Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Moro ia fechar a Volkswagen! Moro encarcerou o CPF e incinerou o CNPJ

Em tempo: imagine, amigo navegante, se os Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Irã, Israel, Índia, Paquistão deixariam um juizeco de primeira instância destruir seu programa nuclear

domingo, 24 de julho de 2016

Ombudsman: Folha errou e persistiu no erro com sua pesquisa pró-Temer

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Uma semana depois do maior erro da história do Datafolha e da própria Folha, que apontou que 50% querem a permanência do interino Michel Temer quando o número real é de apenas 19%, a ombudsman Paula Cesarino Costa apontou que o jornal, editado por Sérgio Dávila, errou e persistiu no erro; "A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas", diz ela; Paula, no entanto, não tocou no ponto central: o erro parece ter sido deliberado para favorecer o impeachment da presidente Dilma Rousseff e manter no poder um presidente impopular, que promete impor uma agenda de reformas econômicas defendida pelos donos da Folha 

247 – Uma semana depois da denúncia de que a Folha de S. Paulo publicou uma pesquisa forjada para alavancar o interino Michel Temer e tentar consolidar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, vendendo a tese de que 50% dos brasileiros defendem a permanência do vice, quando o número real é de apenas 19% (leia aqui), a ombudsman do jornal, Paula Cesarino Costa, reconheceu que tanto a publicação como seu instituto de pesquisas erraram e persistiram no erro (leia aqui).

"A meu ver, o jornal cometeu grave erro de avaliação. Não se preocupou em explorar os diversos pontos de vista que o material permitia, de modo a manter postura jornalística equidistante das paixões políticas. Tendo a chance de reparar o erro, encastelou-se na lógica da praxe e da suposta falta de apelo noticioso", disse ela, ao comentar a decisão da Folha de não publicar que 62% dos brasileiros defendem a renúncia de Temer e novas eleições – ao contrário disso, a Folha publicou, de forma errônea, que apenas 3% querem novas eleições.

"A reação pouco transparente, lenta e de quase desprezo às falhas e omissões apontadas maculou a imagem da Folha e de seu instituto de pesquisas. A Folha errou e persistiu no erro", disse ainda Paula, sobre a posição assumida por Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal.

Paula, no entanto, não tocou no ponto central: o erro parece ter sido deliberado para favorecer o impeachment da presidente Dilma Rousseff e manter no poder um presidente impopular, que promete impor uma agenda de reformas econômicas defendida pelos donos da Folha. Ou seja: ao que tudo indica, não foi um simples acidente de percurso, mas uma manipulação proposital da opinião pública.

 Globo diz que fraude da Folha é invenção de blogs ‘pró-Dilma’


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Jornalista Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho, critica a postura do jornal da Família Marinho, que afirmou que fraude da Folha de esconder números de sua própria pesquisa e divulgar uma interpretação diametralmente oposta ao realmente apurado é coisa de blogueiros pró-Dilma; ele cita exemplos de jornalistas internacionais, como Glenn Greenwald, ganhador do Pullitzer, e Alex Cuadros, autor de um best-seller sobre o Brasil; que criticaram a fraude 

Por Miguel do Rosário, O Cafezinho - Os correspondentes internacionais estão experimentando na própria pele o que os blogueiros vem passando há anos.

Críticas à imprensa corporativa, que numa democracia deveriam ser consideradas como algo que ajuda a própria imprensa a se aperfeiçoar e, sobretudo, como um incentivo à a liberdade de imprensa, são quase criminalizadas no Brasil.

Olhe como a Globo tratou a denúncia de fraude da Folha, fraude que consistiu em esconder números de sua própria pesquisa e divulgar uma interpretação diametralmente oposta ao realmente apurado.

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A denúncia da fraude da Folha foi feita pelo ganhador do Pullitzer, principal prêmio de imprensa nos Estados Unidos, o jornalista que enfrentou o serviço secreto mais poderoso e mais perigoso do mundo, a NSA, para divulgar informações vazadas por Edgar Snowden.
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O jornalista, Glenn Greewald, publicou não apenas uma, mas duas reportagens denunciando a fraude.

Folha comete fraude jornalística com pesquisa manipulada visando alavancar Temer
A fraude jornalística da Folha é ainda pior: surgem novas evidências


Em seguida, a denúncia foi repercutida pelo El País, principal jornal da Espanha e um dos maiores jornais do mundo (conservador, diga-se de passagem).

Datafolha faz perguntas diferentes em pesquisas de abril e julho e levanta controvérsia

O jornalista americano Alex Cuadros, um tuiteiro ativo, autor de um best-seller elogiado pelo New York Times sobre o Brasil (o livro Brazillionaires), resolveu entrar na polêmica, e postou uma série de comentários críticos à Folha e à imprensa brasileira. São comentários argutos, refinados, que mereciam ser objeto de reflexão. Eu reproduzo alguns deles aqui.

Observe que Cuadros é um cara que quer acreditar na imprensa brasileira.  Não é um blogueiro político (como eu) já traumatizado por anos de análise das manipulações da mídia. Ele inicialmente atribui a fraude a uma infelicidade qualquer do editor, a um erro de julgamento de jornalistas tomados de paixão partidária.

É um naïf.

Percebe-se claramente a evolução de sua perplexidade. O final da história, que conto depois das imagens abaixo, é divertido.

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Depois de comentários tão inteligentes, qual o resultado? A Globo publica matéria atribuindo a crítica à Folha a uma polêmica levantada por "blogs pró-Dilma".
E aí, o moderado e crédulo Alex Cuadros, não mais consegue conter sua irritação.

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Eu traduzo esse último tweet: "Para a Globo: reduzir as críticas a essa pesquisa manipulada a blogs "pró-Dilma é maniqueísta e equivocado. Eu não sou pró-Dilma!"
Bem vindo, Alex!

E relaxa, companheiro. Para esses caras, qualquer crítica às suas mentiras é coisa de "petralha", "pró-Dilma", "simpatizante do PT".

O Otavinho Frias não chamou a jornalista britânica, que fez críticas à imprensa brasileira num seminário em Londres de "militante do PT"?

Deslegitimar os críticos é a maneira que eles - os plutocratas da mídia - encontraram para continuar manipulando as notícias.

E, Alex, infelizmente dá certo! Vide a perseguição aberta do governo Temer aos blogs, após uma verdadeira campanha de guerra movida por reportagens na Folha, na Globo, no Estadão, na Veja, no Antagonista, contra a publicidade estatal na imprensa progressista.

Além do mais, não sei se você já percebeu, mas tá rolando um golpe de Estado no Brasil...
Ops, desculpe, essa história de golpe também deve ser coisa de "blogs pró-Dilma".

sábado, 18 de outubro de 2014

Ninguém se recusa a soprar bafômetro “inadvertidamente”

Imagine, leitor, se Lula – antes, durante ou depois de governar o Brasil – tivesse sido parado em uma blitz de trânsito e fosse constatado que estava inabilitado para dirigir (permissão vencida) e, para completar, tivesse se recusado a fazer teste de alcoolismo soprando o bafômetro.
Se essa hipótese fosse verdadeira e Lula ainda fosse presidente, a oposição tucano-midiática por certo teria pedido o seu impeachment. Mas e se fosse candidato a presidente e tivesse sido flagrado dirigindo alcoolizado, o que a mídia e a oposição – esse conclave antipetista – diria? Consideraria um pecadilho desimportante ou prova de que não teria condições de ser presidente?
A forma como a mídia e a oposição a Dilma trataram a pergunta (legítima) da presidente a Aécio Neves no debate SBT/UOL sobre o episódio em 2011 em que o então senador tucano recém-eleito foi flagrado em uma blitz de trânsito no Rio de Janeiro e, instado pelos policiais a fazer o texto do bafômetro, recusou-se, difere do que fizeram em episódio análogo.
Lula está há mais de trinta anos no cenário político brasileiro. Em todo esse tempo, jamais foi flagrado bêbado e nunca, jamais, surgiu um depoimento crível de que tenha sido visto nessa condição. A despeito disso, sugiro ao leitor que faça uma busca no Google usando os termos “Lula” e “bêbado”.
São milhares de charges, piadinhas e críticas a supostos hábitos etílicos do petista.
Essa história de que Lula bebe ganhou corpo em 9 de maio de 2004. Reportagem da Folha de São Paulo – o mesmo jornal que publicou na capa que Lula matara 200 pessoas no desastre do avião da TAM e que, também na capa, acusou o presidente de ter tentado estuprar um adolescente –, com destaque na primeira página, acusou o então presidente de ser alcoólatra.
A matéria derivou de artigo do então correspondente do jornal The New York Times no Brasil, Larry Rother, quem, com base em afirmações de desafetos de Lula – sobretudo os do PSDB –, acusou o então presidente da República de ser alcoólatra. Contudo, nunca houve uma só prova disso.
Abaixo, a matéria de Rother que a Folha e toda a grande imprensa divulgaram à farta. O post prossegue após a matéria.
Como se vê, a matéria infame do jornalista americano contra o então presidente do país, repercutida incansavelmente por toda a grande mídia, baseava-se, tão-somente, em disse me disse e em especulações.
A despeito disso, o mesmo PSDB e a mesma mídia que hoje se horrorizam por Dilma ter perguntado simplesmente sobre a posição de Aécio sobre alcoolismo são os mesmos que acusaram Lula de ser alcoólatra sem nem uma mísera prova que sequer se aproximasse da prova inconteste contra Aécio produzida na blitz em que ele se recusou a soprar o bafômetro.
Apesar da falta de provas da afirmação de Rother sobre Lula, no dia seguinte (10/05/04) à matéria acusatória, na mesma Folha, o então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Custódio Mattos (PSDB-MG), defendeu a acusação de Rother a Lula: “Acho que temos que dar um voto de confiança”.
Dois dias depois, a Folha de São Paulo publica matéria defendendo efusivamente a publicação da “denúncia” contra Lula, apesar de não se basear em provas.
Todos os grandes jornais defenderam as especulações sobre os supostos hábitos etílicos de Lula. Até hoje o ex-presidente é chamado de alcoólatra nas redes sociais e nos redutos antipetistas por conta de uma matéria que jamais provou nada.
Aécio e seu partido – bem como a mídia tucana – parecem ter mudado de opinião sobre a relevância de um homem público usar substâncias entorpecentes, seja álcool ou cocaína. Agora, dizer que um homem público usa tais substâncias é considerado “baixaria”.
Talvez seja mesmo. Ainda mais se não houver provas, como no caso de Lula. Contudo, diante da prova, a situação muda de figura. E o que é pior, se além da prova de uso de substâncias entorpecentes um homem público tentar burlar a lei, aí tudo fica mais grave.
Então vejamos: Aécio, senador da República recém-eleito, supostamente obrigado a fazer e a defender leis, é flagrado dirigindo sem permissão e, instado pelos policiais a fazer o teste do bafômetro, recusa-se a fazer.
Alguém que faz leis e deve defender a aplicação delas por dever de ofício, dá o (mau) exemplo de não só violar a lei, mas se negar a cumpri-la.
Quando, no debate SBT/UOL, na última quinta-feira, a presidente Dilma perguntou o tucano sobre o que ele achava da lei que proíbe dirigir sob efeito de álcool ou outras drogas, ele se revoltou. Mas tentou explicar alguma coisa.
Abaixo, matéria da Folha com a explicação textual de Aécio para aquele episódio.
Epa! “Inadvertidamente? Como assim?! Aécio estava inadvertido sobre o que? Vejamos o que diz o dicionário Houaiss sobre o adjetivo inadvertido.
inadvertido
adjetivo ( a1595)
1 que não foi advertido, não avisado; desavisado
2 que não toma cuidado suficiente; descuidado, distraído
Bem, pelo que se pode depreender de Aécio ter dito que “inadvertidamente” se recusou a fazer o teste do bafômetro é que ele, um senador da República – ou seja, um legislador – não conhecia a “lei seca”.
É isso?
A grande pergunta que fica é: alguém que desrespeita ou desconhece uma lei que cem por cento dos brasileiros conhecem e que se recusa a provar que não infringiu essa lei – obviamente porque, se se submetesse à prova, ficaria claro que infringiu – tem condições de governar o país?
Se Lula, governando o país, foi exposto por um jornal estrangeiro com uma mera suposição sem amparo de qualquer prova e o PSDB e a mídia compraram a acusação e defenderam que tivesse sido feita, mídia e PSDB têm, agora, obrigação de apoiar o questionamento a Aécio Neves feito por Dilma Rousseff. É simples assim.