Por EduardoGuimarães Blog Cidadania
Willian Bonner pareceu satisfeito consigo mesmo ao chamar os comerciais ao fim da entrevista que Marina Silva concedeu ao Jornal Nacional em sua segunda edição desta semana. Por certo, avaliou que a encenação da qual acabara de participar fora bem sucedida.
A falta de espontaneidade nas provocações artificiais que fez à entrevistada, porém, chegou a ser constrangedora, em sua tentativa escancarada de mostrar que não bateu boca ou interrompeu somente Dilma Rousseff, a entrevistada de segunda-feira.
A principal questão apresentada a Marina, que consumiu parte tão expressiva da entrevista que Bonner teve que lhe aumentar o tempo da resposta, cumpriu o que foi previsto neste blog no post anterior: serviu apenas para o JN continuar acusando o PT.
Bonner acha que o seu espectador é o “Homer Simpson”, um idiota incapaz notar o que estava acontecendo quando o entrevistador simulou crítica a Marina por não ter sido suficientemente crítica ao seu ex-partido durante o escândalo do mensalão.
A parte masculina do “Casal Nacional” está perdendo a forma, em minha opinião. Duvido que grande parte da audiência não tenha se dado conta de que o PT fora acusado no dia anterior e de que, no dia seguinte, continuava sendo acusado.
Se a satisfação de Bonner com essa estratégia foi tão expressiva isso revela que continuará sendo usada, ainda que com alguma variação de forma que, no entanto, manterá o conteúdo.
Na edição do Jornal Nacional desta quarta-feira, portanto, Serra ouvirá perguntas que fatalmente lhe permitirão protagonizar o terceiro dia de acusações ininterruptas ao PT naquela peça de teatro de péssima qualidade, com seu péssimo elenco.
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