Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Guerras contra o "terrorismo", Urânio e Neocolonialismo


Parlamentar belga Laurent Louis na sessão do Parlamento de 22 / 01 / 2013, derruba vários mitos utilizados para fazer uma guerra e burlar a Convenção de Genebra.
Interesses estratégicos e econômicos estão por trás do apoio da Bélgica a sua irmã França. O Neocolonialismo em marcha está destruindo a democracia de países soberanos, colocando-os nas mãos de grandes corporações, que cada vez mais dominam o mundo.

No DocVerdade

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Santa Maria e os abutres da carniça




*20 mil pessoas marcham nas ruas de Santa Maria para se despedir de seus mortos e, sem esquece-los, reencontrar na solidariedade o sentido de viver. Leia nesta página: 'O que a morte não cessa de nos dizer'; por Marco Aurélio Weissheimer. E também: 'Abutres sobre Santa Maria' (Flávio Aguiar)

DILMA: ESSA DOR QUE FALA A TODOS NÓS

"Eles eram jovens, tinham sonhos, poderiam ser nossos futuros prefeitos, prefeitas, presidentes ou presidentas, futuros cientistas, agrônomos, juízes, filhos, filhas, netos, netas de cada um de nós. A dor que presenciei é indescritível. Falo dessa dor para falar da responsabilidade que todos nós, do Executivo, temos com a população. Temos o dever de assegurar que ela jamais se repetirá.
 O nosso trabalho é cuidar da nossa gente, garantido a eles e a elas oportunidades de melhorar de vida" (Presidenta Dilma Rousseff, no encontro de prefeitos de todo o país; nesta 2ª feira)



Sobre o desastre de Santa Maria, voejaram as asas da desgraça: o Brasil não tem competência para organizar a Copa do Mundo, o Brasil carece de segurança. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o país e esquecendo catástrofes pelo mundo. O problema é que jornalistas liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa mídia míope. Mesmo o interessante The Guardian.


Berlim - Não faltaram os abutres. Sobre o desastre de Santa Maria, voejaram as asas da desgraça: o Brasil não tem competência para organizar a Copa do Mundo, o Brasil carece de segurança, etc. 

Não adianta a presidenta Dilma ter voado direto de Santiago para Santa Maria, o governador Tarso Genro ter aterrisado lá com a ministra Maria do Rosário, o prefeito Cezar Schirmer ter feito o possível e o impossível, os que saíram a tempo terem tentado abrir rombos na parede ajudando os bombeiros, o soldado Leonardo de Lima Machado ter saído e voltado duas vezes, até morrer asfixiado.

Não, nada disso importa. O que importa é que o Brasil não tem competência para nada. Não importa que a festa mais segura hoje no mundo seja a do Ano Novo no Rio de Janeiro. Não, para os coveiros do Brasil nada disso importa. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o pobre Brasil e esquecendo as outras catástrofes pelo mundo.

Não importa. O que importa é espinafrar o Brasil de Dilma e, é claro, o de Lula.

No Brasil isso tem cada vez menos importância.

O que atrapalha às vezes é ver que jornalistas de mídias liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa escória da mídia brasileira.

Infelizmente, na repercussão do desastre de Santa Maria, foi o caso de um jornal tão interessante como o The Guardian.

O que acontece?

Preconceito liberal? Liberal só cita liberal, seja progressita ou conservador? Pode ser. Mas aposto mais numa miopia. Daqui da Europa, mesmo que os correspondentes sejam daqui, eles só conseguem se olhar nom espelho, e imaginar que a imprensa “liberal” daí seja igual a daqui.

Bom, deve-se dizer que a daqui também tem seus preconceitos. Não consegue enxergar, em média, o que acontece na América Latina. Prefere ficar afirmando que os governos populares são populistas, e que são inimigos da liberdade de imprensa. Embora, em relação à Europa, sejam mais plurais. 

Aquela coisa: aqui, pluralidade. Na América Latina, liberalidade em relação à direita.

Mas enfim, no saldo, foi tudo positivo. As imagens da presidenta Dilma emocionada e voltando imediatamente ao Brasil valeram mil palavras.

sábado, 19 de março de 2011

Esquerda de butique

Ontem ainda eu lia no Twitter uns desocupados, entre um toddynho e outro, chamarem a posição do Brasil na votação da ONU sobre a Líbia de "covarde". Gostaria que os panacas fosse à Líbia explicar o que queriam dizer com isso...


Leia mais em: EskerdoNews 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Os prostíbulos do capitalismo



Os chamados “paraísos fiscais” são verdadeiros prostíbulos do capitalismo. Nesses territórios se praticam todos os tipos de atividade econômica que seriam ilegais em outros países, captando e limpando somas milionárias de negócios como o comércio de armamentos, do narcotráfico e de outras atividades similares.

Os paraísos fiscais, que devem somar um total entre 60 e 90 no mundo, são micro-territórios ou Estados com legislações fiscais frouxas ou mesmo inexistentes. Uma das suas características comuns é a prática do recebimento ilimitado e anônimo de capitais. São países que comercializam sua soberania oferecendo um regime legislativo e fiscal favorável aos detentores de capitais, qualquer que seja sua origem. Seu funcionamento é simples: vários bancos recebem dinheiro do mundo inteiro e de qualquer pessoa que, com custos bancários baixos, comparados com as médias praticadas por outros bancos em outros lugares.

Eles têm um papel central no universo das finanças negras, isto é, dos capitais originados de atividades ilícitas e criminosas. Máfias e políticos corruptos são frequentadores assíduos desses territórios. Segundo o FMI, a limpeza de dinheiro representa entre 2 e 5% doi PIB mundial e a metade dos fluxos de capitais internacionais transita ou reside nesses Estados, entre 600 bilhões e 1 trilhão e 500 bilhões de dólares sujos circulam por aí.

O numero de paraísos fiscais explodiu com a desregulamentação financeira promovida pelo neoliberalismo. As inovações tecnológicas e a constante invenção de novos produtos financeiros que escapam a qualquer regulamentação aceleraram esse fenômeno.

Trafico de armas, empresas de mercenários, droga, prostituição, corrupção, assaltos, sequestros, contrabando, etc., são as fontes que alimentam esses Estados e a mecanismo de limpeza de dinheiro.

Um ministro da economia da Suíça – dos maiores e mais conhecidos paraísos – declarou em uma visita a Paris, defendendo o segredo bancário, chave para esses fenômenos: “Para nós, este reflete uma concepção filosófica da relação entre o Estado e o indivíduo.” E acrescentou que as contas secretas representam 11% do valor agregado bruto criado na Suíça.
Em um país como Liechtenstein, a taxa máxima de imposto sobre a renda é de 18% e o sobre a fortuna inferior a 0,1%. Ele se especializa em abrigar sociedades holdings e as transferências financeiras ou depósitos bancários.

Uma sociedade sem segredo bancário, em que todos soubessem o que cada um ganha – poderia ser chamado de paraíso. Mas é o contrário, porque se trata de paraísos para os capitais ilegais, originários do narcotráfico, do comercio de armamento, da corrupção.

Existem, são conhecidos, quase ninguém tem coragem de defendê-los, mas eles sobrevivem e se expandem, porque são como os prostíbulos – ilegais, mas indispensáveis para a sobrevivência de instituições falidas, que tem nesses espaços os complementos indispensáveis à sua existência.
Postado por Emir Sader às 14:20