quarta-feira, 11 agosto, 2010 às 9:25
Brasília, o sonho de José Serra, é um pesadelo para o tucano.
Primeiro perdeu seu provável vice, o ex-governandor José Roberto Arruda, a quem, como ele próprio dizia, permitir “votar num careca e levar dois”. Devorado pelo escândalo do panetone, Arruda hoje é pior do que mau-olhado.
Depois, para ter um palanque em Brasília, Serra aliou-se ao ex-padrinho de Arruda, Joaquim Roriz. Este, como todos sabem, caiu no ficha-suja e perdeu o registro de candidato.
Sobrou a candidata Maria de Lourdes Abadia, ex-vice de Roriz, que tinha uma condenação por suposta compra de votos. O TRE do Distrito Fedral, numa decisão sui-generis resolveu que Abadia pode concorrer, porque, como não foi eleita, a condenação por compra de votos – que seria a perda do mandato- não aconteceu, pois ela não foi eleita e, assim, não tinha mandato. Limitou-se, portanto, ao pagamento de multa.
À parte esta estranha interpretação da lei – se você corrompe e ganha, é ficha-suja; se corrompe e perde, é ficha-limpa – que cria a figura do “ficha “meia-boca”, é curioso ver que Serra, no DF, saltou do fogo de Arruda para a frigideira de Roriz e, daí, para a panela em banho Maria, de Lourdes Abadia.
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