Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mais escândalos tucanos para a Justiça engavetar

FHC AÉCIO

O processo do mensalão tucano contra o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) segue parado desde março de 2014, quando caiu do STF para Justiça de Minas Gerais. Apesar de a ação ter saído do Supremo pronta para julgamento.
Demorou um ano para o processo caminhar, ou se arrastar, até as mãos da juíza substituta da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Melissa Pinheiro Costa Lage. No dia 30 de outubro, o caso completou sete meses em suas mãos à espera de sentença, mas a magistrada se finge de morta.
O mensalão tucano é considerado embrião do mensalão petista e apontado pelo Ministério Público Federal como um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões, corrigidos) de empresas públicas mineiras para financiar a fracassada campanha de reeleição do ex-governador tucano Eduardo Azeredo, em 1998.
Em 2014, Azeredo era deputado federal e renunciou ao cargo para que o processo voltasse à primeira instância, onde são possíveis mais recursos. Com 67 anos, Azeredo chegará aos 70 em 2018, quando as acusações contra si prescreverão e ficarão impunes.
Desde março, o ex-governador é diretor executivo da Fiemg (Federação de Indústrias de Minas) e tem um salário de R$ 25 mil. Ele e os outros réus do caso sempre negaram as acusações.
No passo em que o processo caminha, dificilmente terá algum desfecho antes da prescrição, pois de qualquer sentença haverá recurso até chegar ao STF novamente, quando ainda levará mais tempo para voltar a ser apreciado. A impunidade de Azeredo, devido a esse tempo todo em que seu processo ficou parado, é líquida e certa.
Até os personagens corruptores envolvidos no mensalão tucano são quase iguais aos do mensalão petista. Além disso, não há razão para que o processo não caminhe. Apesar de, anualmente, algum jornal, para cumprir tabela, noticiar o absurdo dessa paralisia, a Justiça mineira simplesmente faz ouvidos moucos e pronto. Fica por isso mesmo.
Diante de tal escândalo, há pouca expectativa de que novos escândalos envolvendo o PSDB noticiados no fim de semana resultem em qualquer tipo de constrangimento para os envolvidos ou para o partido.
Um desses escândalos envolve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Laudo da Polícia Federal recém-divulgado revelou que a Construtora Norberto Odebrecht pagou R$ 975 mil ao Instituto Fernando Henrique Cardoso entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012. Foram 11 pagamentos mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil.
A investigação revela que os valores foram pagos ao ex-presidente em troca de uma palestra, mas a Polícia Federal diz não haver elementos que mostrem que tal palestra foi dada. Desse modo, não se sabe a troco de que os pagamentos foram feitos ao ex-presidente.
Assim como os pagamentos feitos pela mesma empreiteira ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a troco de palestras estão registrados na contabilidade de seu instituto, os pagamentos feitos ao ex-presidente tucano também estão.
Não há diferença alguma entre os dois casos. Se os inimigos do PT disserem que a Odebrechet pagou Lula para obter favores do governo federal devido à influência do petista nesse governo, os inimigos do PSDB poderão dizer que a empreiteira pagou FHC devido à influência do tucano no governo do Estado de São Paulo.
A única diferença entre os dois casos é que aquele que envolve o petista desencadeou inquérito contra ele, enquanto que o caso envolvendo o tucano não desencadeou coisa alguma.
O mais engraçado em tudo isso é que, recentemente, o ex-presidente tucano deu entrevista ao programa Roda Viva, veiculado por emissora pública controlada pelo governo estadual de seu partido em São Paulo, e, nesse programa, acusou Lula de ter recebido dinheiro da Odebrechet para lhe dar palestra e não a deu.
Confira, abaixo, trecho do programa em que FHC dá essa declaração.
No mesmo fim de semana, surge acusação contra o ex-governador mineiro e candidato derrotado a presidente em 2014 Aécio Neves, outro tucano que vive fazendo acusações de abusos éticos contra adversários políticos.
Desta vez, porém, a iniciativa da investigação nem mesmo partiu de autoridades policialescas como a PF ou o Ministério Público; a investigação foi feita, autonomamente, pelo jornal Folha de São Paulo, que, através da lei de acesso à informação, conseguiu do governo do Estado de Minas Gerais relação dos 1.423 voos feitos entre janeiro de 2003 e março de 2010 nos quais o nome de Aécio figura como solicitante.
O resultado é impressionante. A legislação mineira que disciplina o uso das aeronaves oficiais se resume ao decreto 44.028 e à resolução 3, ambos de 2005. O decreto define que “a utilização das aeronaves oficiais será feita, exclusivamente, no âmbito da administração pública estadual (…) para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”
A resolução, que regulamenta o decreto, estabelece que as aeronaves “destinam-se ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”.
Registros do Gabinete Militar de Minas Gerais mostram que durante o governo do tucano Aécio Neves aeronaves do Estado foram cedidas para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública a pedido do então governador mineiro.
Em 198 dos 1423 voos pesquisados pela Folha não houve a presença nem de Aécio nem de agentes públicos autorizados pela legislação a usar essas aeronaves, como secretários de Estado, vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa.
Mais comprometedor ainda é o fato de que os transportados são celebridades e donos de meios de comunicação que apoiam ostensivamente o PSDB e que, ano passado, chegaram a fazer campanha eleitoral para Aécio.
Luciano Huck, a dupla Sandy e Júnior, o dono falecido da Veja Roberto Civita, o bambambam da Globo José Bonifácio Oliveira Sobrinho e o enroladíssimo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira são alguns dos apoiadores de Aécio que, apesar de serem ricos, foram brindados com “cortesias” pagas pelo povo mineiro.
O custo desses deslocamentos aéreos – atividade que vai se mostrando um fetiche de Aécio Neves – remonta a milhões e milhões de reais de dinheiro público, mas, tal qual aeroporto construído com o dinheiro dos mineiros para beneficiar a família do tucano, já se pode ter certeza que não dará em nada assim como nos casos supracitados.
Não para de crescer a lista de escândalos envolvendo o PSDB que jamais geram qualquer tipo de consequência para os envolvidos enquanto que casos similares levam petistas à cadeia, o que mostra que o Brasil vive uma ditadura jurídico-policial que funciona dentro do Estado.
O melhor conceito para definir uma ditadura é o uso da lei de formas diferentes para casos iguais, variando exclusivamente por conta da orientação política do envolvido – o célebre “Para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei”.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Veja elege o Juiz Moro o vaso-de-guerra do Golpe

 79 mil brasileiros pedem a Obama intervenção já !

Bem que o Conversa Afiada avisou:SP não vai esperar 4 anos !​

O Brasil não quer ser uma nova Venezuela e, por isso, precisamos da ajuda americana !, dizem, em resumo, os golpistas.

Position yourself against the Bolivarian communist expansion in Brazil promoted by the administration of Dilma Rousseff

On 10/26, Dilma Rousseff was reelected, and will continue his party’s plan to establish a communist regime in Brazil – the Bolivarian molds propounded by the Foro de São Paulo. We know that in the eyes of the international community, the election was fully democratic, but the ballot boxes used are not reliable, apart from the fact the heads of the judiciary, are mostly members of the winning party. Social policies also influenced the choice of the president, and people were threatened with losing their food allowance if they do not re-elect Dilma. We call a White House position in relation to communist expansion in Latin America. Brazil does not want and will not be a new Venezuela, and the USA that need help the promoters of democracy and freedom in Brazil.


O vaso-de-guerra e seu canhão. Ou o contrário: o canhão e seu vaso-de-guerra



O ansioso blogueiro vestiu aquela roupa dos que tratam de vítimas do Ebola e folheou o detrito sólido de maré baixa da semana seguinte ao Golpe que surrupiou oito pontos da Dilma em São Paulo.

A primeira observação é animadora: o exemplar tem 134 páginas e 35% de publicidade aparentemente paga.

Para uma edição do mês de novembro, perto do Natal, isso não paga as contas da Editora Abril.

Porque, como se sabe, o detrito sólido sustenta a empresa, assim como a TV Globo sustenta toda a “Organização” (sic).

A Abril está à venda.

Não tem é quem compre.

A edição mantém a mentira desmentida repetidamente, até pelo Globo.

O doleiro-herói não citou Lula nem Dilma.

O detrito sólido diz que não procurou “criar efeitos eleitorais” – como se o próprio leitor fosse um idiota.

Um de seus ignotos colonistas (no ABC do C Af) assegura que o Brasil “foi mantido sob o comando de pessoas moralmente primitivas, que acabam de ser premiadas por levar a atividade política à fronteira do crime”.

Mas isso é perfumaria.

A substância da edição é transformar o Juiz Sergio Fernando Moro, por quem vazam as delações seletivas, num Joaquim Barbosa, ou num Roberto Gurgel – heróis da caça  aos “mensaleiros”.

A mesma missão higiênica cabe agora, segundo detrito sólido, a Moro, que “comanda hoje o maior navio a singrar os mares da Justiça brasileira”.

Segue o detrito: “Lula teve o mensalão, Dilma agora tem o petrolão”.

O detrito reconhece alguns rombos no casco do brigue: ele teria obrigado um diretor da Petrobras a “cuspir os feijões”.

Se não abrisse o bico, o transatlântico mandava prender parentes do investigado.

Não é só o detrito que menciona esse pequeno deslize na rota de quem singra os mares da Justiça: Mauricio Dias, na Carta Capital dessa semana, suspeita de algo parecido:

“Delação torturada -


Importante criminalista que atuou no caso Petrobras ten dito a interlocutores que a delação premiada feita por Paulo Roberto Costa foi obtida sob tortura.


Após a primeira audiência, ao ser conduzido de camburão de volta ao cárcere, o ex-diretor da estatal foi submetido a forte pressão moral e psicológica. Os policiais “comunicaram” a ele que, no dia seguinte, seriam presas suas filhas e genros, além da mulher. Avisaram também que a residência e os escritórios dele e dos familiares seriam vasculhados. Após isso, ofereceram a Costa a delação.


Ele não resistiu aos ‘argumentos’.”


(Pergunta desinteressada: que juiz ia mandar prender e vasculhar a casa? Policial não sai por aí a prender e a vasculhar sem ordem judicial …)

Na investigação do Banestado, informa o detrito sólido, o vaso-de-guerra passou a ser investigado pelo Conselho Nacional de Justiça, por determinação do STF, por decretar cinco ordens de prisão a quem já tinha recebido habeas-corpus.

Um transatlântico que dispara mísseis…

O próprio delito informa que o Tribunal Federal da 4ª Região  proibiu o transatlântico de intimar investigado POR TELEFONE !

Criativo, não ?

Pois é esse servidor público, pago para administrar a Lei e a Justiça que o detrito sólido transforma na Invencível Armada que vai torpedear a Dilma.

Uma semana depois do Golpe terrorista, como disse a Dilma, a revista à venda escolheu seu instrumento.

Um almirante de discutíveis escrúpulos.


Paulo Henrique Amorim

Estelionato eleitoral da revista Veja: a fraude que o PSDB esconde


Se alguma dúvida existe sobre esta eleição é a de quantos votos Aécio realmente recebeu de forma limpa, sem a manipulação gerada por uma fraude.


Arquivo

O PSDB se prestou ao papel ridículo de colocar em dúvida a urna eletrônica e a lisura do processo eleitoral brasileiro.

A razão? Boatos. De onde? Das redes sociais.

Com a coerência que lhe é peculiar, o Partido tomou essa iniciativa só depois de ser informado de sua derrota. Para o PDSB, lisura é quando eles ganham as eleições.

A petição feita pelo PSDB merece moldura. É a confissão de um partido que se reivindica a reencarnação da UDN, com o mesmo golpismo e o mesmo gosto por questionar resultados das urnas com ameaças jurídicas que, em qualquer tribunal, deveriam ser consideradas litigância de má fé.

Se é assim que o PSDB prefere, que sobre ele recaia a maldição que acompanhou a UDN do início ao fim: a maldição de sempre perder eleições presidenciais.

Mas todos esperamos que o Judiciário realmente tome providências sobre algumas questões que abalaram o processo eleitoral brasileiro da maneira mais abjeta.

A primeira delas foram os ataques de ódio perpetrado contra pobres, nordestinos e nortistas. Muitos deles são crimes explícitos e inafiançáveis.

O PSDB, mais uma vez fingindo que não sabe o que acontece neste país - enquanto acusa a maioria dos brasileiros de ser desinformada -, protocolou ação para que fosse investigada a origem de quem postava tais comentários.

Esperamos que a Justiça informe ao PSDB o óbvio: de que foram alguns de seus mais fiéis eleitores que fizeram isso, devidamente paramentados de adesivos e avatares de seu candidato, Aécio Neves.

Um vereador do PSDB da capital paulista, Paulo Telhada, esbravejou contra o resultado da eleição e propôs a separação do Sul e de parte do Sudeste.

Parece que Minas e Rio não seriam mais aceitos nesse cordão sanitário tucano. Aécio, que mora no Rio e pousa de vez em quando em Minas, doravante precisaria de passaporte  e visto de turista - nada mais justo.

O PSDB, que é tão atento às redes sociais, ainda não se manifestou sobre a mensagem que se tornou viral, de uma de suas eleitoras: ao anunciar estar trocando o Brasil pela Disney, acusou a maioria dos brasileiros de ser formada por "miseráveis, imbecis e burros".

A quem, nas redes sociais, o PSDB anda dando ouvidos?

Realmente, é preciso reconhecer, houve uma grande fraude eleitoral nesta eleição e que alterou significativamente o resultado: foi a insidiosa matéria da revista da Marginal Pinheiros, que produziu uma capa notoriamente mentirosa para ser usada por seu candidato e distribuída como panfleto no meio da rua.

Algo que serviu para ser usado por Aécio em seu último debate e também em seu último programa eleitoral de rádio e tevê.

A fraude foi também replicada em manchetes de jornais, telejornais e programas de rádio - como se fosse notícia, como se fosse jornalismo, como se fosse sério.

Serviu, como foi amplamente documentado, para o PSDB imprimir e distribuir no meio da rua por seus cabos eleitorais, em sua campanha de boca de urna.

O panfleto com a capa de Veja foi o mar de lama que correu a céu aberto no sábado e no domingo.

O PSDB e sua coligação deveriam ser investigados pelo descumprimento da decisão do TSE que impediu a divulgação da revista, considerada, com razão, propaganda paga do candidato.

Os recursos utilizados para esse fim deveriam ser devolvidos ao fundo partidário, com juros e correção.

Se alguma dúvida existe sobre esta eleição é a de quantos votos Aécio realmente recebeu de forma limpa, sem a manipulação gerada por uma fraude que entra para a História como uma das piores já montadas para se tentar eleger um presidente.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Advogado de Youssef confirma armação de Veja

:

O crime eleitoral cometido pela revista Veja, que pertence a Giancarlo Civita e é comandada pelo executivo Fábio Barbosa e pelo jornalista Eurípedes Alcântara (à dir.), foi confirmado, nesta quinta-feira, por reportagem do jornal Valor Econômico, pelo próprio advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef; reportagem da semana passada diz que Youssef afirmou que "Lula e Dilma sabiam de tudo"; eis, no entanto, o que aponta Figueiredo Basto: "Não houve depoimento no âmbito da delação premiada. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada"; caso está nas mãos de Teori Zavascki, ministro do STF, que pode obrigar Veja desta semana a circular com direito de resposta; atentado à democracia envergonha o jornalismo

247 - A situação da revista Veja e da Editora Abril, que atingiu o fundo do poço da credibilidade no último fim de semana, com a capa criminosa contra a presidente Dilma Rousseff, acusada sem provas pela publicação, pode se tornar ainda mais grave.

Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, revela algo escandaloso: o "depoimento" do doleiro Alberto Youssef que ancora a chamada "Eles sabiam de tudo", sobre Lula e Dilma, simplesmente não existiu.

Foi uma invenção de Veja, que atentou contra a democracia, tirou cerca de 3 milhões de votos da presidente Dilma Rousseff e, por pouco, não mudou o resultado da disputa presidencial, ferindo a soberania popular do eleitor brasileiro.

Quem afirma que o depoimento não existiu é ninguém menos que o advogado Antônio Figureido Basto, que representa o doleiro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", disse ele.

Basto também nega uma versão pró-Veja que começou a circular após as eleições – a de que Youssef teria feito um depoimento e depois retificado. "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.

Com isso, a situação de Veja torna-se delicadíssima. No fim de semana, a publicação passou por uma das maiores humilhações de sua história, ao ser obrigada a publicar um direito de resposta contra um candidato – no caso, a presidente Dilma Rousseff – em pleno dia de votação.

Agora, a revista pode ser condenada a circular neste próximo fim de semana com uma capa e páginas internas, também com direito de resposta. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, que pode decidir monocraticamente – ou levar a questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas mesmo no plenário Veja tende a perder. Afinal, como os ministros justificariam o direito de informar uma mentira, com claras finalidades eleitorais e antidemocráticas?

Veja cometeu um atentado contra a democracia brasileira, que envergonha o jornalismo, e este crime é apontado pelo próprio advogado do doleiro Youssef. Os responsáveis diretos são: Giancarlo Civita, controlador da Abril, Fábio Barbosa, presidente da empresa, e Eurípedes Alcântara, diretor de Redação de Veja.

Abaixo, reportagem do Valor Econômico sobre o caso:

Advogado de Youssef nega participação em 'divulgação distorcida'

Por André Guilherme Vieira | De São Paulo
 
O advogado que representa Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, negou envolvimento na divulgação de informações que teriam sido prestadas pelo doleiro no âmbito da delação premiada, sobre o conhecimento de suposto esquema de corrupção na Petrobras pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Asseguro que eu e minha equipe não tivemos nenhuma participação nessa divulgação distorcida", afirmou ao Valor Pro. A informação de que Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras foi divulgada na sexta-feira passada pela revista "Veja".

No mesmo dia, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Paraná, delegado Rosalvo Ferreira Franco, determinou abertura de inquérito para apurar "o acesso de terceiros" ao conteúdo do depoimento prestado por Youssef a delegados da PF e a procuradores da República.

"Acho mesmo que isso tem que ser investigado. Queremos uma apuração rigorosa", garante Basto, que já integrou o conselho da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). "Eu não tenho nenhuma relação com o PSDB. Me desliguei em 2002 do conselho da Sanepar [controlada pelo governo do Estado]. Não tenho vínculo partidário e nem pretendo ter. Nem com PSDB, nem com PT, nem com partido algum", afirma. O Paraná é governado por Beto Richa desde janeiro de 2011. Ele foi reconduzido ao cargo no primeiro turno da eleição deste ano.

A reportagem menciona que a declaração de Youssef teria ocorrido no dia 22 de outubro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", afirma, irritado, Basto. O advogado diz ser falsa a informação de que o depoimento teria ocorrido na quarta-feira para que fosse feito um "aditamento" ou retificação sobre o que o doleiro afirmara no dia anterior: "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.

Iniciadas no final de setembro, as declarações de Youssef que compõem seu termo de delação premiada são acompanhadas pelo advogado Tracy Joseph Reinaldet dos Santos, que atua conjuntamente com Basto.

O Valor PRO apurou que o alvo principal da operação Lava-Jato disse em conversas informais com advogados e investigadores, que pessoalmente considerava "muito difícil" que o presidente da República não tivesse conhecimento de um esquema que desviaria bilhões de reais da Petrobras para abastecer caixa dois de partidos e favorecer empreiteiras.

"Todo mundo lá em cima sabia", teria dito o doleiro, sem, no entanto, citar nomes ou apresentar provas.
O esquema de corrupção na diretoria de Abastecimento da Petrobras teria começado em 2005, segundo a investigação e o interrogatório à Justiça Federal do ex-diretor de Abastecimento da petrolífera, Paulo Roberto Costa. Era o segundo ano do primeiro mandato do então presidente Lula. Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia em 2003.

Segundo a versão de Costa à Justiça, Lula teria cedido à pressão partidária para nomeá-lo diretor da Petrobras, sob risco de ter a governabilidade ameaçada pelo trancamento da pauta do Congresso. "Mesmo que essa declaração do Paulo Roberto [Costa] seja fato e que a comprovemos nos autos, qual é o crime que existe nisso?", questiona um dos investigadores da Lava-Jato. "Uma coisa é a atividade política. Outra é eventual crime dela decorrente. Toda a delação de Costa e outras que venham a ocorrer serão submetidas ao crivo do inquérito policial e da devida investigação", esclarece.

A PF também instaurou inquérito para apurar supostos vazamentos da delação premiada de Costa.
Investigações sobre vazamentos podem resultar em processo penal. No dia 21 deste mês, o deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) foi condenado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por violação de sigilo funcional qualificada. Queiroz, que é delegado da PF, foi responsabilizado por "vazar" informações da operação Satiagraha, deflagrada em São Paulo em 2008.

sábado, 25 de outubro de 2014

TSE PUNE ATENTADO DE VEJA CONTRA DEMOCRACIA

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ATENTADO DE VEJA A LEVA AO TRENDING TOPIC GLOBAL

Advogado de doleiro: Veja mentiu sobre Dilma

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O advogado Antonio Figueiredo Basto, que comanda a defesa do doleiro Alberto Youssef, afirma que desconhece o depoimento de seu cliente que ancora a capa de Veja, publicada ontem, em edição extra; “Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso”, afirmou; "Estamos perplexos e desconhecemos o que está acontecendo"; tentativa de golpe contra a democracia é manobra da revista conduzida pelo jornalista Eurípedes Alcântara e pelo executivo Fábio Barbosa, que comanda a Abril, no lugar dos Civita; jornalismo brasilero atinge seu momento mais torpe 

247 - A tentativa de golpe da Editora Abril contra a democracia brasileira não durou um dia. Menos depois de 24 horas após circular com uma edição extra, acusando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de "saberem de tudo" sobre o esquema denunciado na Petrobras, o "depoimento" do doleiro Alberto Youssef foi desmentido por ninguém menos que seu próprio advogado, o criminalista Antonio Figueiredo Basto.

“Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso”, afirmou Basto. “Conversei com todos da minha equipe e nenhum fala isso. Estamos perplexos e desconhecemos o que está acontecendo. É preciso ter cuidado porque está havendo muita especulação”, alertou o advogado.

A edição de Veja foi antecipada para esta quinta-feira para tentar interferir na sucessão presidencial, sobrepondo-se à soberania popular. Ontem, pesquisas Ibope e Datafolha confirmaram a liderança da presidente Dilma Roussef nas pesquisas eleitorais (leia aqui).

Os responsáveis diretos pelo atentado à democracia cometido pela Editora Abril são o diretor de Redação de Veja, Eurípedes Alcântara, o executivo Fábio Barbosa, que conduz a gestão da empresa, além dos acionistas da família Civita. Conduziram o jornalismo brasileiro a seu momento mais irresponsável, mais vil e mais torpe.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O PATRICIADO E A PLEBE

*EXCLUSIVO: a história da Booz Allen, o gabinete paralelo da comunidade de informação dos EUA, que assessorou  FHC nas 'reformas de mercado'.


 **Rui Falcão, presidente do PT, no Roda-Viva desta 2ª feira: prepare-se lendo o artigo de Tarso Genro: alianças para um novo período histórico.

**e no Blog das Frases:  'O Rubicão brasileiro' (aqui** E ainda: no blog do Emir: ' A nova Plataforma da Esquerda'; bem como,  a coluna de Leonardo Boff.
Elio Gáspari,  Eugenio Bucci e Merval Pereira manifestaram-se recentemente  contrários à proposta de plebiscito formulada pelo governo Dilma. Para eles, a iniciativa de reformar a estrutura política do país não guarda qualquer aderência com as inquietações recentes expressas nas ruas. Alckmin, Aécio, Ronaldo Caiado, Serra e Gilmar Mendes, entre outros, pensam assim também. Une-os, talvez, a resistência ao recorte político embutido no sentido etimológico da palavra plebiscito. Ela é formada pela junção de dois termos latinos (plebs e scitum) que podem ser traduzidos como o ‘decreto da plebe', a ordenação social definida por ela: soberania popular, digamos, para recorrer a uma expressão mais  usual. Outro entendimento deriva da  junção do latim, plebs scit .  E, neste caso, a colisão com a visão histórica do patriciado de todas as épocas é ainda mais inflamável: ‘a plebe sabe', dardeja a etimologia. Os centuriões, mortos e vivos, se arrepiam. Elio Gáspari, nos anos 80, acreditava que quem sabia era o coronel  Heitor Ferreira de Aquino. O porta-recados da ditadura, e secretário do general Golbery (segundo na hierarquia da ditadura Geisel), despachava regularmente com o então diretor-adjunto da revista 'Veja'. Não raro, na véspera do fechamento, a voz da secretária  ecoava pressurosa  pelos corredores da semanal dos Civitas: ‘Eeeliiiooo, o Heitor, o Heitor!  E lá ia o atual crítico do plebiscito beber  direto na fonte de quem sabia, na sua concepção de sabedoria. Heitor, uma espécie de faz-tudo de Golbery, de fato sabia. Muito. Um lado da história. Mas não toda ela. Sobretudo, não sabia o lado da rua. O da plebe que a seus olhos, a exemplo do patriciado atual,  estava alheia às questões do poder e da estrutura política. Até que em 1983 surgiu o ‘Diretas Já!' e , em 1988, uma Constituinte esticou o perímetro da cidadania a limites até hoje não digeridos pelo patriciado que, pelo visto, não quer viver a experiência novamente.
Carta Maior;2ª feira, 15/07/2013



Contratada no governo FHC, Booz-Allen já operava como Gabinete paralelo da comunidade da informação dos EUA


No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem, estão sob suspeita. As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. A empresa orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes países, incluindo os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações no Brasil.



A porta giratória entre as grandes corporações e o governo norte-americano reflete a eficiente sinergia entre o Estado e o mercado, no capitalismo mais poderoso do planeta. 

Cargos estratégicos na administração pública são regularmente ocupados por altos executivos e presidentes de gigantescos complexos industriais ou instituições financeiras dos EUA.

Atividades teoricamente específicas da esfera estatal são terceirizadas com absoluta desenvoltura para engordar negócios privados. Desde a guerra, até operações de segurança e espionagem transformam-se em canais de sucção de fundos públicos para a contabilidade privada.

É nessa dissipação de fronteiras e de recursos que se viabiliza a balela do Estado mínimo, maximizado em lucros privados. 

Nesse intercurso de dinheiro, poder e influencia emerge o nome da Booz-Allen, velha parceira do Departamento de Estado na área de espionagem e consultoria.

Desde os anos 40, no entorno da Segunda Guerra, o grupo trabalha em estreita colaboração com o complexo militar norte-americano.

A ponto de ser reconhecida como uma espécie de gabinete paralelo da comunidade de inteligência dos EUA.

A condição de braço do Estado e dos interesses norte-americanos, portanto, é um traço constitutivo na história da Booz-Allen, do qual o governo Fernando Henrique não poderia alegar desconhecimento, quando enganchou estrategicamente o interesse público brasileiro à empresa. 

A Booz-Allen nasceu em 1914, em Chicago, tornando-se rapidamente uma das gigantes do setor de consultoria. 

Como muitas das grandes corporações dos EUA, engatou seus lucros ao suculento orçamento do Estado, a partir da Guerra.

O livro "Spies for Hire: The Secret World of Intelligence Outsourcing" ("Espiões de aluguel: o mundo secreto da terceirização do serviço de inteligência", New York: Simon and Schuster, 2009), de Tim Shorrock, Dick Hill, dedica um capítulo inteiro à Booz-Allen. Dá detalhes de como a empresa engendrou seu trabalho de consultoria nas teias da comunidade de informação dos EUA.

O livro relata que, em 1998, uma funcionária de carreira do serviço secreto, ao assumir uma diretoria da CIA, já considerava a Booz-Allen uma verdadeira extensão da comunidade de inteligência norte-americana. 

Segundo Dempsey, em uma declaração pública registrada e divulgada por revistas especializadas em assuntos de defesa, era mais fácil encontrar ex-secretários e diretores do sistema nacional de inteligência americana na Booz-Allen do que em reuniões do governo.

Em 2005, comprovando o fundamento de suas afirmações, ela se tornaria vice-presidente da Booz-Allen, que já contabilizava 18.000 profissionais (é assim que a turma supostamente defensora do Estado mínimo esconde o real tamanho de seu Estado gigante) e US$3,7 bilhões anuais de faturamento. Em 2012 esse faturamento havia saltado para US$ 5,76 bilhões (mais de R$ 12 bilhões). O número de funcionários passava de 25 mil pessoas (agentes?) espalhados pelos quatro cantos do planeta.

Metade-metade
Ainda segundo o livro de Shorrock e Hill, pelo menos 50% dos negócios da Booz-Allen são financiados pelo governo dos EUA. 

Os outros 50% são contratos de consultoria com grandes empresas do setor privado, nas áreas de energia ao setor químico, passando por bens de consumo. 

Uma de suas especialidades é auxiliar a influenciar governos e órgãos públicos de outros países a seguir políticas que representem oportunidades de negócio para grandes corporações e fundos de investimento norte-americanos. 

Um dos eixos mais lucrativos, como ela própria explicita em seus relatórios, tem sido o dos programas de privatizações. 

Foi esse o principal alicerce de penetração da versátil corporação no Brasil durante o governo FHC. 

As relações entre a Booz-Allen e o Departamento de Defesa, que já eram estreitas de longa data, tornaram-se ainda mais explícitas e se aprofundaram na presidência de George W. Bush. 

A partir de então, a empresa se envolveu nas atividades mais sensíveis da inteligência dos EUA e do Pentágono. 

Mais que isso, encabeçou os projetos mais importantes do Departamento de Defesa após os ataques de 11 de setembro.

Esse foi o gatilho para a montagem do megaesquema de espionagem denunciado por Edward Snowden.

Bush e seu vice-presidente, o todo-poderoso Dick Cheney, passaram um recado claro ao Departamento de Defesa: as corporações privadas, coordenadas pelas consultorias da Booz-Allen, estavam avalizadas na condição de gerentes do sistema de inteligência norte-americana. 

Os profissionais da Booz-Allen, notoriamente conhecidos como mais do que simples consultores, foram chancelados internamente como atores-chave do alto escalão da comunidade de inteligência.

O que já era um gabinete paralelo tornou-se unha e carne da comunidade de informação.

Nosso homem na Casa Branca
Figura central desse relacionamento íntimo foi Mike McConnell. Depois de se aposentar na Marinha dos Estados Unidos, McConnell tornou-se vice-diretor da Booz-Allen na área que a empresa chama de "cyber business":http://www.boozallen.com/about/leadership/executive-leadership/McConnell 

Em 2007, tornou-se nada mais, nada menos do que o vice-diretor do Departamento Nacional de Inteligência (DNI), administrando um time de 100 mil profissionais (agentes secretos, arapongas, informantes, analistas de informação) e 47 bilhões de dólares (pelo menos a parte contabilizada).

Na apresentação de seu currículo, a Booz-Allen se vangloriava de tê-lo como um líder no governo, responsável pela interlocução do gabinete presidencial na Casa Branca com o Congresso, líderes internacionais e a "comunidade de negócios" dos EUA. Em 2009, na presidência Obama, ele retornou à Booz-Allen.

Unindo o útil ao agradável
No portfólio da Booz-Allen, estão algumas das áreas em que a empresa atuou e que, a partir de agora, dadas as acusações de espionagem ampla, geral e irrestrita, estão sob suspeita. Veja:

http://www.booz.com/br/home/who-we-are/42544269

As "reformas governamentais" dos anos 1990 aparecem em destaque. 

A empresa ainda orientou a reforma do sistema eleitoral do México e a privatização de empresas em diferentes áreas de atuação e países: bancos, no Brasil e no México; energia (além do Brasil, Argentina, Peru e Bolívia), ferrovias (na Argentina), petroquímica (Brasil), portos (México e Venezuela), siderurgia (Argentina e Brasil) e telecomunicações (Brasil, México e Uruguai).

Esses setores, como a maioria se lembra, não foram considerados mais como polos estratégicos para o desenvolvimento e o Estado nacional – termo em desuso no ciclo tucano, tratado com derrisão pelos seus teóricos e operadores. 

Algo semelhante ocorreria nas demais presidências neoliberais que infestaram os governos latino-americanos. 

Estratégicos, porém, eles se tornariam para os interesses norte-americanos, conforme as recomendações de seu braço de informação e dublê de consultoria.

Para os EUA, foi uma ação orquestrada de inteligência. Para a América Latina, foi um exemplo da imensa estupidez da sapiência neoliberal que deixou cicatrizes profundas e, como se vê agora, abriu flancos estratégicos no aparato público das nações.