Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 11 de janeiro de 2015

UM TERRORISTA NA MARCHA DA PAZ. VOCÊ É CHARLIE?

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Em artigo, Fidel aponta holocausto palestino

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"O genocídio dos nazistas contra os judeus colheu o ódio de todos os povos da terra. Por que acredita o governo desse país que o mundo será insensível a este macabro genocídio que hoje está cometendo contra o povo palestino? Por acaso se espera que ignore quanto há de cumplicidade por parte do império norte-americano neste massacre desavergonhado?", questiona Fidel Castro, líder da Revolução Cubana


247 - Em artigo publicado no jornal Granma, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, afirmou que Israel comete holocausto contra o povo palestino. Leia, abaixo, a tradução feita pelo site Vermelho e publicada pelo Opera Mundi:

Fidel Castro: Holocausto palestino em Gaza

Fidel Castro | Granma | Havana - 05/08/2014 - 12h24
 
Novamente, peço ao Granma que não dedique espaço de primeiro plano a estas linhas, relativamente breves, sobre o genocídio que se está cometendo contra os palestinos. Escrevo-as com rapidez apenas para deixar constância do que requer meditação profunda.

Penso que uma nova e repugnante forma de fascismo está surgindo com notável força neste momento da história humana, no qual mais de sete bilhões de habitantes se esforçam pela própria sobrevivência.

Nenhuma destas circunstâncias tem a ver com a criação do Império Romano há cerca de 2.400 anos, ou com o império norte-americano que, nesta região do mundo, há apenas 200 anos, foi descrito por Simón Bolívar quando exclamou que: “(...) os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a infestar a 

América com misérias em nome da Liberdade”.

A Inglaterra foi a primeira real potência colonial que usou seus domínios sobre grande parte da África, do Oriente Médio, da Ásia, Austrália, América do Norte e muitas das ilhas antilhanas, na primeira metade do século 20.

Não falarei, nesta ocasião, das guerras e dos crimes cometidos pelo império dos Estados Unidos ao longo de mais de cem anos, mas só registrarei o que quis fazer com Cuba, o que fez com muitos outros países no mundo e só serviu para provar que “uma ideia justa desde o fundo de uma caverna pode mais do que um Exército”.

A história é muito mais complicada do que tudo o que foi dito, mas foi assim, em grandes traços, como a conheceram os habitantes da Palestina e, é lógico, igualmente, que nos meios modernos de comunicação se reflitam as notícias que diariamente chegam; assim ocorreu com a vexatória e criminosa guerra na Faixa de Gaza, um pedaço de terra onde vive a população do que restou da Palestina independente até apenas meio século atrás.

A agência francesa AFP informou, no sábado (02/08): “a guerra entre o movimento islamita palestino Hamas e Israel causou a morte de cerca de 1.800 palestinos (...), a destruição de milhares de lares e a ruína de uma economia já debilitada”, ainda que não assinale, à partida, quem iniciou a terrível guerra.

Depois adiciona: “(...) no sábado, ao meio-dia, a ofensiva israelense havia matado 1.712 palestinos e ferido 8.900. As Nações Unidas puderam verificar a identidade de 1.117 mortos, majoritariamente civis. (...) A 

Unicef contabilizou ao menos 296 menores [de idade] mortos”.

“As Nações Unidas estimaram (...) (cerca de 58.900 pessoas) sem casas na Faixa de Gaza.”

“Dez dos 32 hospitais fecharam e outros 11 foram afetados.”

“Este enclave palestino de 362 quilômetros quadrados não dispõe tampouco das infraestruturas necessárias para os 1,8 milhão de habitantes, sobretudo em termos de distribuição de eletricidade e de água.”

“Segundo o Fundo Monetário Internacional, a taxa de desemprego ultrapassa 40% na Faixa de Gaza, território submetido, desde 2006, a um bloqueio israelense. Em 2000, o desemprego afetava cerca de 20% e, em 2011, cerca de 30%. Mais de 70% da população depende da ajuda humanitária em tempos normais, segundo o Gisha [Centro Legal para a Liberdade de Movimentação].” 

O governo de Israel declara uma trégua humanitária em Gaza às 07h00 (hora de Greenwich) desta segunda-feira (04/08), entretanto, às poucas horas rompeu a trégua ao atacar uma casa em que 30 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, foram feridas e, entre elas, uma menina de oito anos, que morreu.

Na madrugada deste mesmo dia, 10 palestinos morreram como consequência dos ataques israelenses em toda a Faixa e já subiu a quase 2 mil o número de palestinos assassinados.

A matança chegou a tal ponto que o “ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, anunciou nesta segunda-feira (04/08) que o direito de Israel à segurança não justifica o ‘massacre de civis’ que está perpetrando”.

O genocídio dos nazistas contra os judeus colheu o ódio de todos os povos da terra. Por que acredita o governo desse país que o mundo será insensível a este macabro genocídio que hoje está cometendo contra o povo palestino? Por acaso se espera que ignore quanto há de cumplicidade por parte do império norte-americano neste massacre desavergonhado?

A espécie humana vive uma etapa sem precedentes na história. Um choque de aviões militares ou aeronaves de guerra que se vigiam estreitamente ou outros fatos similares podem desatar uma contenda com o emprego das sofisticadas armas modernas que se converteria na última aventura do conhecido Homo sapiens.

Há fatos que refletem a incapacidade quase total dos Estados Unidos para enfrentar os problemas atuais do mundo. Pode-se afirmar que não há governo nesse país, nem o Senado, nem o Congresso, a Agência 

Central de Inteligência, o Pentágono, que determinarão o desenlace final. É triste, realmente, que isso ocorra quando os perigos são maiores, mas também as possibilidades de seguir adiante.

Quando houve a Grande Guerra Patriótica, os cidadãos russos defenderam seu país como espartanos; subestimá-los foi o pior erro dos Estados Unidos e da Europa. Seus aliados mais próximos, os chineses, que, como os russos, obtiveram a sua vitória a partir dos mesmos princípios, constituem hoje a força econômica mais dinâmica da terra. Os países querem yuanes, e não dólares, para adquirir bens e tecnologia e incrementar o seu comércio.

Novas e imprescindíveis forças surgiram. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, cujos vínculos com a América Latina e com a maioria dos países do Caribe e da África, que lutam pelo desenvolvimento, constituem a força que, em nossa época, está disposta a colaborar com o resto dos países do mundo sem excluir os Estados Unidos, a Europa e o Japão.

Culpar a Federação Russa pela destruição, em pleno voo, do avião da Malásia é de um simplismo desconcertante. Nem Vladimir Putin ou Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, nem os demais dirigentes deste governo fariam, jamais, semelhante disparate.

Vinte e seis milhões de russos morreram na defesa da Pátria contra o nazismo. Os combatentes chineses, homens e mulheres, filhos de um povo de cultura milenar, são pessoas de inteligência privilegiada e espirito de luta invencível, e Xi Jinping é um dos líderes revolucionários mais firmes e capazes que já conheci na minha vida.

Texto escrito 04 de agosto às 22h45. Tradução de Moara Crivelente, da Redação do Vermelho

domingo, 3 de agosto de 2014

MONSTRO DE ISRAEL VOLTA A ZOMBAR DA HUMANIDADE

quinta-feira, 31 de julho de 2014

MASSACRE EXTRAI CHORO E IRA NA ONU CONTRA EUA

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Potências mundiais têm de responsabilizar Israel, diz comissária de direitos humanos da ONU
Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - A principal autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) em direitos humanos disse nesta quinta-feira acreditar que Israel está deliberadamente desafiando a lei internacional com a ofensiva militar na Faixa de Gaza, e que as potências mundiais deveriam considerar o país responsável por crimes de guerra.
Israel atacou casas, escolas, hospitais e instalações da ONU em aparente violação às Convenções de Genebra, disse a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay.
"Portanto, eu diria que eles parecem estar sendo desafiadores... desafio deliberado de obrigações que a lei internacional impõe a Israel", disse Pillay a jornalistas.
"É por isso que eu digo uma vez, e outra vez, que não podemos permitir a impunidade, não podemos permitir que prossiga essa falta de responsabilidade", acrescentou.
Os militantes do Hamas na Faixa de Gaza também violaram a lei humanitária internacional ao disparar foguetes indiscriminadamente contra Israel, algumas vezes em áreas densamente povoadas, disse Pillay.
Ela também criticou os Estados Unidos, principal aliado de Israel, por não usarem sua influência sobre o Estado judeu para que interrompa a violência.
"Muitos dos meus comentários são direcionados aos Estados Unidos, já que são uma parte com influência sobre Israel, para que façam muito mais para pôr fim à matança, para que levem as partes à mesa de negociações. Eu também pedi o fim do bloqueio e o fim da ocupação."
Pillay disse ficar chocada com o fato de os EUA consistentemente votarem contra resoluções da ONU de condenação a Israel no Conselho de Direitos Humanos, Assembleia-Geral e Conselho de Segurança da ONU.
"Eles não só entregam armamento pesado que agora está sendo usado por Israel em Gaza, como também forneceram quase 1 bilhão de dólares para os Domos de Ferro de proteção dos israelenses de ataques de foguetes", disse ela. "Mas não forneceram o mesmo tipo de proteção para os moradores de Gaza contra os bombardeios."
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta pressão internacional por conta do crescente número de baixas civis em Gaza, disse nesta quinta-feira que não aceitará nenhum cessar-fogo que impeça Israel de completar a destruição de túneis utilizados por militantes para invadir território israelense.
Altos funcionários em Gaza dizem que pelo menos 1.372 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos no território, e cerca de 7.000 ficaram feridos. Do lado de Israel, 56 soldados perderam a vida em confrontos em Gaza e mais de 400 ficaram feridos. Três civis foram mortos por ataques de foguetes palestinos contra Israel.
O governo israelense diz que sua ofensiva tem como objetivo impedir o Hamas de continuar lançando foguetes contra seu território.
Pillay disse que, como Israel processou apenas quatro soldados israelenses por sua ofensiva de 2008/09 em Gaza, incluindo um militar acusado de roubo de um cartão de crédito, ela não espera que o país investigue adequadamente as violações cometidas durante os ataques aéreos e terrestres em Gaza, agora na quarta semana.
"Mas o direito internacional deixa claro que, quando um Estado é incapaz ou não tem interesse em realizar investigações e processos, o sistema internacional se aplica", disse.

Após 19 mortes em escola, monstro Netanyahu soma mais 22 corpos durante trégua






ONU enviou 17 avisos a Israel para preservar escola que abrigava mais de 3 mil pessoas em Gaza; inútil:as bombas acertaram o alvo nesta 4ª feira matando 15, ferindo centenas

Inflação despenca em julho: IGP-M tem deflação de 0,61; alimentos puxam o recuo,com queda de 1,1%
 
 Instituto de Defesa do Consumidor recebeu 493 reclamações de falta de água em São Paulo desde o final de junho: IDEC pede que Alckmin oficialize o racionamento, um fato consumado

 
Fundos abutres recusam oferta da Argentina que resiste eem entregar as reservas do paías; agências de risco se apressam em declarar o 'calote'

Coerência assustadora: Aécio defende o direito ao terror financeiro contra o Brasil

Dilma na CNI critica os que 'conspiram, aberta ou envergonhadamente' contra o financiamento público do desenvolvimento brasileiro

Aécio e Campos se comportaram na sabatina empresarial da CNI como dois colegiais ansiosos por mostrar ao professor que decoraram a tabuada no fim de semana

: Massacre de palestinos prossegue até durante "trégua humanitária de quatro horas"; exército israelense ataca mercado popular na faixa de Gaza, mata 22 e fere cerca de 150 civis; genocida Benjamin Netanyahu prossegue morticínio impune; bombardeio israelense na noite de ontem matou 19 palestinos que se refugiavam numa escola e feriu outras 125 pessoas; prijmeiro-ministro já foi repreendido pela ONU, pelo Brasil e por países do Mercosul, mas ainda conta com o apoio dos Estados Unidos em seu banho de sangue

Da Agência Lusa - Pelo menos 22 palestinos morreram e cerca de 150 ficaram feridos depois de uma sequência de ataques do Exército israelense na Faixa de Gaza, durante uma trégua humanitária decretada por Israel.

De acordo com o porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf Al Qudra, 15 pessoas morreram e 150 ficaram feridas num ataque a um mercado movimentado no bairro de Chajaya, entre a Cidade de Gaza e a fronteira israelense.

Antes, um ataque aéreo israelense, no sudeste da Faixa de Gaza, matou sete palestinos.

Ambos os ataques ocorreram durante a trégua humanitária de quatro horas anunciada hoje por Israel, a partir das 15h locais (9h, no horário de Brasília) e que foi considerada um golpe publicitário pelo movimento de resistência islâmica Hamas.

O Exército israelense alertou que a trégua não se aplicaria às zonas onde os soldados "estão atualmente envolvidos nas operações".

Abaixo, notícia da Agência Reuters:

Por Nidal al-Mughrabi

GAZA (Reuters) - Bombardeios israelenses atingiram nesta quarta-feira uma escola administrada pela Organização das Nações Unidas em um campo de refugiados da Faixa de Gaza, matando pelo menos 19 pessoas e ferindo cerca de outras 125 que se refugiavam lá, disse um funcionário da entidade.
O sangue se espalhava pelo chão e os colchões dentro das salas de aula enquanto alguns sobreviventes vasculhavam montes de vidros estilhaçados e destroços em busca de corpos para enterrarem.
Uma porta-voz militar israelense em Tel Aviv disse não ter de imediato informações sobre o que aconteceu na escola, que pertence à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (Unrwa).

O diretor da Unrwa, Khalil al-Halabi, disse que cerca de 3.000 palestinos estavam refugiados na escola, no campo de refugiados de Jabaliya, quando ficou sob fogo israelense na madrugada.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

PALESTINA LIVRE É A CAUSA MORAL DO SÉCULO 21

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mino: quantos palestinos Israel quer eliminar ? “Louvo a iniciativa da chancelaria brasileira: chama às falas o embaixador israelense e de volta ao País o embaixador brasileiro em Tel-Aviv”.


Quem é o anão e quem é o gigante ?
O Conversa Afiada reproduz editorial de Mino Carta, extraído da Carta Capital:

O silêncio oportunista


Por que, para a paz mundial, a derrubada do avião malaio é muito menos ameaçadora do que a invasão de Gaza

por Mino Carta

Não pergunto aos meus botões em que mundo vivemos, temo a resposta. A crise mundial dispensa maiores apresentações. Moral e intelectual antes que econômica, embora esta confirme aquelas precedentes. Por que a humanidade rendeu-se à religião do deus mercado? Por que aceitou passivamente as leis de uma fé que aproveita a poucos e infelicita os demais?

Às vezes me colhe a sinistra sensação de que já começou uma nova, peculiar Idade Média. O mundo, seduzido pelo chamado avanço tecnológico, vítima de uma globalização dos interesses da minoria, distanciados os homens uns dos outros não somente pelo crescente desequilíbrio social, mas também pela versatilidade da mirabolante internet, não se apercebem do eclipse dos valores e dos princípios, e da ausência de poetas e pensadores.

É nesta moldura que se desenrolam os acontecimentos destes dias a agitarem a política internacional, e também se movem minhas dúvidas e perplexidades em relação aos comportamentos dos donos do poder, das chamadas opiniões públicas e dos sistemas midiáticos. No caso, a mídia nativa confirma apenas a sua insignificância, ao imitar simplesmente os exemplos chegados de fora.

Então vejamos. Por que os restos retorcidos do avião malaio derrubado no céu ucraniano ganham a primazia nas primeiras páginas e na fala sincopada dos locutores, no confronto com os mortos e a devastação na Faixa de Gaza? Não proponho um enigma. Trata-se do resultado da demonização de Putin misturada com o longo alcance do lobby judeu. De certa forma, a queda do avião veio a calhar para os senhores do mundo, sem detrimento da brutal gravidade do fato e a desolação causada pela morte de 298 semelhantes. Serviu, porém, para desviar a atenção, até onde foi possível, de algo muito mais grave para a paz global.

É no Oriente Médio que se decide o futuro do planeta, e isso é do entendimento até do mundo mineral. A questão da Ucrânia é complexa e ameaçadora, mas o império soviético, cuja presença estaria habilitada a precipitar severas complicações, ruiu há 25 anos. O Ocidente, ainda sujeito ao império norte-americano, tende a apresentar Putin como uma espécie de herdeiro tanto da URSS quanto do czar. Não é bem assim, está claro. O defeito do líder russo é sua inteligente independência, em que pesem sua prepotência e eventual ferocidade, e sem falar das preocupações geradas por seu envolvimento na criação de uma nova ordem pelos BRICS. Outra a dimensão da questão médio-oriental, para a qual reflui o efeito dos momentos mais tensos das últimas décadas.

Feridas profundas continuam a sangrar em toda a região, marcada pela progressão do fundamentalismo islâmico, por revoluções em pleno curso, pelos erros das políticas ocidentais, que aliás são seculares. E por guerras fracassadas, por revoltas malogradas, por atrocidades sem conta, por desmandos imperdoáveis. Etc. etc. No centro deste arcabouço instável, sempre à beira do desastre fatal, está Israel, Estado poderosíssimo por força própria e de quem o sustenta, a ocupar, desde o pós-Guerra, uma terra antes habitada por outro povo, conquanto também semita, há cerca de 2 mil anos.

Eu, por exemplo, não sou responsável pelo holocausto. Lamento, mesmo porque ceifou a vida de excelentes amigos dos meus pais, mas não me induz ao remorso, e tanto menos até hoje, quando a invasão da Faixa de Gaza pelas formidáveis tropas israelenses evoca a invasão do Corredor Polonês pelo exército de Hitler em 1º de setembro de 1939, estopim da Segunda Guerra Mundial. O Ocidente neoliberal diz que Tel-Aviv tem direito a se defender contra o terrorismo do Hamas. Já o Hamas sustenta estar em luta pelo resgate da terra usurpada.

Por cima das razões de cada um, a disparidade exorbitante entre as forças não pode deixar de influenciar qualquer juízo, para fortalecer a inequívoca percepção de que de um lado morrem soldados e do outro civis, e muitas crianças, em proporções absolutamente incomparáveis. Estamos diante de uma ofensa irreparável aos Direitos Humanos. Que visa Israel? Eliminar 1,8 milhão de palestinos? Dói demais, na circunstância, a falta de reação de uma porção do mundo que se pretende civilizado e democrático e, de verdade, sucumbe à soberania do dinheiro. Avulta, nesta encenação trágica, a ausência de lideranças, a falta daquele gênero de personagens que já ofereceram espaço à política e a praticaram com competência para assumir o controle da situação e ditar as regras.

Contamos com uma galeria de figuras medíocres, quando não parvas, incapazes de enfrentar a turva realidade para impor um rumo. E isso tudo nesta hora que denigre o gênero humano e denuncia a chegada da nova Idade Média. Louvo a iniciativa da chancelaria brasileira: chama às falas o embaixador israelense e de volta ao País o embaixador brasileiro em Tel-Aviv. Mas o Brasil pode e deve muito mais. Por exemplo, convocar a ONU, como sempre inerte, a condenar o massacre e mostrar às lenientes democracias ocidentais o caminho da razão.



O sub-do-sub-do-sub da Chancelaria de Bibi Netanyahu disse, em resposta à reação do Itamaraty, que o Brasil é um “anão diplomático”, “irrelevante”, portanto. O que mereceu do PiG (*) reações de orgasmo delirante.
Bibi tem a arrogância dos que levam às costas um patrão cada vez mais constrangido: os Estados Unidos.
A posição da diplomacia brasileira é irretocável: Israel é responsável, sim, pelo morticínio de crianças, velhos, mulheres e civis, inclusive em prédio da ONU, numa escalada militar “desproporcional”. Ao mesmo tempo, o Hammas não tem o direito de lançar foguetes sobre Israel e, também, matar civis – em número, porém, imensamente menor dos que morrem em Gaza. Como diz o Mino, sem o lobby de Israel nos Estados Unidos, Bibi e seu sub-do-sub valem o que John Kerry pensa e não ousou exprimir.
O Brasil não precisa pagar o preço – exorbitante – que a diplomacia americana paga para sustentar no poder de Israel extremistas da direita ultra-radical.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Netanyahu no inferno dos inimigos da humanidade

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Sob a desaprovação do mundo e forte constrangimento até mesmo do seu principal aliado, os Estados Unidos, Benjamin Netanyahu prossegue genocídio de crianças e civis aos olhos do mundo, na Faixa de Gaza; depois do bombardeio a um hospital, forças israelenses dispararam contra escola da ONU, matando 15 pessoas e ferindo 200; na mitologia, Netanyahu, ao dar a ordem para os ataques que já mataram mais de 120 crianças, se iguala a Herodes; na história real, desce ao inferno de monstros como Slobodan Milosevic, Adolf Hitler e Idi Amin Dada, entre outros; Brasil condena ação tresloucada de Israel e ouve de volta que é "um anão diplomático"; resposta rasteira era esperada; sionistas assassinos é que são anões morais; vozes isoladas na mídia tradicional defendem morticínio; a que ponto se pode chegar?

247 – Dar as ordens para bombardeios que já mataram mais de 120 crianças, 600 civis e atingiram dois hospitais e por duas vezes uma escola da ONU na Faixa de Gaza fazem descer ao inferno dos inimigos da humanidade o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Com um fúria típica dos genocidas tresloucados como Adolf Hitler, com quem foi comparado pelo primeiro-ministro da Turquia, o sérvio Slobodan Milosevic, o ugandense Idi Amin Dada e outros, Netanyahu fecha os ouvidos a todos os apelos internacionais e prossegue no ataque covarde contra a população palestina civil.

Disparos israelenses feitos nesta quinta-feira atingiram novamente uma escola da ONU que protegia refugiados palestinos. O número de mortos pode chegar a 15, incluindo crianças e um bebê de um ano de idade, além de 200 feridos. O caso aconteceu em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza. O secretario-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse chocado com o ataque, que também matou, além de mulheres e crianças, funcionários das Nações Unidas.

Maior aliado no acobertamento dos crimes de guerra de Israel, até os Estados Unidos estão constrangidos com o nível de barbárie praticado por Israel. Todas as regras de guerra foram quebradas, dando aos ataques a marca de um massacre. Tanto é assim que ainda não há nenhuma saída aberta à população civil para deixar o território. As tropas israelenses fecharam todas as fronteiras, tornando comum a situação de não haver lugar seguro para ninguém.

Em três dias consecutivos, depois de promover um domingo sangrento com a morte de mais de 100 civis, os militares israelenses atacaram com bombas um hospital, onde quatro pessoas morreram, uma escola da ONU e centenas de alvos civis, provocando a morte de mais de 700 palestinos até agora, contra menos de 70 baixas entre os israelenses.

Manifestando uma posição que hoje é global, o Brasil condenou duramente os ataques de Israel. Em participar de um diálogo de nível civilizado, no entanto, os diplomatas brasileiros ouviram como resposta de representantes de Israel que o País seria um 'anão moral'. A reação tem o mesmo padrão rasteiro da política externa do regime sionista israelense, esse sim um verdadeiro anão moral.

No Brasil, infelizmente, vozes isoladas procuram emprestar, como se fosse possível, alguma legitimidade ao morticínio de indefesos que está em curso na Faixa de Gaza sob um pretexto esfarrapado de tapar túneis transfronteiriços. Na verdade, o que está em curso é mais etapa da limpeza étnica que Israel promove desde a sua criação como Estado contra o povo palestino.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a resposta de Israel, que chama o Brasil de "anão diplomático":
Israel critica postura do governo brasileiro sobre conflito em Gaza

Danilo Macedo - O governo de Israel criticou a postura do governo brasileiro de convocar o embaixador em Tel Aviv para consultas e a publicar duas notas, em uma semana, considerando inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. No texto divulgado ontem (24), o Brasil "condena energicamente o uso desproporcional da força" por Israel na Faixa de Gaza.

Em comunicado à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores de Israel, por meio do porta-voz, Yigal Palmor, manifestou "desapontamento" diante da convocação do embaixador brasileiro. "Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de retirar seu embaixador para consultas. Esta decisão não reflete o nível das relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais medidas não contribuem para promover a calma e a estabilidade na região. Em vez disso, eles estimulam o terrorismo, e, naturalmente, afetam a capacidade do Brasil de exercer influência", informa o texto.

Yigal Palmor disse que "Israel espera o apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países no mundo". Jornais israelenses noticiaram críticas mais duras do porta-voz. De acordo com o jornal judaico The Jerusalem Post, Palmor disse que "essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático", e acrescentou que "o relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria problemas em vez de contribuir para soluções".

Na nota publicada nessa quarta-feira, o Ministério de Relações Exteriores também reiterou seu chamado a um "imediato cessar-fogo" entre as partes. O Itamaraty explicou que, diante da gravidade da situação, votou favoravelmente à resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que condena a atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e cria uma comissão internacional para investigar todas as violações e julgar os responsáveis.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também reagiu. "A Confederação Israelita do Brasil vem a público manifestar sua indignação com a nota divulgada pelo nosso Ministério das Relações Exteriores, na qual se evidencia a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas", destaca o texto.

"Uma nota como a divulgada nesta quarta-feira só faz aumentar a desconfiança com que importantes setores da sociedade israelense, de diversos campos políticos e ideológicos, enxergam a política externa brasileira", criticou a Conib, representante da comunidade judaica brasileira, que disse compartilhar da preocupação do povo brasileiro e expressar "profunda dor pelas mortes dos dois lados do conflito", além de também esperar um cessar-fogo imediato.

Na nota publicada no dia 17 de julho, o governo brasileiro afirmou que "condena, igualmente, o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel". Apesar de ter sido classificado como "anão diplomático", o Brasil e a Alemanha são os únicos países a ter relações diplomáticas com todas as nações do mundo. Ontem, foi um dos 29 países a votar a favor da resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Houve 17 abstenções e apenas um voto contra, dos Estados Unidos. Além do Japão, todos os países europeus presentes, incluindo a França, o Reino Unido e a Alemanha, optaram pela abstenção.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Internet, o novo “front” da resistência palestina.As páginas da bolsa de valores e do governo de Israel foram os alvos

18/01/2012
Baby Siqueira Abrão - Correspondente no Oriente Médio
Eram 10 horas da manhã de segunda-feira, 16 de janeiro, quando dois portais importantes de Israel saíram do ar: o da bolsa de valores de Tel Aviv (Tel Aviv Stock Exchange, TASE) funcionava apenas parcialmente, antes de fechar de vez, e o da companhia aérea El Al, israelense, estava inacessível. Não foi por falta de aviso. No domingo, um grupo de hackers autodenominado “Pesadelo” ameaçou atacar ambos os portais. Dito e feito.
Um porta-voz da bolsa de valores israelense declarou que as operações financeiras não foram afetadas, uma vez que não estão conectadas ao portal. Já a El Al disse que esse tipo de ataque “já era esperado” e anunciou a tomada de medidas de segurança nas operações do site, segundo informou o jornalista Oded Yaron, do diário israelense Haaretz.
O ataque ocorre um dia depois de o Hamas, partido palestino que governa Gaza, parabenizar os piratas que andam invadindo sites israelenses e incentivar a prática. Em comunicado oficial, o porta-voz Sami Abu Zuhri declarou, numa coletiva de imprensa na faixa costeira palestina, que as invasões são “a abertura de um novo campo de resistência, a eletrônica, e o início de uma guerra virtual contra a ocupação que Israel impõe à Palestina”.
Zuhri fez um apelo “aos povos palestino e árabe para que continuem com a guerra eletrônica, buscando maneiras de estimulá-la e desenvolvê-la”.
O comunicado foi feito três dias depois de um grupo de ativistas de Gaza ter conseguido entrar no sistema eletrônico do serviço de resgate e combate ao fogo de Israel. Eles substituíram a página oficial por uma foto de Danny Ayalon, vice-ministro israelense das Relações Exteriores, cobriram seu rosto com pegadas e acrescentaram a frase “Morte a Israel”.
Depois que o grupo Anonymous invadiu o site do exército israelense, no final de 2011 – notícia pouco divulgada e não confirmada por fontes oficiais, que alegaram “problemas técnicos” para justificar o fato de o portal ter saído do ar – outros hackers parecem ter se animado com a ideia. Desde o início de 2012, sites de bancos e instituições financeiras de Israel vêm sendo visitados por piratas eletrônicos que se identificam como moradores de países árabes.
No início do ano, hackers autodenominados Group XP invadiram um portal israelense de venda de produtos esportivos, capturando e divulgando os dados dos cartões de crédito de milhares de clientes. Nome, endereço, telefone e número da carteira de identidade dos titulares dos cartões foram publicados na internet, em dias intercalados, por dois hackers, que usam o codinome “Ox-Omar” e “X”, declaram-se sauditas e garantem ter informações pessoais de 1 milhão de usuários de cartões de crédito em Israel.
Enquanto bancos e operadoras procuravam minimizar o problema e suspender as operações com os cartões pirateados, o vice-ministro Danny Ayalon vinha a público dizer que os ataques constituíam “uma violação à soberania israelense”, que eram comparáveis a “atos terroristas” e que seriam tratados como tais.
A resposta veio de imediato: o Group XP tirou do ar a página eletrônica do vice-ministro e prometeu intensificar a ciberguerra contra Israel, “pelos crimes cometidos contra o povo palestino”. Os hackers X e Ox-Omar desafiaram Ayalon em público: “Vocês nunca vão nos encontrar”.
Danny Ayalon é o segundo homem do ministério comandado por Avigdor Lieberman, um dos líderes da extrema-direita israelense e fundador do partido ultranacionalista Yisrael Beitenu. Lieberman, cuja posição contra a constituição do Estado da Palestina é bem conhecida, mora numa colônia ilegal construída por Israel em terras confiscadas ao povo palestino.
E a força-tarefa?
Os ataques tornam patente uma verdade que o governo israelense não quer assumir: a força-tarefa contra ciberataques, anunciada em maio de 2011 pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e que devia ter começado a operar na primeira semana de 2012, não existe. Oficialmente, o governo declara que cuidar de cartões de crédito e de interesses privados não é o objetivo do grupo, e que Eviatar Matanya, o diretor de operações, já iniciou o trabalho de “criar e estruturar” a força-tarefa. Mas recusa-se, “por razões de segurança”, a revelar a verba destinada a estruturá-la.
Na verdade, de acordo com uma fonte não oficial ligada às forças de segurança israelenses, essa verba também não existe. A força-tarefa não conta com “verba, pessoal, jurisdição nem com seu diretor de operações predileto [o general da reserva Yair Cohen, ex-chefe da central militar de inteligência], que se recusou a aceitar o posto ao saber que não teria recursos para o trabalho”, escreveu Anshel Pfeffer, jornalista do Haaretz, em 4 de janeiro, dia em que o grupo deveria ter iniciado suas atividades.
No lançamento do programa, há oito meses, Netanyhau declarou, numa entrevista coletiva à mídia, que aceitara as recomendações de uma equipe de oito especialistas, capitaneados pelo general da reserva Isaac Ben-Israel, para formar um grupo de defesa contra ciberataques “que podem paralisar os sistemas que mantêm o país em funcionamento. Eletricidade, cartões de crédito, água, transportes, semáforos, tudo é computadorizado e, portanto, suscetível a ataques”. Repare o leitor que o primeiro-ministro incluiu os cartões de crédito na relação de sistemas a receber atenção da força-tarefa.
A mesma fonte não oficial afirma que, embora a necessidade da criação do cibergrupo exista, “há órgãos que não desejam ajudá-lo, e ninguém realmente apoiou o projeto ou se esforçou para viabilizá-lo”.
O pessoal do exército treinado para lidar com o cibermundo dedica-se somente à inteligência militar. “A segurança das redes de infraestrutura vital, como eletricidade e água, está nas mãos da Autoridade Nacional de Informação em Segurança [NISA], uma unidade do Shin Bet”, informa Pfeffer. “O Conselho Nacional de Segurança decide quais sistemas de companhias civis devem ser protegidos pela NISA, mas como algumas delas, incluindo bancos, operadoras de telefone celular e de internet se opõem a isso, a legislação concernente à segurança dessas empresas foi posta de lado.”
Enviado por Baby Siqueira Abrão - direto de Ramallah (Palestina roubada)