Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Ora, ora, mas não era o PT que iria “censurar” a imprensa?

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Um dos incontáveis textos opinativos publicados pela Folha de São Paulo e pelo resto da mídia tucana do eixo São Paulo – Rio de Janeiro ao longo dos governos Lula e Dilma, e que acusavam o PT de ser um partido antidemocrático que pretenderia censurar a “imprensa livre”, começava assim:
Por vezes, é divulgado que o PT busca mecanismos legais para subordinar a mídia. Segundo a afirmativa básica do partido, é preciso inocular dose de responsabilidade na mídia porque a burguesia é que a domina. Instrumentos sociais devem limitar as ‘mentiras’ e ‘deturpações’ veiculadas nas mídias.
Por isso, trago ao conhecimento frases coletadas no livro ‘Minha Luta’ de outro famoso crítico da liberdade de imprensa: Adolf Hitler. No livro, ele afirma que a imprensa livre recorre a “outros processos para envenenar o espírito público”.
‘Por meio de um amálgama de frases agradáveis, eles enganam seus leitores, incutindo-lhes a crença de que a ciência pura e a verdadeira moral são as forças propulsoras de suas ações, ao passo que, na realidade, isso não passa de um inteligente artifício para roubarem uma arma que seus adversários poderiam usar contra a imprensa’.
Para Hitler, costuma-se denominar ‘liberdade de imprensa’, “como se costuma denominar o abuso desse instrumento de ludíbrio e de envenenamento do povo, ao abrigo de quaisquer punições (…)”.
Folhas, Vejas, Globos, Estadões e seus penduricalhos passaram os 13 anos e pouco de governos do PT acusando os dois presidentes da República petistas e o próprio partido de quererem censurar a imprensa. Isso a despeito de que jamais esse grupo político tenha tomado uma mísera atitude para cercear não a liberdade de imprensa, mas a mais deslavada canalhice dessa mídia.
A ficha falsa de Dilma Rousseff
No dia 5 de abril de 2009, o jornal Folha de São Paulo publicou no alto de sua primeira página uma ficha policial falsa da então pré-candidata à Presidência da República Dilma Vana Rousseff que a acusava de crimes. Era a preparação para a disputa feroz que se estabeleceria entre ela e o candidato da Folha, José Serra, no ano seguinte.
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Em matéria posterior, nas páginas internas, sem o mesmo destaque da acusação, o jornal reconheceu o seu antijornalismo. Reconheceu que recebeu o “documento” por e-mail de um site de extrema-direita e publicou no alto de sua primeira página sem checar nada.
Apesar disso, a Folha concluiu a matéria com a seguinte pérola:
“Pesquisadores acadêmicos, opositores da ditadura e ex-agentes de segurança, se dividem. Há quem identifique indícios de fraude e quem aponte sinais de autenticidade da ficha”
Ou seja, apesar da falsificação evidente, que a própria matéria reconhecia, deixou uma porta aberta para quem quisesse acreditar. Caberia, pois, uma ação judicial não apenas para retirar do ar matéria que consta até hoje dos arquivos da Folha, mas pedindo reparação.
Dilma nunca tomou uma mísera medida para impedir que seus adversários continuassem usando até hoje uma incontestável mentira. Tudo em nome da liberdade de imprensa.
O menino do MEP
Meses após aquele ataque eleitoreiro visando as eleições do ano seguinte, mais especificamente em 27 de novembro de 2009, a mesma Folha de São Paulo publica, com grande destaque, um texto espantoso de um desafeto de Lula.
O artigo “Os filhos do Brasil” foi escrito por um ex-militante de esquerda, César Benjamin, que se irritou com o biografia filmada de Lula, o longa “O Filho do Brasil”, do diretor Fábio Barreto, que enaltecia o então presidente da República.
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No artigo, Benjamin, sem apresentar uma mísera prova, acusou Lula de ter tentado estuprar um colega de cela quando esteve preso durante a ditadura militar.
A Folha, sempre visando a campanha eleitoral do ano seguinte, tentava enlamear a imagem de Lula para diminuir seu poder de transferência de votos para Dilma na disputa que travaria com o queridinho da mídia paulista, José Serra.
Poucas vezes deve ter existido na história da humanidade motivo mais cabal para processar alguém, e chance tão grande de vencer o processo. Benjamin e a Folha foram desmentidos por TODOS os que estiveram com Lula e Benjamin naquela cela.
Lula, como Dilma, apesar das acusações de querem censurar a mídia tucana, jamais processou o caluniador ou o jornal que lhe possibilitou caluniar.
Suprema ironia
Chegamos a 2017. O grupo político que sempre acusou o PT de censura está no poder. Não só o PSDB, mas grande parte do PMDB que sempre condescendeu com as acusações de ímpeto censor vertidas pela mídia que apoiou incondicionalmente o regime que de fato a censurou por duas décadas.
Michel Temer, o presidente da República, está metido em confusões com a Justiça. Vem sendo delatado sem parar por ter recebido propina. Há um caso esquisito envolvendo tentativa de chantagem de sua mulher. Ela e o marido tentam vender que se trata de fotos íntimas e sensuais que produziram juntos. Mas há suspeita de que a causa da chantagem seja outra.
A mando do presidente e de sua mulher, a Casa Civil da Presidência da República conseguiu CENSURAR a imprensa que tanto acusou o PT e os dois presidentes da República petistas apesar de eles nunca terem cometido um só ato igual ao do governo tucano-peemedebista.
Quanta ironia, não?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Folha engana leitor com pegadinha contra Cuba na primeira página

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Olhando de longe, o jornal Folha de São Paulo é um mistério. Olhando de perto, porém, é tão ruim quanto qualquer outro jornalão de direita que aderiu à ditadura militar e atentou tantas vezes contra a democracia tanto no século passado quanto neste.
Ao passo que a Folha faz denúncias contra a direita (sobretudo contra o PSDB) que nenhum outro grande órgão de imprensa faria, como a denúncia do “Aécioporto” ou a da propina de 23 milhões a José Serra, também é o jornal que promove as trapaças mais hediondas de que se tem notícia na grande imprensa brasileira.
Quem não se lembra da ficha policial falsa de Dilma Rousseff que a Folha publicou em sua primeira página em 2009?
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Sim, quase um mês depois o jornal reconheceu que errou, mas, obviamente, sem dar a essa informação destaque sequer parecido com o que deu ao divulgar informação falsa que recebeu por e-mail de fonte desconhecida e publicou na primeira página sem checar nada.
Na imagem acima, você nota o destaque imenso dado à mentira. Na imagem abaixo, você vê que nada saiu na primeira página na data em que o erro foi reconhecido.
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Como já se passaram quase oito anos, vale rever o desmentido da Folha, porque ele obriga quem lê a se perguntar como um grande jornal foi capaz de publicar no alto de sua primeira página uma mentira tosca, sem fazer checagem nenhuma, sem a menor responsabilidade.
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No mesmo ano (2009), a Folha de São Paulo publica artigo de um antigo desafeto do então presidente Lula acusando-o de ter tentado estuprar um colega de cela quando esteve preso durante a ditadura militar.
Naquele mesmo ano, o jornal publicou, em 17 de fevereiro, editorial que afirmava que a ditadura militar brasileira foi, na verdade, uma “ditabranda”, ou uma ditadura soft, light, suave. Por quê? Por, segundo o jornal, ter matado “pouca” gente, “apenas” umas cinco centenas de pessoas.
Diante dessa enormidade, este blogueiro, através desta página, convocou manifestação de vítimas e parentes de vítimas da ditadura diante do jornal, que registrou tudo em matéria no dia seguinte.
folha-4Abaixo, vídeo da leitura de manifesto que escrevi e que foi apoiado por mais de vinte entidades defensoras de direitos humanos, como CUT, UNE, Tortura Nunca Mais etc.
Como se vê, a Folha de São Paulo é um veículo dado a publicar informações inverídicas, sem checagem e com grande destaque. E nesta quinta-feira, 1º de dezembro de 2016, não foi diferente. O jornal publicou uma pegadinha para acusar um homem que não pode mais se defender de herdeiros irresponsáveis de grandes fortunas como são os filhos do velho Frias, fundador da Folha e apoiador de primeira hora da ditadura militar brasileira.
Confira, abaixo, a primeira página da Folha de São Paulo de 1º de dezembro de 2016
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A informação cheira mal porque é uma acusação gravíssima e estrondosa que busca empanar o brilho de avanços sociais de Cuba mundialmente reconhecidos. Porém, basta ler a matéria para perceber que a chamada de capa da Folha é uma pegadinha que visa enganar as pessoas, sobretudo aquela parcela da população paulistana que dos jornais só lê a primeira página exposta nas bancas de jornal.
Lendo a matéria, descobre-se que a informação estrondosa se baseia em alegações sem provas da comunidade anticastrista situada nos EUA, que pilota um tal de Cuba Archive, cujas afirmações não podem ser checadas por falta de fontes confiáveis.
Cuba Archive, sediado em Washington, é pilotado por cubanos exilados que saíram de seu país décadas atrás por integrarem o regime corrupto do ditador Fulgêncio Batista. São autores de teorias malucas como a de que o regime castrista sequestrava crianças cubanas para transformá-las em comida para o supostamente faminto povo cubano.
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A teoria psicótica sobre comunistas comedores de criancinhas foi vendida pelos autores do Cuba Archive e pode ser conhecida no livro de Fernando Morais Os Últimos Soldados da Guerra Fria (Cia. das Letras)
Um dos colaboradores da ONG é o escritor anticastrista Carlos Alberto Montaner, outro é o ex-subsecretário de Estado norte-americano Otto Reich, também anticomunista e anticastrista feroz.
O pior de tudo é que não há fontes confiáveis para os números apresentados pelo Cuba Archive simplesmente porque os estudos não indicam fontes isentas e reconhecidas. São afirmações sem provas de pessoas amplamente interessadas em desmoralizar o regime cubano.
Mas a Folha não ficou só nisso. Dois dias antes (29/11), publicou o editorial “Fidel Castro”, por ocasião da morte do ex-dirigente cubano. Naquele texto, o jornal repisa informação fajuta divulgada anos atrás por seu colunista Reinaldo Azevedo, de que antes de Fidel Cuba já tinha saúde e educação de primeiro mundo.
Azevedo se ampara em números divulgados pelos inimigos do regime cubano e que não foram auditados por ninguém, que não têm origem em nenhum estudo conhecido, em nenhuma estatística confiável.
Azevedo se baseou em livro de uma obscura escritora francesa chamada Jeannine Verdes-Leroux, intitulado “A Lua e o Caudilho”, uma longa arenga contra o regime cubano amparado em informações também sem fontes confiáveis.
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Azevedo, naquele texto maluco, faz a afirmação espantosa de que a mortalidade infantil em Cuba é baixa porque naquele país o aborto é legal, afirmação que, se levada a sério, colocaria em dúvida a baixa mortalidade infantil da maioria dos países desenvolvidos, sobretudo os nórdicos, pois em quase todos os países desenvolvidos o aborto é legal.
A Folha é útil porque, para conferir ares de verdade a esse tipo de farsa, publica algumas verdades sobre a direita que outros veículos de direta escondem, como a de que José Serra e Aécio Neves estão envolvidos até o pescoço em denúncias de corrupção, mas tudo isso é tática diversionista para permitir ao jornal aplicar passa-moleques como o que você acaba de ler.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O tamanho de Aécio Neves

Ainda que estejam tentando criminalizar críticas de cidadãos ao PSDB e aos seus expoentes na política, esse é um direito democrático do qual abrir mão significa consentir com uma legítima ditadura, na qual um partido político – que, inclusive, governa o país – pode ser execrado, acusado de tudo e mais um pouco, muitas vezes sendo caluniado, e outro partido, de oposição ao primeiro, trata como “crime” qualquer crítica que receber.
A política comporta jogo sujo desde sempre. Na era da internet, há quem use e abuse do anonimato para difamar, ameaçar, enfim, fustigar de todas as formas os adversários políticos. Alguns casos são realmente criminosos.
Um exemplo de atuação do “submundo” da grande imprensa contra políticos é a ficha policial falsa da hoje presidente Dilma Rousseff, publicada em 2009 no alto da primeira página do maior jornal do país, a Folha de São Paulo. Segundo o próprio jornal, essa suposta ficha policial lhe chegou por e-mail e, sem checagem alguma de sua veracidade, foi publicada com o maior destaque possível contra a então ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula.
Periciada, a ficha se mostrou falsa como uma nota de 3 reais. Dilma Rousseff, então possível candidata a presidente da República no ano seguinte, abriu mão de tomar medidas judiciais não só contra quem fez a falsificação, mas contra quem a divulgou com grande estardalhaço.
No mesmo ano, o mesmo jornal publica o que chamou de “análise” sobre o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O texto foi escrito por César Benjamin, ex-candidato a vice-presidente na chapa da senadora pelo PSOL Heloisa Helena, candidata a presidente na eleição de 2006. Naquele texto, o autor acusou o homem que governava o Brasil de ter tentado estuprar um colega de cela enquanto permaneceu preso no DOPs, em 1971.
Lula e Dilma, para resumir, sofreram, ao longo dos últimos 12 anos, inúmeros ataques do “submundo” da grande imprensa e do da internet. Na eleição de 2010, por exemplo, foi criado um site que “acusava” a então candidata Dilma de ser “homossexual” e, para “comprovar” a “acusação”, chegou a postar foto da “amante” dela.
Na internet, o que se vê contra Lula, Dilma e o PT é estarrecedor. Não é preciso nem pesquisar para saber que o que se diz aqui é verdade. Nunca, porém, houve uma ação do partido ou do ex-presidente ou da atual presidente para caçar essas pessoas que atuam dessa forma, inclusive contra aquelas pessoas que fazem isso de dentro de órgãos públicos.
Na última terça-feira, o Diretor da Sucursal da Revista ISTOÉ em Brasília, Paulo Moreira Leite, divulgou em seu blog, hospedado no portal da revista, a opinião de que “A caçada a blogueiros simpáticos às conquistas criadas no país depois da posse de Lula, em 2003, iniciada com a investigação sobre um suposto ‘bunker’ do PT na prefeitura de Guarulhos, deve ser visto como aquilo que é. Uma tentativa autoritária de silenciar vozes que divergem do monopólio político da mídia”.
Essa “caçada” aos críticos a que Moreira Leite se refere foi desencadeada pelo PSDB e seu pré-candidato a presidente da República, Aécio Neves, e conta com apoio de grandes meios de comunicação.
Nenhum desses blogueiros que o PSDB pôs a grande mídia para “caçar” fez nada parecido com o que fizeram com Lula ou Dilma ao longo dos últimos anos. Nunca se inventou nada, aqui ou em outros blogs críticos do PSDB, contra o partido ou seus candidatos. Sobretudo do ponto de vista pessoal. Tratam-se de críticas políticas e administrativas.
Claro que, como há pessoas que usam o anonimato na internet para difamar e caluniar Dilma, Lula e o PT, há correspondentes que fazem o mesmo contra o PSDB e seus expoentes. Contudo, esse expediente é usado valendo-se do anonimato, de pessoas que atacam sem se expor, sem assumir pessoalmente o que dizem.
Este blog recebe ataques desse tipo de gente aos montes. Abaixo, um dos exemplos de ataques que um contingente de anônimos já fez contra esta página e seu autor.
Esse ataque, por ter sido o pior que este Blog já recebeu, foi divulgado aqui no post O monstro da caixa de comentários.
Porém, o que se sabe é que esse tipo de ataque não tem maior força. Ninguém são dá importância a esse tipo de coisa, ou mesmo a acusações sem provas feitas por anônimos. Esse tipo de ação busca apenas desgastar o alvo emocionalmente. E, em geral, é perpetrado por gente extremamente ignorante, que obtém o resultado inverso ao pretendido.
Dilma ou Lula jamais se deram ao trabalho de caçar pessoas que usam o anonimato para cometer crimes virtuais. A estatura dessas duas pessoas públicas tem uma dimensão que lhes permite ignorar ataques parecidos, praticados inclusive por grandes jornais como a Folha de São Paulo, nos exemplos supracitados.
A caçada a blogueiros comentada por Paulo Moreira Leite, antes de tudo revela a estatura do homem que pretende disputar com Dilma – e, indiretamente, com Lula – a Presidência da República. Com suas dezenas de advogados, com seus meios de comunicação “parceiros” e com autoridades “amigas”, Aécio Neves mostra que não está à altura dos dois petistas com os quais disputará a sucessão presidencial.