Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Golpistas têm que responder por crime de lesa-pátria

Golpistas têm que responder por crime de lesa-pátria


golpistas
Passei a vida pregando no deserto ao repetir, sempre que a ocasião exigia, que “A verdade é uma força da natureza como o vento ou a chuva e, assim, não pode ser contida”, e que tentar contê-la equivale a “Tentar reter água entre as mãos em concha, que escapa por entre os dedos”.
Mesmo as pessoas que se norteiam pela verdade sempre parecem algo descrentes de que a verdade vença sempre, mas é porque confundem verdade com justiça, que deveriam ser a mesma coisa, mas, na prática, raramente caminham juntas.
Mas a verdade sempre tem potencial para aumentar a chance de que seja feita justiça.
Essa reflexão faz sentido em um momento em que o país começa a enxergar a verdade. Qual verdade? São várias. Vamos a elas.
1ª – O impeachment de Dilma Rousseff foi golpe porque não havia motivo válido para derrubá-la, tanto que vemos crimes de verdade comprovadamente cometidos por Michel Temer e o Congresso, os batedores de panela e os pretensos “guardiões da moral” não dizem A.
2ª – Ao contrário do que prometiam os autores do golpe contra Dilma Rousseff, a derrubada de seu governo não pôs fim à crise econômica e, muito menos, à crise política. Pelo contrário, aumentou essas crises.
3ª – A Lava Jato foi uma farsa engendrada para abalar a economia e prender e desmoralizar petistas sem provas, à exceção de um ou outro que delinquiu mesmo porque delinquentes há em qualquer grupo político, social, econômico, acadêmico, religioso etc., etc.
4ª – As reformas trabalhista, da Previdência, a terceirização e todas as demais medidas econômicas do governo que tomou o lugar do governo Dilma são a causa do golpe: tirar do pobre pra dar ao rico – segundo pesquisas de opinião, a esmagadora maioria do país passou a pensar assim.
5ª – Os acusadores mais veementes do PT são autores de crimes tão ou mais graves que os que denunciam contra os petistas – crimes que, em grande parte, ainda não foram provados.
6ª – A Justiça brasileira condena e absolve políticos acusados de corrupção valendo-se de critérios político-partidários e ideológicos e não de provas e ritos consagrados. Por isso, absolve sempre bandidos filiados ao PSDB.
7ª – Os governos do PT fortaleceram as instituições que podem combater a corrupção e os governos que antecederam e sucedeu os do PT trataram e tratam de enfraquecer essas instituições com vistas a fortalecer a corrupção – o coordenador da Lava Jato no MPF, Carlos Fernando dos Santos Lima, declarou isso ao jornal O Estado de São Paulo.
Há muitas verdades mais, mas essas são as mais evidentes. Brilham como o sol, impedindo que seus formuladores e a massa manipulada deixem de enxerga-las.
Mas quem foi que cometeu esse crime de lesa-pátria de sabotar um país inteiro só para tirar do poder um grupo político que implantou justiça social, redução extrema da pobreza e da desigualdade e que fortaleceu as instituições que combatem a corrupção?
Também são muitos. Cada um que bateu ontem uma panela na sua varanda-gourmet ou que vestiu camisa da Seleção ou com os dizeres “Eu não tenho culpa, eu votei no Aécio”, colaborou com a sabotagem do país. Mas alguns não agiram por meramente apoiar o golpe, praticaram atos para sabotar o país sob motivação político–econômica.
Os autores do golpe são, em primeiro lugar, os 367 deputados federais e os 61 senadores que retiraram o mandato de Dilma Rousseff sem o apoio de provas cabais de crime de responsabilidade ou comum (como o de Michel Temer).
Também são autores do golpe as autoridades por trás da Lava Jato que desmontaram a economia fazendo estardalhaço de investigações policiais sobre grandes grupos econômicos e sobre a administração do país. O show paralisou a economia e provocou dramas terríveis para milhões de brasileiros.
Os meios de comunicação que organizaram campanhas para desestruturar a economia fazendo terrorismo e vendendo que a solução para os problemas causados pelos golpistas era consumar o golpe, também têm que responder por esse crime.
O Brasil não pode seguir adiante e se tornar uma nação séria, em que a Justiça funciona de verdade, sem que os autores da desgraça política, econômica e social em curso sejam punidos.
O golpe de 2016 só aconteceu porque o golpe de 1964 ficou impune. Como o golpe atual está sendo desmascarado mais rapidamente e como esse golpe requer aparência de legalidade, será mais fácil punir seus autores quando a normalidade democrática for restaurada.
Os golpistas vão rir do risco de pagarem por seus crimes, mas não percebem como o jogo está mudando e quão rápido está mudando. Até as eleições do ano que vem, o Brasil todo já saberá de tudo isso que foi dito a cima. E vai eleger um governo com mandato para punir os sabotadores do Brasil
O que esses aqui mencionados fizeram com o Brasil foi um crime de lesa-pátria, mas, também, um crime de lesa-humanidade por conta da dor, do sofrimento, das mortes, das tragédias que esse golpe parlamentar infame produziu. Eles não perdem por esperar.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Sem a Globo o Temer não existe O Fintástico fez da Folha o que ela é: um jornaleco de província​

Globoesley.jpg
Fintástico desse domingo 21/V derrubou o MT.
Foi uma edição inteira para se dissociar do fracasso retumbante do primeiro e penúltimo governo golpista.
(Penúltimo, porque, o próximo, eleito indiretamente, será derrubado, também, antes de 2018.)
Globo Overseas Investment BV cansou do Temer.
O Temer não entregou a mercadoria.
E a Globo Overseas, que não tem compromisso com o Brasil - só com os seus próprios interesses - momentaneamente se associa ao desespero da Casa Grande: a Economia está no fundo do poço, onde só Cegonhóloga vê a luz (deve ser por causa do salário dela, disse o Lula).
A Globo está à venda.
E precisa valorizar o "patrimônio"...
Assim como o Jorge Paulo Lemann, da Brahma, e o Joesley, a Globo terá feito a "acumulação do capital" aqui entre os otários da Colônia e se mandará pra Miami pra curtir a vida - entre os que falem o Português.
O Fintástico demonstrou que o perito do "inconclusivo" da Fel-lha é um amador, que usou ferramentas insuficientes, como se levasse um martelo para uma cirurgia do cérebro.
Diante da Globo, a Fel-lha é o que sempre foi: um jornaleco da província de S. Paulo.
E para afagar a ombudsman inconclusivada, a Fel-lha submeteu seu "perito" em transações imobiliárias à cadeira do dragão, aquela da ditabranda.
Afinal, o Gaspari dos chapéus e o Otavím integram da "base do Temer".
As "reportagens" do Fintastico, entre uma cacetada e outra no moribundo-ladrão Presidente, iam às ruas perguntar ao "povo" o que é a honestidade, a moralidade, integridade...
É o sujo falando do mal-lavado.
Moralidade na Globo, não é isso, Ricardo Teixeira?
Honestidade, J. Hawilla?
Integridade, Marcelo Campos Pinto?
A Casa Grande está provisoriamente dividida.
Os tucanos de São Paulo, entre eles o Tartufo do FHC Brasif, não sabem o que fazer.
(FHC, o "primeiro filho" tá rico, ou já detonou a fortuna que o Cerveró lhe destinou?)
A Globo quer o caixa do Joesley, o Meirelles.
O FHC Brasif quer o Nelson Johnbim.
Boa!
Nelson Johnbim, presidente, e André Esteves, seu patrão, de Ministro da Fazenda.
Porque o André Esteves está para o Johnbim assim como o Joesley para o Mirelles.
Quá, quá, quá!
O Lula aguentou oito anos debaixo da vara da Globo porque foi eleito duas vezes de forma exuberante!
Sem voto, o ladrão Presidente não aguenta o proximo Fintástico.
E, revelador, para se defender, o ladrão presidente concedeu (esses meninos da Fel-lha entrevistam quem quer dar entrevista e perguntam o que o entrevistado quer responder...) o ladrão presidente concedeu entrevista à Fel-lha!
Responde à Globo na Fel-lha.
É usar um estilingue para enfrentar um míssil.
Um míssil daqueles que cairam na cabeça do Careca e o jn do Gilberto Freire com “i” mandou ouvir seu "perito".
Ah, esses canalhas, canalhas, canalhas do PiG...
O ladrão presidente teve que suspender um jantar no palácio do Alvorada, porque os presentes foram assistir ao Fintástico.
A Globo é o punhal de Brutus.
Mal comparando.
Porque o ladrão presidente não parece nada com César.
Está mais para De La Rua.
E a Globo... com ela mesma.
PHA
Em tempode acordo com a Wikipédia, Fernando de la Rúa foi o presidente da Argentina de 10 de dezembro de 1999 a 21 de dezembro de 2001, data em que renunciou após grandes manifestações por conta da crise econômica gerada em seu governo.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Diretas Já ou Brasil Nunca Mais



Diretas Já ou Brasil Nunca Mais




Marcelo Zero


O moralismo hipócrita e neoudenista, utilizado para tirar a presidenta honesta do poder, destruiu a democracia, a economia e a política do Brasil. O país está em frangalhos. E tende a piorar.

Os nossos moralistas de ocasião, que insuflaram paneleiros de classe média e procuradores messiânicos contra Dilma e o PT, com discurso raso e equivocado, agora se veem tragados pelo maelstrom das investigações "purificadoras".

Cometeram o mesmo erro de certos setores da classe política alemã, que acharam que Hitler podia ser útil no combate aos "comunistas". Mas, uma vez deflagrados, esses processos de histeria coletiva adquirem dinâmica própria, intensificando-se com a crise política e econômica. A caixa de Pandora do protofascismo moralizante, uma vez aberta, é muito difícil de ser fechada. Em pouco tempo, o Reichstag (o parlamento) já está pegando fogo e as instituições democráticas são reduzidas a cinzas.

No Brasil, com os últimos e sempre ilegais vazamentos da Lava Jato, o nosso Reichstag já está em chamas. Isso tem consequências sérias.

Com um presidente com 5% de popularidade, a tocar um ministério de acusados, e um parlamento reduzido a cinzas, o poder real no Brasil deslocou-se definitivamente do sistema de representação política para um consórcio formado pelo grande capital, especialmente o internacional e o financeiro, o poder judiciário, o ministério público e a mídia oligopolizada.

Obviamente, essa não era a intenção inicial do golpe e da Lava Jato. O objetivo era (e é ) afastar, de forma definitiva, o PT e a esquerda do poder. Entretanto, não houve como circunscrever as investigações apenas ao PT, como queriam. Com o tempo, começou a ficar muito clara a seletividade escancarada e desavergonhada da Lava Jato, que criminalizava o "caixa um", legal, do PT e tentava ignorar as propinas, depositadas em contas no exterior, do PMDB e do PSDB. Os vazamentos e os indiciamentos tinham de se generalizar, justamente para dar credibilidade à seletividade.

Na Alemanha, o sistema político foi destruído para que Hitler chegasse ao poder. No Brasil, o sistema político está sendo destruído para impedir que Lula volte ao poder. Vazamentos eventuais contra o PMDB, PSDB e DEM, apoiadores do golpe, são o dano colateral inevitável do maelstrom deflagrado contra o projeto progressista. Dano que poderá ser amainado nos misteriosos meandros da "justiça".

Contudo, o prejuízo geral e grave à política, à economia e à democracia já está feito.

Isso suscita a questão: como o golpe e sua restauração neoliberal vão continuar? Como tocar reformas tão impopulares, como a reforma da previdência e a trabalhista, sem voto, sem legitimidade e com um Executivo e Legislativo com altíssima rejeição? Acima de tudo, como o consórcio que concentra o poder real no país vai tirar o Brasil da pior crise da sua história com um governo sem nenhuma credibilidade e com o mais baixo índice de popularidade já registrado?

Há duas possibilidades: 1) continuar, aos trancos e barrancos, com a "solução" Temer até 2018, ou 2) dar o "golpe dentro do golpe" e eleger indiretamente um novo governo formado por figuras "ilibadas e técnicas".

Ora, nenhuma das duas tem a menor condição de funcionar. A primeira por motivos bastante óbvios. Ninguém aguenta mais a "solução" Temer, que virou um problemão para os próprios apoiadores do golpe e, sobretudo, para o país. O governo ilegítimo de Temer só prolonga e aprofunda a crise política e econômica. Mesmo que consiga aprovar as reformas impopulares e fazer o trabalho sujo para o consórcio golpista, não oferecerá saída viável para a crise. Falta-lhe um mínimo de credibilidade.

Já a solução 'técnica', que seria propiciada pelo "golpe dentro do golpe", esbarra numa contradição fundamental: nas condições atuais, ela significaria o enterro da classe política vigente e das suas lideranças colocadas sob suspeita, mas ela teria de ser votada por essa mesma classe. Com o PSDB atirado também no maelstrom, não sobraram atores políticos de relevo para o "golpe dentro do golpe".

Porém, mesmo que fosse promovida, tal "solução" teria exatamente a mesma probabilidade de funcionar que a "solução Temer", pois ela também não possuiria credibilidade e legitimidade.

O grande engodo do golpe não foi ter substituído a presidente honesta pela "turma da sangria". O grande engodo da Lava Jato partidarizada não foi ter levado a opinião pública a acreditar que o PT havia criado o "maior esquema de corrupção do Brasil".

O grande engodo do golpe e da Lava Jato foi o de mudar em cento e oitenta graus os rumos de todas as políticas do país (econômicas, sociais, externa, de educação, saúde, previdência, etc.) sem fazer disputa política aberta e democrática. A grande fraude do golpe e da Lava a Jato é política e democrática: roubaram da população o poder de decidir seu próprio destino.

Ou alguém aí votou para que se contribua meio século ininterruptamente para conseguir se aposentar com proventos integrais? Para que o trabalho precário e terceirizado, sem férias e outros direitos, se torne a norma no Brasil? Para vender o pré-sal e a Petrobras a preço de bananas podres? Para vender as terras do Brasil a estrangeiros? Para acabar com o Ciência sem Fronteiras e a Farmácia Popular? Para "desinvestir" em Saúde e Educação por 20 anos? Claro que não. Foi necessário um golpe para se fazer tudo isso.

Roubaram do povo, fonte do poder democrático, a capacidade de decidir. A partir daí, a criminalização de toda a classe política era apenas uma questão de tempo. Não há corrupção pior do essa. Não há corrupção pior que o roubo da soberania popular. O Brasil está sendo vendido e destruído sem um único voto.

O cerne da crise brasileira é político. O Brasil não sairá da mais grave crise de sua história sem política. Não há nada crível para ser colocado no lugar do sistema de representação, mesmo com todos os seus problemas. Banqueiros, donos de meios de comunicação, juízes e procuradores não têm voto. Uns têm dinheiro e outros têm fama e prestígio ocasionais. Nenhum tem legitimidade para governar, a não ser que se aposte numa nova forma de ditadura, com a substituição de militares por juízes e procuradores.

A política precisa reagir e sair do gueto moral em que foi jogada pelo golpismo e a Lava Jato messiânica e partidarizada.

Mas a classe política, por sua vez, não representará opção crível e legítima se não for renovada pelo crivo do voto.

Não serão delatores e corruptores à procura de absolvição e procuradores e juízes à procura de holofotes que vão passar o "país a limpo". A única coisa que passa um país democrático a limpo é o voto popular.

Portanto, a única saída para a classe política e para o Brasil são eleições diretas já. A urgência é necessária pela profundidade da crise e, sobretudo, para se evitar que país inteiro seja vendido e destruído pela agenda retrógrada do golpe.

A construção civil pesada e a engenharia nacional já se foram. O pré-sal, nosso passaporte para o futuro, e a Petrobras estão sendo vendidos a preços aviltados. Vêm aí a venda das terras a estrangeiros e a abertura do espaço aéreo para o capital internacional. Subsolo, solo e ar brasileiros serão leiloados. Prepara-se a privatização dos bancos públicos e, como disse o presidente ilegítimo, de "tudo o que for possível". São grandes negociatas que renderão muito dinheiro ao capital internacional e aos seus associados golpistas. Procuradores, acredita-se, não interferirão. Continuarão a perseguir Lula e seus pedalinhos.

No próximo mês, o Estado de Bem Estar, já duramente golpeado pela emenda constitucional do congelamento dos investimentos, será praticamente destruído pela reforma contra a aposentadoria e a reforma contra o trabalhador.

No ritmo em que a destruição do país vai, não haverá mais um Brasil em 2018.

Diretas Já ou Brasil nunca mais.

quinta-feira, 16 de março de 2017

MÍDIA ESCONDE FORA TEMER COMO ESCONDEU DIRETAS JÁ

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Volta de Lula e diretas já: de marolinha a tsunami

lula-capa
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O bunker golpista entrou em pânico. O estrondo da pesquisa Datafolha já se fazia ouvir de longe na semana passada, dias antes da divulgação.
Na quinta-feira 9/12, a Folha de São Paulo publica na primeira página que delatores da Lava Jato acusam a Odebrecht de ter “pago caixa 2 a Alckmin”, ou seja, propina.
Poucas horas depois, vem a contrapartida: Lula é denunciado pelo MPF por “tráfico de influência”
Três dias depois, na segunda-feira 12 – estranhamente, não no domingo, quando costumam ser publicadas pesquisas sobre eleições –, a Folha de São Paulo publica pesquisa Datafolha que mostra disparada de Lula na preferência do eleitorado para eleição presidencial de 2018.
Poucas horas depois, mais uma contrapartida. A Polícia Federal anuncia que está indiciando Lula, Palocci e outras cinco pessoas na Lava Jato.
O mais interessante é que uma enxurrada de leitores perguntou no dia seguinte ao jornal, em sua sessão de leitores, por que sua manchete principal de primeira página do dia anterior contradisse a lógica e estampou que Marina Silva venceria em todos os cenários de segundo turno sendo que Lula vence em todos os cenários de primeiro turno e reduziu drasticamente a diferença para a adversária no segundo turno, de mais de 30 pontos para 9, além de, agora, vencer todos os outros adversários nessa possível segunda rodada da eleição de 2018.
Confira, abaixo, cartas de leitores do jornal reclamando da manobra.
lula-1Não é só. Aparentando dar notícia negativa contra Temer, o UOL dá uma — lula 1
Não é só. Aparentando dar notícia negativa contra Temer, o UOL dá uma notícia para contrabalançar a subida de Lula no Datafolha. Diz que “Rejeição de Temer salta de 29% para 45% e empata com a de Lula”, que seria de 44%.
O jornal só se esqueceu de dizer que em março deste ano, pouco antes de a Lava Jato ter prendido Lula por algumas horas para levá-lo à força para depor no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ele tinha 57% de rejeição; que, um mês depois, essa rejeição caiu para 53%; que, em julho, a rejeição de Lula já havia despencado para 46%, segundo o mesmo Datafolha; e que neste mês de dezembro, caiu de novo, agora para 44%, ao mesmo tempo em que o petista passa a vencer todos os tucanos em primeiro e segundo turno, além de ter encostado em Marina Silva.
É neste ponto que sobressai uma pergunta: por quê e como? Por que e como Lula sobe na preferência do eleitorado, apesar dessas manipulações da mídia e da clara operação de guerra do Estado brasileiro contra ele, através do uso da “lei”?
A resposta parece evidente, à luz dos fatos supracitados. Está na cara que a população vai percebendo que há uma evidente manipulação de fatos contra Lula e, mais do que isso, essa mesma população parece estar chegando às conclusões óbvias a que este Blog disse tantas vezes que chegaria.
Essa conclusão é muito simples de entender: a manipulação grosseira que você viu acima está fazendo cada vez mais gente ficar desconfiada do processo que tirou Dilma Rousseff do poder e que fez milhões de brasileiros se voltarem contra um grupo político e um líder que durante mais de uma década melhoraram profundamente suas vidas.
Além disso, há um outro fator. As pessoas gostam de acreditar em soluções mágicas. Pelos menos a maioria das pessoas. Desse modo, acharam que tirar Dilma valeria aceitar tudo. Aceitaram sabotagem do governo dela e aceitaram mentiras toscas que negaram a melhora de vida inédita que os brasileiros tiveram ao longo de mais de dez anos de governos petistas.
Tudo em prol de promessas veladas que os golpistas fizeram no sentido de que tirando Dilma tudo voltaria ao que era. Como tantas vezes se disse aqui, o povo tirou o PT do poder para obter de volta tudo aquilo que quem lhe deu foi o PT.
Como era óbvio, os golpistas não teriam como entregar o que prometeram sem prometer, deixando subentendido. Se tivessem dito claramente que mesmo tirando Dilma os problemas prosseguiriam, talvez tivessem encompridado o prazo de tolerância, ainda que seja difícil tolerância para quem vê seus direitos trabalhistas e previdenciários e os serviços públicos afundando.
A erosão precoce do governo Temer – do qual o PSDB se tornou protagonista imaginando que o ódio ao PT seria suficiente para todo mundo aceitar piorar drasticamente de vida –, então, inaugura uma nova agenda.
A pesquisa Datafolha recém-divulgada deu conta de que 63% do eleitorado querem eleições diretas
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Ao contrário do que se pensava, porém, o Datafolha mostra que não está acontecendo no país aquilo que as manifestações dos patos verde-amarelos na avenida Paulista e em Copacabana sugeriam. Não é a direita que está sendo beneficiada com o naufrágio ultrarrápido do governo tucano-peemedebê, é a esquerda. E, mais do que isso, de forma impensável, Lula é que está ganhando. De novo.
No começo deste ano, Lula tinha virado uma marolinha eleitoral. A campanha midiático-estatal contra ele tinha surtido bons efeitos, ainda que muito menores do que se esperava. Apesar de tudo, quase 40% do eleitorado (segundo o Datafolha) continuava a considerar Lula o melhor presidente que o Brasil já teve.
Desesperados, os dois maiores lulofóbicos do país, Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi, surtaram ao reconhecerem que o ex-presidente começa a recuperar sua força eleitoral à revelia dos ataques da Lava Jato e da mídia.
lula-3Contudo, concordo com Azevedo. Acusações de “corrupção” como forma de combater Lula, Dilma e o PT fracassaram incontáveis vezes. Não foi por isso que grande parte do povo apoiou o golpe. É a economia, reaças estúpidos. Foi ela que fez o povo se voltar contra o PT.
Porém, como eu disse um bilhão de vezes neste Blog e nas rede sociais, o fator “recall” iria começar a se fortalecer conforme o povo fosse percebendo quanto piorou de vida após ter passado mais de dez anos de sua vida melhorando por obra e graça de quem mesmo…?
Enfim, é isso. Agora, a marolinha Lula + eleição direta para presidente ameaça virar uma tsunami devido ao mesmo fenômeno que fez grande parte do eleitorado pobre ou remediado (que é a ampla maioria) se voltar contra Lula, Dilma e o PT.
Os brasileiros começam a ver em Lula a possibilidade de obter de volta o que foi ele quem lhes deu durante mais de uma década. E para terem Lula de novo, querem eleição direta.
Prender Lula torna-se um imperativo. Os principais colunistas dos grandes meios já bradam que a única chance de impedir a volta dele é prendê-lo.
Estão errados. O povo não votará no PSDB porque Lula está preso, votará na coisa mais próxima de Lula que estiver disponível, se quiser muito que ele volte.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Renúncia de Temer é a melhor saída para o Brasil


REUTERS/Ueslei Marcelino

JEFERSON MIOLA

O estrago da denúncia do ex-ministro Marcelo Calero na “imobiliária Palácio do Planalto” é muito maior do que se poderia supor. O presidente usurpador, reconhecendo a gravidade do momento, promoveu inusitada entrevista num domingo, para se explicar pessoalmente.
A presença dos Presidentes da Câmara e do Senado na entrevista presidencial revela a tibieza de um impostor que perdeu qualquer capacidade de ação, que chegou ao fim.
Temer virou fantoche de um parlamentarismo informal, onde ele é um mero administrador de interesses anti-republicados das maltas partidárias que, em troca, ministram oxigênio para sua sobrevivência arrastada. Como disse FCH, Temer é frágil, “mas é o que se tem”.
Apesar da demissão do ex-ministro Geddel, os desdobramentos do escândalo ainda estão longe de terminar. A razão para isso é que os agentes imobiliários do Geddel – Temer, Eliseu Padilha e outras autoridades palacianas –, estão centralmente implicados nos crimes de tráfico de influência, advocacia administrativa e prevaricação.
Trata-se de crimes contra a administração pública, tipificados nos artigos 321, 332 e 319 do Código Penal brasileiro. O ministro Padilha e aqueles agentes implicados já deveriam ter sido demitidos, ou pelo menos afastados até esclarecerem os fatos narrados por Calero. No caso do Temer, que formalmente ocupa o cargo usurpado de presidente da República, o procedimento legal, em razão disso, é a instauração de um processo de impeachment.
Este escândalo é uma prova de fogo para a Procuradoria-Geral da República. É um teste para o procurador-geral Rodrigo Janot e seus justiceiros da moralidade pública demonstrarem retidão funcional e compromisso com o dever constitucional.
impeachment do Temer, ainda que seja um remédio previsto na Constituição e na Lei – diferentemente da fraude contra a Presidente Dilma para perpetrar o golpe de Estado – dada a natureza demorada do seu rito, postergará a superação da quebra do Brasil causada pelo governo golpista.
Com a delação dos diretores da Odebrecht, a situação ficará insustentável para Temer e seus aliados, porque a força-tarefa da Lava Jato e a mídia não conseguirão agir com seletividade diante das dezenas de políticos do bloco golpista denunciados por corrupção.
A renúncia de Temer, neste sentido, é a melhor saída para o Brasil. É necessário abreviar o caos econômico e o sofrimento do povo, afetado por níveis crescentes de desemprego, recessão e supressão de direitos.
Com a renúncia ainda em 2016, a Constituição determina que se realize eleição presidencial após 90 dias [artigo 81]. A sociedade brasileira teria, então, a possibilidade de escolher um programa e um governo legítimo, com força política e moral para superar esta terrível crise.
É cada vez mais consensual no meio político a inviabilidade do Temer; sua permanência no comando do país até 2018 é insustentável. A oligarquia golpista, a despeito disso, manipula para mantê-lo até o início de 2017 para, dessa maneira, escolher um sucessor de sua confiança em eleição indireta no Congresso corrupto e ilegítimo, evitando o voto popular.
Esta estratégia esconde o pânico da oligarquia com a realização de eleição direta já. Como o justiceiro Moro ainda não concluiu seu plano obsessivo de condenar ou prender Lula, o ex-presidente poderá se candidatar para concorrer numa eleição direta, com chances reais de ser eleito novamente.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O rio que desceu a Paulista já mudou o país O noticiário borbulha de recuos e dúvidas 'da base' em relação à agenda de arrocho, vendida até domingo como 'salvação da lavoura'.

por: Saul Leblon

Roberto Parizotti

                                                                                                                                                                 O que era verdade no Brasil até sábado, deixou de sê-lo a partir de domingo.

Um banho de rua a renovou a agenda da nação.

O levante de 100 mil pessoas contra o golpe desautorizou a soberba conservadora e sacudiu a letargia de setores progressistas.

Gigantesca no tamanho, ampla na pluralidade e democrática nas bandeiras, a mobilização que tomou conta de São Paulo depois de o governo ter tentado proibi-la, reafirmou a experiência social: nas encruzilhadas da história, os fatos caminham à frente das ideias.

Hoje, a ‘naturalização’ do golpe na mídia cedeu lugar à discussão de uma viabilidade difícil, vinculada ao êxito improvável de um leque de medidas antissociais postas em xeque pela rua.

O protesto mudou o país pautado pela mídia, reordenou fatos, naufragou versões, lavou a poeira da prostração, desmentiu a correlação de forças pró-golpe, inoculada pelo colunismo isento.

Da avenida icônica do capitalismo brasileiro, a correnteza percorreu cinco quilômetros até o estuário popular do Largo da Batata, na zona oeste da capital, onde o terror uniformizado do PSDB de São Paulo tentou substituir a política por porrada.

Perdeu duplamente, como polícia e como política.

A estética de uma tropa de ocupação esmagando o anseio democrático pacífico informa melhor sobre a natureza de quem governa do que o incansável jogral do poder e da mídia.

O chanceler Serra terá dificuldades crescentes na escalada que se prenuncia para convencer de que não é o punho de renda de uma usurpação violenta do poder.

A desmenti-lo emerge a força de novas narrativas que saíram da rua para redesenhar a percepção interna e internacional do país,

Quais?

Em primeiro lugar, a que desmentiu o divisor de águas mais geral, que dava o jogo como decidido.

Não está.

O golpe de mão de 61 senadores que se avocaram mudar o pacto da sociedade sem consulta-la não resolveu, antes agravou os conflitos da delicada transição de desenvolvimento vivida pelo Brasil.

Parte expressiva da sociedade recusa a tutela não solicitada.

Em segundo lugar, o caudal de domingo esfarelou a tese conservadora de que ‘apenas’ simpatizantes do PT e de Dilma não aceitariam ‘a solução constitucional’ cometida no dia 31 de agosto;

Definitivamente, é maior que isso.

A indignação que verteu para ruas e avenidas no domingo, drenou geografias sociais e políticas bem mais amplas: mais para máxi do que para o ‘míni’, do chanceler; mais para os cem mil, do que para os ‘40 vândalos’, do presidente usurpador.

O erro conservador não se limita ao cálculo das proporções.

A terceira revelação trazida pelas águas da história toca um ponto crucial.

A reportagem de Carta Maior tem chamado a atenção para ele, um fenômeno silencioso mas progressivo nas manifestações contra o impeachment: o afluxo de extratos de classe média mais estabelecidos e de meia idade para a rua.

Neste domingo, o que era silencioso ganhou voz e peso de um protagonista tão marcante quanto a presença da juventude e das forças populares que tomaram a Paulista.

E isso não é pouco.

Na verdade, é muito.

Significa que a régua de corte da rejeição à ruptura constitucional de 31 de agosto subiu as escadarias da pirâmide de renda e refletiu o teto de tolerância de um segmento formador da opinião pública.

Gente que ainda lê e assina jornais, por exemplo, vazou seu inconformismo para a rua, entre outras razões, talvez, porque os jornais que lê, assina ou assiste já não contemplam mais suas convicções democráticas.

Era preciso leva-las diretamente ao asfalto.

E eles deram o passo para além da hesitação do conforto e da cautela.

Há desdobramentos dentro disso e eles remetem ao passo seguinte da luta contra o golpe.

O rio da história que desaguou no Largo da Batata, sugestivamente, não defendia esse ou aquele partido, essa ou aquela liderança política.

Nos cinco quilômetros de percurso do planalto à várzea do Pinheiros, gentilmente assombrados pela cavalaria motorizada de Alckmin em arranques valquirianos, não se ouviu outra palavra de ordem, exceto uma causa.

A mais devastadora de todas à sobrevivência de um golpe de Estado: o clamor por eleições diretas.

Quarta novidade derivada dessa: a largueza desse jorro encorpa e dá pertinência histórica à proposta do ex-presidente Lula, apresentada dois dias antes da manifestação, na reunião do Diretório Nacional do PT.

Qual seja, opor ao golpe uma Frente Ampla à moda uruguaia, que comporta partidos, centrais, movimentos, personalidades, intelectuais, juristas e artistas de todos os matizes e colorações progressistas e democráticas da sociedade.

Entenda-se por isso que a maior liderança política do país e principal esteio do PT não reivindica a direção da resistência ao golpe. Propõe-se a participar dela em regime colegiado com outras forças credenciadas pela rua e pelo mandato da trajetória e da biografia.

Finalmente, mas não por último: a consolidação e a expansão desse escudo dificultará, sobremaneira, a promessa do golpe ao mercado de curar os desequilíbrios fiscais –a ‘gastança petista--  agravando desequilíbrios sociais e humanos que compõem a secular desigualdade brasileira.

O noticiário das últimas horas está cravejado de recuos, dúvidas e sinais de defecção ‘da base’ em relação à agenda de arrocho, vendida até domingo como a salvação da lavoura nacional.

A dissipação coloca Temer num corner entre a sobrevivência política da sua ‘base’ e a  ganância imediatista do mercado.

Esse garrote tem um calendário apertado de ajuste das tarraxas.

A escória parlamentar que ‘legitimou’ o assalto ao poder em aliança com a mídia, o dinheiro e o judiciário é o flanco mais imediatamente exposto dos quatro.

Primeiro, nas eleições municipais de outubro próximo; e, em 2018, em um sortido cardápio de escrutínios para presidente, governadores, senadores e deputados.

Aceitará ir para a linha de frente do matadouro, decepar direitos e escalpelar conquistas, como exigem o PSDB e a mídia --que condicionam o apoio à entrega do serviço, e o mercado financeiro, que ameaça revogar o único lastro do governo, a ‘melhora’ das expectativas?

O rio que desceu a Paulista corroeu e continuará a erodir os barrancos dessas margens frágeis.

O conflito entre a rua e a agenda da qual o golpe é refém é inconciliável.

O governo-abutre não reserva qualquer espaço à principal tarefa do desenvolvimento, que é justamente civilizar o mercado pela universalização de direitos, como aspira a cidadania brasileira.

O que se preconiza é de uma violência inexcedível em regime democrático e muito provavelmente incompatível com ele.

Uma esmagadora engrenagem foi acionada para tomar de volta tudo aquilo que transgrediu os limites da democracia formal, e que o ciclo iniciado em 2003, com as limitações sabidas, exacerbou em um resgate social inconcluso, mas transgressivo para a tolerância secular da plutocracia.

Um paradigma de eficiência feito de desigualdade ascendente, incompatível com a Constituição Cidadã de 1988, é a panaceia vendida agora como fatalidade à nação.

O que se ameaça é regredir aquém do ciclo da redemocratização, que contestou a eficiência econômica construída à base de ditadura, tortura e censura.

Talvez tenha sido aí que se rompeu o limite do tolerável para a classe média não petista, crítica –e até muito crítica-- dos erros recentes do PT.

Mas que deixaria a condição de indiferença quando ficou claro que o legado da geração que –direta ou indiretamente-- devotou a juventude à luta contra a ditadura, atravessou a idade adulta na campanha das Diretas-já e não aceita viver em um país aquém das estacas fincadas ali, estava sendo triturado em nome de uma restauração tardia, anacrônica e globalmente contestada da agenda neoliberal dos anos 90.

Esse sentimento ecumênico dá à bandeira da Frente Ampla o requisito de um protagonista social que a conduza.

A semente que está na rua já venceu a prostração, a indiferença e o conforto das delegações e desabafos digitais.

Cada vez mais, cobrará coerência organizativa em todas as instâncias democráticas, a partir de agora.

A das eleições municipais, inclusive.

A inércia ainda suscita cenas como a do recente debate entre candidatos a prefeito de São Paulo, quando Erundina e Haddad realçaram mais as divergências – justas, respeitáveis-- do que a premente e delicada convergência que estão desafiados a ajudar a construir.

A inércia é compreensível.

Mas a ficha precisa cair.

A determinação central da vida brasileira mudou.

Passa da hora de o campo progressista superar sectarismos e prioridades corporativas para enxergar a floresta além da clareira particular de cada projeto secundário.

Forças incontroláveis buscam atrelar destino da nação a uma disjuntiva em que, para vencerem, a sociedade terá que ceder a cidadania, renegar o passado, renunciar ao futuro, divorciar-se da esperança.

Acontecerá se o escudo progressista piscar e se dividir.

O interregno neoliberal implantado pelo PSDB nos anos 90 foi um ensaio disso. Só possível dissimulado na catártica operação de guerra de um país unido contra a hiperinflação.

Nunca mais as urnas endossaram o lacto-purga da panaceia mercadista.

Derrotada em 2002, 2006, 2010 e 2014, a nova oportunidade só se apresentou agora – ainda assim para um golpe, a salvo das urnas.

Embala-a nada menos que a nitroglicerina acumulada pela sobreposição de um ciclo de desenvolvimento que se esgotou, associado a uma crise mundial capitalista, que se arrasta há oito anos.

O prazo de capacitação para uma alternativa democrática é exíguo.

Mas ganhou seu protagonista encorajador nas manifestações do último fim de semana.

A Frente Ampla é o ponto de fusão disso. Seu desafio agora é dar ao ‘rio de domingo’ a vazão transformadora que magnetize a repactuação do país e negocie a retomada do desenvolvimento justo, ansiado pela maioria da sociedade.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Folha: das Diretas Já à proteção policial

Valmar Hupsel Filho / O Estado de S. Paulo:

Jornal da família Frias, que cresceu na década de 80, depois da campanha das Diretas Já, teve que ter sua sede protegida pela PM nesta madrugada; o motivo: manifestantes planejavam um escracho contra o jornal por seu apoio ao golpe de 2016, mas foi duramente reprimido; na campanha pelo golpe, a Folha de S. Paulo chegou até a falsear uma pesquisa Datafolha e hoje enfrenta sua maior crise de credibilidade 

247 - O jornal Folha de S. Paulo, da família Frias, que cresceu na campanha das Diretas Já, teve que ter sua sede protegida pela Polícia Militar na madrugada desta quarta-feira 31, dia da votação final do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O motivo: manifestantes planejavam um escracho contra o jornal por seu apoio ao golpe de 2016. O ato foi duramente reprimido pela PM, que protegeu o prédio localizado na região central de São Paulo.
Por volta de 21h, um grupo guiado pelo coletivo Democracia Corinthiana negociava com a PM a passagem sentido Folha de S. Paulo, a fim de realizar o escracho. Confira o vídeo: 

Na campanha pelo golpe contra Dilma, a Folha chegou até a falsear uma pesquisa Datafolha e hoje enfrenta sua maior crise de credibilidade.