Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Datafolha 2018: adversários de Lula continuam caindo e ele subindo

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O Datafolha fez uma pesquisa eleitoral em dezembro do ano passado em que Aécio Neves chegaria à frente de Lula no primeiro turno, com 26% dos votos — ou 27%, num terceiro arranjo. O petista teria 20%, e Marina Silva (Rede), 19%. Se o tucano fosse Geraldo Alckmin, Marina iria a 24%, Lula se manteria, com 21% (22% num quarto cenário), e Alckmin teria 14%.

Em outra pesquisa Datafolha, de abril deste ano, Aécio despencaria para 17%, Marina continuaria com os mesmos 19% e Lula dispararia para 21%, ultrapassando a todos após ter despencado ao longo de 2015.  Se o candidato pelo PSDB fosse Alckmin, Marina cairia para 23, Alckmin despencaria para 9% e Lula encostaria em Marina, com 22%.

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Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (16/07), mostra dado ainda mais impressionante e, de certa forma, ainda difícil de explicar. Em todos os cenários, o petista continua subindo nas intenções de voto e os adversários continuam caindo.

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Segundo o Datafolha, “Após dividir a preferência do eleitorado com Marina nos últimos levantamentos para o primeiro turno, Lula oscilou positivamente e abriu vantagem sobre a potencial adversária, que caiu. Já os possíveis candidatos do PSDB consultados no levantamento (José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin) oscilaram negativamente ou mantiveram patamares anteriores, o que favoreceu Lula”

A Folha, nessa análise, chama de “oscilação” o movimento contínuo de Lula para cima e dos adversários para baixo. Contudo, o fato é que essa pesquisa revela uma tendência continua que começou em fevereiro deste ano, após movimento de Lula para baixo e dos adversários para cima, ano passado.

A partir de fevereiro, portanto, Lula inicia a reação que continua e que, ao que tudo indica, tem tudo para se acentuar conforme as “medidas impopulares de Michel Temer” forem sendo adotadas.
Apesar da suposta “melhora” de Temer retratada pelo Datafolha, a subida contínua de Lula e a queda consistente dos adversários parece ter relação com a memória da população em relação ao governo do petista, que já começa a deixar saudades.

Além disso, apesar dos 50% que o Datafolha diz que preferem que Temer continue no cargo, os 32% que querem a volta de Dilma a tiram do patamar de pouco mais de 10% que a apoiavam há alguns meses.
Mas o busílis da questão é Lula. Também impressiona a reação dele no segundo turno. Empata com Aécio e encosta em Serra. E a vantagem de Marina sobre o petista não chega a ser grande coisa.

Em um eventual segundo turno entre Lula e Marina, a ex-senadora venceria por 44% a 32%. Lula também seria derrotado, por 35% a 40%, se o candidato no segundo turno fosse Serra. A vantagem de Marina é consistente, mas cadente. E a de Serra é praticamente irrelevante, pois bastaria Lula subir 2,5 pontos percentuais para empatar com o tucano.

No geral, porém, o quadro eleitoral para 2018 permanece muito indefinido: cerca de um quarto dos eleitores (independentemente do cenário) dizem que, no primeiro turno, votariam em branco ou nulo ou não quiseram opinar sobre suas preferências, segundo afirma o Datafolha.

Após a condução coercitiva de Lula em março e o acirramento das denúncias contra ele, com o caso da divulgação de áudios de conversas do petista, os golpistas (Vaza Jato incluída) esperavam que o apoio a ele despencasse, mas o que ocorreu foi o contrário. Lula está ganhando cada vez mais popularidade, enquanto que aqueles políticos que deveriam se beneficiar da campanha da Polícia Federal, do Ministério Público, do Judiciário e da mídia contra ele, despencam.

Note, leitor, a fragilidade dos tucanos. Enquanto Lula resiste a uma pancadaria incessante na mídia e consegue subir, algumas poucas menções negativas a Aécio, Serra e Marina na Lava Jato derrubaram fortemente a popularidade deles.

E olhe que o petista nem tem tido espaço na mídia para dar a sua versão dos fatos. Se hoje houvesse uma campanha eleitoral, a possibilidade de ele vencer poderia aumentar muito. Lula poderia dar a sua versão dos fatos e a esquerda certamente se aglutinaria em torno dele, ante uma direita tucano-marinista que já deixou claro que pretende extinguir direitos trabalhistas, acabar com o SUS etc.

A única esperança dos golpistas é prender Lula ou torná-lo inelegível com alguma condenação pela Justiça, mas em um ambiente externo em que grande parte da opinião pública internacional enxerga um golpe no Brasil, a perseguição ao maior líder político brasileiro tenderia a soar como a derrocada final de nossa democracia.

A pesquisa Datafolha não mostra apenas que Lula está longe de estar morto, mostra que quanto mais a Lava Jato o persegue mais ele se fortalece. Mas não é só. A pesquisa mostra bem mais.

Quanto mais a situação social piorar no Brasil, mais Lula despertará saudade. Seu governo será cada vez mais lembrado como o melhor momento da vida de legiões de brasileiros empobrecidos que, pela primeira vez, colocaram filhos na faculdade, compraram casa, carro, viajaram de avião etc.

Michel Temer será o grande cabo eleitoral de Lula, se o golpe vingar. Quanto mais tempo ele governar, mais chances o petista terá de se eleger em 2018. São só 2 anos e pouquinho. Passará muito rápido, caso o Senado se deixe enganar pela leitura errada que a mídia está fazendo da pesquisa em tela e vote pelo afastamento definitivo de Dilma.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Pesquisa que diz que Lula seria “esmagado” por Aécio é fajuta

pesquisa capa

As eleições de 2014 ficaram marcadas por uma torrente de pesquisas eleitorais fajutas que o tempo tratou de mostrar que foram feitas sob encomenda para enganar a sociedade e influir no processo eleitoral. Nesse aspecto, três institutos sobressaíram: Veritá, Sensus e Paraná.
O instituto Veritá, por exemplo, a 5 dias da eleição presidencial em segundo turno, publicou uma pesquisa absolutamente maluca em que Aécio Neves aparecia com sólida vantagem sobre Dilma Rousseff – fora da margem de erro.
Em 21 de outubro de 2014, esse instituto mostrou Aécio com 53,2% das intenções de voto, quase sete pontos percentuais à frente de Dilma, que tinha 46,8%. Considerados os votos totais (considerados votos brancos, nulos e indecisos), a contagem era de 47% para o tucano e 41,4% para a petista.
Era uma maluquice. Nenhum outro instituto apontava semelhante quadro. Os números do Veritá contrastavam com a terceira pesquisa Datafolha do segundo turno, divulgada no mesmo dia, que mostrava diferença de quatro pontos percentuais em favor de Dilma.
Tratava-se de uma virtual vigarice, mas que duraria pouco. Míseros 4 dias após o segundo turno, agora com Dilma eleita, a Folha de São Paulo publicou matéria que mostrava que o tal instituto Veritá usara dados falsos, o que não impediu que a campanha tucana e a mídia amiga usassem a patifaria para tentar enganar o eleitor.
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Dez dias antes, outro instituto que usou e abusou de fraudes para tentar ajudar Aécio a se eleger publicara uma pesquisa ainda mais escandalosa, que contrariava todas as outras. A pesquisa apresentava, inclusive, uma conclusão: faltando duas semanas para o segundo turno, o tucano já estaria eleito.
Em 11 de outubro de 2014, pesquisa sobe a sucessão presidencial divulgada pelo Instituto Sensus mostrava Aécio com 58,8% dos válidos contra 41,2% da presidente Dilma Rousseff, ou seja, uma vantagem de 17,6 pontos.
A pesquisa, evidentemente fajuta, viera revestida com a capa de uma certa credibilidade que ainda tinha o instituto Sensus, credibilidade que naufragou durante a eleição. Eis os dados oficiais do registro da pesquisa no TSE.
Registro na Justiça Eleitoral – BR-01076/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – de 07 a 10 de Outubro de 2014
Margem de erro – +/- 2,2%
Confiança – 95%
Quatro dias após a divulgação dessa farsa, o Datafolha publicou sondagem com dados muito diferentes. Tão diferentes que qualquer um poderia concluir que ou o Sensus ou o Datafolha estavam mentindo – e todos viram, poucos dias depois, quem estava mentindo.
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Neste ano, o instituto Paraná vem publicando pesquisas – que ninguém sabe quem está pagando que afirmam que Lula chegaria em terceiro lugar se a eleição presidencial de 2018 fosse hoje.
Em 8 de abril do ano passado, a revista Época divulgou em seu portal na internet que contratou “A primeira pesquisa sobre o segundo turno” com um tal “Instituto Paraná”. O resultado dessa pesquisa surpreendeu não só petistas, mas, também, tucanos ao mostrar Aécio Neves disparado à frente de Dilma Rousseff (54% a 46%).
Paraná 3
Pelo inusitado dos números, o Blog procurou a campanha de Dilma Rousseff. Perguntou se o PT já dispunha de trackings ou pesquisas internas sobre o segundo turno, ao que foi informado de que o partido começaria a fazer suas sondagens só a partir do dia seguinte – quinta-feira, 9 de outubro.
Em seguida, a pergunta foi sobre a confiabilidade da pesquisa. Abaixo, a resposta da campanha de Dilma:
“Picaretagem. Dê uma olhada no site do TSE. [A pesquisa] nem está registrada no TSE como uma pesquisa comprada pela Época. No registro da pesquisa perante o TSE (BR 01064 e 01065), não consta a revista Época nem tampouco a Editora Globo como contratantes, ao contrário do afirmado pela própria Época em sua página”
O Blog acolheu a sugestão da fonte e foi ao site do TSE pesquisar. Abaixo, a reprodução da página de registro de pesquisas do TSE que mostra os números de registro da pesquisa “Paraná”.
Paraná 1
Paraná 2
O fato é que a pesquisa Paraná destoava das dos grandes institutos, que mostravam Dilma e Aécio virtualmente empatados. Pesquisa Ibope publicada no dia seguinte ao da pesquisa Paraná mostrava o tucano e a petista tecnicamente empatados – ela com 49% e ele com 51%.
À época, o blogueiro parananese Esmael de Moraes divulgou que um dos donos dono do “Instituto Paraná”, Murilo Hidalgo, “já estaria nomeado para integrar o novo governo de Beto Richa” e que “deveria dirigir a Celepar, companhia de TI do estado do Paraná”.
Talvez a divulgação desses dados tenha ajudado a “melar” a indicação, mas uma mera visita ao site do instituto Paraná mostra que a empresa tem sólidas relações políticas. Entre outras razões, está a de o instituto exibir em seu site, como um troféu, um “depoimento” sobre seu trabalho.
pesquisa 4
Em 2 de abril, o instituto Paraná publicou pesquisa que afirmou que se as eleições presidenciais fossem naquele momento Aécio teria 37,1% dos votos, Marina Silva ficaria em segundo lugar, com 24,3%, e o ex-presidente Lula teria 17,9%.
Onze dias depois, pesquisa Datafolha divulgou pesquisa que tornou incompreensível a pesquisa Paraná. Segundo o instituto do Grupo Folha, apesar de Lula ver a popularidade de seu legado diminuir, naquele momento ele fora citado como melhor presidente que o Brasil já teve por 50% dos entrevistados.
No primeiro dia útil desta semana, o instituto Paraná soltou mais uma de suas pesquisas Tabajara. Só que, ao contrário do que fez em 2 de abril, desta vez o instituto foi menos ambicioso – afirmou que o resultado adverso para o ex-presidente diante de Aécio e Marina foi apurado apenas em Brasília, enquanto que há dois meses afirmou que seria no Brasil inteiro.
Desta feita, o Paraná afirma que se as eleições de 2018 fossem hoje, EM BRASÍLIA Aécio Neves  teria 40,3% dos votos, Marina Silva teria 24,7% e Lula, 17,6%. Em abril, o mesmo instituto afirmou que pesquisa com resultado semelhante teria sido feita “com 2.022 eleitores em 152 municípios brasileiros entre os dias 26 e 31 de março”.
Pode-se notar que a pesquisa que o instituto Paraná divulgou em 2 de abril como tendo sido feita em 152 municípios mostra resultado muito parecido com a que divulgou neste 1º de junho.
ABRIL
Aécio 37,1%
Marina 24,3%
Lula 17,9%
JUNHO
Aécio 40,3%
Marina 24,7%
Lula 17,6%
Como se vê, Lula e Marina teriam agora, apenas em Brasília, praticamente os mesmos resultados que tiveram em abril no Brasil inteiro, e Aécio teria subido um pouco. Brasília, então, é um resumo do Brasil?
Dado o histórico desse instituto e dada a prática que se estabeleceu durante o período eleitoral de institutos divulgarem pesquisas claramente falsas sem sofrer as penas da lei que torna crime falsificar pesquisas eleitorais, pode-se dizer que, na melhor das hipóteses, essa pesquisa que mostra Lula tão fragilizado, apesar de ser considerado, disparado, o melhor presidente que o país já teve, é fajuta como uma nota de 3 reais.
Essa última pesquisa Paraná não está sendo levada a sério nem pela imprensa tradicionalmente antipetista. A esquisitice em relação à pesquisa anterior, de abril, ficou escandalosamente evidente.
O grande problema é que uma picaretagem como essa se espalha como fogo pelas redes sociais e por blogs e sites antipetistas e, assim, vai turvando o entendimento das pessoas sobre o quadro político.
Os dados supracitados falam por si mesmos. Há uma avalanche de dúvidas sobre essa pesquisa Paraná feita “em Brasília”. É possível ver que há algo tremendamente errado. Há que combater essa farsa ao máximo, pois, neste momento mesmo, está confundindo as pessoas.
Criminosamente!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Aécio repete Marina e chora no horário eleitoral


O programa eleitoral do PSDB de quarta-feira 22 ocorria ao mesmo tempo que manifestações que o partido promoveu em várias capitais do país e que não ganharam o menor destaque na mídia devido ao que, com exceção de São Paulo, foram aglomerações mirradas.


Não foi de espantar que no programa noturno de Aécio ele tenha aparecido com expressão grave. Começou reclamando de campanha “suja” contra si “assim como contra Marina” e, a certa altura, repetiu estratégia da nova aliada no primeiro turno cujos resultados todos sabem: chorou.
Apesar da reclamação do tucano, matéria da Folha de São Paulo de quarta-feira 22 mostra que a população pensa diferente sobre quem tem sido mais agressivo

PS: FHC acabou aparecendo na manifestação de SP.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Os “filhos da esperança” foram adotados pela família do atraso

alem
O “casal benzinho” Eduardo Campos-Marina Silva exibiu-se ontem na televisão.
Um programa até bonitinho, mas absolutamente ordinário em matéria de comunicação.
Francamente, uma fórmula “cult” – cor desbotada, quase preto e branco,  imagens abertas do estúdio, closes intimistas – é muito pouco adequada para um personagem como Eduardo Campos cuja obra administrativa é praticamente desconhecida do país.
Parece ter sido feito, exclusivamente, para dar a ele o aval de Marina, simulando uma longa amizade e intimidade que jamais houve, até o tombo da Rede que a deixou sem legenda para concorrer.
Duvido que tenha tido qualquer consequência como propaganda eleitoral, mas é  curioso que ambos, que devem tudo o que são a Lula, se definam como filhos da esperança.
São, e é exatamente isso que os torna tão frágeis.
Mais até a Campos que a Marina.
Porque o filho da esperança fugiu de casa por ambição.
E foi oferecer-se à adoção pela família do atraso, do conservadorismo.
Por isso sua fala não tem uma palavra sequer contra o que esta gente fez com o Brasil.
Ao contrário, falam em “preservar as conquistas” de todos os  governos.
Tudo são declarações de intenção, daquelas que qualquer político pode fazer.
Marina chega a dizer que o mais importante para o país é “uma agenda” – espero que não aquela do Itaú, comemorando o aniversário do golpe – que possa ser seguida por todos os governos, sem distinção.
Essa agenda, Marina, já existe: é a cartilha econômica que o capital nos impõe, sugando os frutos do trabalho do povo brasileiro e as riquezas deste país.
E a reação do “mercado” contra quem sai, mesmo que só um pouquinho, dela é a prova de quanto é duro e árduo sair deste diktat colonial-financeiro.
Fácil, mesmo, só se bandear para o lado de lá.
Seus aliados, agora, são o Aécio Neves, o Roberto Freire, o Jorge Bornhausen…
Ou são eles que iriam preservar as conquistas da “era Lula”?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Abin identifica as ONG'S estrangeiras que boicotam Belo Monte

(clique na imagem para ampliar)

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O relatório de inteligência no. 251/82260, de 9 de maio de 2011, da Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, identifica, uma por uma, as organizações estrangeiras que boicotam a construção da Usina de Belo Monte.

Como se sabe, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, que não vai alagar uma única moradia, um puxadinho, uma lavoura de indígena brasileiro.

E significará um passo decisivo na estratégia para o Brasil assegurar uma matriz energética limpa, renovável – e genuinamente nacional.

Essas organizações identificadas pela ABIN mantêm uma relação de afinidade ideológica estrutural com os grupos “verdistas” que se opõem, por exemplo, ao Código Florestal.

O Código, da mesma forma, cria o marco regulatório que preserva a integridade patrimonial do pequeno agricultor e assegura a expansão do grande empreendedor agrícola genuinamente brasileiro.

Atacar Belo Monte e acusar o Código de “perdoar o desmatador”e Belo Monte de “monstro” que vai “destruir a floresta” são a cara e a coroa dos mesmos interesses não-brasileiros.

O “verde” é a nova ideologia Metropolitana.

Não é à toa que a Bláblárina, desde sempre, foi a candidata que seguia a linha auxiliar do Cerra.

Porque o “verdismo” é uma nova forma de neoliberalismo.

Por falar nisso, interessante que o PT tenha tanta dificuldade de defender o “interesse nacional”.

O PT parece precisar, sempre, do aval dos Estados Unidos.

Da Metrópole.

Para não parecer bicho papão.

Enquanto estava na Casa Civil (como se sabe, ele foi embora pra não identificar os fregueses), Tony Palocci pressionou para que o Código  Florestal respeitasse a pressão dos estrangeiros.

O PT parece intimidado diante das ONGs americanas que boicotam Belo Monte e o Código.

(Os trabalhistas ingleses também são assim. Não querem dar a impressão de que defendem o interesse nacional inglês, contra os Estados Unidos. Foi numa dessas que o Tony Blair se enfiou no Iraque com o George Bush.)

O relatório da ABIN tem esse valor.

Dá nome aos bois.

Dos estrangeiros.

Dos brasileiros a gente, aos poucos, identifica por aqui.


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Irregularidade nas pesquisas só houve entre março e abril



Os meios de comunicação aliados a José Serra já começam uma nova ofensiva em favor de seu candidato. Essa ofensiva inclui manipulação de interpretação das pesquisas, retomada de denúncias contra Dilma e o PT e reprodução de campanhas anônimas de difamação destes, de forma a levá-las ao conhecimento do público sem, entretanto, dar-lhes apoio formal.
Este texto, porém, abordará apenas as interpretações enviesadas das pesquisas
Na edição de hoje da Folha de São Paulo, o diretor do instituto, Mauro Paulino, dá uma interpretação superficial das últimas pesquisas para afirmar, sem medo de ser feliz, que o Datafolha seria o instituto que mais teria acertado o resultado final da eleição.
Este é um assunto complexo que requer a maior simplificação possível, pois essa complexidade dos fatos permite afirmações que não guardam relação com a realidade contando com a dificuldade do público de compreender processo tão intrincado.
Na reta final do primeiro turno, todos os institutos de pesquisa mostraram a mesma tendência, de queda de Dilma e de subida de Marina. Quanto a Serra, só Datafolha, Ibope e Vox Populi detectaram sua subida na reta final da campanha. O Sensus não registrou esse movimento, que nas outras pesquisas ficou dentro da margem de erro.
Entre 5 de abril e 2 de outubro, Datafolha e Ibope fizeram 14 pesquisas cada, Sensus fez 6 e Vox Populi 8.
A tendência da eleição, sobretudo depois do início do horário eleitoral, em agosto, foi prevista, portanto, por todos os institutos. Todos eles captaram bem a arrancada de Marina na reta final e a queda de Dilma. E todos registraram o mesmo sobre Serra, subida tímida ou estagnação, consideradas as margens de erro.
Para simplificar, reitero afirmação que fiz anteriormente de que o que interessa em estatística são as tendências que os números mostram, e que essas tendências só apresentaram perturbações em um único momento desde o começo de abril até o último domingo. Esse momento foi entre março e abril, conforme se pode ver no gráfico acima.
Nos gráficos do Datafolha e do Ibope, um círculo revela o momento em que, ao passo que estes institutos mostravam subida de Serra e estagnação de Dilma, Sensus e Vox Populi antecipavam a tendência de subida de Dilma e de estagnação ou queda dos adversários. Isso durou até meados de setembro, quando Marina teve maior aceleração das intenções de voto e Serra permanecia estagnado até a reta final, quando teve discreta subida em 3 dos 4 institutos.
Como se pode notar, porém, a partir de fins de abril, com a representação do Movimento dos Sem Mídia à Justiça Eleitoral, Datafolha e Ibope passaram a acompanhar a tendência de Sensus e Vox Populi. Dali em diante, todos os institutos passaram a mostrar o que de fato aconteceria em 3 de outubro.
Neste momento, essa discussão está sendo escamoteada na grande imprensa. Até hoje os grandes meios de comunicação não noticiaram o inquérito da Polícia Federal sobre os institutos de pesquisa. Mesmo que a mídia não tenha considerado a fato em suas análises, isso não quer dizer que não exista.
Estão errando todos. Haverá conseqüências da investigação que a Polícia Federal está fazendo por conta da iniciativa do Movimento dos Sem Mídia. Não se pode afirmar quem será responsabilizado pelo que aconteceu entre março e abril, quando dois pares de institutos divergiram entre si, mas posso garantir que dois dos quatro institutos serão responsabilizados.
É possível afirmar que é inexplicável e suspeitíssima a divergência entre Datafolha e Ibope, de um lado, e Sensus e Vox Populi do outro entre março e abril. Em minha opinião, Datafolha e Ibope tentaram “segurar” a tendência de ultrapassagem de Serra por Dilma naquele momento.
Devido ao segredo em que tramita a investigação das pesquisas pela PF, não será possível dar mais informações sobre o assunto. Todavia, os que estão ignorando essa investigação apesar de saberem dela terão, no mínimo, que mentir para o público quando não puder mais ser escondida. E esse momento chegará…
Essa investigação deve produzir conclusões no primeiro semestre do ano que vem. E os indícios de que ela apontará que entre março e abril deste ano ao menos dois institutos de pesquisa tentaram enganar a sociedade, já me chegam às mãos.
O caso transcende a campanha eleitoral. É preciso desmascarar o uso de pesquisas de intenção de voto para impedir que se materializasse mais cedo uma tendência de expressivo fortalecimento da candidatura Dilma Rousseff ao longo deste ano. Esse fato só não virá a público se Serra se eleger e mandar a PF interromper a investigação.
Como fiz em outras oportunidades em que previ fatos que mais tarde todos teriam que reconhecer, peço a vocês que não se esqueçam deste texto. Em alguns meses, este assunto dominará o debate político no Brasil e produzirá conseqüências ainda imprevisíveis, mas que garanto que virão de forma inexorável.

Marina, as pesquisas e a comemoração do PIG

Posted by eduguim on 04/10/10 • Categorized as Opinião do blog BLOG CIDADANIA - EDUARDO GUIMARÃES

Bueno, vejamos por onde começar…
Há tanto a dizer – e tanta ansiedade para que seja dito – que me vi diante da dúvida sobre que assunto abordar primeiro. Imagino, então, que o melhor pode ser dar um panorama geral sobre os casos mais carentes de abordagem e, no decorrer dos próximos dias, ir detalhando o que direi agora sobre cada um deles.
E quais são esses casos? O que precisa ser abordado para que possamos seguir em frente e partir para o debate político do segundo turno? Penso que há três assuntos.
1 – O papel de Marina Silva na campanha eleitoral que, para ela, terminou ontem.
2 – Os erros de TODAS as pesquisas durante o processo eleitoral também de ontem.
3 – O significado e o pateticismo desse sorriso interminável pregado nas múltiplas caras do Partido da Imprensa Golpista (PIG).
Sobre o papel de Marina
Confirmou-se o que sempre se soube, que se tratava de uma “laranja” que serviria para inflar as intenções de voto dos adversários de Dilma de forma a garantir o segundo turno, esse lenitivo no qual Serra, o  PSDB e seus aliados na mídia sempre apostam para vencer o PT.
Marina foi a Heloísa Helena de 2010. Foi exaltada como a musa ética e a reserva moral da campanha, a quem a mídia concedeu a prerrogativa de tecer considerações desabonadoras sobre os adversários revestidas de um ar angelical de quem estava orando pelos pobres do mundo.
Como a congênere alaranjada, Marina se perderá nas teias do tempo e daqui a quatro anos terá que começar tudo de novo, provavelmente sem ser tratada com a mesma complacência pelos adversários.
Os erros das pesquisas
Em pesquisa de intenção de voto, para não dizer em estatística, o que vale é a tendência ao longo de uma linha de tempo. Há fatores imponderáveis como abstenção proposital ou acidental que pode ter sido gerada por falta de documentos, condições climáticas etc. Trata-se, pois, do imponderável por qualquer sondagem do eleitorado.
Em abril, quando o Movimento dos Sem Mídia representou contra TODOS os institutos de pesquisa na Procuradoria Geral Eleitoral por estarem todos sendo acusados pela grande imprensa e pela imprensa dita “alternativa”, havia uma divergência escandalosa nas pesquisas justamente porque, aos pares, os quatro maiores institutos apontavam para tendências divergentes.
Datafolha e Ibope, de um lado, e Sensus e Vox Populi do outro mostravam, respectivamente, ascensão de Serra e Marina e estagnação ou queda de Dilma e o contrário disso. Agora, na reta final, todos vinham apontando para queda de Dilma e subida de Serra e Marina depois de a petista se alçar do empate com a soma dos concorrentes, o que lhe daria a eleição no primeiro turno.
É vigarice dizer que algum grupo de institutos, ou algum instituto isolado, errou mais do que o outro na reta final. Até porque, acho que não erraram. TODOS apontaram tendência de queda de Dilma.
Para este blogueiro sujo, ficou demonstrado, pois, que em um determinado ponto deste ano quem estava dando tendências divergentes decidiu parar e ninguém acreditou que parou, incluindo quem escreve estas mal traçadas linhas.
A comemoração do PIG
O sorriso no canto dos lábios dos estafetas do PIG, sobretudo os da Globo, é idêntico ao dos tucanos que andaram desfilando triunfantes pelas tevês.
O que comemoravam? Terem perdido de pouco da Dilma.
Alguns tucanos, entre assumidos e enrustidos, contabilizam os votos de Marina como se fossem deles. Assim como fizeram com os de Heloísa Helena, Cristovam Buarque e outros que se dispuseram ao mesmo papel que a laranja verde se dispôs.
Quer dizer, então, que Serra acha que pode vencer a eleição? Bem, eu não dou lá muito crédito a um candidato que terminou o primeiro turno perdendo de longe de uma candidata que nunca disputou uma eleição na vida mesmo com toda a grande mídia e até a Justiça Eleitoral ajudando.
Como dizia o nosso irmãozinho Roberto Carlos, portanto, podem vir quente que nós estamos fervendo. Aguardem.