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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Maitê Proença pede que o machismo "salve o país de Dilma"

Está aberta a temporada de polêmicos depoimentos eleitorais de personalidades. A atriz Maitê Proença, que declara simpatia a Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), já declarou que talvez a discriminação contra as mulheres "venha a calhar nesse momento de eleições" para salvar o país de Dilma Rousseff.


Maitê foi uma das que estavam presentes em recente encontro de Serra com artistas no Rio de Janeiro.
"A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma?", disse a atriz, em entrevista ao "Estado de S.Paulo" nesta segunda (9), ao ser perguntada se "o feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?".

A declaração de Maitê Proença lembra o episódio polêmico, ocorrido em 2002, quando uma outra atriz global, Regina Duarte, apareceu no programa eleitoral de José Serra dizendo que tinha "medo" da possibilidade de eleição de Lula. O discurso do medo acabou voltando-se contra o próprio candidato tucano, que foi derrotado por Lula no segundo turno, numa campanha vitoriosa do candidato petista que tinha como mote "a esperança vai vencer o medo".

Alcione apoia Dilma e valoriza a mulher

A presidenciável petista, Dilma Rousseff, por sua vez, já publicou dois depoimentos em seu site. No primeiro, a jornalista Hildegard Angel, faz uma defesa, com lágrimas, da atuação de Dilma contra a ditadura, critica a "manipulação" da biografia e compara ela a seu irmão, Stuart, e mãe, Zuzu Angel, que foram mortos pelo regime militar. Leia mais aqui (Candidatos à Presidência usam apoio de artistas na web)

No segundo depoimento, a cantora Alcione prega o fim do preconceito e a manutenção da "harmonia" entre o governo federal e o Rio de Janeiro.

"O Rio de Janeiro não pode perder essa harmonia que tem com o governo federal. O Rio já sofreu o que tinha que sofrer. Depois da meia-noite tem que clarear. Tá clareando com Lula, com o prefeito e com o governador", disse Alcione, que ressalta a diferença entre ter autoridade e também lembra que Dilma "já sofreu na vida".

"Precisamos acabar com esse preconceito contra a mulher, as mulheres hoje podem tudo, e nós precisamos de uma mulher no poder", disse Alcione, também tocando em tema precioso à campanha petista.

Cláudio Gonzalez,
com agências

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