Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador operação monte carlo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador operação monte carlo. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Roberto Gurgel poderá sair da PGR direto para o lixo da história



Leandro Fortes, Carta Capital
Mudança suspeita

Às vésperas da aposentadoria, Roberto Gurgel, em parceria com a mulher, altera de forma inexplicável um parecer e aceita acusações falsas contra o deputado Protógenes Queiroz

Em boa medida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, caminhava para uma aposentadoria tranquila. Desde a sua recondução ao cargo, em 2011, havia se tornado símbolo de um moralismo seletivo e, por consequência, ídolo da mídia. O desempenho no julgamento do “mensalão” petista o blindou de variados lapsos e tropeços, digamos assim, entre eles o arquivamento das denúncias contra o senador goiano Demóstenes Torres, dileto serviçal do bicheiro Carlos Cachoeira, como viria a demonstrar a Operação Monte Carlo.

A três meses de se aposentar, Gurgel decidiu, porém, unir-se à frente de apoio ao banqueiro Daniel Dantas. E corre o risco de se dar muito mal. Em uma decisão inusual no Ministério Público Federal, ele e sua mulher, a subprocuradora-geral da República Claudia Sampaio, alteraram totalmente um parecer redigido por eles mesmos um ano e três meses antes. Não é só a simples mudança de posição a despertar dúvidas no episódio. Há uma diferença considerável entre os estilos do primeiro e do segundo texto. E são totalmente distintas a primeira e a segunda assinatura da subprocuradora-geral nos pareceres.

O alvo principal da ação é o deputado federal Protógenes Queiroz, delegado federal responsável pela Operação Satiagraha, investigação que levou à condenação em primeira instância de Dantas a dez anos de prisão. Há duas semanas, Gurgel e Claudia Sampaio solicitaram a José Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, o prosseguimento de um inquérito contra o parlamentar que a própria dupla havia recomendado o arquivamento. Pior: basearam sua nova opinião em informações falsas provavelmente enxertadas no processo a pedido de um advogado do banqueiro, o influente ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira.

É interessante entender a reviravolta do casal de procuradores. Em 20 de outubro de 2011, documento assinado pela dupla foi enviado ao STF para tratar de questões pendentes do Inquérito nº 3.152, instaurado pela 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A ação contra Queiroz, iniciada pelo notório juiz Ali Mazloum, referia-se a pedidos de quebra de sigilo telefônico do então delegado federal, de Luís Roberto Demarco, desafeto de Dantas, e do jornalista Paulo Henrique Amorim, alvo de inúmeros processos judiciais do dono do Opportunity. O parecer foi encaminhado ao Supremo por causa do foro privilegiado assegurado ao delegado após sua eleição a deputado federal em 2010.

Nesse primeiro texto, Gurgel e Claudia Sampaio anotam: “O Ministério Público requereu a declaração de incompetência do citado juízo para processo e julgamento do feito (...); a declaração de nulidade da prova colhida de ofício pelo magistrado na fase pré-processual, bem como o desentranhamento e inutilização”.

O segundo parecer é completamente diferente. Em 12 de março deste ano, o casal solicita a Toffoli vistas dos autos. Alegam, no documento, que um representante de Dantas os procurou “diretamente” na PGR com “documentos novos”. O representante era Junqueira, e os “documentos novos”, informações sobre uma suposta apreensão de dinheiro na casa de Queiroz e dados acerca de bens patrimoniais do delegado. Tudo falso ou maldosamente distorcido.

Apenas seis dias depois, em 18 de março, Gurgel e sua mulher encaminharam a Toffoli outro documento. Tratava-se do encadeamento minucioso de todas as demandas de Dantas transcritas para o papel, ao que parece, pelo casal de procuradores. Ao que parece, pois o estilo do segundo texto destoa de forma inegável da redação do primeiro. Em 11 páginas nas quais consideram “fatos novos trazidos pela defesa de Daniel Dantas”, o procurador-geral e a esposa afirmam ter cometido um equívoco ao solicitar o arquivamento do inquérito em 2011.

O novo parecer acolhe velhas teses de Dantas para explicar seus crimes. Segundo o banqueiro, a Satiagraha foi uma operação montada por desafetos e concorrentes interessados em tirá-lo do mercado de telefonia do Brasil. O Opportunity era um dos acionistas da Brasil Telecom e há quase uma década vivia em litígio com os demais sócios, a Telecom Italia e os maiores fundos de pensão do País.

A mentira incluída pelos procuradores no pedido de reabertura do caso diz respeito à apreensão de 280 mil reais em dinheiro na casa de Queiroz durante uma busca e apreensão determinada pela 7ª Vara Federal de São Paulo em 2010. Segundo Gurgel e Claudia Sampaio, “haveria registro até mesmo de conta no exterior”, e insinuam, com base em “indícios amplamente noticiados na imprensa”, que o deputado do PCdoB teria um patrimônio “absolutamente incompatível” com as rendas de funcionário público. Citam, na lista de suspeitas, dois imóveis doados ao hoje parlamentar por um delegado aposentado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Zelman.

“É incrível, mas o procurador-geral da República plantou provas falsas em um processo do STF a pedido do banqueiro bandido Daniel Dantas”, afirma Queiroz. E Toffoli não só acatou o pedido da Procuradoria Geral como, na sequência, autorizou a quebra do sigilo bancário do deputado e o sigilo telefônico de Demarco. Postas sob segredo de Justiça, as medidas tomadas pelo ministro do STF só foram informadas ao deputado há 15 dias. Sua primeira providência foi exigir do STF uma certidão dos autos de apreensão e busca citados pelo Ministério Público. O parlamentar foi à sala de Toffoli. Recebido pela chefe de gabinete Daiane Lira, saiu de mãos vazias.

Queiroz solicitou a mesma certidão a Mazloum, que o condenou em 2010 a três anos de prisão por vazamentos de informações da Satiagraha. Uma fonte acima de qualquer suspeita, portanto. Segundo o parecer enviado a Toffoli por Gurgel e senhora, Mazloum ordenara a busca que resultou na apreensão dos tais 280 mil reais. O juiz enviou a certidão ao STF, mas não sem antes declarar publicamente a inexistência de qualquer apreensão de dinheiro na residência do delegado. “Isso é fantasia. Em nenhum momento apareceu qualquer apreensão de dinheiro. Acho grave uma acusação baseada em informações falsas”, afirmou o juiz na quarta-feira 29 ao blog do jornalista Luis Nassif.

O deputado encaminhou uma representação contra o procurador-geral no Conselho Nacional do Ministério Público. Na queixa, anexou diversas informações, entre elas escrituras de seus imóveis. Os documentos provam que seu patrimônio atual foi erguido na década de 1990, quando atuava como advogado e antes de ingressar na Polícia Federal. Zelman, padrinho de batismo de Queiroz, doou ao afilhado dois imóveis em 2006, bem antes da Satiagraha, portanto.

Os procuradores também miraram em Demarco, ex-sócio do Opportunity que travou uma longa batalha judicial contra Dantas.

Com base em notícias publicadas pelo site Consultor Jurídico, de propriedade de Márcio Chaer, dono de uma assessoria de imprensa e um grande amigo do ministro Gilmar Mendes, Gurgel e Claudia Sampaio voltam a uma espécie de bode na sala, um artifício batido recorrentemente evocado pelos advogados do banqueiro: a investigação em Milão de crimes de espionagem cometidos por dirigentes da Telecom Italia. A tese de Dantas, sem respaldo na verdade, diga-se, é que os italianos financiavam seus desafetos no Brasil, inclusive aqueles infiltrados no governo federal e na polícia, para persegui-lo.

Procurado por CartaCapital, Demarco preferiu não comentar o caso, mas repassou três certidões da Procuradoria da República de Milão que informam não existir nenhum tipo de investigação contra ele em território italiano.


Dantas costumava alardear, segundo o conteúdo de escutas telefônicas da Operação Satiagraha, que pouco se importava com decisões de juízes de primeira instância por ter “facilidades” nos tribunais superiores. De fato, logo após ser preso e algemado por Queiroz em 2008, conseguiu dois habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes em menos de 48 horas. Um recorde. As motivações de Toffoli ao atender o pedido de Gurgel e Claudia Sampaio sem checar a veracidade das informações continuam um mistério. A assessoria do ministro informou que ele não vai se manifestar sobre o assunto por se tratar de processo sob segredo de Justiça.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cerra e Paulo Preto na cachoeira. Ou será Alexandre Preto ?

Documentos são forma de colaborar para o depoimento que Paulo Preto prestará à CPI do Robert(o) Civita.


O Conversa Afiada recebeu de amigo navegante os documentos que se seguem.

É uma forma de colaborar para o depoimento que Paulo Preto prestará à CPI do Robert(o) Civita:

Prezado PHA, tudo beeeeeeeem?

Te encaminho arquivo anexo com um áudio interessante entre o Wladimir Garcez e Toninho (irmão do Perillo) em que falam sobre uma divisão de lotes de licitação e citam que um deles seria de Paulo Preto.

Observo, ainda, que nesse áudio há, aparentemente, uma tentativa de dissimular o nome do Paulo Preto, na sequência chamado, duas vezes, de Alexandre Preto
.


Clique aqui para ouvir o primeiro áudio.

(Ao acessar o link, clique em download e abra o arquivo. A informação serve para todos os arquivos de áudio.)

Clique aqui para ouvir o segundo áudio.


Clique aqui para ouvir o terceiro áudio.


Clique aqui para ouvir o quarto áudio.


TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:13:10 AM27/02/2012 10:13:33 AM00:00:23

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027450381       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
CONTINUAÇÃO LIGAÇÃO ANTERIOR

WLADMIR: não, beleza então. Eu to no RIO TONINHO, ta cortando muito, ta ruim.
TONINHO: continua no 22 e no 29.
WLADMIR: ok, pode deixar.


======================================================================

TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:11:20 AM27/02/2012 10:12:16 AM00:00:56

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027449845       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
TONINHO: WLADMIR, pode falar.
WLADMIR: ocê me ligou JUNINHO?
TONINHO: eu conversei sobre aquele negócio do ROSSINI lá.
WLADMIR: no ouvi, repete.
TONINHO: conversa nossa com o ROSSINI eu conversei lá.
WLADMIR: oh TONINHO, não ouvi o que falou repete.
TONINHO: perto do ROSSINI. Ta lembrado que nós tivemos junto com o ROSSINI lá na DELTA, voce esqueceu?
WLADMIR: lembrei, lembrei.
TONINHO: ta falando que tem o lote 22, 29, ta cê tranquilo que nós saímos com o 29.
WLADMIR: ah beleza, então. Valeu meu filho, oh valeu TONINHO, vou falar com ele aqui.

CONTINUA PROXIMA LIGAÇÃO


======================================================================


TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:12:24 AM27/02/2012 10:12:45 AM00:00:21

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027450381       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
CONTINUAÇÃO LIGAÇÃO ANTERIOR

WLADMIR: ok?
TONINHO: fala para continuar no 22 porque no 29 tem o PAULO PRETO também. ALEXANDRE PRETO, ALEXANDRE PRETO, ta bom? Cê ganha no 29 e no 22.
WLADMIR: ta ok.

CONTINUA LIGAÇÃO SEGUINTE

======================================================================

TELEFONE              NOME DO ALVO
316010027450381       Wladimir Garcez – MONTE CARLO

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
WLADMIR X TONINHO – LOTE 29

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/02/2012 10:12:51 AM27/02/2012 10:13:02 AM00:00:11

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
316010027450381       316010027449845       316010027449845       R

RESUMO
APPX

DIÁLOGO
CONTINUAÇÃO LIGAÇÃO ANTERIOR

TONINHO: fala para ficar no 22 e no 29, eu avisei para o pessoal lá.

CONTINUA LIGAÇÃO SEGUINTE

======================================================================

Agora, sobre o Cerra:



Clique aqui para ouvir o primeiro áudio sobre o Cerra.


Clique aqui para ouvir o segundo áudio sobre o Cerra.



TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@*CARLOS X DEMOSTENES – SERRA/DINO

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
14/05/2009 15:15:42   14/05/2009 15:16:52   00:01:10

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         316010030759739       316010030759739       R

RESUMO
(SECRETARIO DE SEGURANÇA) – CSN – DINO – SERRA – MERCADANTE

DIÁLOGO
D: fala professor
C: Eu tô com o Dino aqui, voce podia olhar com… voce tá com o Serra aí? não?
D: Como é que é?
C: Voce vai estar com o Serra aí hoje?
D: Não, eu já to pegando o avião aqui de volta. Eu vim na Cia Siderurgica Nacional
C: Ah, com o Mercadante né? O Mercadante é que gosta do dono aí . . .
D: Que que voce queria com o Serra?
C: Aquele negocio do Dino, pô … (PNE) … do Rio Grande do Norte, nao falou mais nada. O Serra tinha prometido procê uai.
D: É verdade. É, vamos marcar com ele e venho aqui.
Semana que vem eu venho aqui

C: Marcar pra semana que vem? Pede uma audiência com ele aí, vai com o Dino aí, uai !
D: Tudo bem, vamos marcar.
C: Então voce liga lá, amanhã voce me fala.


======================================================================

Áudios da Operação Vegas

Cachoeira x Demóstenes     14/05/2009        15h15.42

Cachoeira está com Dino e pergunta se Demóstenes estará com Serra
Cachoeira: Serra tinha prometido para Demóstenes aquele negócio do Dino. Aquele cara  sumiu para o Rio Grande do Norte e não falou mais nada. O Serra tinha prometido procê.
Demóstenes: Semana que vem eu venho aqui
Cachoeira: Pede uma audiência aí com ele, vai com o Dino aí

MNI x NIA    26/04/2009     15h52m32 
Mulher não identificada pergunta se interlocutor está no “Serra”. Ele confirma que sim. Heitor está com ele.

Geovane x HNI        27/04/2009        19h04.53
HNI pergunta se Geovane vai no Serra na quinta-feira


======================================================================



Clique aqui para ouvir o primeiro áudio sobre Carlos Sanches.


Clique aqui para ouvir o segundo áudio sobre Carlos Sanches.


Clique aqui para ouvir o terceiro áudio sobre Carlos Sanches.



TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@*CARLOSxDEMOSTENES- ECTRO C. SANCHE

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
22/05/2009 16:27:13   22/05/2009 16:28:49   00:01:36

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         316010030759739       316010030759739       R

RESUMO
CARLOS PEDE PARA DEMOSTENES CONVERSAR COM O ESPANHOL CARLOS SANCHES…DIZ QUE “AQUELE QUE EU TE FALEI AÍ, QUE MEXE COM NEGÓCIO DE METRO…COM OS ???” DIZ QUE ELE TÁ AÍ EM SP. COMBINAM AS 6H30 DO CAFE DA MANHÃ. HOTEL MELIA DA JOÃO CACHOEIRA, AP 1105

DIÁLOGO
OBS: ASSUNTO DA LIGAÇÃO CARLOS X EIMAR DIA 11/05 AS 17H26


======================================================================


TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@CARLINHOSxCHICO-Paulinho líder PDT

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/04/2009 12:05:30   27/04/2009 12:08:53   00:03:23

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         159-520892-1          1591175026481         R

DIÁLOGO
RESUMO:
CH – diz que terminou reuniões com BESSA  e pessoal lá…, que botou HNI p/ falar com Doutor que está em SÃO PAULO, com PAULINHO líder do PDT…, que está bem favoravel a eles, que é esperar que amanhã ele vai dá uma brigada, que acha que vai ser efetivado
CA – diz que tá excelente…, que HNI está vindo essa semana, que é para pressionar o GORDINHO
HNI – diz que pressionar, que amanhã quando ele chegar lá…, que está pressionando o INDIO lá páaaaa marcar aquele negócio lá commmm, com o cara do INDIO, o GORDINHO quer falar com o cara, o cara tava envolvido com o negócio de maranhão o MARANHÃO lá…, que falou com o INDIO agora e ele disse que de terça p/ quinta ele fala com ele, entendeu?! aí quando o GORDINHO chegar amanhã eu vou ver com ele, porque foi ele que acertou com POLI né
CA – cê fala o SILAS
CH – diz que é, SILAS que ele nomeou o cara lá, botaram um cara lá que vai cuidar do combustível, botou um cara lá colado do ALAN KARDEK, prá resolver os problemas, agora pôrra…, vai ter que resolver os nossos…
CA – é verdade… amanhã………


======================================================================



TELEFONE              NOME DO ALVO
1591175026481         CARLINHOS (VEGAS)   

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
3@@@CARLINHOSxCHICO-Paulinho líder PDT

DATA/HORA INICIAL     DATA/HORA FINAL       DURAÇÃO
27/04/2009 12:05:30   27/04/2009 12:08:53   00:03:23

ALVO                  INTERLOCUTOR          ORIGEM DA LIGAÇÃO     TIPO
1591175026481         159-520892-1          1591175026481         R

DIÁLOGO
RESUMO:
CH – diz que terminou reuniões com BESSA  e pessoal lá…, que botou HNI p/ falar com Doutor que está em SÃO PAULO, com PAULINHO líder do PDT…, que está bem favoravel a eles, que é esperar que amanhã ele vai dá uma brigada, que acha que vai ser efetivado
CA – diz que tá excelente…, que HNI está vindo essa semana, que é para pressionar o GORDINHO
HNI – diz que pressionar, que amanhã quando ele chegar lá…, que está pressionando o INDIO lá páaaaa marcar aquele negócio lá commmm, com o cara do INDIO, o GORDINHO quer falar com o cara, o cara tava envolvido com o negócio de maranhão o MARANHÃO lá…, que falou com o INDIO agora e ele disse que de terça p/ quinta ele fala com ele, entendeu?! aí quando o GORDINHO chegar amanhã eu vou ver com ele, porque foi ele que acertou com POLI né
CA – cê fala o SILAS
CH – diz que é, SILAS que ele nomeou o cara lá, botaram um cara lá que vai cuidar do combustível, botou um cara lá colado do ALAN KARDEK, prá resolver os problemas, agora pôrra…, vai ter que resolver os nossos…
CA – é verdade… amanhã………


======================================================================



Assessor especial do governo Serra foi preso em Natal (RN).

/ On : segunda-feira, novembro 28, 2011 – Contribua com o Transparência São Paulo; envie seu artigo ou sugestão para o email: transparenciasaopaulo@gmail.com
(do Transparência SP)

Ao denunciar ilegalidades no contrato de inspeção veicular da Prefeitura de SP e a empresa Controlar, a Justiça atingiu Kassab e acabou também acertando Serra. Um dos envolvidos nas fraudes denunciadas em São Paulo e Natal (RN) é suplente de senador e foi assessor da Casa Civil do governo Serra no Estado de São Paulo.
Detalhe: ele cuidava das “indicações/emendas” orçamentárias dos deputados estaduais.

Prisão de João Faustino lança novas suspeitas de corrupção contra Serra e Kassab

(do Correio do Brasil)

Sob custódia da polícia potiguar, o estado de saúde do suplente de senador João Faustino Ferreira Neto é considerado regular pelos médicos da Casa de Saúde São Lucas. O primeiro boletim médico, liberado na manhã deste domingo, esclarece que o político passa bem e deverá receber alta nas proximas horas. Por volta das 15h deste sábado, João Faustino havia reclamado de dores no peito enquanto estava preso no quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Uma vez liberado do hospital, Faustino voltará para a cadeia, nos arredores de Natal.
João Faustino é suplente do senador Agripino Maia (DEM-RN) e homem de confiança do candidato tucano derrotado nas últimas eleições, José Serra. Na época em que Serra ocupava o Palácio dos Bandeirantes, Faustino despachava diretamente com ele. Como subchefe da Casa Civil, era subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador do PSDB. Quando Serra se lançou candidato, João Faustino passou a coordenar a arrecadação de fundos de campanha fora de São Paulo. No Estado paulista, a coordenação era de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, alvo também de investigações da Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos destinados ao complexo viário conhecido como Rodoanel.
A prisão de João Faustino ocorreu na manhã desta quinta-feira, no bojo da da Operação Sinal Fechado, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. O MP investiga supostas fraudes no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte (DetranRN), nas quais o nome de João Faustino aparece como membro da suposta organização criminosa. Policiais militares da Companhia de Policiamento Ambiental (Cipam) realizam a escolta do político, que permanece sob tutela do Estado.
Na manhã deste sábado, os médicos do Hospital São Lucas, nesta capital, divulgaram boletim no qual informam que João Faustino permanece internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital. As visitas estão restritas aos familiares conforme determinação da equipe médica assistente e normas da instituição.

Leia, na íntegra, a nota do Hospital São Lucas:
Informamos que o senhor João Faustino Ferreira Neto encontra-se hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva da Casa de Saúde São Lucas desde as 15 horas do dia 26 de agosto do corrente ano, ora sob tratamento médico especializado. O estado clínico do paciente é regular.
As visitas estão restritas aos familiares conforme determinação da equipe médica assistente e normas desta instituição.Natal, 27 de novembro, Miguel Angel Sicolo – Coordenador Médico, Francisco Edênio Rego Costa – Médico Cardiologista

Sem habeas corpus
Os envolvidos na Operação Sinal Fechado que tiveram a prisão preventiva e temporária decretada seguem detidos no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Nesta sexta-feira, o desembargador Herval Sampaio negou o pedido de habeas corpus impetrado em favor de João Faustino e do empresário Marcus Vinícius Saldanha Procópio. Para o magistrado, o período da prisão temporária – cinco dias – não é suficiente de acarretar sérios prejuízos aos prisioneiros. Juíza da 6ª Vara Criminal de Natal, Emanuella Cristina Pereira Fernandes também indeferiu o pedido de revogação da prisão de outros sete detentos.
Para o desembargador Sampaio, que substitui o desembargador Caio Alencar no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a prisão de João Faustino e Marcus Procópio torna-se necessária devido à complexidade do caso, em que se investiga uma suposta organização criminosa muito bem estruturada, constituída por pessoas influentes no Rio Grande do Norte que tendem a interferir na busca de elementos probatórios feita pelo Ministério Público. O magistrado acrescentou, em conversa com jornalistas, que a análise do material apreendido até o agora implicará, certamente, na realização de outras diligências, diante da possibilidade do surgimento de novas provas, o que justifica a manutenção dos réus em confinamento.
O desembargador Sampaio também negou o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados de João Faustino. A defesa do ex-parlamentar argumenta, nos autos, que ele é uma pessoa idosa (70 anos) e sofre de problemas cardíacos. Herval Sampaio afirmou que o pedido não se justifica, pois o período de prisão é breve e o tratamento da cardiopatia não será interrompido, pois é feito a base de medicamentos. “A substituição da prisão domiciliar não é cabível em prisão temporária, sob pena do objetivo da mesma perder o seu sentido”, sentenciou.
Na véspera, a juíza Emanuella Fernandes também indeferiu o pedido de revogação da prisão de José Gilmar de Carvalho Lopes, Marco Aurélio Doninelli Fernandes, Nilton José de Meira, Flávio Ganem Rillo, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra, Fabiano Lindemberg Santos, e Edson César Cavalcante Silva. Segundo a magistrada, os suspeitos integram a quadrilha que fraudou o Detran/RN e devem permanecer presos para “resguardar toda a investigação criminal que envolve outros elementos de prova que não apenas a busca e apreensão”.

Ex-governadora citada
Entre os denunciantes do esquema de corrupção que piora a situação da direita no país, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, conhecido como Gilmar da Montana, confirmou em depoimento que teria informações sobre atividades ilícitas da ex-governadora Wilma de Faria. Ela e Iberê Paiva Ferreira de Souza, outro ex-governador do Rio Grande do Norte, “receberiam cotas de lucro do consórcio Inspar”, disse Carvalho Lopes aos promotores. A informação divulgada pelo promotor de Justiça Eudo Rodrigues Leite foi confirmada pelos advogados Diógenes da Cunha Neto e Augusto Araújo, que representam o empresário perante a Justiça.
Segundo os advogados, Gilmar não chegou a presenciar a suposta concretização da garantia das cotas de lucro no consórcio Inspar. Porém, em envolvimento com outros membros da suposta organização criminosa, teria ouvido falar que o ex-governador Iberê de Souza e a atual governadora, Wilma Faria, receberiam, cada um, 15% da cota de George Olímpio no consórcio Inspar. Olímpio, apontado como chefe da organização criminosa, detinha 40% do total do consórcio que iria realizar a inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte.
Os advogados de defesa de Gilmar alegam que ele havia ingressado no negócio de forma lícita. Proprietário da construtora Montana, Gilmar foi contratado pelo consórcio Inspar para construir a maioria de suas sedes em todo o Estado. “O empresário foi convidado para construir as sedes. O relacionamento das partes era comercial. Não fazemos parte do consórcio”, disse, nos autos, o advogado Diógenes da Cunha Neto. Apesar das informações liberadas no depoimento inicial, os advogados esclareceram que não existiu oferta de delação premiada, e que este recurso demanda tempo e análise.

Nota de Wilma
Logo após ser lançada ao centro do episódio que abala a aliança conservadora no poder, a ex-governadora Wilma Faria emitiu nota na qual questiona a deflagração da operação do Ministério Público em que seu nome é envolvido. “O envolvimento do meu nome é um ato de absoluta má fé. Não sou ré e as 189 laudas da petição do ministério público mostram que não sou. Não há na peça acusatória nenhuma denúncia que exija de mim pelo menos uma explicação”, alega.
Na nota, ela lança ataques a líderes políticos supostamente interessados em prejudicá-la:
“Desafio que provem qualquer envolvimento da minha pessoa nas denúncias de recebimento de propinas ou de conivência com lobistas”, acrescentou.
O Ministério Público Estadual investiga Wilma Faria por ter enviado projeto de lei referente à inspeção veicular à Assembleia Legislativa do RN, o qual foi supostamente elaborado com a participação ativa de membros da quadrilha.

Filho da ex-governadora
O filho da ex-governadora Wilma, Lauro Maia, aproveitou para também se manifestar após ter sido citado como um dos integrantes do esquema de corrupção. Em nota, ele disse ter sido “surpreendido com acusação infundada”. “Mais uma vez, são construídas ilações a partir de citações feitas ao meu nome por pessoas estranhas ao meu convívio social”, afirma. Por fim, disse esperar “serenamente que a verdade e a justiça ao final prevaleçam”.
Em São Paulo, operação semelhante resultou no bloqueio dos bens do prefeito paulistano, Gilberto Kassab. Tanto na capital paulista quanto em Natal, a polícia investiga a inspeção veicular, no esquema que teria sido criado pela empresa Controlar, do empreiteiro Carlos Suarez, ex-dono da OAS. Em São Paulo, a Controlar teria fechado negócio ainda na gestão Celso Pitta, mas o contrato somente foi validado 12 anos depois, por Kassab. Assim, Suarez conseguiu vender a empresa para a CCR, das empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Na transação, segundo o MP, Suarez teria lucrado R$ 170 milhões. Em Natal, por sua vez, o contrato de inspeção veicular, também feito de forma irregular, renderia R$ 1 bilhão aos empreiteiros durante o prazo de concessão.
Tanto em São Paulo quanto em Natal, as investigações se aproximam de personagens muito próximas ao ex-governador e ex-presidenciável tucano, José Serra
.


Em tempo:

Por falar em Cerra: “Será que o Haddad vai tratar a Privataria Tucana na campanha ?”.

sábado, 28 de julho de 2012



Na última edição antes do julgamento, publicação fala de suposta tentativa de fuga do ex-ministro; ao contrário do que a revista informa, ele assistirá ao julgamento de um sítio em Vinhedo (SP); segundo a direção da revista, julgamento irá definir se brasileiros podem se orgulhar ou não do País

A revista Veja queimou seu último cartucho dirigido ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, neste fim de semana. Na derradeira reportagem antes do julgamento, que se inicia na próxima quinta-feira, Dirceu estampa a capa intitulada “réu”, mas cuja foto dá a entender “culpado”.
O texto, assinado por Otávio Cabral, traça um perfil psicológico do ex-ministro e fala do “lado escuro” da sua alma. Insinua, por exemplo, que o principal líder do PT, afora o ex-presidente Lula, talvez tenha sido agente infiltrado da ditadura. Ou eventual traidor de seus companheiros de guerrilha em Cuba.
Sobre o julgamento em si, uma única revelação. Diz o texto que Dirceu estaria cogitando fugir do Brasil, em caso de condenação. Isso mesmo, dar o fora. A única evidência seria uma frase, supostamente dita por ele, num jantar na casa do advogado Ernesto Tizulrinik: “Para quem já viveu o que eu vivi, sair daqui clandestino de novo não custa nada”. Na reportagem, não há quem confirme a frase, mas, enfim, haveria um plano de fuga, em caso de eventual condenação a prisão.
Veja aborda todas as possibilidades imaginadas pelo ex-ministro. Em caso de absolvição, ele cogitaria concorrer ao governo do Distrito Federal, em 2014, impedindo a reeleição de Agnelo Queiroz. Em caso de prisão, ele denunciaria o Brasil à OEA – caso, é claro, não fuja. Mas o cenário mais provável, segundo a revista, seria uma condenação branda, por crimes já prescritos, sem pena de prisão.
Não é, no entanto, o que deseja a revista. Na sua Carta ao Leitor, Eurípedes Alcântara, diretor de Veja, expressa o desejo da Abril: “O que está em jogo é que página da história nossa geração escreveu neste começo de século XXI – uma página que pode nos envergonhar ou da qual nós, nossos filhos e netos vamos nos orgulhar.”
Em tempo: Dirceu não pretende fugir do País. Acompanhará o julgamento de seu sítio, em Vinhedo (SP), ao lado de advogados.
No 247

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O assassinato do agente da PF da Operação Monte Carlo-Agente que investigou Cachoeira é assassinado



Por volta das 15h da tarde desta terça-feira 17, o Agente da Polícia Federal que trabalhou nas investigações da operação Monte Carlo foi assassinado no cemitério Campo de Esperança, em Brasília. Wilton Tapajós Macedo o 'agente Tapajós' levou dois tiros na cabeça e morreu na hora.

A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o assassinato.
Uma das linhas de investigação considera que Tapajós tenha marcado um encontro com um informante dentro do cemitério.
O policial levou dois tiros na nuca e, mesmo armado, não conseguiu reagir.  Wilton foi encontrado próximo ao túmulo de seus pais.  Um jardineiro do cemitério testemunhou o crime e acionou a polícia. Os assassinos fugiram no carro de Wilton, um Volkswagen Gol. Um coveiro presenciou o crime e avisou a polícia. Até o início da noite, peritos da PF estavam no local. Os policiais que investigam o caso não sabem ainda se ele estava visitando o túmulo ou se foi morto em uma emboscada, ao ter marcado o encontro nesse local.  A administração do cemitério informou que tem quatro equipes de segurança trabalhando no local e que já entregou as imagens das câmeras de segurança.
Wilton Tapajós era natural de Manaus (AM) e tem 54 anos. Ele trabalhava há 24 anos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e foi conselheiro fiscal do Sindicato da Polícia Federal, entre 2007 e 2010. Ele trabalhou também, na Polícia Federal no serviço de proteção a testemunhas , atuou na CPI da pedofilia e também em investigações sobre tráfico de drogas. Deixa três filhos e esposa.
A operação Monte Carlo revelou as atividades do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Pessoas ligadas à Monte Carlo já foram alvo de ameaças. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o inquérito da operação na 11ª Vara de Justiça Federal de Goiás, deixou o comando do inquérito em junho, depois de comunicar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que sua família estava correndo risco e sofrendo ameaças veladas.
A procuradora da República Léa Batista de Souza, que também atuou na Monte Carlo, igualmente recebeu ameaças.
O policial federal Wilton Tapajós Macedo foi dirigente do Sindicato da Polícia Federal e já foi candidato a deputado distrital em 2010. Tapajós da Polícia Federal, como era conhecido, se candidatou pela Frente Trabalhista Democrata Cristã (PSDC e PT do B).

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Stanley Burburinho: Genealogia de Tourinho



1 - Nome do desembargador que autorizou a transferência de Cachoeira do presídio de segurança máxima no RN para a Papuda, em BSB: Tourinho Neto -http://www.jornalopcao.com.br/posts/ultimas-noticias/carlinhos-cachoeira-sera-transferido-para-brasilia

2 - Nome do desembargador que quer anular os grampos das operações Vegas e Monte Carlo: Tourinho Neto - http://www.aredacao.com.br/noticia.php?noticias=13948

3 - Nome do relator que desbloqueará os bens da Vitapan, empresa de Cachoeira: Tourinho Neto -http://www.jornaldotocantins.com.br/20120613123.128592#13jun2012/politica-128592/

4 - Desembargador acusado de querer "soltar todo o crime organizado de Goiás, DF e adjacências" - http://www.dignow.org/post/desembargador-tourinho-neto-quer-soltar-todo-o-crime-organizado-de-goidf-e-adjacias-4206743-57849.html Tourinho Neto

5 - Desembargador que, antes de tomar posse, já estava na mira Eliana Calmon e de conselheiros do CNJ - http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/judiciario/chegada-vigiada/ Tourinho Neto

6 - De qual Tribunal Regional Federal é o desembargador Tourinho Neto? Ele é do TRF-1 do DF.

Álvaro Dias, José Agripino, Onix abrem seus sigilos ou são da bancada do Cachoeira?


Em 9 de novembro de 2011, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o senadorÁlvaro Dias (PSDB-PR), o senador José Agripino Maia (DEM-RN), o deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS) e outros foram até a Câmara Distrital, realizar um dos serviços sujos desejados pela turma do bicheiro Carlinhos Cachoeira: pedir o impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT-DF).

O episódio ficou registrado nesta foto exibida durante a CPI:

Onix Lorenzoni, Demóstenes Torres, José Agripino Maia, Alvaro Dias
na Câmara Distrital para pedir o impeachment de Agnelo Queiroz,
conforme interessava ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Agora, todos estes parlamentes precisam abrir seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos para provarem que não eram da bancada do bicheiro Cachoeira, como era Demóstenes Torres.

Leia também:
Onix, Francischini, Sampaio e Sávio substituem Demóstenes na defesa de Cachoeira. Abrem seus sigilos?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

1) DELTA: 'VEJA' SABIA. 2) CACHOEIRA E DEMÓSTENES: O CASAL GURGEL SABIA. 3) POR QUE OCULTARAM?

 

Morre Fuentes: a paixão pela palavra e pela América Latina: leia o texto de Eric Nepomuceno. nesta pág**GRÉCIA : COMEÇOU A CORRIDA AOS BANCOS: retiradas de 890 milhões de euros tornam ainda mais  vulnerável o sistema bancário grego; sem ajuda de  liquidez do BCE, podem quebrar ** novas eleições, possívelmente em 17 de junho, podem dar vitória à esquerda que rejeitará os termos do arrocho imposto pelos credores**Contágio: ruptura grega provoca efeito dominó na zona do euro** investidores se perguntam 'quem será o próximo?** dinheiro arisco exige juros insustentáveis  para continuar financiando Espanha, Itália, Portugal, Irlanda etc**dólar sobe no Brasil e Bolsas caem no mundo
 
A Veja queria flagrantes para incriminar o ex-ministro José Dirceu em operações com a Delta.  Em 11 de maio de 2011 o editor da revista, Policarpo Jr, encomendou 'provas' de uma suposta parceria entre Dirceu e a Delta a Cachoeira; mas os 'repórteres especiais' lhe informaram que as premissas da 'pauta' eram furadas. Ou seja, a Veja sabia --sempre soube?-- das ligações criminosas entre a Delta e o grupo de Cachoeira, mas fez vistas grossas para esse lado da lua: sua prioridade era atacar o PT. (Leia a reportagem exclusiva de Vinicius Mansur, em Brasília, com relatos das reuniões de pauta entre a quadrilha e a revista; nesta pág). Policarpo se frustra. Três meses depois, a quadrilha se redime junto a seu editor: quadrilheiros operaram 'flagrantes' de reuniões entre o ex-ministro e integrantes do PT e do governo em um hotel, em Brasília. Título de capa da revista: 'O poderoso Chefão'.  As estripulias cometidas por esse condomínio de emoções, crimes & matérias especiais poderiam ter sido evitadas três anos antes. Em setembro de 2009 a Polícia Federal apresentou à Procuradoria Geral da República provas do vasto repertório de ilícitos cometidos pelo grupo. Os dados da 'Operação Vega' foram desconsiderados pelo procurador geral, Roberto Gurgel, que encarregou a esposa, a subprocuradora Claudia Sampaio, de informar a decisão ao delegado da PF, Raul Alexandre Souza, responsável pela 'Vega'. Hoje ela alega que o engavetamento foi solicitado pelo próprio delegado. Em nota, a Polícia Federal diz que a subprocuradora mente.  (LEIA MAIS AQUI)

Cachoeira: “O Policarpo, ele confia muito em mim, viu?”

Ligação interceptada pela Operação Monte Carlo fornece mais indícios sobre a proximidade do esquema do contraventor Carlos Cachoeira e a revista Veja. Esta ligação, na qual Cachoeira relata encontro com Policarpo Júnior, já havia sido divulgada pela imprensa, porém, omitiu-se a maior parte dela. De acordo com o bicheiro, o editor da Veja queria sua ajuda para provar que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia ajudado a Delta a “entrar em Brasília” durante a gestão do ex-governado do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Brasília - Uma conversa telefônica entre o contraventor Carlos Cachoeira e do então diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, interceptada às 14:43 do dia 10 de maio de 2011 durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal (PF), fornece mais indícios sobre a proximidade da quadrilha investigada e da revista Veja.

Trechos desta gravação já foram divulgados pela imprensa há quase um mês atrás, entretanto de forma seletiva, como fez esta reportagem do G1 . Nela, o veículo destaca apenas o trecho em que Cachoeira diz a Claudio Abreu que "plantou" na imprensa – sem citar o nome da revista e do jornalista - informações contra o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot:

"Eu plantando em cima dele igual o que eu plantei do Pagot aquela hora. Ele anotou tudo, viu. Tá uma beleza agora. O Pagot tá (...) com ele".

Entretanto, no áudio da conversa, ao qual a reportagem de Carta Maior teve acesso, Cachoeira relata ao ex-diretor da Delta outros assuntos tratados com o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, em encontro realizado horas antes.

De acordo com o bicheiro, o editor da Veja queria sua ajuda para provar que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia ajudado a Delta a “entrar em Brasília” durante a gestão do ex-governado do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Policarpo ainda teria afirmado que o acordo foi fechado em uma reunião em Itajubá e que estaria atrás de um flagrante da entrega de “dinheiro vivo”. Por sua vez, Cachoeira teria dito a Policarpo que “não existiu essa reunião”.

Cláudio afirmou que as informações eram “furadas”:

“Na hora que eu estiver com você eu vou te contar porque o nosso chefe teve uma vez só com o cara, vou te contar como e porque que conhece o cara, tem nada a ver com a gente.”

Perguntado por Cláudio se Policarpo iria “alivar”, Cachoeira respondeu que o editor da Veja “não alivia nada, mas também não te põe em roubada”. Duas frases do contraventor, pouco depois, tranqüilizam o diretor da Delta:

“Garanto pra você que ele esqueceu.”

“O Policarpo, ele confia muito em mim, viu?”


De fato, nada foi publicado pela Veja neste sentido até então.

Antecedentes
No final de semana anterior, a revista Veja publicou a reportagem “O segredo do sucesso”, assinada por Hugo Marques, relacionando o crescimento da empresa Delta com os serviços de consultoria de José Dirceu.

Os documentos da operação Monte Carlo revelam que desde o dia 7 de maio a quadrilha de Cachoeira trocava telefonemas, preocupada com a reportagem, e discutia estratégias. Em uma ligação no dia 8 de maio, às 19:58, Cachoeira disse a Cláudio Abreu que o senador Demóstenes Torres trabalharia nos bastidores do Senado para abafar a reportagem.

Em outra ligação, no dia 11, às 09:59, Idalberto Matias de Araujo, o Dadá, tido pela PF como braço direito de Cachoeira, conta ao bicheiro que conversou com o repórter da Veja, Hugo Marques, que lhe revelou que o alvo de sua reportagem era “Zé Dirceu e não a Delta”.

Sobre Lula
Outro indício da proximidade entre o esquema de Cachoeira e a revista Veja está no final da gravação iniciada às 14:43 do dia 10 de maio de 2011.

Cachoeira e Cláudio Abreu citam um homem apelidado de “Lula” que não seria bem visto por Policarpo e “não entra bem na Veja”:

“Não sei se é uma boa deixar, utilizar ele dentro da Veja não. É só entrar, é tran...(ligação cortada) ...é...”

Pela análise dos documentos da operação Monte Carlo, o Lula com o qual integrantes do esquema de Cachoeira mantiveram contato é Luís Costa Pinto, também citado como “Lulinha” em outros trechos da investigação. Ele já trabalhou no Jornal do Commercio, na Revista Veja, O Globo, Folha de São Paulo, Correio Braziliense e Revista Época. Há alguns anos passou a se dedicar à atividade de consultoria privada de comunicação e análise política.

Em 2010, Luís Costa Pinto coordenou a comunicação e a formulação de estratégia da campanha de Agnelo Queiroz (PT) ao governo do Distrito Federal.

Escute aqui o áudio

Leia a transcrição aqui:

Claudio: Oi

Cachoeira: Claudio, pode falar aí?

Cláudio: Fala

Cachoeira: Aquela hora eu tava com Policarpo, rapaz, antes do almoço ele me chamou para conversar. Mil e uma pergunta, perguntou se a Delta tinha gravação, defendi pra caralho vocês, viu. Mas não fala para o Lula não.

Cláudio: Tá, pode deixar. Quem chamou?

Cachoeira: Policarpo, po. Aquela hora que você me ligou, você lembra que eu te fiz umas perguntas do Pagot? Enfiei tudo no rabo do Pagot, aquela hora o Policarpo tava na minha frente.

Cláudio: Ah ta. Mas eu não ia falar pro Lula que tava com você.

Cachoeira: Fiquei com medo de você falar, por isso que eu não falei que ia ta com ele. Que ele ia almoçar com o Lula, então o Lula ia falar pra ele, e eu não gosto, gosto disso preservado, (ininteligivel).

Cláudio: Pois é, o...(ininteligível, parece “segredo”) cê falou pro Policarpo?

Cachoeira: Não, moço. Mil e uma histórias, me contou. Rapaz, falei “vocês erraram, Zé Dirceu não tava”. “Tem sim e eu to atrás de uma coisa só, ô Carlin”, é... teve uma reunião em Itajubá do Fernando com o Zé Dirceu e o Arruda, os três juntos,viu? Itajubá. Foi aí que fechou para Delta entrar em Brasília. Foi pedido. O Zé Dirceu pediu para o Arruda para o Fernando entrar em Brasília.

Cláudio: Ah... Essa informação ta totalmente furada, eu conheço bem a história. Não tem nada disso, cara. O que é? Esses caras tão indo por um caminho que tem nada a ver. A hora que eu encontrar com você eu vou te contar porque a relação, vou te falar.

Cachoeira: Cê me fala depois, mas não fala para ninguém que eu to conversando com...eu posso ajudar demais, mas por fora ta? Eu plantando em cima dele igual o que eu plantei do Pagot aquela hora. Ele anotou tudo, viu. Uma beleza agora, Pagot ta fudido com ele.

Cláudio: Pois é, pô. E vai sair mais alguma coisa?

Cachoeira: Ele ta, o Lula, mas num fala pro Lula não, mas o Lula deve contar a mesma história, ta? Essa de Itajubá. E com o Lula quem marcou não foi o... Júnior, Policarpo, o Lula que ligou para ele para marcar o almoço.

Cláudio: Uai, quem que marcou o almoço deles?

Cachoeira: O Lula ligou para o Policarpo para marcar. Você tinha me falado que o Policarpo que ligou pro Lula.

Cláudio: Ah, sei lá. Mas hein, me fala uma coisa aqui. O cara vai aliviar pra cima da gente?

Cachoeira: Não, não fala que eu te falei ta? Mas a história ta em cima de Itajubá, ta na reunião, que aquilo lá já deu, esquece ô Claudio, esquece, falei mil e uma coisa. É perguntou se tinha fita, a história que ta lá na Veja, sabe até o local que foi, o encontro do pessoal do Agnelo com o Fernando, é... que foi gravado dando dinheiro vivo. Eu falei “ô Policarpo, você acredita mesmo nisso?” Ele: “acredito”. Então, “pelos meus filhos eu to falando pro cê, não existiu essa reunião, esqueça, esqueça”, entendeu?

Cláudio: Pois é, ta vendo como as informações são furadas. Na hora que eu estiver com você eu vou te contar porque o nosso chefe teve uma vez só com o cara, vou te contar como e porque que conhece o cara, tem nada a ver com a gente, tem nada a ver.

Cachoeira: E ele tem tanta confiança em mim que é (inintelígivel) verdade, sabe, minha pra ele, que eu sei que é um cara que, tipo assim: o Policarpo é o seguinte, ele não alivia nada, mas também não te põe em roubada, entendeu? Eu falei, eu sei, ó: “inclusive vou te apresentar depois, Policarpo, o Cláudio, eu sou amigo”, eu falei que era amigo do cê de infância. “Então, ele trabalha na sua empresa”, falou assim, “vai me contar que você tem ligação com ele”. Sabia de tudo. “Eu não vou esconder nada de você não, Policarpo, o Cláudio é meu irmão, rapaz”. “Agora, eu te falo que não tem nenhuma ordem, eu lido com isso 24 horas, eu nunca ouvi falar dele na empresa lá, e o cara sabe de tudo, ligação com Zé Dirceu. Esqueça”. Aí ele virou e falou assim “enfim, então, isso aí você não sabe, foi numa reunião em Itajubá’, entendeu?

Cláudio: Ham, pode falar para ele também esquecer isso aí, esquecer, esquece, cara. Vou te contar depois. É...

Cachoeira: Mas a história é essa, viu, o cara veio doidinho atrás da fita onde tava o Fernando dando dinheiro pro povo do Agnelo, foi filmado, (inteligível) a história até ele falou diferente, outra história.

Cláudio: Mas esqueça isso, tem nada disso não.

Cachoeira: Cê me garante? Eu “garanto, rapaz”. Você confia nele? “Confio”. Garanto pra você que ele esqueceu. Mas ele veio sequinho falando que aquilo era a verdade.

Cláudio: Pois é, ta vendo, ele contava um negócio desse aí, porque o cê mesmo sabe qual que é a verdade. Aí o cara falando dessa história, sabe até o local onde foi nós com o Agnelo, ta vendo? Tem nada a ver, porra.

Cachoeira: Ele falou que tem uma fonte aí que falou isso para ele, mas isso é fonte falsa, fonte furada, ô, ô, esqueça isso, tá bom? O Policarpo, ele confia muito em mim, viu? Vô ter que mostrar a mensagem que ele mandou antes, 10 horas da manhã para mim encontrar aqui em Brasília, eu tava aqui fui me encontrar com ele. Aí vou te mostrar depois, mas aí ele não pode saber que eu falei isso pro cê não, ta? Guarda aí, nem o Lula, não conta pro Lula não, se não o Lula acaba espalhando.

Cláudio: Tá. Cê quer encontrar com o chefe?

Cachoeira: Não, com o governador?

Cláudio: Com o Fernando, pô.

Cachoeira: Precisa não, fala pra ele que nós tamo olhando tudo, ta? Outra coisa, eu não senti que o (corte na ligação) gosta muito do Lula não, ta?

Cláudio: É né?

Cachoeira: O Lula, eu to descobrindo umas coisas aqui, o Lula manda muito no Correio Braziliense, viu? Entra. Entra no Correio, sabe tudo. Então, a Veja, assim, um pé atrás com ele, né? Ele atacou a Veja uma época aí. Você sabe da história, então? Ele não entra bem na Veja não, viu? Não sei se é uma boa deixar, utilizar ele dentro da Veja não. É só entrar, é tran...(ligação cortada) ...é...?

Cláudio: Ta ok. Ta ok.

Cachoeira: Policarpo mesmo não é muito fã não, mas não fala que eu te falei isso não, nem pro Fernando, ta?

sábado, 12 de maio de 2012

Record, o bispo, a blogosfera e o efeito espinafre



Comecemos pelo dono da Rede Record, o bispo Edir Macedo, porque, como sempre acontece quando a emissora do fundador da Igreja Universal divulga alguma coisa que não interessa aos grupos políticos que contraria, a estratégia dos contrariados é a de desqualificar o portador da mensagem em lugar de contestar seu conteúdo.
Macedo tem, sim, uma trajetória controversa. Contudo, não difere tanto das de outros barões da mídia. É fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que, segundo o Censo 2000 (IBGE), tem mais de 8 milhões de fiéis em cerca de 170 países da Europa, da Ásia, da Oceania, da África e das Américas. Ainda segundo o IBGE, a IURD é a quarta maior corrente religiosa do país.
Dono de fato e de direito da Record, Edir Macedo Bezerra (Rio das Flores, Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1945) é oriundo de família católica praticante, mas chegou a frequentar terreiros de Umbanda na juventude, posteriormente abandonando essa fé para se tornar evangélico. Autor de vários livros religiosos, tornou-se doutor em Teologia e Filosofia Cristã pela Faculdade de Educação Teológica do Estado de São Paulo.
Casou-se, teve duas filhas e, 14 anos depois, adotou uma criança recém-nascida.  Tornou-se pastor evangélico em 1974. Pregava ao ar livre do coreto de uma praça do Méier, no Rio de Janeiro. Em 1977, fundou a Igreja Universal no prédio de uma antiga funerária na Zona Norte do Rio de Janeiro. Bacharelou-se em teologia em 1981.
Em 1989, com outros empresários assumiu a direção da então deficitária TV Record, que tinha apenas três emissoras – uma na capital e duas no interior de São Paulo. Todavia, a compra da emissora por Macedo só se deu em 1991, quando adquiriu seu controle acionário.
Em 1989, sofreu o primeiro ataque na mídia através da então Rede Manchete (hoje RedeTV!), que criticou os métodos da IURD de colher dízimos dos seus fiéis. Na década de 90, após a compra da Rede Record, emissoras concorrentes desencadearam uma série de matérias em formato de denúncia.
Em 1992, Macedo foi preso sob acusação de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com tráfico de drogas. Foi sumariamente inocentado. Uma semana após ser preso, foi libertado.
Em 1995, a Globo exibiu, no Jornal Nacional, reportagem contra o concorrente que o mostrava ensinando seus pastores a convencerem os fiéis da IURD a darem ofertas e dízimos. A matéria exibiu filmagem clandestina de um dos pastores que se desligou da IURD e que mostrava Macedo em meio a brincadeiras, sugerindo que seus “alunos” utilizassem a filosofia do “dá ou desce”, referindo-se a fiéis que não davam dízimo.
Em resposta, o bispo da IURD concedeu entrevista ao telejornal de sua emissora a fim de se explicar: “A pessoa dá [o dizimo] e é abençoada ou desce, fica para trás, deixa de ser abençoada por Deus”.
Edir Macedo também foi denunciado pelo Ministério Público por importação fraudulenta de equipamentos e uso de documento público falso. O processo foi aceito pela Justiça Federal, que terminou com apreensão de uma carga de 1,7 toneladas de aparelhos para radiodifusão. Com base na apreensão, o Ministério Público denunciou Macedo, mas não houve condenação.
Em 2009, o líder da IURD e proprietário da Record foi novamente alvo de denúncias do Ministério Público de São Paulo, que o acusou de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em 2010, porém, todas as denúncias foram sumariamente anuladas.
Detalhe: o Ministério Público de São Paulo ainda tenta salvar as suas denúncias contra Macedo, mas a versão paulista da instituição MP vem recorrentemente sendo acusada de atuar politicamente em favor do PSDB. Recentemente, o governador Geraldo Alckmin ignorou a lista tríplice do MPE – SP e fez do segundo colocado o novo procurador-geral do Estado.
Nunca surgiram denúncias de corrupção envolvendo dinheiro público, relações suspeitas com políticos e governos etc. De concreto contra Macedo, há, apenas, a apreensão de equipamentos de televisão pela Receita Federal.
Ainda que os métodos da IURD de receber financiamento de seus fiéis sejam questionáveis, todas as igrejas brasileiras – incluindo a católica – também recebem doações de seus “rebanhos”, além de isenções mil de impostos. Além disso, outros donos de redes de televisão também sofreram processos e, como Macedo, também foram inocentados.
Sobre trajetórias controversas, Roberto Marinho, fundador da Globo, viu seu império crescer à sombra da ditadura militar. E, como Macedo, sofreu vários processos. João Saad, fundador da Rede Bandeirantes, era caixeiro-viajante até que se casou com a filha do ex-governador paulista Ademar de Barros em 1947. Em 1948, assumiu a Rede Bandeirantes. Além de também ter sido agraciado pela ditadura, seu sogro, Ademar de Barros, entrou para a história como notório ladrão de dinheiro público.
Nenhum desses barões da mídia está sendo absolvido. Todos eles têm trajetórias controvertidas, são alvos de acusações de seus respectivos desafetos. Nenhum deles pode ser santificado ou considerado melhor do que os outros.
O que se pode dizer de inquestionável sobre os barões da mídia eletrônica é que os mecanismos para concessões públicas de rádio e tevê é que estão errados, pois baseiam-se em critérios que nada têm que ver com o interesse público e com os ditames constitucionais.
Hoje, a Record, como a Globo, tem uma opção política. Se está correto? No mundo inteiro conglomerados de mídia fazem tais escolhas. Quem tenta desqualificar a recente tomada de posição política da Record contra a Veja e seus aliados midiáticos com base na trajetória de Edir Macedo, portanto, pratica vigarice intelectual.
As denúncias de emissoras concorrentes da Record contra os dois últimos governos federais do PT são sempre levadas a sério, investigadas e geram demissões – ou não. Mas são ao menos examinadas. No caso de Veja, os concorrentes da Record querem descartar as denúncias sem examinar nada.
O que é interessante, nesse processo, é que, pela primeira vez, o que está fundamentando série de denúncias de uma TV é nada mais, nada menos do que a Blogosfera Progressista.
A matéria contra a revista que a emissora levou ao ar no último domingo, aliás, teve novo capítulo no Jornal da Record da última sexta-feira. Quem não assistiu a mais esse round da campanha da Record pela investigação da Veja, pode assisti-lo ao fim deste post.
A Record, ao replicar blogs políticos, vai se tornando, para eles, uma espécie de “espinafre” como o que o personagem dos quadrinhos Popeye ingeria para ganhar força. Claro que, à diferença do personagem infantil, o “espinafre” televisivo não está sempre à mão da Blogosfera – só aparece quando a emissora julga interessante.
Seja como for, é um fenômeno novo a segunda maior rede de televisão do país levar a dezenas de milhões de brasileiros o conteúdo de blogs políticos – e qualquer leitor da blogosfera que assistiu ou vier a assistir denúncias ou abordagens da Record contra a Veja perceberá que se originaram de vários blogs, inclusive deste.
—–
Assista, abaixo, à edição de ontem (sexta-feira, 11 de maio) do Jornal da Record

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SIMBIOSE PROFANA: REVISTA PAUTA QUADRILHA; QUADRILHA USA REVISTA EM ACHAQUES E GOLPES

O MUNDO SE MOVE: esquerda francesa tem 46% das intenções de voto  nas eleições  parlamentares de junho** frente de esquerda Cyrisa vencerá nova eleição na Grécia, caso os partidos conservadores não cheguem a acordo de maioria no Congresso ** Chávez tem 17 pontos de vantagem nas eleições de outubro (Leia análise de Marcel Gomes nesta pág)**QUEM PAGA O MICO? 687 mil imóveis encalhados, preços que não param de cair e um estoque de terrenos sem liquidez corroem o patrimonio bancário espanhol**desequilíbrios contábeis derretem a banca e exigem forte intervenção estatal nos mercados: Rajoy engole sua agenda neoliberal e estatiza o 3º maior banco do país**Estado mínimo vale para os serviços públicos**domingo, 'Indignados' espanhóis completam um ano de lutas (Leia análise de Oscar Guisoni, de Madrid, nesta pág)

'Além de 200 telefonemas trocados, o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e integrantes da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira se encontram presencialmente, pelo menos, 10 vezes. Só com Cachoeira foram 4 encontros.O número pode ser maior, uma vez que a reportagem de Carta Maior teve acesso apenas ao apenso 1 do inquérito, com 7 volumes. Entretanto, existem mais dois apensos que, juntos, tem 8 volumes. Um destes encontros ocorreu no dia 10 março de 2011. Em ligação telefônica no dia anterior, às 22:59, Cachoeira diz ao senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido):"É o seguinte: eu vou lá no Policarpo amanhã, que ele me ligou de novo, aí na hora que eu chegar eu te procuro". (leia a reportagem exclusiva de Vinicius Mansur, com detalhes de uma rotina orgânica entre interesses políticos e pecuniários que fundiram uma redação e uma quadrilha; nesta pág)

Os encontros entre Policarpo, da Veja, e os homens de Cachoeira

Levantamento feito a partir de documentos da Operação Monte Carlo indicam que o editor da revista Veja esteve, pelo menos, 10 vezes com o contraventor Cachoeira e membros de sua organização. Em geral, os temas dessas conversas acabaram se transformando em matérias da revista. Operação no Hotel Nahoum, que envolveu tentativa de invasão do quarto de José Dirceu, também foi tema dessas conversas. A reportagem é de Vinicius Mansur.

Brasília - Um levantamento do inquérito 3430, resultado da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), indica que o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e a quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira se encontraram presencialmente, pelo menos, 10 vezes. Só com Cachoeira foram 4 encontros.

O número pode ser maior, uma vez que a reportagem de Carta Maior teve acesso apenas ao apenso 1 do inquérito, com 7 volumes. Entretanto, existem mais dois apensos que, juntos, tem 8 volumes.

O primeiro destes encontros foi marcado para o dia 10 março de 2011. Em ligação telefônica no dia 9 daquele mês, às 22:59, Cachoeira diz ao senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido):

“É o seguinte: eu vou lá no Policarpo amanhã, que ele me ligou de novo, aí na hora que eu chegar eu te procuro.”

No dia 27 de abril, Cachoeira anunciou ao diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, outro encontro com o jornalista. Sobre a ligação, interceptada às 07:19, o inquérito da PF relata:

“Carlinhos diz que vai almoçar com a prefeita de Valparaíso e com Policarpo da revista Veja”.

Às 09:02, o contraventor avisa a Demóstenes do almoço com Policarpo:

“Eu vou almoçar com o Policarpo aí. Se terminar o almoço e você estiver lá no apartamento eu passo lá.”

O senador respondeu:

“Ok... o Policarpo me ligou, tava procurando um trem aí. Queria que eu olhasse pra ele algumas coisas. Pediu até pra eu ligar para ele mais tarde, não quis falar pelo telefone”.

Nesta mesma conversa, Demóstenes pediu conselhos a Cachoeira sobre sua mudança de partido. Cachoeira afirmou que “esse DEM já naufragou” e disse:

“Tem que ir pro PMDB, até pra virar do STF né?”

O terceiro encontro: o alvo é Zé Dirceu, não a Delta

A partir do dia 7 de maio de 2011, aparecem conversas da quadrilha de Cachoeira sobre a reportagem “
O segredo do sucesso”, assinada por Hugo Marques e publicada pela revista Veja na edição 2216, daquele mesmo fim de semana. A matéria relaciona o crescimento da empresa Delta com os serviços de consultoria de José Dirceu.

Em ligação do dia 8 de maio, às 19:58, Cachoeira diz a Cláudio Abreu que Demóstenes vai trabalhar nos bastidores do Senado para abafar a reportagem.
No dia 9, às 23:07, Cláudio pergunta ao bicheiro se ele irá “no almoço com aquele Policarpo” no dia seguinte. Cachoeira responde:

“Ah o Policarpo eu encontro com ele em vinte minutos lá no prédio, é rapidinho”.

No dia 10, às 14:43, Cachoeira conversa com Cláudio. O resumo da ligação feito pela PF diz: ”Carlinhos conta a Cláudio sobre a conversa que teve com Policarpo, da Veja, a respeito da reportagem que saiu na revista no último final de semana”.

Em outra ligação, no dia 11, às 09:59, Idalberto Matias de Araujo, o Dadá, tido pela PF como braço direito de Cachoeira, conta ao bicheiro que conversou com o repórter da Veja, Hugo Marques, que lhe revelou que o alvo de sua reportagem era “Zé Dirceu e não a Delta”.

O quarto encontro foi com Cláudio Abreu. No dia 29 de junho de 2011, às 19:43, Cláudio disse a Cachoeira que esteve com Policarpo e passou informações sobre licitação da BR 280. As informações foram parar na reportagem “
O mensalão do PR
, publicada na edição 2224 da revista Veja, dando origem as demissões no Ministério dos Transportes.

No dia 7 de julho, às 09:12, Cláudio conta a Cachoeira que “o JR” quer falar com ele.
Cachoeira: “Que que é JR?”

Cláudio: “PJ, né amigo.”

Cachoeira: “PJ?”

Cláudio: “Pole.”

Cachoeira: “O que?”.

Cláudio: “Engraçado lá, Carlinhos. Policarpo, porra.”


No dia 26 de julho de 2011, Policarpo perguntou a Cachoeira, em telefonema às 19:07, como fazer para levantar umas ligações entre o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e “gente da Conab”.

No dia 28, às 17:19, uma ligação interceptada pela PF entre Jairo Martins, o araponga de Cachoeira, e uma pessoa identificada apenas como “Editora Abril” é sucintamente resumida pela palavra “encontro”.

No fim de semana seguinte a revista é publicada com a reportagem “
Dinheiro por fora”, trazendo informações sobre o financiamento de campanha de Jovair e de outros políticos de Goiás por empresa favorecida pela Conab.

Invadindo o hotel Naoum
No dia 2 de agosto de 2011, às 10:46, Jairo Martins, marca encontro por telefone “no Gibão do Parque da Cidade” com “Caneta”, identificado inicialmente pela PF como alguém da Editora Abril. Às 12:04, Jairo informa a Cachoeira que irá almoçar com “Caneta” às “15 pra uma” para tratar “daquela matéria lá (...) que ta pronta”.

Às 14:30, o araponga informa ao bicheiro que “Caneta” quer usar imagens do hotel “pra daqui a duas semanas, que naquele período que ele me pediu, o cara recebeu 25 pessoas lá, sendo que 5 pessoas assim importantíssimas” (sic). Ele também se mostra preocupado e diz que o combinado era não usar as imagens. Cachoeira diz:

“Põe ele pra pedir pra mim”.

Às 21:03, Cachoeira revela a identidade de “Caneta”. O contraventor conta a Demóstenes:

“...o Policarpo vai estourar aí, o Jairo arrumou uma fita pra ele lá do hotel lá, onde o Dirceu, Dirceu, é, recebia o pessoal na época do tombo do Palocci”.
Segundo Cachoeira, Policarpo pediu para “por a fita na Veja online”.

No dia 4, às 17:18, Cachoeira fala com Policarpo ao telefone e pede para ele ir encontrar Cláudio Abreu, da Delta, que está esperando. Às 17:31, Cachoeira
diz para Claudio mandar Policarpo soltar nota de Carlos Costa.

Às 17:47, Cláudio pergunta onde a nota deve ser publicada. Cachoeira diz que no “on-line já ta bom”, mas “se for na revista melhor”. Às 18:37, o bicheiro informa ao diretor da Delta que Policarpo “está com um problema sério na revista”, pediu para desmarcar o encontro e receber a nota por email.

No dia 10 de agosto, às 19:11, Cláudio conta ao chefe da quadrilha que estará em Brasília no dia seguinte para falar com “PJ”. No mesmo dia, às 19:22, Jairo e Policarpo combinam por telefone um “encontro no churrasquinho”. Às 20:41, Jairo e Cachoeira falam sobre liberação das imagens.

No dia 11, às 08:58, Carlinhos fala a Demóstenes que almoçará com Policarpo. O resumo de uma ligação às 14:09, entre Cachoeira e Cláudio, afirma que “Carlinhos está no Churchill, possivelmente com Policarpo Júnior”. Às 20:05, em conversa com Demóstenes, Cachoeira conta que encontro com Policarpo foi para ele “pedir permissão para o trem lá do Zé”.

No dia 15, às 10:12, Cachoeira orienta Jairo para “matar a conversa com Policarpo”:

“Nós temos que pedir aquele assunto para ele.”

Às 19:04, Policarpo marca encontro com Jairo “em 10 minutos no espetinho”. O resumo de uma ligação entre os dois às 19:26 diz “encontro”.

O resumo de uma ligação às 12:45 do dia 16 descreve:

“Carlinhos diz que liberou, que só falta ele liberar. Jairo diz que falta pouca coisa. Acha que hoje ele libera.”

No fim de semana de 27 e 28 de agosto de 2011, a revista Veja deu uma capa com o título “O Poderoso Chefão”, em alusão a influência que o ex-ministro José Dirceu ainda tinha sobre o PT e o governo de Dilma Rousseff. A reportagem trouxe imagens de vários políticos visitando Dirceu dentro do Hotel Naoum, onde ele se hospedava em Brasília, afirmando que Dirceu articulou a queda do então ministro da Casa Civil, Antônio Palloci.

O repórter da Veja, Gustavo Ribeiro, foi acusado de tentar invadir o apartamento de Dirceu. A polícia também investiga como as imagens do circuito interno do hotel foram capturadas.

O Prevaricador Geral da República


Fim de linha para Gurgel: ele piscou e passou recibo. Algo mortal na política 
Blog do Rovai


O Procurador Geral da República saiu em sua própria defesa na tarde de ontem.


Foi um péssimo advogado de si mesmo. E o conteúdo das frases que disse deixam claro duas coisas.


1) Ele não tem como explicar porque engavetou o processo contra Demóstenes e Cachoeira mesmo com tantas evidências de que ambos articulavam um grupo que operava crimes contra o Estado.


2) A falta de justificativa para o que fez o levou a invocar o mantra do mensalão, com o objetivo de criar uma cortina de fumaça e ganhar a mídia tradicional e o que resta da oposição raivosa para a sua defesa.


Uma pessoa no cargo que ele ocupa só assume tão deliberadamente um lado quando sente que o furo no bote é grande e o número de passageiros é maior do que o de boias. Ou seja, bateu o desespero.




Não fosse isso, Gurgel explicaria o caso e se disporia a dar explicações. Além disso, tentaria buscar pontes na base do governo para apresentar suas justificativas.


Qualquer pessoa com o juízo em dia e que não estivesse sobre forte pressão por conta de ter sido pega no pulo, faria isso.


Gurgel, no entanto, piscou e passou recibo.


Em política isso é mortal.


Gurgel acabou.


 




O cheiro fétido das instituições

Ontem foi um dia duro para a democracia brasileira. Descobrimos o que fundamenta a ousadia e a arrogância desmedidas dessas máfias da comunicação e a razão do estado de miséria em que se encontram as nossas instituições. Sabemos agora por que gangsteres empresariais, políticos, jurídicos e midiáticos ousam tanto.
Apesar de Roberto Gurgel ter sido acusado por dois delegados da Polícia Federal de ter engavetado denúncias contra o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres, o procurador-geral da República aparece na tevê, banhado de arrogância, negando explicações e acusando os parlamentares do governo e da oposição que as pediram.
Aí vem a mídia e sustenta a desfaçatez e a arrogância de Gurgel mesmo após ele ter permitido a Carlinhos Cachoeira que continuasse corrompendo a República por quase três anos além do necessário.
Em seguida, dois juízes do Supremo Tribunal Federal se mostram em sintonia com o poder midiático. Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa dizem o impensável, que Gurgel é inatacável, fazendo-nos refletir sobre como é possível que um cidadão seja colocado acima da lei por… Juízes!
Mesmo que outro juiz, Marco Aurélio Mello, tenha surpreendido a todos ao reconhecer a “extravagância” que foi Gurgel atribuir a envolvidos no escândalo do mensalão a culpa por estar sendo cobrado por sua inação pretérita, note-se que a opinião pública foi manipulada porque os telejornais esconderam o fato.
Legislativo e Judiciário, portanto, foram arrastados para o jogo político por meia dúzia de impérios de comunicação pertencentes a meia dúzia de famílias. E como o PT e aliados têm o Executivo e a maioria do Legislativo, além de seu quinhão no Judiciário, vemos os dois lados mobilizando as instituições para uma guerra política.
Em jogo, o poder dessas empresas de comunicação de inocentarem e acusarem a quem bem entendem enquanto se concedem licença para o que lhes der na telha, num simulacro da mesma ascendência que outro empresário tinha sobre as instituições e que considerava inesgotável.
Um empresário, no entanto, que hoje está vendo o sol nascer quadrado.
A mídia, portanto, engana-se. Mesmo com Gilmar Dantas – ou Mendes, tanto faz –, com o chefe do Ministério Público Federal e com boa parte de seu corporativismo nas mãos, não deve se esquecer, repito, de como Cachoeira já se considerou “inatacável”, de como superestimou o próprio poder.
A mídia que acha que tem ainda menos explicações a dar do que Roberto Gurgel, contudo, é a mesma que antes elegia presidentes e que há 9 anos perdeu esse poder. E é a mesma que, agora, corre o risco de ver outra grande manipulação sua virar pó.
Lembram-se de que a máfia midiática dizia que havia mais evidências de envolvimento do governo Agnelo Queiróz com Cachoeira do que deste com o governador Marconi Perilo? Lembram-se dos diagnósticos de Reinaldo Azevedo ou de Merval Pereira, entre outros calunistas do PIG, nesse sentido?
Agora, a cada minuto que passa Perillo se enrola mais e vai ficando cada vez mais claro que Agnelo não tem nada de mais grave pesando contra si. De que adiantou, então, a mídia manipular os fatos? A verdade vai aparecendo. Quer queira, quer não. E não irá parar de aparecer, pois, ainda que muitos não creiam, ela é uma força da natureza como o vento ou a chuva.
O que preocupa, entretanto, é ver as instituições se digladiando e até membros do STF estarem dando declarações a favor de Gurgel mesmo a despeito de que, amanhã, esses mesmos membros poderão ter que julgá-lo.
Como Joaquim Barbosa julgaria o mesmo Gurgel que hoje diz “inatacável”? Como Gilmar Mendes poderia julgá-lo após ter endossado sua acusação indigna de que os questionamentos contra si derivam de “medo de envolvidos no mensalão”?
E mais: como dois juízes, sem conhecer a fundo um caso, sem estudá-lo, sem analisar provas ou meras evidências, podem emitir sentença tão séria?
Mesmo que a verdade triunfe, vamos descobrindo quão podres ainda são as instituições no Brasil, infestadas que estão de despachantes de interesses menores que podem vir a se revelar apenas versões menos toscas de um Carlinhos Cachoeira, mas que, nem por isso, são menos danosos à nossa combalida democracia.