Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O “rolé” de FHC com Regina Duarte. Com direito a filme de marqueteiro de Serra com Marcos Valério

Não sei se os amigos e amigas repararam que o modesto blogueiro aqui anda sem paciência.
Está demais aguentar a mediocridade que tomou conta da oposição e da mídia brasileira.
quebra
Dar de cara com uma publicação “oficial” do PSDB chamando de “rolezinhos” as viagens presidenciais e exigindo “transparência” nos gastos – até nos gastos pessoais! – de Dilma é dose para elefante…
Por isso, publico a seguir a lista dos “rolezinhos” de Fernando Henrique Cardoso na Presidência.
Uma longa lista que termina com uma viagem a Nova York com uma multidão de convidados para vê-lo receber um prêmio, inclusive a inefável Regina “Viúva Porcina” Duarte, com despesas pagas pelo dinheiro público.
Para recordar, Regina Duarte havia gravado, dois meses antes, o famoso “eu tô com medo” da campanha eleitoral de José Serra.
Foi, segundo a BBC, 99a. viagem de FHC.
E iriam, segundo o jornal, estourar ainda mais, com a produção de filmes promocionais do reconhecimento mundial ao Príncipe dos Sociologos, orçada, na época, entre R$ 3,5 e 4 milhões de reais, ou algo como R$ 7 milhões, hoje, corrigidos pela inflação.
A campanha foi  produzida  pelo publicitário Nizan Guanaes, que tinha acabado de dirigir a derrotada campanha de José Serra à Presidência, através da agência DMA, do onipresente Márcos Valério.
Infelizmente, não parece ninguém para peitar os tucanos, porque viraram todos uns coelhinhos assustados.
Abaixo, a lista dos “rolezinhos” de FHC, para quem tiver paciência de contar o número de dias fora do “Viajando Henrique Cardoso”.
28.02 a 04.03.1995 – Visita ao Uruguai para assistir às cerimônias de posse do Presidente Júlio  Maria Sangüinetti e  visita oficial à República do Chile.
17 a 22.04.1995 – Visita oficial aos Estados Unidos da América.
05 a 08.05.1995 – Participa das cerimônias oficiais de comemoração do Cinqüentenário do Término da Segunda Guerra Mundial, na cidade de Londres, no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
04 e 05.07.1995 – Visita à Venezuela para participar das comemorações da data nacional venezuelana e discutir uma ampla agenda bilateral.
07 e 08.07.1995 – Visita à Argentina para assistir às cerimônias de posse do Presidente Carlos Saul Menem.
18 a 23.07.1995 – Visita de Estado a Portugal.
27 e 28.07.1995 – Visita ao Peru para assistir às cerimônias de posse do Presidente Alberto Fujimori.
04 e 05.08.1995 – Participa da VIII Reunião do Conselho do Mercado Comum, na cidade de Assunção, República do Paraguai.
13 a 22.09.1995 – Visitas oficiais ao Reino da Bélgica e à União Européia (14 a 16.09), e de Estado à República  Federal da Alemanha (17 a 21.09)
16 e 17.10.1995 – Participa da V cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, a realizar-se na cidade de San Carlos de Bariloche, Argentina.
22 a 24.10.1995 – Participa da Sessão Especial da Assembléia Geral comemorativa do Cinqëntenário da Organização das Nações Unidas, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.
06 e 07.12.1995 – Participa da IX Reunião do Conselho do Mercado Comum, em Punta del Este, Uruguai.
10 a 21.12.1995 – Visitas oficiais à República Popular da China, a Macau, à Federação da Malásia e ao Reino da Espanha.
22 a 28.01.1996 – Visita oficial à Índia.
18 a 21.02.1996 – Visita de Estado ao México.
09 a 17.03.1996 – Visita de Estado ao Japão, com escala em São Francisco, nos Estados Unidos da América, no período de 9 a 10 de março.
07 a 10.04.1996 – Visita oficial à Argentina.
24 e 25.06.1996 – Participa da X Reunião do Conselho do Mercado Comum, nas cidades de Buenos Aires e San Luis,  República Argentina.
16 a 18.07.1996 – Participa, em Lisboa, Portugal, da Reunião de Chefes de Estado e Governo dos Países de Língua Portuguesa, para tratar da instituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP.
09 a 11.11.1996 – Participa da VI Reunião de Chefes de Estado e de Governo da Conferência Ibero-Americana, a realizar-se no Chile.
24 a 28.11.1996 – Visitas oficiais às Repúblicas de Angola e da África do Sul.
07 e 08.12.1996 – Participa da Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.
08 a 14.02.1997 – Visita de trabalho ao Reino Unido – no período de 8 a 10, e de Estado à Itália e ao Vaticano, de 11 a 14.
21 a 24.04.1997 – Visita de Estado ao Canadá.
04 a 06.05.1997 – Visita de Estado à República Oriental do Uruguai.
19.06.1997 – Participa da XII Reunião do Conselho do Mercado Comum, na cidade de Assunção, República do Paraguai.
21 a 24.06.1997 – Participa da Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU, na cidade de Nova Iorque, nos Estados  Unidos da América.
25.07.1997 – Visita de trabalho à República da Bolívia.
22 a 23.08.1997 – Participa da XI Reunião de Chefes de Estado e de Governo do Mecanismo Permanente de  Consulta e Concertação Política (Grupo do Rio), em Assunção, Paraguai.
30.09 a 02.10.1997 – Visita oficial à República do Chile.
06 e 07.11.1997 – Encontro com o Presidente da Colômbia, na cidade de Cartagena das Índias (06.11) e participação, na Venezuela, da Cúpula Ibero-Americana (07.11).
25.11.1997 – Encontro com o Presidente da República Francesa, Jacques Chirac, em Saint Georges de I ’Oyapock, fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
01 a 05.12.1997 – Visita de Estado ao Reino Unido.
14 e 15.12.1997 – Participa da XIII Reunião do Conselho do Mercosul na República Oriental do Uruguai.
17 a 19.04.1998 – Encontro com o Presidente boliviano, Hugo Banzer, em Santa Cruz de la Sierra (17.04). Participa da II  Cúpula das Américas, em Santiago, Chile (18 e 19.04).
20 a 25.04.1998 – Visita de Estado ao Reino da Espanha. Observação: O Presidente da República antecipou seu retorno ao Brasil para o dia 22.04, a fim de assistir o sepultamento  do Deputado Luís Eduardo Magalhães
06 a 09.06.1998 – Visita de Trabalho aos Estados Unidos da América.
23 e 24.07.1998 – Participa da XIV Reunião do Conselho do Mercado Comum e de Reunião de Cúpula do Mercosul, na cidade de Ushuaia, República Argentina.
14 e 15.08.1998 – Visita oficial à República do Paraguai.
16 a 19.10.1998 – Participa da VIII Reunião de Chefes de Estado e de Governo da Conferência Ibero-Americana, na cidade de Porto, Portugal.
23.11.1998 – Visita de trabalho à República da Venezuela.
09.02.1999 – Participa, na Bolívia, da cerimônia de descerramento da placa comemorativa da inauguração do gasoduto Brasil-Bolívia.
14 a 21.04.1999 – Visitas de trabalho à República Federal da Alemanha, à República Portuguesa e ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
08 a 11.05.1999 – Visita de trabalho aos Estados Unidos da América.
28 e 29.05.1999 – Participa da XIII Reunião dos Chefes de Estado e de Governo do Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política – Grupo do Rio , na Cidade do México.
06 e 07.06.1999 – Visita de trabalho à Argentina a convite do Presidente Carlos Menem.
20 a 22.07.1999 – Visita oficial à República do Peru
08.10.1999 – Encontro com o Presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, na cidade fronteiriça de Letícia.
13 a 22.11.1999 – Participa do encerramento da VI Reunião Plenária do Círculo de Montevidéu, em São Domingos, República Dominicana (13/11). Participa da IX Reunião de Chefes de Estado e de Governo da     Conferência Ibero-Americana, em Havana, Cuba (14 a 16/11). Viagem à Itália, onde manterá encontros com o Presidente Carlo Azeglio Ciampi e outros membros do Governo italiano. Além de ser recebido em  audiência pelo Papa João Paulo II, no Vaticano (17 a 22/11).
07 a 12.12.1999 – Participa da reunião de cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, Bolívia e Chile, na cidade de Montevidéu, e, posteriormente, da cerimônia de posse do Presidente da Argentina, Doutor Fernando de la Rúa, em Buenos Aires.
07 a 09.03.2000 – Visita oficial à República Portuguesa.
10 a 12.03.2000 – Visita ao Chile para participar da cerimônia de posse do Presidente-eleito Ricardo Escobar, em Santiago.
03 a 07.04.2000 – Visitas à República da Costa Rica e à República Bolivariana da Venezuela.
30.05 a 06.06.2000 – Visita de trabalho à República Federal da Alemanha à República Francesa.
15 a 17.06.2000 – Participa da XIV Reunião de Chefes de Estado e de Governo do Mecanismo de    Consulta   e Concertação Política – Grupo do Rio, em Cartagena das Índias, Colômbia.
28 a 30.06.2000 – Participa da XVIII Reunião do Conselho Mercado Comum e da Reunião dos Chefes de
Estado do Mercosul, a realizar-se na cidade de Buenos Aires, Argentina.
16 a 18.07.2000 – Participa da III Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa – CPLP, a realizar-se na cidade de Maputo, República de Moçambique.
03 a 11.10.2000 – Visita à República Federal da Alemanha ( 3 a 7/10) e ao Reino dos Países Baixos (8 a 11/10).
24 a 28.10.2000 – Visita ao Reino da Espanha.
17 a 18.11.2000 – Visita Oficial à República do Panamá, a fim de participar da X Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Conferência Ibero-americana, a realizar-se na cidade do Panamá.
29.11 a 02.12.2000 – Visita oficial aos Estados Unidos Mexicanos, a fim de participar das cerimônias de posse do Presidente eleito, Vicente Fox Quesada.
08.12.2000 – Visita de trabalho à República da Bolívia.
15 a 24.01.2001 – Visita de trabalho à Corea do Sul, Indonésia e Timor Leste.
29 a 31.03.2001 – Visita de trabalho aos Estados Unidos da América.
19 a 22.04.2001 – Participa da III Cúpula das Américas, em Quebec, Canadá
21 e 22.06.2001 – Participa da XX Reunião do Conselho do Mercado Comum e da Reunião dos Chefes de Estado do Mercosul, a realizar-se na cidade de Assunção, Paraguai
26 a 28.06.2001 – Visita de Estado à República da Bolívia
27 a 29.07.2001 – Visita oficial à República do Peru para participar das cerimônias de posse do  Presidente   Alejandro Toledo
13.08.2001 – Participa, juntamente com o Presidente Hugo Chavéz, da cerimônia de inauguração da interconexão elétrica entre Brasil e Venezuela, em Santa Elena do Uairen
16 a 19.08.2001 – Participa da XV Reunião de Chefes de Estados e de Governo do Mecanismo de Consulta e Concertação Política – Grupo do Rio, em Santiago do Chile
30.09 a 02.10.2001 – Visita oficial à República do Equador
25.10 a 1º.11.2001 – Visita ao Reino Unido da Espanha e à República Francesa
07 a 11.11.2001 – Visita de trabalho aos Estados Unidos da América e participação da abertura do Debate-Geral da 56ª Sessão da Assembléia-Geral das Nações Unidas.
23 a 24.11.2001 – Visita oficial à República do Peru.
20 e 21.12.2001 – Participa da XXI Reunião de Conselho do Mercado Comum e Cúpula de Chefes de
Estado do Mercosul, em Montevidéu, Uruguai
12 a 16.01.2002 – Visita Oficial à Federação da Rússia
16 e 17.01.2002 – Visita Oficial à República da Ucrânia
17 e 18.02.2002 – Participa da Cúpula de Presidentes do Mercosul, Bolívia e Chile, em Buenos Aires, Argentina.
18 a 20.03.2002 – Visita de Estado à República do Chile
09 a 16.11.2002 – Visita oficial à República Portuguesa, para participar da VI Cimeira Luso-Brasileira ( 9 a 13 ), visita de trabalho a Oxford, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte ( 13 e 14 ) e visita oficial à República Dominicana, para participar da XII Cúpula Ibero-Americana de chefes de Estados e de Governo (14 a 16)
07 a 11/12/2002 – Visita de trabalho a Nova York para receber o Prêmio Mahbub U1 Haq 2002, por Contribuição Destacada ao Desenvolvimento Humano, conferido pelo Programa das Nações Unidas para  o Desenvolvimento Humano (PNUD)

sábado, 20 de outubro de 2012

Síndrome de Regina Duarte se abate sobre serristas



Medo de Lula e do PT, manifestado por atriz em chororô de dez anos atrás no programa eleitoral de José Serra, volta na eleição para prefeito de São Paulo; acomete, agora, marmanjos calejados; nenhuma das paúras confessadas pela atriz se mostrou justificada, mas a doença que tem em Reinaldo Azevedo o paciente zero parece não ter cura; também é chamada de preconceito de classe. Artigo do Brasil 247.


O relógio político dos serristas voltou no tempo para dez anos atrás, a 2002. Naquele quadrante, às vésperas da derrota na eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva, a atriz Regina Duarte, com sua melhor expressão de chororô, foi ao programa do então adversário lulista José Serra para pronunciar uma frase que marcou época:

"Eu tenho medo do PT. Medo de Lula e do PT!"

Seria a barba do ex-líder sindical que provocava a alegada paúra na antiga 'namoradinha do Brasil'? A voz gutural? As bandeiras vermelhas do partido que ele fundou? O apoio do MST? As promessas de palanque ao feitio da esquerda? Ou o explicitado compromisso de reduzir a pobreza e possibilitar três refeições ao dia ao povo brasileiro?

Era o conjunto todo, deixou claro Regina, além do receio de que Lula iria fazer a moratória da dívida externa, romper contratos, solapar todas as bases da democracia brasileira. A expectativa do caos completo.

Lula venceu e nenhum dos medos de Regina Duarte se justificou. A partir do governo Lula, não apenas a dívida externa foi paga como, hoje, as reservas internacionais do Brasil estão em cerca de US$ 400 bilhões, o que evitou novos ataques especulativos contra o País, como acontecia no tempo do antecessor dele, Fernando Henrique Cardoso. 

Ao contrário de FHC, Lula não mudou as regras do jogo democrático (como se recorda, o presidente tucano operou o Congresso pelo estabelecimento da reeleição, que até então não existia, e se beneficiou diretamente da manobra). Ainda que tivesse tirado um foto com o bonzezinho do MST, não consta que Lula tenha armado os trabalhadores do campo ou feito na marra qualquer tipo de reforma agrária. 

O que se tem, nesse setor, é o sucesso do programa Fome Zero, a partir do qual se pode constatar, agora, a retirada de cerca de 40 milhões de brasileiros do estado de pobreza.

Nenhum dos tantos medos de Regina Duarte se mostrou real. No entanto, passados dez anos daquele apelo entristecido e quase desesperado, eis que eles – os medos da Regina – ressurgem em homens barbados. E nem está em jogo uma eleição presidencial, como daquel feita, mas um pleito municipal, que nem envolve Lula diretamente, mas um de seus pupilos, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad. Um medo, portanto, ainda mais forte, visto que o perigo é menor.

Quadro típico da classe média paulistana, frequentador do insuspeito Clube Sírio-Libanês, filho de comerciante na reconhecida rua 25 de Março, sem passagem por movimentos que praticaram ou sequer pregararam a luta armada ou ações do gênero, o pacato Haddad virou alvo da síndrome de Regina Duarte que acomete, outra vez às vésperas de uma derrota de Serra – ao que apontam as pesquisas e as condições políticas que cercam a eleição paulistana – marmanjos calejados como o jornalista Ricardo Setti, o empresário Octávio Frias Filho, o filho do sociólogo Boris Fausto, o comunicador de apelo religioso Silas Malafaia e até o destemido (com arma na mão, como diria Bezerra da Silva) coronel Telhada, ex-comandante da Rota.

Acometidos do mesmo mal estão o vereador eleito Andrea Matarazzo e aquele que pode ser chamado de paciente número zero desse vírus, o verborrágico internauta Reinaldo Azevedo.

Ai, ui, sapatilham eles, cada um ao seu modo, arguindo, ora publicamente, ora em privado, que Haddad representará o fortalecimento político de Lula – aquele mesmo Lula que, projeta-se, vai solapar a democracia, inverter as prioridades burguesas, revirar a sociedade brasileira etc etc.

Ponto a ponto, os medos foram claramente elencados pelo Prêmio Esso de Jornalismo Ricardo Setti em seu blog dentro de veja.com.br

Para os homenzarrões acometidos da síndrome de Regina Duarte parece, ao que se vê pelo que eles próprios têm expressado, não haver vacina nem remédio. Lula exerceu duas vezes a Presidência da República, à qual chegou pelo voto popular, manteve as regras do jogo e viu sua candidata Dilma Rousseff, com cerca de dez milhões de votos a mais que o adversário José 'sempre ele' Serra, subir a rampa do Palácio do Planalto. De-mo-cra-ti-ca-men-te, frise-se. 

Não quebrou contratos, não rompeu com os Estados Unidos, não declarou o socialismo tropical. Foi, isso sim, apontado pelo maior historiador do século 20, Eric Hobsbawn, como o líder global mais importante do final do período e tornou-se referência de expressão política democrática em todo mundo.

Serra, vale dizer, rompeu todos os contratos vigentes assim que assumiu a Prefeitura de São Paulo, em 2005, abandonou o mandato menos de dois anos depois e, ao chegar ao governo de São Paulo, igualmente suspendeu todos os pagamentos que deveriam ser feitos no mês de janeiro de 2007 – sucedendo, nesta ocasião, não a petista Marta Suplicy, mas seu próprio correligionário Geraldo Alckmin.

Mas quem tem a Sídrome de La Duarte acha que é Haddad, e não Serra, que vai subrverter a ordem, fazer o contrário do que promete em palaque, recusar responder perguntas, agredir jornalistas verbalmente, usar o cargo para finalidades políticas pessoais.

Essa doença, que volta dez anos depois do primeiro surto, não passa e nunca vai passar. Seu nome científico é preconceito de classe.

Fonte: Brasil 247

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Caríssima Regina Duarte




Eu também estou com medo. Com medo não, com um medão danado… E sabe por qual razão, dona Regina Duarte? Eu sou amigo do José Dirceu e do José Genoíno… Sou amigo dos chefes de quadrilha… E aí, como é que fica?
Já pensou se a Polícia Federal chega à minha casa e pergunta: Senhor Izaías Almada, o senhor disse aí num desses blogues sujos que o senhor é amigo do Dirceu e do Genoíno? E eu respondo: é verdade, além do que está escrito, não tenho como negar.
Como é que eu vou fazer para provar a minha inocência? E se a PF e o MP enviarem a investigação para o STF? Tô lascado… Eu deveria ter escolhido ser amigo do Duda Mendonça, seria bem mais interessante e eu não estaria com medo, pois ele foi absolvido e não tem nada a temer…
Embora eu tenha medo como a senhora, dona Regina Duarte (aliás, que maravilha de discurso na SIP, hein? Foi a senhora mesmo que o escreveu?), fiquei aqui pensando por qual motivo o STF condenou meus amigos e absolveu o Duda Mendonça… Não são todos da mesma laia? Não estão todos envolvidos com o tal “mensalão”?
Saiba que eu também estou um bocado chateado com o Zé Dirceu e o Zé Genoíno, pois sendo meus amigos e chefes de quadrilha, os dois botaram a mão numa grana danada e não me deram nem um centavo, nem para uma caipirinha? E não fica por aí não. Tenho alguns amigos em comum com os dois maiores corruptos do Brasil e fui perguntar a eles quantos eles tinham amealhado do servicinho dos quadrilheiros? Sabe quanto? Nada, dona Regina, nadinha… E eu fiquei pensando, grandes amigos esses, heim? Botam a mão na massa e depois se esquecem dos amigos. Devem ter ido gastar tudo lá na Europa, escondidinhos, se bobear com passaportes falsos.
Por tudo isso eu tenho medo. Sabe que fui preso da ditadura civil/militar de 64, dona Regina? Depois de ficar 25 meses vendo o sol nascer quadrado e de umas boas sessões de tortura, a Justiça, no caso o STM e não o STF, mandou me chamar em juízo e disse: “senhor Almada, o senhor vai ser solto hoje, mas é porque nós queremos, o seu advogado não tem nada com isso, ele não manda nada aqui..”
Izaías Almada é escritor, dramaturgo e roteirista cinematográfico, É autor, entre outros, dos livros “Teatro de Arena, uma estética de resistência”, da Boitempo Editorial e “Venezuela, povo e Forças Armadas”, Editora Caros Amigos.


'O PSDB está acabando, o DEM acabou', diz ator José de Abreu


José de Abreu, 66, acompanha com a mesma intensidade o desfecho de "Avenida Brasil" e a conclusão do julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal).
No caso do folhetim da Globo, que termina na sexta-feira, a morte de seu personagem, Nilo, que começaria a ser exibida no capítulo de terça (16), não o elimina da lista de suspeitos do assassinato de Max (Marcello Novaes), seu próprio filho.
Em conversa com a Folha, o ator fala da novela e de política. Confira a íntegra da entrevista abaixo:
O ator José de Abreu, intérprete de Nilo em "Avenida Brasil"
O ator José de Abreu, intérprete de Nilo em "Avenida Brasil"
"AVENIDA BRASIL"
"O fim de de um trabalho dá uma certa dor, porque você sabe que não consegue manter a amizade e o contato com essa família que se forma. Foi um privilégio trabalhar com a Vera Holtz. Que mulher! Que atriz!. A Adriana Esteves também, o Juca de Oliveira, a Débora Falabella, que está indo gravar doentinha, que vontade de pegar no colo."
"Ator é um ser privilegiado. Em cada personagem, a gente encarna de novo. Como se fosse uma nova vida. E a impressão que a gente tem é que isso nos faz ficar melhor, entender o outro melhor. O Nilo, por exemplo, me faz entender um mundo que eu nunca vivi, que eu nunca tive. Costumo brincar que o bom de fazer vilão é que não precisarei fazer maldade na vida real [risos]."
"Costumo brincar que estou na Globo há 32 anos e os diretores sempre pediam menos, Zé, menos. Nesse personagem eles disseram para eu fazer mais, que eles iam atrás. Fizemos algo incrível nessa novela, um lixão bonito e lúdico. A casa do Tufão [Murilo Benício] como uma Torre de Babel, onde todos falavam ao mesmo tempo. O João Emanuel Carneiro foi buscar inspiração em Charles Dickens [1812-1870]. Viajei a Londres, durante um intervalo na novela, com minha mulher e meu filho, para pedir a bênção ao escritor na casa que foi dele. Fiz um um Nilo meio inspirado naquele judeu Fagin, do livro 'Oliver Twist'. Uma obra de arte quando dá certo, o Boni[ex-diretor da Globo] falava de química, quando a soma dos componentes funciona e dá a química é impressionante. Acho que deu certo."
"A risada. O hihihi do Nilo fui eu quem trouxe. Tinha a necessidade de mostrar o trabalho das maquiadores da Globo, que conseguiram deixar meu dente apodrecido para o personagem. Depois, o autor começou a colocar a risada no texto."
"Estou bastante feliz com o Nilo, é sem dúvida um dos meus melhores personagens e sabia que iria ouvir as piadinhas da direita. Até coloquei no meu perfil do Twitter 'piadinhas sobre o Nilo e o Zé de Abreu é muito fácil de fazer". Recentemente, um cara escreveu: 'revelada a verdadeira personalidade de Zé de Abreu: um lixão'". Eles me atacam demais. Eu me envolvo. Não é sempre que você está a fim de ser xingado."
*
"SALVE JORGE" (nova novela das nove da Globo)
"Certamente, se não estivesse em 'Avenida Brasil', eu participaria de 'Salve Jorge', da Gloria Perez, com quem trabalhei em 'Amazônia, de Galvez a Chico Mendes' [2007] e 'Caminho das Índias' [2009]. Essa novela será o contrário da atual. Deve vir muita dança, cor e alegria. Mas também o lado negro do tráfico de mulheres. Acho que tem que ser isso mesmo. A Globo investe nessas mudanças. Você vê a diferença de na novela das sete atual ['Guerra dos Sexos'], com a anterior. Não sou muito consumidor de novela, mas por acaso eu assisti 'Cheias de Charme' bastante, porque gostei muito."
*
O MENSALÃO E O PT
"Eu nunca conversei com o Zé [José Dirceu] a respeito das denúncias. Acho que o PT fez o que sempre se fez. É errado? Sim! Mas fez o que sempre se fez".
"Por que o PPS apoia o Serra em São Paulo e o Paes/Lula/Dilma no Rio? Qual o sentido disso? Roberto Freire [presidente do PPS] passa 24 horas por dia no Twitter metendo o pau no Lula, chamando de ladrão e de corrupto, e fecha com o Paes aqui, com um vice-candidato a prefeito do PT? É venda de espaço, venda de horário, venda da sigla. Vou ser processado. Já estou sendo processado pelo Gilmar Mendes [ministro do STF, por chamá-lo de corrupto no Twitter]]. Agora, talvez seja processado pelo Freire." --procurado pela reportagem, Roberto Freire declarou: "Esse ator tem uma ética política que orbitava ao redor do PCB [Partido Comunista Brasileiro]. Agora, ele não tem mais nada disso. Não merece meu respeito nem a minha resposta."
"O Supremo quer mudar a maneira de fazer política no Brasil. Ótimo, maravilha! Óbvio que tinha que começar com o PT. Então, agora para ser condenado no Brasil basta ser preto, puta, pobre e petista."
"O grande organizador da base foi o Zé Dirceu. Eu não tenho informação de cocheira para falar. Lendo a imprensa, deu para notar o seguinte. Antes do Lula ser eleito, houve uma reunião dele com o Zé Dirceu dizendo que ele não queria mais concorrer, né? E o Zé o convenceu com a ideia do José de Alencar [ex-vice-presidente] ser vice, de abrir um pouco mais o PT, de fazer coligação etc. Isso tudo foi o Dirceu quem fez não o Lula. Mas se for a história do domínio do fato, tem que prender o Fernando Henrique por comprar a eleição dele, porque tem provas. Agora se fala, eu sei que houve, mas não sei quem fez. O deputado Ronnie Von Santiago [que era do PFL-AC] falou eu ganhou R$ 200 mil para votar a favor da reeleição do Fernando Henrique. Ah, o FHC não sabia? Mas pelo domínio do fato, não saber é como saber. Então se pode enquadrar qualquer um, até o Lula, que sem dúvida nenhuma é o grande objetivo..."
"O PT está virando o Brasil de cabeça para baixo, está colocando uma mulher na presidência, um negro na presidência do STF, tirando 40 milhões da pobreza, fazendo um cara que sai do Bolsa Família, do ProUni, fazer mestrado em Harvard, ter os primeiros lugares do Enem."
"Como é que um operário sem dedo, semianalfabeto faz isso que nunca fizeram? O nosso querido Fernando Henrique Cardoso, que era a minha literatura de axila na faculdade, que era meu ídolo. Não o Lula. O Lula era da minha geração, o FHC de uma anterior. Fernando Henrique, Florestan Fernandes eram os caras que queria mudar o Brasil. Aí o Fernando Henrique tem a oportunidade e não faz? Vai para a direita? É uma coisa louca. O que aconteceu? O PT e o PSDB nasceram da mesma vértebra. Era para ser um partido só. O que acontece é que chegam ao poder e vendem a alma ao diabo. Fica igual ao que foi feito nos 500 anos. O PT teve o peito de tentar romper, rompeu e está pagando por isso."
"Eu votei no Fernando Henrique na primeira vez [na eleição de 1993]. Achava que ele era melhor do que o Lula naquela oportunidade. E foi mesmo. O Lula foi melhor depois."
*
JOSÉ DIRCEU E A DITADURA
"Conheci o Dirceu quando entrei na faculdade [no curso de direito da PUC-SP], na década de 1960. Eu entrei na faculdade já no pau, tem uma piadinha que eu faço, que quem não era de esquerda não comia ninguém. Porque ser de direita naquela época era ou ser extremamente mau-caráter ou alienado. Alienado era bobão, não sabia nem que existia a ditadura. Eu fui um dos representantes da faculdade na UNE [União Nacional dos Estudantes]. Foi nessa época que eu fiquei mais próximo do Dirceu."
"Não fui torturado durante a ditadura. Fui preso junto com o Zé Dirceu em Ibiúna, no congresso da UNE,e m 1968. Eu fiquei preso uns dois meses, levei uns tapas na cabeça, quando ia para o Dops [Departamento de Ordem Política e Social] prestar depoimento."
"A coisa ficou pesada depois do AI-5 [ato institucional que restringiu mais as liberdades civis], eu fui solto dois dias antes, foi a maior sorte. No dia 13 de dezembro, fui na faculdade, no Tuca e o porteiro disse que a polícia tinha ido atrás de mim, de armas. Nunca peguei em armas, fui embora para o Rio, e fiquei prestando apoio logístico para uma organização de esquerda. A única ação que eu fiquei sabendo depois e eu participei foi transportar o dinheiro tirado de um cofre do governador Adhemar de Barros [1901-1969]."
"O meu contato com a organização era um concunhado que foi preso junto com a Dilma, na rua da Consolação. Só tinha duas atitudes, ou entrar na luta armada ou deixar a organização. Minha companheira estava grávida do meu primeiro filho. Conversamos. Eu nunca pensei que poderíamos derrotar as forças armadas. Éramos 500 mil, 600 mil estudantes, tinha operário e militar, mas a grande maioria era estudante classe média."
"Foi quando eu fui para a Europa, em 1972, para Londres, Amsterdã. Virei místico, fui estudar hinduísmo, filosofia oriental. Fiz ioga, meditação, macrobiótica, fui vegetariano, meditava quatro vezes por dia, vivia numa ilha grega, comendo frugal. Lá tomei ácidos. Muitos com orientação, para fazer pesquisa. Tinha um livro que ensinava. Tinha uma pessoa que brincava com o incenso. O contato foi maravilhoso. Era algo cósmico. No Brasil, enquanto a gente estava gritando paz no Vietnã, nos EUA eles gritavam 'make love' [faça amor]. Era a mesma coisa, mas um tinha um lado hippie, lisérgico. A minha geração, alguns amigos ficaram na esquerda, outros fizeram a revolução já hippie. Eu tive o privilégio de fazer parte dos dois lados."
"Quando voltei ao Brasil anos depois, fui dar aulas em Pelotas, me desliguei dessa parte política e me foquei na arte. Me meti na profissão, fui ter filho e cuidar deles como o John Lennon fez. Limpando a bunda, acordando de madrugada para dar de mamar. Sendo um pai e mãe. Dividindo igualmente tudo e foi lindo.Depois fui para Porto Alegre, comecei a produzir música, levei Gilberto Gil, Rita Lee, Novos Baianos. Montei uma peça do Chico Buarque, 'Saltimbancos'. Acabei fazendo um filme muito louco, 'A Intrusa', ganhei um prêmio em Gramado e a Globo estava lá e me chamou."
*
INTERNET
"Na segunda eleição do Lula, eu tinha um blog e fui muito atacado. Eu estava no Acre, fazendo a minissérie 'Amazônia'. Aquela eleição já foi muito radicalizada. Eu sou viciado em internet há muito tempo. Fui um dos primeiros atores a ter uma senha do Ministérios das Comunicações. Em 1994, 1995, já usava internet num provedor que o Betinho [Hebert de Souza] tinha por causa do Ibase [Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas]. Eu, o Paulo Betti, o Pedro Paulo Rangel fomos os primeiros atores a usar internet. Eu fiz muito ator comprar computador e ter internet. O mais comum era ouvir 'não gosto de internet'. Mas no futuro ia ser algo como não gostar de telefone, de liquidificador. O José Mayer me apelidou de Zé Windows."
"Sou geminiano, gosto de comunicação e cai no Twitter com a história da campanha da Dilma, que foi a primeira campanha em que as redes sociais foram muito usadas."
*
DILMA ROUSSEFF
"Não tive contato com a Dilma durante a ditadura. A gente era da mesma organização [VAR-Palmares]. Só se for fazer muita ilação. Não vou dar uma de Joaquim Barbosa..."
"Lula é Dilma e Dilma é Lula. Isso é um mantra, a cumplicidade dos dois é total. Quando o Lula começou com essa história de ter Dilma como candidato, todo mundo assustou. O pessoal do PT mesmo, o Lula pirou, como faz? Nunca tinha acontecido isso, uma pessoa que não tinha ganhado nenhuma eleição ser candidata a presidente."
*
MINISTÉRIO DA CULTURA E A POLÍTICAS DE COTAS
"Eu não sei o que foi aquilo [Ana de Hollanda]. Um dia a gente ainda vai saber o que aconteceu. Depois ferrou, a Dilma é teimosa, não ia tirá-la na pressão. Ela esperou acabar tudo para trocar o ministério. A Ana é esquisita, uma pessoa difícil. Eu fui falar com ela uma vez, foi muito difícil. Quando entrou, batia de frente com o PT inteiro, com os deputados todos que cuidavam da cultura. Achei uma desfaçatez com o ministério da Cultura."
"Agora precisa um levantamento para saber o deve ser feito. Mas a chegada da Marta [Suplicy] foi muito boa."
"Sou a favorzaço de cota em tudo. Nós temos uma dívida. Há quantos anos um negro não podia entrar na faculdade? Podia pela lei, mas não entrava. Não tinha oportunidade igual. Na minha classe, tinha um negro em 50 alunos. Os ricos têm a impressão de que vão roubar deles. Mas o Lula conseguiu mostrar que dá para dividir e eles ganharam mais dinheiro ainda porque entrou muita gente no mercado para comprar coisas. Por mais que a Dilma dê porrada nas montadoras, elas estão amando a presidente."
"Foi uma surpresa [cota para negros em edital do MinC], eu não li o projeto, mas a rigor, eu acho que o Brasil tem um débito muito grande e se for contar a escravatura, o débito não se paga nunca."
"Não esperava que o Brasil fosse dar esse salto de assumir que é racista, de o governo assumir que existe racismo, de que existem problemas sérios, de que o brasileiro não é cordial com os seus. O brasileiro sabe explorar seus empregados. Hoje em dia, ter empregada doméstica está cada vez mais difícil. É claro! Quem quer lavar a cueca de um marido que não seja seu. É degradante."
*
FUTURO DO PT E PRESIDÊNCIA EM 2014 e 2018
"Vou chutar aqui. Se o Eduardo Paes [prefeito do Rio] fizer um puta governo, agora com a Olimpíada, com a Copa, vai ganhar uma visibilidade absurda, pode enlouquecer e querer ser presidente pelo PMDB, sem ter sido governador. Obviamente, o Eduardo Campos [governador de Pernambuco, pelo PSB] é uma coisa natural, neto do Miguel Arraes."
"O PSDB está acabando, o DEM acabou, o partido do Kassab [PSD] conseguiu algumas coisas, mas ele tomou o partido e agora está perdendo força. Kassab quis ser o Lula. Se o Haddad fizer um bom governo, se for eleito prefeito e ficar quatro, depois mais quatro pode ser um candidato em 2018. Daqui a seis anos o Lula ainda tem idade para tentar a presidência, mas se eu fosse ele, ia ser governador de São Paulo, só para acabar com a brincadeira [do PSDB]. Aí ficava Lula, Dilma e Haddad. São Paulo ia ser capital do mundo."
*
PUBLICIDADE
"Os publicitários acham que o público não sabe diferenciar ficção e vida real, mas ele sabe. Talvez tenha acontecido com a Odete Roitman [Beatriz Segall, em 'Vale Tudo (1989)], agressões e tal, mas é um negócio tão antigo. Nunca apanhei de telespectador. Os caras falam 'oh, cuidado com a Nina, para de fazer maldades com as crianças'. Mas não tem essa de xingarem. Sabem que não sou eu, é o Nilo."
"A Adriana Esteves não fez nenhum comercial. Ela é uma mulher que para o Brasil. Ela pode vender qualquer coisa, mas ninguém chama porque ela é vilã."
Alberto Pereira Jr
No Falha




A GLOBO VAI DEIXAR O NY TIMES COMPRAR A FOLHA ?

O NY Times, a Fox e o Financial Times miram o fígado da Globo.

Saiu na Folha (*) interessante entrevista com o dono do New York Times.

Ele jura que vai seguir as leis brasileiras, ao se instalar no Brasil.

Quem também anunciou que vai se instalar no Brasil é o inglês Financial Times.

O Murdoch – que tem tantos passaportes quanto Robert(o) Civita -  da Fox já está aqui.


O New York Times é uma ameaça à Globo e aos planos da Globo na internet.
O NY Times acabou de contratar para editor chefe – leia na entrevista – o ex-editor chefe da BBC, que faz TELEVISÃO !!!
O Financial Times ameaça o jornal Valor, da Globo e da Folha.
O problema não é o Sulzberger jurar que respeita a lei brasileira.
A lei brasileira impede que estrangeiros tenham mais de 30% de jornais brasileiros.
O problema é outro.
É os brasileiros à beira da morte não respeitarem a lei brasileira.
Qualquer coisa, o Supremo garante !




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.





quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O discreto charme dos “Cansados” de São Paulo

Ontem estive na Paulista para tratar de um assunto no SESI e me deparei com aquela turma do “Movimento Cansei” preparando o bloco para “se manisfestar” em frente ao MASP.
Os organizadores dizem que não pertencem a nenhum partido político e, estrategicamente, não se identificam como os ridículos “cansados” de 2007. Mas eram eles, sim. A maioria. Bastava olhar para as roupas, os óculos escuros de grife, os iPhones, Tablets, filmadoras, notebooks… Todos gravando imagens para publicar no Youtube… De apolíticos, havia duas ou três dúzias de crianças e adolescentes misturados a eles. Todos com cara de peixe fora d´agua, curtindo uma onda diferente…
Parei e fiquei observando. Não havia negros ou mulatos. Não havia ninguém que sequer lembrasse um operário. Será que essa gente nunca vai aprender que o Brasil é MUITO maior do que o bairro deles?
Eram umas 300 pessoas divididas em pequenos grupos, cada um deles cuidando do seu “kit-manifestação”. O resto era transeunte ou curioso passeando em dia de feriado ensolarado. Retoca a faixa aqui, a pintura no rosto ali, muitos cartazes com as palavras de ordem que o PiG repercutiria mais tarde e, claro, alguns repórteres fazendo a cobertura do “grande evento”.
Era bem provável que a maioria dos participantes morasse nas imediações. Afinal, o MASP fica em frente aos bairros classe média alta dos jardins. Será que se deslocariam até a zona leste para fazer essa manifestação “apartidária”? Afinal, como alguns gritavam, “São Paulo é do povo”, “ O povo unido jamais será vencido”. Por que então não se aproximam do POVO da zona leste, das favelas da periferia?
Não sei como foi essa coisa em Brasília. Mas esses aí eu conheço há mais de 40 anos. São aqueles que odeiam povo viajando de avião, nordestino comprando casa em São Paulo através do Minha Casa, Minha Vida, amigos solidários dos covardes agressores de gays e outras minorias e – é bom lembrar bem – são SEPARATISTAS. Usariam o Brasil para eleger Serra e, a partir daí, seu ideal seria “livrar” São Paulo deste mesmo Brasil.
Me aproximei mais e caminhei entre eles tentando encontrar algum rosto conhecido (sim, conheço gente que não vota no PT!). Nada, ninguém conhecido. Uma mulher com um pacote de panfletos na mão e com ares de pertencer à comissão organizadora do evento se aproximou de mim e me deu o folheto. Percebi que ela queria me “enturmar com a galera”…
– Você veio participar da manifestação? – perguntou-me de forma quase maternal.
Embora já soubesse do teor, li rapidamente o conteúdo do panfleto e lá estava o que mais denunciava as verdadeiras intenções dos organizadores:
Um dos itens, colocado como “reivindicação” pedia “cadeia para os mensaleiros”. Quais mensaleiros? Deixa eu adivinhar: aqueles que foram acusados, julgados e condenados pelo PiG em 2005, à partir da denúncia de Roberto Jefferson tão desprovida de provas que o próprio Jefferson viria a negar tudo e chamar sua denúncia de “retórica sem fundamento” em setembro de 2011? Negativa que certamente os “cansados” nem ouviram falar – já que o PiG escondeu? (veja aqui)
– A quais mensaleiros vocês estão se referindo? – provoquei.
– Delúbio, Zé Dirceu… o Congresso Nacional está cheio de corruptos! E como se fosse me contar um segredo ou pronunciar algum palavrão, aproximou-se com intimidade que não lhe concedi em momento algum e sussurrou: “Lula, Dilma”…
Movimento apartidário… sei. A mulher já se preparava para desembuchar argumentos que leu no PiG quando lhe devolvi o panfleto com desprezo. Deixei-a falando sozinha e saí andando. Já estava cansado dos cansados. Ainda pude ouvi-la perguntando: “Você é petista?” Quase voltei para responder: “Por que? Quem não é da sua turma é necessariamente petista?
Saí de lá imaginando os esquemas. A mídia divulga e amplifica. As câmeras da Globo fecham neles preenchendo a tela de gente. Assim, é possível fingir que está lotado e informar qualquer número de presentes. Mas a Globo não vai entrar nessa enquanto não sentir firmeza. Já bastou o mico da bolinha de papel…
Se a coisa engrena e o povão entra junto… Mas pera lá! O mundo está desmoronando em crise financeira e o Brasil na contramão, assobiando uma valsa. Acham mesmo que trarão o povo para as ruas para derrubar a presidenta Dilma? O povo foi às ruas impichar Collor porque o cara simplesmente confiscou a grana de todo mundo. Bem ou mal, nos últimos anos nossa situação (e principalmente do povão) é exatamente oposta.
É claro que muita gente compareceu com a melhor das intenções. Principalmente os mais jovens. É claro também que o governo de São Paulo jamais permitirá que qualquer CPI vá adiante sobre a denúncia do deputado Roque Barbieri – PDT – por exemplo. Ou a do Rodoanel, da Alstom… Sabe-se que centenas de CPIs foram engavetadas nos últimos 20 anos em São Paulo. Mas até quando os golpistas do “Cansei” travestidos de “Marcha contra a corrupção” vão conseguir esconder seu propósito real?
Em tempo, para relaxar, deixo dois vídeos que valem pelo humor:
No O Que Será Que Me Dá?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Regina Duarte está com medo do Zé Baixaria


Veja quem está com Serra nesta eleição...
O ex-deputado federal e atual presidente nacional do PPS, Roberto Freire, embora não resida em São Paulo – ele é de Recife –, Freire participa dos conselhos das empresas, SP Turis e da Emurb, recebendo por isso a bacatela de R$ 12 mil de jeton. Isso mesmo. Cupinha do Serra, no estado aparelhado...Sem votos em Recife,Foi candidato a deputado em S.Paulo. Perdeu!


Cesar Maia
César Maia (DEMos), ex-prefeito do Rio de Janeiro, e pai de Rodrigo Maia, presidente do DEMos, foi indiciado na CPI Municipal que aponta corrupção no projeto e construção da Cidade da Música (obra mais cara da gestão César Maia).


Sérgio Guerra tenho jato porque posso
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra tinha funcionários “fantasmas” em seu gabinete. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Guerra  empregou  nove pessoas da mesma família, com os cargos custeados pelo Senado.Foi candidato nessa eleição.Guerra também já foi acusado de pertencer a quadrilha dos anões do orçamento. Perdeu!


Joaquim Roriz
Ex-governador do DF foi barrado pela ficha limpa.O esquema de corrupção que veio a ser conhecido como “mensalão do DEM” começou em Brasília há dez anos, no então governo de Joaquim Roriz.O parecer pede ao Ministério Público o indiciamento de 22 pessoas, entre elas Joaquim Roriz e o também ex-governador José Roberto Arruda.

E olha quem está escondidinho ai....
José Roberto Arruda - Amigão do Serra
Cotado para ser vice de José Serra,a operação "Caixa de Pandora", deflagrada pela Polícia Federal no dia 27 de novembro, apontiou o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda como principal articulador de um esquema de corrupção envolvendo integrantes de seu governo, empresas com contratos públicos e deputados distritais.

Vamos lá queridos leitores...continuem o post...Quem são os amigos do Serra nesta eleição?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ABORTO, CALUNIA E HIPOCRISIA

(Carta Maior; 15-10)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As várias caras do atraso

Mário Amato, Regina Duarte e Maitê Proença
DIAP
Por Marcos Verlaine*


Eleições são raros momentos de reflexão política e a possibilidade de passar a limpo a democracia, ainda mais num país como o Brasil, em que o povo fica mais próximo e atento ao processo e debate políticos. Para o bem ou para o mal, as eleições no Brasil são momentos de engajamento e engate.


Mas todo processo político tem suas gafes - pequenas ou grandes - e essas chamam a atenção pelo inusitado.


Nas eleições de 1989, a direita temia dois 'bichos papões': Lula e Brizola. O segundo foi inviabilizado ficou o primeiro. Naquela ocasião, quem foi escalado para semear o pânico e o terror foi o então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo), Mário Amato, quando disse que se Lula ganhasse os empresários iriam embora do Brasil.


Na ocasião, Amato disse: "Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o país". A frase teve grande impacto na mídia e repercutiu entre os empresários, por ter sido proferida pelo presidente da Fiesp. Em entrevista à revista Veja, anos depois, ele declarou que de fato sua frase foi fundamental para derrota de Lula.


Bem, o resultado todos sabem. Collor se elegeu, e fez um governo pífio e corrupto.


Nas eleições de 2002, a atriz global Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil, protagonizou um momento triste, para dizer o mínimo, quando foi para a televisão, na propaganda eleitoral do então candidato tucano José Serra, dizer ter "muito medo" de um possível governo do então candidato Lula.


Em novembro de 2009, a Folha de S.Paulo procurou a atriz e questionou se ela ainda sentia medo em relação ao próximo presidente, a atriz foi enfática.


"Eu tenho muuuuuuuuuuuuito medo. Eu tenho muuuuito medo", repetiu.


A atriz, no entanto, não quis especificar a origem do temor, mas afirmou que não pretende se engajar novamente em uma campanha política.


Nestas eleições, o mico vem agora da atriz global Maitê Proença, que declara simpatia a Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), e disse que talvez a discriminação contra as mulheres "venha a calhar nesse momento de eleições" para salvar o país de Dilma Rousseff.


Maitê foi uma das pessoas que estavam presentes em recente encontro de Serra com artistas no Rio de Janeiro.


"A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria [discriminação] venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma?", disse a atriz, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, na última segunda-feira (9), ao ser perguntada se "o feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?".


A frase embute em si absoluto despreparo, pois o machismo dos "machos selvagens" vitima muitas mulheres Brasil afora. E foi pronunciada num momento muito infeliz, quando a Lei Maria da Penha completa 4 anos, e explicita que a cultura machista está por trás da violência contra as mulheres no país.


O raciocínio é torpe, sinuoso, diria burro, e mostra o quanto o preconceito é perigoso, pois a atriz se mostrava, parecia, mais aberta ao debate político. Com essa 'pérola' talvez anime um pouco mais o debate eleitoral, que se mostra insosso até o presente momento.


Subjacente ao terror de Mário Amato, o medo de Regina Duarte e o preconceito de Maitê Proença está o conservadorismo do Estado brasileiro, que ao fim e ao cabo estimula essas estultices, sobretudo em momentos de decisões políticas importantes, cujo resultado poderá ser de mais amadurecimento político e social de nosso povo.


Que prevaleça a inteligência de nosso povo contra essas e outras tolices parta de onde partir.


(*) Analista político e assessor parlamentar do Diap

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dilma engole casal vinte do jn

Blog Conversa Afiada
Publicado em 09/08/2010 Compartilhe
Na bancada do jn faltou a Regina Duarte

William Bonner estreou as pseudo-sabatinas do jornal nacional com Dilma Roussef.

A primeira pergunta dá o tom do preconceito elitista do PiG(*).

Tentar desqualificar Dilma do ponto de vista intelectual e político faz parte da ideologia pigo-tucana supor que os trabalhistas são despreparados e o Serra e o FHC uma combinação de Albert Einstein com Winston Churchill.

O Bonner tentou também vestir Dilma a marca do “temperamento difícil”.

Trata-se de uma observação que se baseia em elementos factuais indiscutíveis:

O que é difícil e onde ela demonstrou que tem um temperamento difícil?

O que diria William Bonner do temperamento dócil, suave, simpático, leal do candidato da PiGlobo, José Serra.

Aliás, prevalece a dúvida, quem terá sido o Espírito Santo de orelha das perguntas do casal vinte: José Serra ou Ali Kamel?

Observe-se a generosidade conjugal de Fátima Bernardes que salvou o marido quando Dilma lhe disse: você deveria me perguntar onde o que o PT acertou.

Bonner perdeu o prumo.

Quem mandou não ter bagagem para entrevistar a futura presidente do Brasil?

Aí, Fátima entregou a bandeja à Dilma e perguntou sobre saneamento básico e Dilma falou do pavão-pavãozinho alemão-Rocinha e calou a boca desses pálidos representantes de um PiG moribundo.

Quem mandou não chamar a Regina Duarte para a bancada ?

Quem mandou não chamar a Miriam Leitão ?

Quem mandou não chamar o Jabour ?

Para enfrentar a Dilma a Globo tem analistas isentos e equilibrados de outro calibre.

Este ordinário blogueiro aguarda ansioso as perguntas do casal vinte ao José Serra.



Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.