Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Belo Monte: O Protesto de Rafinha Bastos
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
A UDN do Leblon
Já tivemos Gabriela melhor do que Juliana Paes
Nirlando Beirão
Ela é uma atriz esforçada, a Juliana Paes. Sempre cabe bem no papel de periguete. O último foi no seriado O Astro.
Mas, de repente, recrutá-la para reviver na TV a Gabriela que já foi de Sonia Braga, aí, gente, já é esticar demais a corda, né, não?
Sonia Braga é uma diva. Sempre foi. É uma das raras atrizes da Globo que sabem que Stanislavski não é zagueiro da seleção tcheca. Que Chantilly não é só confeito de bolo. Que Primavera Árabe não é nome de coleção de moda desfilada em Paris.
Juliana Paes está fazendo campanha contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Xingu. Ela e mais um elenco de globetes, intelectuais da Barra da Tijuca, que aparecem na TV em anúncios pagos.
Claro que quem não poderia deixar de estar no time das reclamonas é a notável Maitê Proença.
Maitê, que por algum tempo estrelou o programa mais chato da TV mundial, o Saia Justa, foi aquela que, na campanha presidencial de 2010, “embora feminista”, atiçou “os machos selvagens” a “nos salvar da Dilma”.
A UDN do Leblon, sempre atrás de uma bandeira de raiva, agora elegeu uma hidrelétrica como pretexto. Gostaria de saber o que Juliana Paes sabe realmente de Belo Monte.
O meio ambiente é um tema charmoso para quem tem a profundidade política de um pires.
Tem gente decente na área, gente bem-intencionada, séria, estudiosa. No episódio Belo Monte, creio que os doutos da ecologia estejam enganados, mas reconheço o direito deles de espernear.
A incômoda verdade é: nenhuma terra indígena será alagada, o risco ambiental é nulo.
Os ecoxiitas – abrigados numa ONG de nome Movimento Gota d’Água aparentemente muito bem aquinhoada de recursos – cooptaram os rostinhos bonitos da Globo para dizer que no futuro a gente vai assistir às novelas graças à energia gerada por pás de vento.
Parece coisa daquele antigo Fidalgo de la Mancha, simpático mas também equivocado.
Nirlando Beirão
![]() |
Periguete esforçada |
Mas, de repente, recrutá-la para reviver na TV a Gabriela que já foi de Sonia Braga, aí, gente, já é esticar demais a corda, né, não?
Sonia Braga é uma diva. Sempre foi. É uma das raras atrizes da Globo que sabem que Stanislavski não é zagueiro da seleção tcheca. Que Chantilly não é só confeito de bolo. Que Primavera Árabe não é nome de coleção de moda desfilada em Paris.
Juliana Paes está fazendo campanha contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Xingu. Ela e mais um elenco de globetes, intelectuais da Barra da Tijuca, que aparecem na TV em anúncios pagos.
Claro que quem não poderia deixar de estar no time das reclamonas é a notável Maitê Proença.
Maitê, que por algum tempo estrelou o programa mais chato da TV mundial, o Saia Justa, foi aquela que, na campanha presidencial de 2010, “embora feminista”, atiçou “os machos selvagens” a “nos salvar da Dilma”.
A UDN do Leblon, sempre atrás de uma bandeira de raiva, agora elegeu uma hidrelétrica como pretexto. Gostaria de saber o que Juliana Paes sabe realmente de Belo Monte.
O meio ambiente é um tema charmoso para quem tem a profundidade política de um pires.
Tem gente decente na área, gente bem-intencionada, séria, estudiosa. No episódio Belo Monte, creio que os doutos da ecologia estejam enganados, mas reconheço o direito deles de espernear.
A incômoda verdade é: nenhuma terra indígena será alagada, o risco ambiental é nulo.
Os ecoxiitas – abrigados numa ONG de nome Movimento Gota d’Água aparentemente muito bem aquinhoada de recursos – cooptaram os rostinhos bonitos da Globo para dizer que no futuro a gente vai assistir às novelas graças à energia gerada por pás de vento.
Parece coisa daquele antigo Fidalgo de la Mancha, simpático mas também equivocado.
Leia mais em: O Esquerdopata
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Pré-sal e a “diplomacia da canhoneira”. Ou o canudinho da Chevron.GOTA D'ÁGUA, CADÊ A BLABARINA?????????????

A histórica decisão do Governo brasileiro de suspender as atividades da Chevron do Cerra em águas territoriais brasileiras – clique aqui para ler “Essa é a Chevron a que o Cerra ia entregar o pré-sal” – remeteu o ansioso blogueiro a considerações em águas mais profundas.Por exemplo, a recente artigo do New York Times sobre a versão contemporânea da “diplomacia da canhoneira”.
Os Estados Unidos começaram a usar as canhoneiras para fazer diplomacia em 1853, quando o comandante Perry entrou na Baía de Tóquio e obrigou o Japão a abrir os portos – ou seja, o neolibelismo (*) nasce na ponta de uma canhoneira…
A diplomacia da canhoneira de hoje se dá em torno das reservas de petróleo e gás do Mar da China Meridional:
http://www.nytimes.com/2011/11/13/sunday-review/a-new-era-of-gunboat-diplomacy.html?_r=1&scp=1&sq=a%20new%20era%20of%20gunboat%20diplomacy&st=cse
http://www.nytimes.com/2011/11/20/world/asia/wen-jiabao-chinese-leader-shows-flexibility-after-meeting-obama.html?scp=3&sq=south%20china%20sea%20obama%20hillary&st=cse
Obama announced that 2,500 Marines would be stationed in Australia; opened the door to restored ties with Myanmar, a Chinese ally; and gained support for a regional free-trade bloc that so far omits Beijing.
The announcements appeared to startle Chinese leaders, who issued a series of warnings that claimed the United States was seeking to destabilize the region.
Numa recente viagem de seis dias à Ásia, Obama anunciou que vai estacionar 2.500 fuzileiros navais na Austrália; restabelecer relações diplomáticas com Miamar, um aliado da China; e conseguiu apoio para criar uma ALCA que, por enquanto, omite a China.
(A certa altura do governo de Bush, o filho, os americanos tentaram montar uma ALCA sem o Brasil, para pressionar o Brasil. O Nunca Dantes e seu grande chanceler Celso Amorim conseguiram vencer os Estados Unidos e o PiG (**), e a ALCA deu com os burros n’água.)
Os dirigentes chineses ficaram alarmados e fizeram advertências contra a tentativa americana de desestabilizar a região em torno do Mar da China Meridional.
Clique aqui e aqui para ler.
Ano passado, Hillary Clinton já tinha advertido que se aliaria ao Vietnã – velho rival da China – e às Filipinas para conter a expansão chinesa em cima dessas magníficas reservas de energia.
Diz a reportagem de Mark Lander do New York Times que a China não está sozinha nessa ambição marítima.
A Turquia está em crise com Chipre, Israel e a Grécia por causa dos campos de gás natural que repousam no Mediterrâneo oriental.
A Rússia, os Estados Unidos e o Canadá (onde já se viu o Canadá brigar com os Estados Unidos ?) disputam o controle do Ártico, onde há magníficos depósitos de óleo e gás.
“Isso tudo demonstra que uma crescente parcela de recursos de petróleo está no mar. Quando o petróleo está em terra, todo mundo sabe onde fica. Quando está no mar, a coisa fica mais obscura”.
Essas sábias palavras são de Daniel Yergin, um respeitado especialista em petróleo, citado pelo New York Times.
Hoje, um terço da produção mundial de petróleo vem do mar.
A China passou dos dois destroiers que tinha na era soviética para 13 modernos destroiers, hoje.
A exploração de petróleo no mar significa Marinha forte.
Significa, na opinião deste ansioso blogueiro, uma frota numerosa de submarinos nucleares e, de preferência, acompanhados de bomba atômica.
Bomba atômica.
Não, para usar.
Inglaterra, França, Paquistão, Índia, China, Rússia – todos eles têm bomba atômica e nunca usaram.
Como Israel, que tem mais de 100 artefatos e nunca usou.
É só para não deixar os outros usarem.
Não deixar usar, por exemplo, o canudinho.
Será que a Chevron do Cerra se arrebentou lá embaixo, porque tentava chupar o óleo pré-sal com canudinho ?
A resposta da Presidenta Dilma à Chevron do Cerra foi imediata.
Logo no início, quando o PiG (**) escondia a mancha da Chevron e começava a espalhar culpa pela Petrobrás, a Presidenta usou o Blog do Planalto para avisar: – Chevron, eu sei que a culpa é sua.
Agora, o risco imediato é a Chevron do Cerra contratar o Sergio Bermudes ou o Marcio Thomaz Bastos – os dois advogados mais poderosos do Brasil – e recorrer ao Supremo para não pagar a multa.
A médio prazo, é o Obama sair do Iraque, do Afeganistão, e estacionar umas canhoneiras em frente a Macaé.
Na praia, com bandeirinhas americanas, os colonistas (***) do PiG a dar boas vindas aos fuzileiros navais.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
Alguns números sobre a hidrelétrica de Belo Monte.
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Tal eleitor , tal candidato
Maitê Proença fazendo escola entre os machos selvagens
O título deste post remete à declaração infeliz dada pela atriz global Maitê Proença, discutida aqui. Parece que Maitê encontrou adeptos da espécie ‘machos selvagens’ e sem noção que tanto aprecia. Um deles se identifica no twitter e no twitpic como @cesaradorno. Em seu perfil encontramos a seguinte descrição: “Cesar Adorno, Bio: Medico Veterinário nascido em Santa Cruz do Rio Pardo neto de imigrantes Italianos,Tucano por ideologia e Sãopaulino de coração!”(sic) No seu avatar vemos um twibbon de apoio ao candidato José Serra. Se é um perfil falso ou não, não podemos afirmar, só podemos deduzir que por trás dele existe um ser sem noção e que acredita que vale tudo na campanha, inclusive incorrer em alguns crimes.
A imagem que vocês podem ver reproduzida abaixo foi editada grosseiramente por algum incauto. As inscrições originais da faixa foram apagadas e em seu lugar foram inseridas mensagens de incitamento à violência contra a mulher, no caso: Dilma Rousseff.

Imagem editada que foi publicada por um usuário do twitpic que se identifica como Cesar Adorno.
As frases fazem apologia ao crime na medida em que remetem ao assassinato bárbaro de Elisa Samúdio, seu suposto mandante e possíveis executores.
José Serra não pode ser responsabilizado criminalmente pelos aloprados que o apóiam, é fato. Mas esse tipo de campanha suja invade a rede em inúmeras vertentes (já falamos sobre isso aqui e também aqui). E o que chama a atenção nestas manifestações preconceituosas, sexistas, por vezes racistas e, na maioria das vezes, repletas de preconceitos de classe é que para além do comportamento agressivo, ilegal e imoral, percebemos que na própria campanha oficial da coligação demotucana há estímulos à detratação, à desinformação, à disseminação de textos falsos. Veja aqui que tipo de e-mail os eleitores recebem quando se cadastram no site Serra45.
Infelizmente constatamos que uma rede feminina de apoio ao PSDB no twitter reproduziu a foto e a mensagem do ‘macho selvagem’ que se diz tucano de carteirinha.
Imagem da conta no twitter denominada Mobilizamulher PSDB capturada da tela do computador.
É lamentável que uma rede feminina de apoio ao PSDB reproduza uma mensagem como essa que traz a tag #eurimuitoooo. Como aponta Cinthya Semíramis no Sexismo na Política, o que há de divertido nesta manifestação tão sexista que incita violência contra a mulher?
As feministas históricas tucanas devem estar morrendo de vergonha alheia. Espero que façam mais que isto, espero que se mobilizem para repudiar e denunciar tais práticas que emporcalham a democracia e ferem os direitos humanos.

By: Conceição Oliveira
O título deste post remete à declaração infeliz dada pela atriz global Maitê Proença, discutida aqui. Parece que Maitê encontrou adeptos da espécie ‘machos selvagens’ e sem noção que tanto aprecia. Um deles se identifica no twitter e no twitpic como @cesaradorno. Em seu perfil encontramos a seguinte descrição: “Cesar Adorno, Bio: Medico Veterinário nascido em Santa Cruz do Rio Pardo neto de imigrantes Italianos,Tucano por ideologia e Sãopaulino de coração!”(sic) No seu avatar vemos um twibbon de apoio ao candidato José Serra. Se é um perfil falso ou não, não podemos afirmar, só podemos deduzir que por trás dele existe um ser sem noção e que acredita que vale tudo na campanha, inclusive incorrer em alguns crimes.
A imagem que vocês podem ver reproduzida abaixo foi editada grosseiramente por algum incauto. As inscrições originais da faixa foram apagadas e em seu lugar foram inseridas mensagens de incitamento à violência contra a mulher, no caso: Dilma Rousseff.

Imagem editada que foi publicada por um usuário do twitpic que se identifica como Cesar Adorno.
As frases fazem apologia ao crime na medida em que remetem ao assassinato bárbaro de Elisa Samúdio, seu suposto mandante e possíveis executores.
José Serra não pode ser responsabilizado criminalmente pelos aloprados que o apóiam, é fato. Mas esse tipo de campanha suja invade a rede em inúmeras vertentes (já falamos sobre isso aqui e também aqui). E o que chama a atenção nestas manifestações preconceituosas, sexistas, por vezes racistas e, na maioria das vezes, repletas de preconceitos de classe é que para além do comportamento agressivo, ilegal e imoral, percebemos que na própria campanha oficial da coligação demotucana há estímulos à detratação, à desinformação, à disseminação de textos falsos. Veja aqui que tipo de e-mail os eleitores recebem quando se cadastram no site Serra45.
Infelizmente constatamos que uma rede feminina de apoio ao PSDB no twitter reproduziu a foto e a mensagem do ‘macho selvagem’ que se diz tucano de carteirinha.
Imagem da conta no twitter denominada Mobilizamulher PSDB capturada da tela do computador.
É lamentável que uma rede feminina de apoio ao PSDB reproduza uma mensagem como essa que traz a tag #eurimuitoooo. Como aponta Cinthya Semíramis no Sexismo na Política, o que há de divertido nesta manifestação tão sexista que incita violência contra a mulher?
As feministas históricas tucanas devem estar morrendo de vergonha alheia. Espero que façam mais que isto, espero que se mobilizem para repudiar e denunciar tais práticas que emporcalham a democracia e ferem os direitos humanos.

By: Conceição Oliveira
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
As várias caras do atraso
Mário Amato, Regina Duarte e Maitê Proença
DIAP
Por Marcos Verlaine*
Eleições são raros momentos de reflexão política e a possibilidade de passar a limpo a democracia, ainda mais num país como o Brasil, em que o povo fica mais próximo e atento ao processo e debate políticos. Para o bem ou para o mal, as eleições no Brasil são momentos de engajamento e engate.
Mas todo processo político tem suas gafes - pequenas ou grandes - e essas chamam a atenção pelo inusitado.
Nas eleições de 1989, a direita temia dois 'bichos papões': Lula e Brizola. O segundo foi inviabilizado ficou o primeiro. Naquela ocasião, quem foi escalado para semear o pânico e o terror foi o então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo), Mário Amato, quando disse que se Lula ganhasse os empresários iriam embora do Brasil.
Na ocasião, Amato disse: "Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o país". A frase teve grande impacto na mídia e repercutiu entre os empresários, por ter sido proferida pelo presidente da Fiesp. Em entrevista à revista Veja, anos depois, ele declarou que de fato sua frase foi fundamental para derrota de Lula.
Bem, o resultado todos sabem. Collor se elegeu, e fez um governo pífio e corrupto.
Nas eleições de 2002, a atriz global Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil, protagonizou um momento triste, para dizer o mínimo, quando foi para a televisão, na propaganda eleitoral do então candidato tucano José Serra, dizer ter "muito medo" de um possível governo do então candidato Lula.
Em novembro de 2009, a Folha de S.Paulo procurou a atriz e questionou se ela ainda sentia medo em relação ao próximo presidente, a atriz foi enfática.
"Eu tenho muuuuuuuuuuuuito medo. Eu tenho muuuuito medo", repetiu.
A atriz, no entanto, não quis especificar a origem do temor, mas afirmou que não pretende se engajar novamente em uma campanha política.
Nestas eleições, o mico vem agora da atriz global Maitê Proença, que declara simpatia a Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), e disse que talvez a discriminação contra as mulheres "venha a calhar nesse momento de eleições" para salvar o país de Dilma Rousseff.
Maitê foi uma das pessoas que estavam presentes em recente encontro de Serra com artistas no Rio de Janeiro.
"A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria [discriminação] venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma?", disse a atriz, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, na última segunda-feira (9), ao ser perguntada se "o feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?".
A frase embute em si absoluto despreparo, pois o machismo dos "machos selvagens" vitima muitas mulheres Brasil afora. E foi pronunciada num momento muito infeliz, quando a Lei Maria da Penha completa 4 anos, e explicita que a cultura machista está por trás da violência contra as mulheres no país.
O raciocínio é torpe, sinuoso, diria burro, e mostra o quanto o preconceito é perigoso, pois a atriz se mostrava, parecia, mais aberta ao debate político. Com essa 'pérola' talvez anime um pouco mais o debate eleitoral, que se mostra insosso até o presente momento.
Subjacente ao terror de Mário Amato, o medo de Regina Duarte e o preconceito de Maitê Proença está o conservadorismo do Estado brasileiro, que ao fim e ao cabo estimula essas estultices, sobretudo em momentos de decisões políticas importantes, cujo resultado poderá ser de mais amadurecimento político e social de nosso povo.
Que prevaleça a inteligência de nosso povo contra essas e outras tolices parta de onde partir.
(*) Analista político e assessor parlamentar do Diap
DIAP
Por Marcos Verlaine*
Eleições são raros momentos de reflexão política e a possibilidade de passar a limpo a democracia, ainda mais num país como o Brasil, em que o povo fica mais próximo e atento ao processo e debate políticos. Para o bem ou para o mal, as eleições no Brasil são momentos de engajamento e engate.
Mas todo processo político tem suas gafes - pequenas ou grandes - e essas chamam a atenção pelo inusitado.
Nas eleições de 1989, a direita temia dois 'bichos papões': Lula e Brizola. O segundo foi inviabilizado ficou o primeiro. Naquela ocasião, quem foi escalado para semear o pânico e o terror foi o então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo), Mário Amato, quando disse que se Lula ganhasse os empresários iriam embora do Brasil.
Na ocasião, Amato disse: "Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o país". A frase teve grande impacto na mídia e repercutiu entre os empresários, por ter sido proferida pelo presidente da Fiesp. Em entrevista à revista Veja, anos depois, ele declarou que de fato sua frase foi fundamental para derrota de Lula.
Bem, o resultado todos sabem. Collor se elegeu, e fez um governo pífio e corrupto.
Nas eleições de 2002, a atriz global Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil, protagonizou um momento triste, para dizer o mínimo, quando foi para a televisão, na propaganda eleitoral do então candidato tucano José Serra, dizer ter "muito medo" de um possível governo do então candidato Lula.
Em novembro de 2009, a Folha de S.Paulo procurou a atriz e questionou se ela ainda sentia medo em relação ao próximo presidente, a atriz foi enfática.
"Eu tenho muuuuuuuuuuuuito medo. Eu tenho muuuuito medo", repetiu.
A atriz, no entanto, não quis especificar a origem do temor, mas afirmou que não pretende se engajar novamente em uma campanha política.
Nestas eleições, o mico vem agora da atriz global Maitê Proença, que declara simpatia a Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), e disse que talvez a discriminação contra as mulheres "venha a calhar nesse momento de eleições" para salvar o país de Dilma Rousseff.
Maitê foi uma das pessoas que estavam presentes em recente encontro de Serra com artistas no Rio de Janeiro.
"A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria [discriminação] venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma?", disse a atriz, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, na última segunda-feira (9), ao ser perguntada se "o feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?".
A frase embute em si absoluto despreparo, pois o machismo dos "machos selvagens" vitima muitas mulheres Brasil afora. E foi pronunciada num momento muito infeliz, quando a Lei Maria da Penha completa 4 anos, e explicita que a cultura machista está por trás da violência contra as mulheres no país.
O raciocínio é torpe, sinuoso, diria burro, e mostra o quanto o preconceito é perigoso, pois a atriz se mostrava, parecia, mais aberta ao debate político. Com essa 'pérola' talvez anime um pouco mais o debate eleitoral, que se mostra insosso até o presente momento.
Subjacente ao terror de Mário Amato, o medo de Regina Duarte e o preconceito de Maitê Proença está o conservadorismo do Estado brasileiro, que ao fim e ao cabo estimula essas estultices, sobretudo em momentos de decisões políticas importantes, cujo resultado poderá ser de mais amadurecimento político e social de nosso povo.
Que prevaleça a inteligência de nosso povo contra essas e outras tolices parta de onde partir.
(*) Analista político e assessor parlamentar do Diap
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Maitê Proença pede que o machismo "salve o país de Dilma"
Está aberta a temporada de polêmicos depoimentos eleitorais de personalidades. A atriz Maitê Proença, que declara simpatia a Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), já declarou que talvez a discriminação contra as mulheres "venha a calhar nesse momento de eleições" para salvar o país de Dilma Rousseff.
Maitê foi uma das que estavam presentes em recente encontro de Serra com artistas no Rio de Janeiro.
"A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma?", disse a atriz, em entrevista ao "Estado de S.Paulo" nesta segunda (9), ao ser perguntada se "o feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?".
A declaração de Maitê Proença lembra o episódio polêmico, ocorrido em 2002, quando uma outra atriz global, Regina Duarte, apareceu no programa eleitoral de José Serra dizendo que tinha "medo" da possibilidade de eleição de Lula. O discurso do medo acabou voltando-se contra o próprio candidato tucano, que foi derrotado por Lula no segundo turno, numa campanha vitoriosa do candidato petista que tinha como mote "a esperança vai vencer o medo".
Alcione apoia Dilma e valoriza a mulher
A presidenciável petista, Dilma Rousseff, por sua vez, já publicou dois depoimentos em seu site. No primeiro, a jornalista Hildegard Angel, faz uma defesa, com lágrimas, da atuação de Dilma contra a ditadura, critica a "manipulação" da biografia e compara ela a seu irmão, Stuart, e mãe, Zuzu Angel, que foram mortos pelo regime militar. Leia mais aqui (Candidatos à Presidência usam apoio de artistas na web)
No segundo depoimento, a cantora Alcione prega o fim do preconceito e a manutenção da "harmonia" entre o governo federal e o Rio de Janeiro.
"O Rio de Janeiro não pode perder essa harmonia que tem com o governo federal. O Rio já sofreu o que tinha que sofrer. Depois da meia-noite tem que clarear. Tá clareando com Lula, com o prefeito e com o governador", disse Alcione, que ressalta a diferença entre ter autoridade e também lembra que Dilma "já sofreu na vida".
"Precisamos acabar com esse preconceito contra a mulher, as mulheres hoje podem tudo, e nós precisamos de uma mulher no poder", disse Alcione, também tocando em tema precioso à campanha petista.
Cláudio Gonzalez,
com agências
Maitê foi uma das que estavam presentes em recente encontro de Serra com artistas no Rio de Janeiro.
"A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma?", disse a atriz, em entrevista ao "Estado de S.Paulo" nesta segunda (9), ao ser perguntada se "o feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?".
A declaração de Maitê Proença lembra o episódio polêmico, ocorrido em 2002, quando uma outra atriz global, Regina Duarte, apareceu no programa eleitoral de José Serra dizendo que tinha "medo" da possibilidade de eleição de Lula. O discurso do medo acabou voltando-se contra o próprio candidato tucano, que foi derrotado por Lula no segundo turno, numa campanha vitoriosa do candidato petista que tinha como mote "a esperança vai vencer o medo".
Alcione apoia Dilma e valoriza a mulher
A presidenciável petista, Dilma Rousseff, por sua vez, já publicou dois depoimentos em seu site. No primeiro, a jornalista Hildegard Angel, faz uma defesa, com lágrimas, da atuação de Dilma contra a ditadura, critica a "manipulação" da biografia e compara ela a seu irmão, Stuart, e mãe, Zuzu Angel, que foram mortos pelo regime militar. Leia mais aqui (Candidatos à Presidência usam apoio de artistas na web)
No segundo depoimento, a cantora Alcione prega o fim do preconceito e a manutenção da "harmonia" entre o governo federal e o Rio de Janeiro.
"O Rio de Janeiro não pode perder essa harmonia que tem com o governo federal. O Rio já sofreu o que tinha que sofrer. Depois da meia-noite tem que clarear. Tá clareando com Lula, com o prefeito e com o governador", disse Alcione, que ressalta a diferença entre ter autoridade e também lembra que Dilma "já sofreu na vida".
"Precisamos acabar com esse preconceito contra a mulher, as mulheres hoje podem tudo, e nós precisamos de uma mulher no poder", disse Alcione, também tocando em tema precioso à campanha petista.
Cláudio Gonzalez,
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