*20 mil pessoas marcham nas ruas de Santa Maria para se despedir de seus mortos e, sem esquece-los, reencontrar na solidariedade o sentido de viver. Leia nesta página: 'O que a morte não cessa de nos dizer'; por Marco Aurélio Weissheimer. E também: 'Abutres sobre Santa Maria' (Flávio Aguiar)
DILMA: ESSA DOR QUE FALA A TODOS NÓS
"Eles eram jovens, tinham sonhos, poderiam ser nossos futuros prefeitos, prefeitas, presidentes ou presidentas, futuros cientistas, agrônomos, juízes, filhos, filhas, netos, netas de cada um de nós. A dor que presenciei é indescritível. Falo dessa dor para falar da responsabilidade que todos nós, do Executivo, temos com a população. Temos o dever de assegurar que ela jamais se repetirá.
O nosso trabalho é cuidar da nossa gente, garantido a eles e a elas oportunidades de melhorar de vida" (Presidenta Dilma Rousseff, no encontro de prefeitos de todo o país; nesta 2ª feira)
Sobre o desastre de Santa Maria, voejaram as asas da desgraça: o Brasil não tem competência para organizar a Copa do Mundo, o Brasil carece de segurança. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o país e esquecendo catástrofes pelo mundo. O problema é que jornalistas liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa mídia míope. Mesmo o interessante The Guardian.
Flávio Aguiar
Berlim - Não faltaram os abutres. Sobre o desastre de Santa Maria, voejaram as asas da desgraça: o Brasil não tem competência para organizar a Copa do Mundo, o Brasil carece de segurança, etc.
Não adianta a presidenta Dilma ter voado direto de Santiago para Santa Maria, o governador Tarso Genro ter aterrisado lá com a ministra Maria do Rosário, o prefeito Cezar Schirmer ter feito o possível e o impossível, os que saíram a tempo terem tentado abrir rombos na parede ajudando os bombeiros, o soldado Leonardo de Lima Machado ter saído e voltado duas vezes, até morrer asfixiado.
Não, nada disso importa. O que importa é que o Brasil não tem competência para nada. Não importa que a festa mais segura hoje no mundo seja a do Ano Novo no Rio de Janeiro. Não, para os coveiros do Brasil nada disso importa. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o pobre Brasil e esquecendo as outras catástrofes pelo mundo.
Não importa. O que importa é espinafrar o Brasil de Dilma e, é claro, o de Lula.
No Brasil isso tem cada vez menos importância.
O que atrapalha às vezes é ver que jornalistas de mídias liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa escória da mídia brasileira.
Infelizmente, na repercussão do desastre de Santa Maria, foi o caso de um jornal tão interessante como o The Guardian.
O que acontece?
Preconceito liberal? Liberal só cita liberal, seja progressita ou conservador? Pode ser. Mas aposto mais numa miopia. Daqui da Europa, mesmo que os correspondentes sejam daqui, eles só conseguem se olhar nom espelho, e imaginar que a imprensa “liberal” daí seja igual a daqui.
Bom, deve-se dizer que a daqui também tem seus preconceitos. Não consegue enxergar, em média, o que acontece na América Latina. Prefere ficar afirmando que os governos populares são populistas, e que são inimigos da liberdade de imprensa. Embora, em relação à Europa, sejam mais plurais.
Aquela coisa: aqui, pluralidade. Na América Latina, liberalidade em relação à direita.
Mas enfim, no saldo, foi tudo positivo. As imagens da presidenta Dilma emocionada e voltando imediatamente ao Brasil valeram mil palavras.
Não adianta a presidenta Dilma ter voado direto de Santiago para Santa Maria, o governador Tarso Genro ter aterrisado lá com a ministra Maria do Rosário, o prefeito Cezar Schirmer ter feito o possível e o impossível, os que saíram a tempo terem tentado abrir rombos na parede ajudando os bombeiros, o soldado Leonardo de Lima Machado ter saído e voltado duas vezes, até morrer asfixiado.
Não, nada disso importa. O que importa é que o Brasil não tem competência para nada. Não importa que a festa mais segura hoje no mundo seja a do Ano Novo no Rio de Janeiro. Não, para os coveiros do Brasil nada disso importa. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o pobre Brasil e esquecendo as outras catástrofes pelo mundo.
Não importa. O que importa é espinafrar o Brasil de Dilma e, é claro, o de Lula.
No Brasil isso tem cada vez menos importância.
O que atrapalha às vezes é ver que jornalistas de mídias liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa escória da mídia brasileira.
Infelizmente, na repercussão do desastre de Santa Maria, foi o caso de um jornal tão interessante como o The Guardian.
O que acontece?
Preconceito liberal? Liberal só cita liberal, seja progressita ou conservador? Pode ser. Mas aposto mais numa miopia. Daqui da Europa, mesmo que os correspondentes sejam daqui, eles só conseguem se olhar nom espelho, e imaginar que a imprensa “liberal” daí seja igual a daqui.
Bom, deve-se dizer que a daqui também tem seus preconceitos. Não consegue enxergar, em média, o que acontece na América Latina. Prefere ficar afirmando que os governos populares são populistas, e que são inimigos da liberdade de imprensa. Embora, em relação à Europa, sejam mais plurais.
Aquela coisa: aqui, pluralidade. Na América Latina, liberalidade em relação à direita.
Mas enfim, no saldo, foi tudo positivo. As imagens da presidenta Dilma emocionada e voltando imediatamente ao Brasil valeram mil palavras.
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