário internacional", disse.
A Marinha do Brasil salientou que o sistema de propulsão nuclear será construído com tecnologia inteiramente nacional, que não foi transferida pela França.
"Eu gostaria de louvar um fato que é muito importante. Uma indústria da defesa, como disse o ministro (da Defesa) Celso (Amorim), é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da de defesa é sobretudo uma indústria do conhecimento. Aqui se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir tecnologia. É isso que em outros países a indústria da defesa faz", acrescentou Dilma.
TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA
O programa de submarino Brasil-França foi acertado em 2008 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, e é o projeto de defesa mais caro do Brasil.
"É um programa importante porque é necessário que o Brasil modernize sua estrutura de defesa", disse o deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara.
"Nós estamos há muitos anos sem fazer investimentos. Temos um dos maiores litorais do mundo e precisamos ter mecanismos para fazer a defesa e a vigilância desse litoral, e os submarinos são uma grande peça de defesa dos oceanos."
A Força Aérea Brasileira (FAB) também está buscando renovar sua frota com a compra de 36 caças, num contrato de defesa avaliado em 4 bilhões de dólares inicialmente. A Boeing Co., a francesa Dassault Aviation e a sueca Saab AB estão na disputa pelo acordo.
O Brasil tem insistido na máxima transferência de tecnologia em tais contratos militares para melhorar sua indústria de defesa privada que se tornou um importante exportador de armas.
"Nós temos, por parte do povo brasileiro, a missão de garantir e assegurar que de fato essa tecnologia nos seja transferida conforme o contrato", afirmou Dilma sobre o acordo com a França a respeito dos submarinos.
Na quarta-feira, a unidade de defesa da Embraer ganhou seu primeiro contrato militar dos EUA para a venda de 20 aviões leves de ataque Super Tucano, para uso na contra-insurgência no Afeganistão.
"Foi um certificado de qualidade" para a industria nacional de defesa, disse Amorim.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)
sexta-feira, 2 de março de 2012
O êxito do Brasil e os perigos da hora
FOCO: Serra escreveu 31 artigos na imprensa nos últimos 12 meses; a cidade de São Paulo, da qual foi prefeito fugaz, não aparece em nenhuma linha: nenhuma (Valor)
O manifesto dos militares contra o governo tem o efeito danoso de estimular os nossos adversários externos, que nele começam a ver o retorno aos confrontos entre civis e militares do passado, dos quais eles souberam aproveitar-se. O documento já está sendo usado em São Paulo, contra a candidatura do PT.
Mauro Santayana
Em um de seus inquietantes paradoxos, Chesterton compara dois grandes santos da Igreja, para mostrar que o temperamento antagônico de ambos conduzia a um resultado comum. “São Francisco – dizia o autor de Ortodoxia – era a montanha, e São Domingos de Gusmão, o vale, mas, o que é o vale, senão a montanha ao contrário?”
Em termos lógicos, e nisso o pensador católico foi mestre, o côncavo e o convexo se completam, como as duas partes de uma esfera oca. Seguindo o mesmo raciocínio, a ascensão e a queda, das pessoas, das empresas e – com mais propriedade – das nações, são duas categorias que se integram, no todo histórico. É preciso administrar a ascensão pensando na queda e ver, na queda, a oportunidade de repensar os métodos a fim de recuperar a ascensão.
Tudo indica que o Brasil se encontra em ascensão, mas é preciso ver esse momento com as necessárias cautelas. O mundo passa por um desses espasmos históricos bem conhecidos no passado. A Europa está atônita, daí a sua tentativa de, na demonização dos paises muçulmanos, de cujo petróleo depende, criar um inimigo externo que una os seus países, historicamente adversários. Mas, ainda assim, a crise econômica promovida pela licença de caça que seus governos deram aos bancos, continua a dividi-los.
Ainda que 25 paises tenham concordado com a política de arrocho fiscal determinada pela Alemanha, com o apoio da França, a Inglaterra e a Tchecoslováquia negaram sua assinatura. Os países que engoliram a pílula, começam a cuspi-la de volta, conforme a reação de Rajoy, da Espanha, solicitando flexibilidade na adoção das medidas recessivas, qualquer sinal de solidariedade do grupo. O primeiro ministro anunciou em Bruxelas que só pode prometer a redução do déficit público a 5,8 do PIB. E já surgem divergências entre a Alemanha e o Banco Central Europeu.
A Segunda Guerra Mundial foi um excelente negócio para os Estados Unidos, que dela emergiram como a grande potência hegemônica. Agora, no entanto, alguns dos paises que dela participaram e que contribuíram para a vitória com sangue, começam a sair do círculo de giz, e a constituir uma nova realidade planetária. Muitos desses países, como a Índia e a China, foram impiedosamente colonizados pela Europa, até meados do século 20. O Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul constituem novo pólo de poder, que está atraindo outras nações africanas e asiáticas.
Não se trata, ainda, de uma aliança política. São países bem diferentes, com visões de mundo claramente distintas, mas conscientes de que, se souberem interagir de forma pragmática – no respeito mútuo aos mandamentos de autodeterminação – serão capazes de se defenderem dos projetos de novo domínio anglo-saxão sobre a humanidade.
Durante a Guerra Fria, o pretexto para a intervenção dos Estados Unidos e da Grã Bretanha nos países periféricos era o do combate ao comunismo. Qualquer ação desses países, em sua política interna, que significasse a adoção de medidas de desenvolvimento autônomo, como a reforma agrária, a encampação de empresas estrangeiras que ofereciam serviço público de péssima qualidade, e relações comerciais com os paises socialistas, significava uma traição ao sistema ocidental, “democrático” e “cristão”. Assim, os princípios de autodeterminação dos povos e de não intervenção nos assuntos internos dos Estados foram abandonados, embora a retórica das Nações Unidas continuasse a proclamá-los.
Sendo assim, a América Latina - considerado território de caça de Washington - foi invadida por tropas americana ou por mercenários armados pelos Estados Unidos diversas vezes, isso sem falar na ação ostensiva e clandestina de seus agentes, na preparação dos golpes militares violentos, como ocorreu no Brasil, no Chile, na Argentina, entre outros países.
O Brasil vem sendo elogiado pelos seus êxitos na criação de um grande mercado interno, como resultado da política social e do incentivo às atividades econômicas de Lula e Dilma. Ao mesmo tempo, a partir de 1985, conseguimos manter o sistema democrático, com a realização das eleições conforme o calendário, e a alternância no governo de partidos e de pessoas. É uma hora carregada de perigos. Os Estados Unidos, que se encontram em crise, podem cair na velha sedução de usar dos recursos de que ainda dispõem, a fim de cortar o nosso caminho, como fizeram em 1954, no governo Vargas, e em 1964, com Jango. Não podemos permitir que a luta partidária, legítima e necessária, se deixe influir pelos interesses externos.
Sendo assim, o manifesto dos militares contra o governo tem o efeito danoso de estimular os nossos adversários externos, que nele começam a ver o retorno aos confrontos entre civis e militares do passado, dos quais eles souberam aproveitar-se. O documento já está sendo usado em São Paulo, contra a candidatura do PT.
Qualquer movimento que nos divida, como brasileiros, diante das ameaças estrangeiras, deve ser repudiado pelo nosso sentimento de pátria, comum aos civis e militares.
Em termos lógicos, e nisso o pensador católico foi mestre, o côncavo e o convexo se completam, como as duas partes de uma esfera oca. Seguindo o mesmo raciocínio, a ascensão e a queda, das pessoas, das empresas e – com mais propriedade – das nações, são duas categorias que se integram, no todo histórico. É preciso administrar a ascensão pensando na queda e ver, na queda, a oportunidade de repensar os métodos a fim de recuperar a ascensão.
Tudo indica que o Brasil se encontra em ascensão, mas é preciso ver esse momento com as necessárias cautelas. O mundo passa por um desses espasmos históricos bem conhecidos no passado. A Europa está atônita, daí a sua tentativa de, na demonização dos paises muçulmanos, de cujo petróleo depende, criar um inimigo externo que una os seus países, historicamente adversários. Mas, ainda assim, a crise econômica promovida pela licença de caça que seus governos deram aos bancos, continua a dividi-los.
Ainda que 25 paises tenham concordado com a política de arrocho fiscal determinada pela Alemanha, com o apoio da França, a Inglaterra e a Tchecoslováquia negaram sua assinatura. Os países que engoliram a pílula, começam a cuspi-la de volta, conforme a reação de Rajoy, da Espanha, solicitando flexibilidade na adoção das medidas recessivas, qualquer sinal de solidariedade do grupo. O primeiro ministro anunciou em Bruxelas que só pode prometer a redução do déficit público a 5,8 do PIB. E já surgem divergências entre a Alemanha e o Banco Central Europeu.
A Segunda Guerra Mundial foi um excelente negócio para os Estados Unidos, que dela emergiram como a grande potência hegemônica. Agora, no entanto, alguns dos paises que dela participaram e que contribuíram para a vitória com sangue, começam a sair do círculo de giz, e a constituir uma nova realidade planetária. Muitos desses países, como a Índia e a China, foram impiedosamente colonizados pela Europa, até meados do século 20. O Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul constituem novo pólo de poder, que está atraindo outras nações africanas e asiáticas.
Não se trata, ainda, de uma aliança política. São países bem diferentes, com visões de mundo claramente distintas, mas conscientes de que, se souberem interagir de forma pragmática – no respeito mútuo aos mandamentos de autodeterminação – serão capazes de se defenderem dos projetos de novo domínio anglo-saxão sobre a humanidade.
Durante a Guerra Fria, o pretexto para a intervenção dos Estados Unidos e da Grã Bretanha nos países periféricos era o do combate ao comunismo. Qualquer ação desses países, em sua política interna, que significasse a adoção de medidas de desenvolvimento autônomo, como a reforma agrária, a encampação de empresas estrangeiras que ofereciam serviço público de péssima qualidade, e relações comerciais com os paises socialistas, significava uma traição ao sistema ocidental, “democrático” e “cristão”. Assim, os princípios de autodeterminação dos povos e de não intervenção nos assuntos internos dos Estados foram abandonados, embora a retórica das Nações Unidas continuasse a proclamá-los.
Sendo assim, a América Latina - considerado território de caça de Washington - foi invadida por tropas americana ou por mercenários armados pelos Estados Unidos diversas vezes, isso sem falar na ação ostensiva e clandestina de seus agentes, na preparação dos golpes militares violentos, como ocorreu no Brasil, no Chile, na Argentina, entre outros países.
O Brasil vem sendo elogiado pelos seus êxitos na criação de um grande mercado interno, como resultado da política social e do incentivo às atividades econômicas de Lula e Dilma. Ao mesmo tempo, a partir de 1985, conseguimos manter o sistema democrático, com a realização das eleições conforme o calendário, e a alternância no governo de partidos e de pessoas. É uma hora carregada de perigos. Os Estados Unidos, que se encontram em crise, podem cair na velha sedução de usar dos recursos de que ainda dispõem, a fim de cortar o nosso caminho, como fizeram em 1954, no governo Vargas, e em 1964, com Jango. Não podemos permitir que a luta partidária, legítima e necessária, se deixe influir pelos interesses externos.
Sendo assim, o manifesto dos militares contra o governo tem o efeito danoso de estimular os nossos adversários externos, que nele começam a ver o retorno aos confrontos entre civis e militares do passado, dos quais eles souberam aproveitar-se. O documento já está sendo usado em São Paulo, contra a candidatura do PT.
Qualquer movimento que nos divida, como brasileiros, diante das ameaças estrangeiras, deve ser repudiado pelo nosso sentimento de pátria, comum aos civis e militares.
Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Parlamentares do PT pedem apoio a repórter da… Folha!
Posted by eduguim
Na noite de domingo, recebo ligações de parlamentares do PT de São Paulo contendo o pedido aparentemente inédito de que este blog fizesse a defesa de uma jornalista de um grande meio de comunicação, que é nada mais, nada menos do que a… Folha de São Paulo!
Sim, leitor, você leu direito. Todavia, à diferença do que algumas mentes mais férteis podem estar imaginando, esses parlamentares não mudaram de lado. A jornalista em questão está sendo furiosamente atacada na internet através de um subterfúgio malandro só porque ficou ao lado da verdade.
O nome dela é Laura Capriglione. Para quem não se lembra, trata-se da jornalista que foi duramente atacada no jornal em que trabalha em março de 2010 por defender, em matéria, a política de cotas para negros nas universidades públicas.
O ataque partiu do colaborador da mesma Folha Demétrio Magnoli. Foi desfechado por conta de matéria de Laura institulada “DEM corresponsabiliza negros pela escravidão”.
Laura é a prova viva de que não se deve confundir o dito Partido da Imprensa Golpista (PIG) com os seus trabalhadores. É uma mulher progressista e que faz um jornalismo digno do nome, como se verá logo abaixo em vídeo contendo recente trabalho seu sobre a desocupação do Pinheirinho.
Ocorre que, na matéria que você assistirá a seguir, por um descuido qualquer a jornalista-repórter grafou sobre o vídeo a informação de que haveriam 9 mil famílias no Pinheirinho, antes da desocupação, quando o correto seria dizer 9 mil pessoas, se tanto.
Pessoas covardes e de uma desonestidade intelectual criminosa passaram o domingo tentando desqualificar Laura nas redes sociais por um detalhe, pois não se imagina que ela tenha cometido esse erro propositalmente, já que os números sobre aquela população têm sido reiteradamente veiculados por toda a grande mídia.
Como não podem atacar os fatos incontestáveis que a reportagem da jornalista escancara, como não podem dizer que os dramas sociais causados pela ação de despejo de cunho nazista não existiram, apegam-se a um detalhe para desqualificar o todo.
Antes do vídeo, aliás, quero deixar um post scriptum.
O caso de Laura, jornalista da Folha que vem sendo elogiada por parlamentares petistas como o senador Eduardo Suplicy ou como o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de SP deputado Adriano Diogo, mostra que trabalhador da grande mídia não é a grande mídia, mas um trabalhador como qualquer outro.
Ontem, aliás, assisti a um vídeo em que uma equipe de reportagem da Rede Globo é hostilizada no Rio de Janeiro, em Copacabana, quando tentava cobrir manifestação de policiais e bombeiros grevistas.
Confesso que senti uma certa preocupação ao ver a turba avançar sobre a equipe da Globo. Temi que pudesse ter havido violência. E uma violência contra quem apenas está tentando sobreviver, contra quem precisa trabalhar.
Culpar os jornalistas, repórteres, fotógrafos ou qualquer outro funcionário do “PIG” pelo que este faz, é errado – a menos que se tratem dos “colunistas” e “editorialistas” que são co-autores do mau jornalismo que os seus patrões praticam. Vale refletir.
—–
Confira, abaixo, o belíssimo trabalho jornalístico da repórter Laura Capriglione.
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Supostamente monstros, supostamente vis
A rede de televisão CNN divulgou o vídeo em que, segundo a Associated Press “supostos membros do corpo de fuzileiros navais americanos uniformizados supostamente urinam sobre cadáveres de militantes do grupo radical Taleban”.
Supostamente talibãs, devemos supor, com tanto suposto que se coloca diante do evidente.
O comando dos fuzileiros navais diz que está investigando e – pasmem – limita-se a dizer que isso não condiz com os “valores das Forças Armadas dos EUA”.
Que valores esperam de pessoas que são mandadas matar outras do outro lado do planeta, que jamais lhes fizeram coisa alguma? Nem mesmo no Afeganistão estava Osama Bin Ladem, mas no aliado Paquistão!
É essa a civilização ocidental que lá foi para tirar os “bárbaros fanáticos” da vida primitiva com aviões, mísseis, lasers, escudos, radares, quase invulneráveis?
Haverá uma indignação mundial, em poucas horas.
Porque já é criminoso que se produzam cadáveres. Profaná-los, é mais que isso, é monstruoso.
E agora não há George Bush a quem atribuir isso.
Barbárie é uma palavra por demais gentil para definir isto.
Monstruosidade é o nome, e nada suposto, disso.
E pensar que um soldado dos Estados Unidos, Bradley Manning, está sendo condenado por deixar vazar as provas dos atos criminosos do exército americano no Afeganistão e no Iraque.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
PSDB defenderá Serra e processará autor de livro contra ele
A bancada de deputados federais do PSDB se reúne esta tarde, em Brasília, para anunciar providências quanto à publicação do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que começou a ser vendido no último domingo.
Amaury acusa políticos do PSDB, entre eles o ex-governador José Serra, de São Paulo, de terem se beneficiado da venda de empresas estatais durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
- É um saque (financeiro) que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos", dispara Ribeiro Jr. "A grande força desse livro é mostrar documentos que provam isso".
O PSDB entrará na Justiça com vários processos contra Amaury. E a bancada de deputados federais sairá em defesa de Serra - bem como outras instâncias do partido.
No Noblat
No Noblat
~ o ~
Fim do PSDB: em vez de expulsar Serra e FHC por corrupção, irá defendê-los.
Como dissemos aqui, o silêncio da mídia era sintomático do tamanho do estrago que o livro de Amaury Ribeiro Júnior faria nas elites tucanas: decretaria o fim do PSDB como alternativa de poder. É o que está acontecendo.
Sem saída, e já sob pressão do próprio PIG diante da cobrança dos próprios leitores "udenistas", para quem já percebeu que o silêncio é sinônimo de conivência e cumplicidade com a corrupção, o PSDB se reúne esta tarde, em Brasília, para anunciar o que fazer com o "A Privataria Tucana", e antecipa o suicídio político: entrará na Justiça com processos contra Amaury. E o partido e a bancada de deputados federais sairá em defesa de Serra.
Os processos na Justiça revelar-se-ão um desastre. Amaury recorrerá à excessão da verdade mais uma vez para ter acesso a material em segredo de justiça que gerarão "A Privataria Tucana II", depois a III... IV, etc.
A defesa da bancada pelos deputados federais será outro desastre, basta lembrar que o simples fato de Palocci aparecer rico, foi um desastre, por mais que ele tivesse explicações para a origem do dinheiro.
Como defender o sogro do genro que tem empresas suspeitas em paraísos fiscais, enquando o sogro vendia o patrimônio do povo a preço de banana? Não há como defender isso perante o povão.
Como defender o pai da filha que foi sócia da irmã de Daniel Dantas, presa na operação Satiagraha?
Como explicar a compra da mansão que José Serra vive, com dinheiro de origem nunca explicada, pois ele mesmo se dizia "pobre", funcionário público e filho de feirante sem herança?
Como defender os perdões de dívidas milionárias no Banco do Brasil e no Banespa do "primo" espanhol e sócio de José Serra em terreno, e que apareceu movimentando milhões no esquema Banestado, e participou da privatização de distribuidoras de eletricidade?
Como defender a sociedade de Serra em consultoria com um empresário que foi condenado recentemente há seis anos de prisão por falcatruas no Banespa, quando o banco era estatal sob comando tucano?
Como defender o ex-tesoureiro de Ricardo Sérgio de Oliveira, atacado até pelo avô de ACM Neto?
Como explicar os muitos processos que Serra responde, e a imprensa demo-tucana oculta?
Meus amigos, a "defesa" do Serra será soltar no ventilador toda a biografia "secreta" dele, que esse nosso blog publica há seis anos e o Globo, Folha, Estadão e Veja escondem.
O resultado do desastre levará o PSDB a rachar-se em dois: a banda podre continuará no partido e os que não são corruptos (ou oportunistas) se sentirão compelidos a saírem para não mancharem sua biografia, pois não conseguirão defender a corrupção alheia.
Coitado do Aécio. De que banda ele está? Acho que o compadrio com Eduardo Azeredo (PSDB/MG) já responde essa pergunta há muito tempo.
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Entrevista de Celso Amorim na Folha - Amorim rebate crítica e defende general do Exército.
Em resposta aos seus críticos militares, o novo ministro da Defesa, ex-chanceler Celso Amorim, provoca: "Você não pode fazer das Forças Armadas uma coisa partidária nem para a esquerda, nem para a direita".
Em entrevista no novo gabinete, Amorim, 69, disse que o comandante do Exército, general Enzo Peri parece uma pessoa "não apenas ilibada, mas até um asceta".
Um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), como a Folha revelou na terça-feira, diz que Enzo favoreceu firmas ligadas a militares ao dispensá-las de licitação entre 2003 e 2007.
Folha - Quem convidou o sr. a presidente Dilma ou o ex-presidente Lula?
Celso Amorim - A presidente Dilma, claro. Fui sendo prevenido aos poucos, ela me ligou poucos minutos antes do anúncio, e eu só falei com o presidente Lula no domingo, depois de conversar pessoalmente com ela.
- O sr. tinha mágoa de não ter sido convidado para nada por ela na troca de governo?
Mágoa nenhuma. Sou a favor da renovação e eu não podia querer me perpetuar num cargo ou disputar outro. Já tinha até alugado apartamento em Brasília para o depois. Essa coisa de que não nos damos bem é do imaginário. Ao contrário, nós nos damos excelentemente bem.
- O seu nome foi cogitado para a Defesa quando o ministro Waldir Pires caiu e depois no início do governo Dilma. O sr. tinha a expectativa de assumir a pasta?
Nunca tive essa expectativa, nem era uma aspiração, mas há uma relação óbvia entre as funções dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa. Eu já considerava minha carreira de homem público completa, esperava ser professor, colunista, palestrante.
- Aliás, o sr. mantém a crítica que fez na revista "Carta Capital" ao voto favorável do governo Dilma a um relator especial da ONU para apurar abusos contra Direitos Humanos no Irã?
Hoje, eu sou parte do governo e tenho de participar solidariamente das decisões do governo, e essa pasta pertence a outro ministro. Como intelectual independente, o que eu escrevi e disse claramente é que, se fosse eu, não teria tomado aquela atitude.
- Uma das mais fortes críticas que oficiais militares fazem ao sr. é justamente a ligação com o Irã.
Nós nunca ficamos amiguinhos do Irã, e o Irã jamais foi uma prioridade da nossa política externa. O que foi uma prioridade, sim, num determinado momento, foi resolver um problema grave para o mundo que, aliás, continua existindo: o problema do programa nuclear do Irã. Como resguardar de um país ter um programa país e ao mesmo tempo resolver as desconfianças que havia? Tentamos viabilizar uma proposta dos países do Ocidente, a começar dos Estados Unidos, que depois mudaram de posição e acharam que não era mais assim. Mas a verdade é que tivemos estímulo deles. Ou seja: nunca houve uma aventura iraniana, como alguns querem fazer crer. Houve uma atitude independente e transparente nossa.
- O sr. é "esquerdista"?
Esses rótulos, é melhor deixar os outros colocarem. Uns dizem que fui colocado pela presidente Dilma por ser nacionalista, o que agrada aos militares. Outros, que foi porque sou esquerdista, o que não agrada a eles. Mas, no Brasil, nacionalismo não é confundido com esquerdismo?
- A presidente disse que o sr. é patriota. Como o sr. define esse conceito?
Nossa ideologia é a pátria e a Constituição. Fui sempre um profissional do interesse nacional. Uma coisa é você ficar trancado na sua casa, torcendo para o Brasil num jogo de futebol, o que é muito bom e todos nós fazemos isso. Mas outra é você ser um profissional do interesse nacional. Acho que sempre fui e de várias maneiras, em negociações comerciais, políticas, de segurança nacional. Você não descreve com palavras e sim com atitudes.
- A brincadeira automática, depois que a presidente disse que o sr. é patriota é que o Patriota não é nenhum Amorim... Já disseram até que ele volta na prática a ser secretário-geral do Itamaraty.
Isso não tem nenhum sentido. Eu tenho muito o que aprender aqui na minha pasta, nem vou ter tempo para olhar para a dos outros. Eu e o Patriota trabalhamos juntos quinze anos e, desse susto, nem ele nem vocês morrem.
- O sr. vai trazer diplomatas?
Não estou pensando nisso.
- Vai trocar eventualmente algum comandante militar?
Não é minha intenção nem recebi nenhuma orientação nesse sentido, ao contrário.
- Num dos seus artigos, o sr. também escreveu que não são satisfatórias as relações entre o poder civil e os militares e a responsabilidade por atos cometidos na ditadura. Como pretende avançar nos dois casos?
Não me recordo exatamente das palavras que usei nesse artigo, que era sobre como o Brasil pode ajudar na transição dos países árabes e comento o que ocorreu no Brasil, inclusive sobre as relações de civis e militares. Não é que eu disse que não são satisfatórias, mas que talvez algumas pessoas não vejam como satisfatórias. É uma constatação de um fato, mais do que um juízo de valor. Mas sei que a subordinação das Forças Armadas ao poder civil é clara e que a presidente Dilma exerce esse comando obviamente, e o ministro da Defesa é um instrumento dessa hierarquia.
- Por que o sr. não fez nenhuma referência no seu discurso à Comissão da Verdade negociada entre civis e militares?
Fiz referências a Direitos Humanos, e acho que esse assunto, da Comissão da Verdade, está bem encaminhado. Acabei de chegar, hoje é meu primeiro dia de trabalho, e não tenho todas as respostas, mas tenho grande esperança de que a Comissão da Verdade possa ajudar a resolver essas questões. Vai ter algum reclamo de um lado e de outro? Não sei, mas sei que é uma boa base para aplainar a questão no futuro.
- O sr. defende a responsabilização dos militares por atos cometidos na ditadura, como houve na Argentina, no Uruguai, no Chile?
Nem as situações que geraram os fatos nem as soluções foram idênticas. O mais importante é o restabelecimento da verdade. Acho que esse assunto está bem encaminhado. Se houver bom senso de todos os lados e uma boa articulação política, que cabe ao ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo, do PT], nós chegaremos a uma boa conclusão.
- O general Augusto Heleno...
A quem aprecio, pelo bom trabalho que fez no Haiti e que eu acompanhei, porque nós trabalhamos juntos...
-... disse que o comprometimento ideológico tem repercussão altamente negativa entre os militares. O sr. concorda?
Acho que você não pode fazer das Forças Armadas uma coisa partidária, mas acho que nem para a esquerda, nem para a direita, nem para o centro. Agora, patriotismo é patriotismo. Cada um interpreta a seu modo, e para isso nós temos a presidente da República, que é quem escolhe, quem decide e quem foi eleita pelo provo brasileiro.
- E as reações de setores militares contra a escolha de um novo diplomata, depois da passagem do embaixador José Viegas pela Defesa?
Não fui escolhido por ser um diplomata. Fui ministro por nove anos e meio, no governo Itamar e nos oito anos do presidente Lula, e ministro é um cargo político. Estou assumindo um lugar novo que tem muitos desafios para mim, como teria para qualquer outro. Mas a gente aprende, se trabalhar com afinco e souber ouvir.
- Vou lhe repassar uma pergunta que me foi feita por um oficial: e se fosse um general mandando no Itamaraty, os diplomatas iriam gostar?
Os diplomatas são muito disciplinados, a tradição era que os ministros não fossem da carreira e houve mesmo um que vinha da carreira militar, o general da reserva Juracy Magalhães. Então, o importante é ser patriota, ter humildade para ouvir e capacidade para decidir.
- Se a gente somar tudo o que o sr. disse no seu discurso de posse sobre soldos, equipamentos, investimentos, o sr. vai precisar de muitos bilhões de reais, mas os tempos não são justamente de corte?
Bem, eu não vou resolver isso sozinho. O que eu disse é que vou me empenhar e que percebo uma sensibilidade grande da presidente para a Defesa.
- Ela deu algum sinal de que vai descontingenciar recursos para facilitar sua chegada?
Acho que não seria correto eu falar sobre isso, mas certamente vou falar com os ministros da área econômica. Qual a solução? Quando será a solução? Não sei. Vamos ver. E a questão do investimento na indústria de defesa faz parte da solução, não do problema. Nos EUA, a empresa privada é responsável pelos investimentos em ciência e tecnologia, mas, ora, tudo por encomenda do Pentágono. Isso mostra a importância que a Defesa tem para a indústria, para o desenvolvimento, para os empregos, para a tecnologia de ponta. A aviação brasileira nasceu dessa forma.
- E o outro lado da moeda? Boa parte, ou a maior parte, da responsabilidade da crise norte-americana é justamente pelos gastos na área militar.
Mas ninguém fala que vamos nos envolver em aventuras militares como os EUA se envolveram. Eles estão com duas a três guerras ao mesmo tempo.
- No domingo, antes mesmo da sua posse, mulheres de militares fizeram manifestação por aumento de soldos. Os comandantes lhe pediram isso na reunião do fim de semana?
Foi mais geral. Vamos esperar um pouquinho.
- E os caças, vêm ou não vêm?
Os caças terão que vir. Achava isso como ministro das Relações Exteriores e continuo achando agora como ministro da Defesa. Mas o momento exato ainda não dá para dizer.
- Nisso, o sr. e o ministro Jobim combinam? Ambos querem os Rafale franceses?
Havia um problema de preços e toda uma discussão sobre transferência de tecnologia. Naquela época, no governo Lula, parecia que o que tinha mais condições de fazer essa transferência era o francês. Se ainda é, não sei, porque não acompanhei o desenrolar das discussões sobre isso e sobre uma renegociação de preços.
- Naquele momento, o recuo não foi por causa de cortes no Orçamento, mas sim a chateação do presidente Lula porque o Sarkozy tirou o tapete do Brasil na discussão sobre Irã na ONU?
O presidente Lula disse isso para você? Para mim não disse...
- Como fazer com o programa nuclear da Marinha, se não há dinheiro para mais nada?
A última visita interna que fiz como chanceler foi justamente a Aramar, até porque sempre fui um entusiasta do programa nuclear da Marinha. O Brasil tem de ter independência nessa área, ter capacidade de dominar o ciclo completo. Acho que vai ter recursos, sim. A presidente é nacionalista, patriota e sabe da importância de proteger os nossos recursos, principalmente agora com o pré-sal.
- Como o Brasil, com uma dimensão continental, com Amazônia, pré-sal e água, não tem satélite até hoje? É possível falar em soberania?
São projetos que continuarão a ser desenvolvidos, em conjunto com o Ministério de Ciência e Tecnologia. Há sensibilidade para isso. Quanto à soberania, o mais importante é a atitude psicológica. Você tem de acreditar que é soberano. Você pode ter satélite, foguete, o que quiser, mas sem atitude sua soberania não vale nada. Se tiver atitude certa, vai ter o satélite certo, mas você pode ter o satélite certo e não ter a atitude certa.
- E o acordo com os EUA para o uso da base de Alcântara, vai avançar?
Foi paralisado no Congresso Nacional e não se trata de questão ideológica. Não tem muito cabimento brasileiros não terem acesso a certos lugares dentro do território nacional. É uma questão de soberania inegociável.
- O ministro Jobim e o sr. estabeleceram uma linha de distanciamento dos EUA, mas o chanceler Patriota faz uma linha de aproximação. Onde o sr. se encaixa agora?
Você faz uma pergunta com várias premissas que comportam discussão. O ministro Jobim até patrocinou, junto conosco, um acordo militar com os EUA... Não percebi nenhum distanciamento enquanto fui ministro. Acho que o ministro Patriota faz jus ao nome, e o ministro Jobim também agiu patrioticamente. O que nós temos que ver é o interesse brasileiro. Às vezes, será interessante fazer acordo com os EUA e, em outras, com outros países. Temos de ter a cabeça aberta. É preciso acabar com essa mania de que o que é a favor do Brasil é contra os EUA.
- Por que o sr. defende a saída do Haiti?
Defendo uma saída gradual do Haiti, pois cumprimos bem nossa missão lá, quero dizer, as Forças Armadas cumpriram. Dizem que democracia é quando um presidente eleito passa o governo para um outro presidente eleito, e foi isso o que ocorreu lá. Então, é hora de discutir uma saída organizada, inclusive com as Nações Unidas, claro. Não sei se em agosto, dezembro, janeiro, não é o que importa. O que importa é como. Uma possibilidade é sair, mas deixando um batalhão de engenharia do Exército lá, por exemplo.
- Por que o sr. citou especificamente a África no seu discurso?
Cabo Branco é o ponto mais oriental do Brasil. Fica mais perto de Dacar e Cabo Verde do que de Porto Velho ou Rio Branco, provavelmente. Então, são nossos vizinhos. As águas territoriais brasileiras e da África ficam muito perto umas das outras, quase se tocam. Então, são vizinhos de Além-Mar, como diziam os militares, e isso exige cooperação.Trabalhamos juntos na área militar com Angola, Guiné Bissau, Namíbia. Mas nossa prioridade era e é a Unasul, para assegurar a paz que gera desenvolvimento.
- Segundo reportagem da Folha, o comandante do Exército, Enzo Péri, é investigado pelo TCU pois, quando diretor do Departamento de Engenharia e Construção da Força, assinou 27 contratos sem licitação com um instituto que subcontratava empresas ligadas a militares. Que providências o sr. vai tomar?
Bom, o próprio general me disse que já há investigações militares e tomadas de conta iniciadas por ele próprio em relação a possíveis.... Não sei nem que termo usar, vamos falar possíveis irregularidades.
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Novo ministro da Defesa, Celso Amorin (de gravata) durante reunião no Palácio do Planalto com os comandantes militares |
- O comandante vai investigar ele próprio?
Essas coisas são muito difíceis de a gente falar, mas é preciso separar o joio do trigo. A minha forte impressão é de que estamos com o trigo. Estou há muito pouco tempo aqui, mal cheguei, mas tenho 50 anos de serviço público e conheço as pessoas pelo olho. Às vezes a gente erra, mas quase sempre. O general Enzo me dá a impressão de uma pessoa não apenas ilibada, mas até de um asceta. Minha impressão é totalmente positiva. O que tiver de ser investigado será investigado, mas é preciso ver isso tudo direito, sem precipitação.
- Como o sr. pretende contribuir para a faxina ética que a presidente determinou em outras áreas?
Moralidade é importante em qualquer governo. As denúncias aparecem e são comprovadas? Têm de ter consequência. A presidente Dilma, me parece, vai aprofundar a inclusão social, o desenvolvimento e a moralidade pública.
- Como foi seu encontro de hoje [ontem] de manhã com o antecessor Jobim?
Fui ao apartamento dele, porque ele está doente, com o rosto inchado, mas tivemos uma boa conversa sobre os projetos que estão em andamento.
- Se houver resistências públicas de oficiais, como já houve nos bastidores, como o sr. pretende agir?
Não fique me colocando alçapões inexistentes...
- Qual sua ambição no Ministério da Defesa? Quando o sr. sair, o que pretende deixar para dizer que a missão foi cumprida?
Ter deixado o Brasil mais capacitado a se defender, ter uma atitude ainda mais altiva, sem abaixar a cabeça.
- O deputado José Genoino vai continuar na Defesa?
Vai. Se quiser, pode botar um ponto de exclamação.
Postado por zcarlos
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terça-feira, 15 de março de 2011
Escândalo: Justiça impede consumidor de se defender
Saiu na Folha (*) online:
Justiça ordena extinção de site e perfil que reclamam da Renault
DE SÃO PAULO
A 1ª Vara Cível de Concórdia, em Santa Catarina, determinou a retirada do site meucarrofalha.com.br do ar nas próximas 48 horas a partir desta segunda-feira (14).
O site foi aberto com o intuito de protesto contra a montadora Renault. A usuária Daniely Argenton diz que comprou o modelo Mégane Sedan 2.0 há pouco mais de três anos, com dois anos de garantia. De acordo com ela, o veículo apresentou defeito já nos primeiros dias. A garantia expirou, e o defeito prosseguiu até então.
Para reclamar da situação, Argenton criou o site — além de criar perfis em redes sociais e um vídeo no YouTube.
A justiça determinou que todos os canais criados na internet sejam tirados do ar em um período de 48 horas. Caso a decisão não seja cumprida, a multa diária estabelecida é de R$ 100.
Em seu perfil no serviço de microblogs Twitter, Argenton disse que vai retirar as páginas do ar. A Folha tentou ouvir a consumidora, mas ela não foi localizada.
A reportagem também não localizou ninguém da Renault para comentar o assunto.
O caso se assemelha a um vídeo na internet com queixas de um cliente, que colocou a Brastemp entre os assuntos mais comentados no Twitter e resolveu um problema que se arrastava havia três meses. Mas, ao contrário do caso de Argenton, a repercussão fez com que o produto fosse trocado.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
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