Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Record denuncia negócios do dono do Globope

A reportagem do Domingo Espetacular mostrou como Montenegro ganhou bilhões de reais com negócios suspeitos com a exploração particular de um serviço público.

Montenegro: muitas explicações a dar à Globo


Saiu no R7:

Domingo Espetacular cai no Ibope em dia de denúncia contra dono do instituto


Reportagem mostrou negócios suspeitos do enriquecimento do presidente Montenegro

No dia em que o Domingo Espetacular apresentou reportagem com negócios suspeitos do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, o índice de audiência do jornalístico registrou, segundo o instituto, um dos piores índices dos últimos anos.

O programa fechou com oito pontos em média no Ibope segundo dados prévios. Ficou em terceiro lugar durante a apresentação, atrás de Globo e SBT. Há mais de dois anos – desde fevereiro de 2010 – o programa não registrava audiência tão baixa no Ibope.

Neste ano, o programa chegou a registrar o dobro de audiência segundo o Ibope, como em março, quando fechou com média de 16 pontos e picos de 20. Em junho e julho, registrou média acima de 10 pontos.

A reportagem do Domingo Espetacular mostrou como Montenegro ganhou bilhões de reais com negócios suspeitos com a exploração particular de um serviço público, a taxa de gravames para carros financiados em todo o Brasil, e as aplicações de remessas de dinheiro em operações suspeitas em paraísos fiscais.

Montenegro criou a empresa GRV, que administra o gravame no Brasil. O gravame é um mecanismo que visa a garantir que ninguém passe adiante um carro financiado, que ainda não foi pago. Na prática, é um número que identifica o carro. Todo carro comprado por financiamento tem gravame, e isso vale para cerca de 70% de todos os carros vendidos no País.

Ou seja: um serviço público está sob controle de uma empresa privada, e sem que tenha havido concorrência pública. Isso gerou enriquecimento meteórico e questionável de Carlos Augusto Montenegro e seus sócios, rendendo cerca de R$ 180 milhões por ano. Mesmo tendo vendido a GRV em 2005 para outra empresa, a Cetip, em transação que rendeu R$ 2 bilhões, Montenegro e seus sócios continuaram influindo no negócio, ao manterem cerca de 5% das ações da nova empresa.

Pouco depois de assumir o serviço de administração dos gravames pelo Brasil, Montenegro abriu empresas em paraísos fiscais, como as Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. Pelos papéis obtidos pela reportagem, constata-se que as empresas de Montenegro no exterior trazem dinheiro para suas empresas no Brasil.

Um detalhe chama a atenção: Solange Montenegro, irmã do dono do Ibope, aparece nas duas pontas das transações. Ela é procuradora de uma das empresas sediadas em paraíso fiscal, de onde o dinheiro sai, e sócia de uma das empresas no Brasil, onde o dinheiro entra. A procuração para que ela possa movimentar esse dinheiro todo foi emitida por outra empresa de Montenegro em paraíso fiscal.

Um esquema semelhante ao utilizado por Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, investigado pela Polícia Federal. A exemplo do esquema montado por Montenegro, quem assina os documentos nas duas pontas da operação é um irmão de Teixeira, Guilherme Terra Teixeira. As revelações desse esquema derrubaram Ricardo Teixeira do comando do futebol brasileiro.

Cada ponto no Ibope corresponde a cerca de 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

Assista à reportagem do Domingo Espetacular abaixo:


http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/domingo-espetacular-cai-no-ibope-em-dia-de-denuncia-contra-dono-do-instituto-20120723.html

sábado, 12 de maio de 2012

Record, o bispo, a blogosfera e o efeito espinafre



Comecemos pelo dono da Rede Record, o bispo Edir Macedo, porque, como sempre acontece quando a emissora do fundador da Igreja Universal divulga alguma coisa que não interessa aos grupos políticos que contraria, a estratégia dos contrariados é a de desqualificar o portador da mensagem em lugar de contestar seu conteúdo.
Macedo tem, sim, uma trajetória controversa. Contudo, não difere tanto das de outros barões da mídia. É fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que, segundo o Censo 2000 (IBGE), tem mais de 8 milhões de fiéis em cerca de 170 países da Europa, da Ásia, da Oceania, da África e das Américas. Ainda segundo o IBGE, a IURD é a quarta maior corrente religiosa do país.
Dono de fato e de direito da Record, Edir Macedo Bezerra (Rio das Flores, Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1945) é oriundo de família católica praticante, mas chegou a frequentar terreiros de Umbanda na juventude, posteriormente abandonando essa fé para se tornar evangélico. Autor de vários livros religiosos, tornou-se doutor em Teologia e Filosofia Cristã pela Faculdade de Educação Teológica do Estado de São Paulo.
Casou-se, teve duas filhas e, 14 anos depois, adotou uma criança recém-nascida.  Tornou-se pastor evangélico em 1974. Pregava ao ar livre do coreto de uma praça do Méier, no Rio de Janeiro. Em 1977, fundou a Igreja Universal no prédio de uma antiga funerária na Zona Norte do Rio de Janeiro. Bacharelou-se em teologia em 1981.
Em 1989, com outros empresários assumiu a direção da então deficitária TV Record, que tinha apenas três emissoras – uma na capital e duas no interior de São Paulo. Todavia, a compra da emissora por Macedo só se deu em 1991, quando adquiriu seu controle acionário.
Em 1989, sofreu o primeiro ataque na mídia através da então Rede Manchete (hoje RedeTV!), que criticou os métodos da IURD de colher dízimos dos seus fiéis. Na década de 90, após a compra da Rede Record, emissoras concorrentes desencadearam uma série de matérias em formato de denúncia.
Em 1992, Macedo foi preso sob acusação de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com tráfico de drogas. Foi sumariamente inocentado. Uma semana após ser preso, foi libertado.
Em 1995, a Globo exibiu, no Jornal Nacional, reportagem contra o concorrente que o mostrava ensinando seus pastores a convencerem os fiéis da IURD a darem ofertas e dízimos. A matéria exibiu filmagem clandestina de um dos pastores que se desligou da IURD e que mostrava Macedo em meio a brincadeiras, sugerindo que seus “alunos” utilizassem a filosofia do “dá ou desce”, referindo-se a fiéis que não davam dízimo.
Em resposta, o bispo da IURD concedeu entrevista ao telejornal de sua emissora a fim de se explicar: “A pessoa dá [o dizimo] e é abençoada ou desce, fica para trás, deixa de ser abençoada por Deus”.
Edir Macedo também foi denunciado pelo Ministério Público por importação fraudulenta de equipamentos e uso de documento público falso. O processo foi aceito pela Justiça Federal, que terminou com apreensão de uma carga de 1,7 toneladas de aparelhos para radiodifusão. Com base na apreensão, o Ministério Público denunciou Macedo, mas não houve condenação.
Em 2009, o líder da IURD e proprietário da Record foi novamente alvo de denúncias do Ministério Público de São Paulo, que o acusou de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em 2010, porém, todas as denúncias foram sumariamente anuladas.
Detalhe: o Ministério Público de São Paulo ainda tenta salvar as suas denúncias contra Macedo, mas a versão paulista da instituição MP vem recorrentemente sendo acusada de atuar politicamente em favor do PSDB. Recentemente, o governador Geraldo Alckmin ignorou a lista tríplice do MPE – SP e fez do segundo colocado o novo procurador-geral do Estado.
Nunca surgiram denúncias de corrupção envolvendo dinheiro público, relações suspeitas com políticos e governos etc. De concreto contra Macedo, há, apenas, a apreensão de equipamentos de televisão pela Receita Federal.
Ainda que os métodos da IURD de receber financiamento de seus fiéis sejam questionáveis, todas as igrejas brasileiras – incluindo a católica – também recebem doações de seus “rebanhos”, além de isenções mil de impostos. Além disso, outros donos de redes de televisão também sofreram processos e, como Macedo, também foram inocentados.
Sobre trajetórias controversas, Roberto Marinho, fundador da Globo, viu seu império crescer à sombra da ditadura militar. E, como Macedo, sofreu vários processos. João Saad, fundador da Rede Bandeirantes, era caixeiro-viajante até que se casou com a filha do ex-governador paulista Ademar de Barros em 1947. Em 1948, assumiu a Rede Bandeirantes. Além de também ter sido agraciado pela ditadura, seu sogro, Ademar de Barros, entrou para a história como notório ladrão de dinheiro público.
Nenhum desses barões da mídia está sendo absolvido. Todos eles têm trajetórias controvertidas, são alvos de acusações de seus respectivos desafetos. Nenhum deles pode ser santificado ou considerado melhor do que os outros.
O que se pode dizer de inquestionável sobre os barões da mídia eletrônica é que os mecanismos para concessões públicas de rádio e tevê é que estão errados, pois baseiam-se em critérios que nada têm que ver com o interesse público e com os ditames constitucionais.
Hoje, a Record, como a Globo, tem uma opção política. Se está correto? No mundo inteiro conglomerados de mídia fazem tais escolhas. Quem tenta desqualificar a recente tomada de posição política da Record contra a Veja e seus aliados midiáticos com base na trajetória de Edir Macedo, portanto, pratica vigarice intelectual.
As denúncias de emissoras concorrentes da Record contra os dois últimos governos federais do PT são sempre levadas a sério, investigadas e geram demissões – ou não. Mas são ao menos examinadas. No caso de Veja, os concorrentes da Record querem descartar as denúncias sem examinar nada.
O que é interessante, nesse processo, é que, pela primeira vez, o que está fundamentando série de denúncias de uma TV é nada mais, nada menos do que a Blogosfera Progressista.
A matéria contra a revista que a emissora levou ao ar no último domingo, aliás, teve novo capítulo no Jornal da Record da última sexta-feira. Quem não assistiu a mais esse round da campanha da Record pela investigação da Veja, pode assisti-lo ao fim deste post.
A Record, ao replicar blogs políticos, vai se tornando, para eles, uma espécie de “espinafre” como o que o personagem dos quadrinhos Popeye ingeria para ganhar força. Claro que, à diferença do personagem infantil, o “espinafre” televisivo não está sempre à mão da Blogosfera – só aparece quando a emissora julga interessante.
Seja como for, é um fenômeno novo a segunda maior rede de televisão do país levar a dezenas de milhões de brasileiros o conteúdo de blogs políticos – e qualquer leitor da blogosfera que assistiu ou vier a assistir denúncias ou abordagens da Record contra a Veja perceberá que se originaram de vários blogs, inclusive deste.
—–
Assista, abaixo, à edição de ontem (sexta-feira, 11 de maio) do Jornal da Record

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Relação bandida entre revista Veja e Cachoeira, é mostrada na TV Record





No escândalo Carlinhos Cachoeira, quem está dando um show de jornalismo são os blogs na internet e portais desvinculados da velha imprensa, que se debruçaram sobre o inquérito vazado e noticiam o que existe nele, sem inventar.

A velha imprensa tem ido à reboque, escolhendo as denúncias que quer mostrar, seletivamente. 

Dos grandes grupos de mídia, só a TV Record quebrou o silêncio na segunda-feira e noticiou a relação bandida do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a revista Veja.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Por que Lula quer a(s) CPI(s)? Porque vão melar o mensalão

O ansioso blog já tinha informado que o Nunca Dantes insistiu na instalação das duas CPIs – a da Privataria do Padim Pade Cerra, e a do Robert(o) Civita – que merecerá entusiasmada defesa da ANJ – , quer dizer, a CPI do Demóstenes, Cachoeira e do …

É o que diz a Folha (*), na capa desta quarta-feira.

O importante a observar – e talvez o líder do PT, Jilmar Tatto, já tenha percebido – é que o Lula quer as duas CPIs: a da Privataria do Padim também.

Agora, amigo navegante, por que o Nunca Dantes quer as DUAS ?

Porque elas vão acabar de melar o mensalão.

O melaço começou a escorrer quando a TV Record exibiu  a entrevista que Ernani de Paula – o senador Álvaro Dias o convocará para depor (leia o “em tempo”) – concedeu a este ansioso blogueiro.

Está claro que o mensalão fez parte da trama para derrubar o Governo trabalhista do Presidente Lula.

Dela participaram, como se disse no Casablanca, “the usual suspects”.

E a Veja e o PiG (**).

Tudo para eleger o Padim Pade Cerra com a Teoria do Sangramento, de autoria do Farol de Alexandria.

O vídeo da corrupção do funcionário subalterno dos Correios, assim como a entrevista de Thomas Jefferson, que deu o Premio Pulitzer a Renata Lo Prete,  tudo não passava de uma Carta Brandi do Carlos Lacerda.

O Mauricio Dias já tratou dessa moralidade hipócrita da UDN contemporânea.

Satiagraha, Montecarlo, Privataria – é água que move o mesmo moinho.

A Folha (*) percebeu que a batata está assando.

O Golpe virou-se contra o feiticeiro.

Em tempo: o senador Álvaro Dias aparece em todas as reportagens do jornal nacional a tratar do Demóstenes. O Vasco, que acabou de aportar em Cape Cod para acompanhar a visita da presidenta a Boston, tem um conselho a dar ao Álvaro Dias. “Não ponha o seu rosto e a sua reputação na telinha ao lado do Demóstenes.” Mesmo que seja com o nobre intuito de derrubar a Dilma, a simples proximidade com a imagem do Demóstenes “pode ser fatal, senador”, diz o Vasco, ao saborear um Jack Daniels com gelo. Vasco é a favor de uma oposição inteligente, criativa, como a que Álvaro Dias personifica.

Em tempo2: os telejornais do Ali Kamel tentam montar a “CPI do Demóstenes do B”: vão demonstrar que a corrupção é no PT. Já, já, o Ali Kamel sobe a rampa do Palácio e acha o Cachoeira sentado na ABIN.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Rede Globo sem nenhum compromisso com a informação


A partir de amanhã, o PAN será transmitido com exclusividade pela RECORD. Com isso surgiram rumores de um boicote da Globo ao PAN.
A GLOBO NÃO TRANSMITIRÁ UMA VÍRGULA SOBRE O EVENTO.
Por enquanto são rumores. Dentro em pouco saberemos se os boatos se confirmam.
Pelo histórico da GLOBO, é bem provável que esta história seja verdade.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CBF ameaça divulgar gravações contra diretor da Globo

RICARDO FELTRIN

EDITOR E COLUNISTA DO F5 (Fôia de Sumpaulo)

Márcio Neves/Gremio.net

Não vai ficar barato para a Globo sua repentina decisão de noticiar os escândalos envolvendo a CBF, Ricardo Teixeira e a Fifa. Agora surgiram indícios (ou insinuações) de que a entidade máxima do futebol brasileiro tem gravações de diálogos que comprometeriam Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes. Essas gravações não autorizadas foram feitas a partir de ligações telefônicas ou na própria sede da CBF. Elas revelariam quando e como a Globo manipulou o horário de partidas de times e da seleção, para atender a seus próprios interesses...


T de Vingança
Teixeira também teria gravações mostrando como Pinto (foto ao lado) e seus comandados globais agiram nos últimos anos, quando tinham acesso livre à CBF. Fonte desta coluna, que pede anonimato, informa que as gravações teriam diálogos permeados de arrogância, prepotência e desprezo completo de Campos Pinto e seus subordinados pela concorrência. Inclusive uma das gravações mostraria emissários da Globo usando termos chulos contra Record e até contra a Band, que hoje é parceira da Globo no futebol.

Prato pelando

A ameaça de levar as gravações a público teria por finalidade não só vingar Teixeira do que ele considera "traição", por parte da Globo, mas também colocar a emissora numa situação delicada junto à imprensa, a parceiros e anunciantes do esporte. Algo do tipo: "eu morro, mas você vai morrer! Morrer comigo! Bwahahaha! Bwahahahahahahahannn...". Tá bom, é só um jeito de dizer. Teixeira não dá risada como vilão de desenho... Vou continuar, agora sério...

Bombardeio

Campos Pinto está sob ataque de outro 'front', além do da CBF. Desafetos do diretor dentro da Globo ainda o culpam pelo fato de a emissora ter perdido a transmissão das Olimpíadas de Londres 2012 para a Record. Para esses executivos, a "soberba" do executivo o impediu de avaliar a situação corretamente. Ele subestimou a concorrente, afirmam.

Outro lado 1

Por meio da CGCom, a Globo informou que não vai se manifestar sobre o assunto, a menos que se torne um fato.

Outro lado 2

O F5 procurou o assessor de Teixeira, Rodrigo Paiva, deixou recado no telefone antecipando o assunto, mas não obteve resposta.

A Primeira Guerra Mundial da Globo


Coluna Econômica
As Organizações Globo estão enfrentando sua Primeira Guerra Mundial, desde que tiraram da Tupi o cetro de emissora de maior audiência do país - nos longínquos anos 70.
Nos próximos dias será decidida a questão da transmissão do campeonato de futebol brasileiro. Não se trata de um mero evento esportivo. Se perder a disputa, a Globo colocará em xeque toda sua programação do horário nobre – baseada no hábito diário de acompanhamento de novelas e de jornais televisivos.
Pela primeira vez, poderá perder a liderança de audiência no país.
***

A ameaça é da TV Record, que promete uma proposta de R$ 550 milhões para conseguir os direitos de transmissão junto ao Clube dos 13. Por trás da disputa, há mudanças relevantes na legislação de direito econômico brasileiro.
***
Cada clube esportivo detém direitos de imagem sobre seus jogos.
Para administrar seus interesses, anos atrás a Globo incentivou a formação do Clube dos 13, incumbido de negociar em bloco os direitos dos seus associados – maiores clubes nacionais.
Nos Estados Unidos, por exemplo, grandes clubes recebem direitos de arena superiores aos pequenos clubes. Sob o argumento de que as condições brasileiras eram diferentes, a Globo conseguiu equalizar os direitos de transmissão – todos recebendo a mesma quantia, tática fundamental para transmissões pela televisão aberta, na qual não é possível o pay-per-view (pagar para assistir).
Se um clube com maior audiência ia reclamar, era encaminhado ao Clube dos 13, que tratava de demovê-lo de suas pretensões.
Mais ainda. Através de um contrato leonino, a Globo tinha uma cláusula de preferência, direito ao último lance em cada leilão de transmissão de campeonato. Ou seja, depois do último lance, ela tinha o direito de cobrir a proposta apresentada.
***
Esse modelo foi questionado no CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico). A Globo e o Clube dos 13 foram obrigados a assinar um termo de compromisso estabelecendo condições transparentes de disputa. Isto é, cada concorrente chegando com um envelope com sua proposta.
***
Primeiro, a Globo chamou os clubes e tentou convencê-los a baixar o preço, sob a alegação de que a audiência do futebol vem caindo há tempos e o mercado não aceitaria pagar grandes lances pelos direitos de transmissão.
Não conseguiu disfarçar sua preocupação maior: no mundo todo, a emissora que tem o esporte mais popular lidera a audiência. Se perder o futebol, perde a liderança.
O problema maior surgiu na seqüência.
Em outros tempos, não haveria competidores. Apenas uma vez o SBT ousou competir, levando o Campeonato Paulista. Band e Rede TV nunca tiveram bala na agulha.
Agora, apareceu a TV Record dispondo-se a elevar o lance a R$ 550 milhões para a TV aberta. No setor de TV fechada, começa a competição com as teles e, na área da Internet, com os portais.
***
A reação da Globo foi tentar implodir o Clube dos 13. Através de Ronaldo e de comentaristas esportivos conseguiu cooptar o presidente do Corinthians.
Seja qual for o resultado da pendenga, trata-se de um capítulo central nas transformações pelas quais passa a mídia brasileira.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

TV Diário na mira da Record e de Gugu

A Rede Globo que se cuide novamente. Mexeu num poderoso enxame de abelhas. Depois de obrigar a saída do satélite da TV Diário agora os diretores da Rede Globo estão prestes a ficarem com uma tremenda dor de cabeça.
TV Diário na Internet seria a saída? TV Record interessada na compra da TV Diário? Voltaria para ser via satélite? Poderia ficar apenas em sinal de TV a cabo? Transmitida apenas em território cearense? Certamente o mais novo lance da telenovela do caso da TV Diário vem direto do sudeste brasileiro (o mesmo que vetou suas imagens).

Há muito tempo o sonho do apresentador Gugu Liberato (apresentador do SBT) é colocar uma rede de televisão. O apresentador já é dono de outras emissoras, no entanto queria formar uma rede, como o SBT ou a destemida Rede Globo. A sensibilidade do apresentador ao ver a proeza de uma TV do Nordeste capturar audiência, a ponto de incomodar uma campeã de audiência, fez o apresentador Gugu Liberato passar alguns dias no Ceará (este feriadão de Páscoa) para entrar de vez na briga para levar a TV Diário (valorização da emissora depois da extrema repercussão na Internet de sua saída do satélite).

O apresentador iniciou as negociações entre os dirigentes da TV Diário (a TV Record não saiu do páreo). Leva quem dar mais! Caso o Gugu Liberato finalize as negociações com o pessoal do Ceará o Nordeste terá uma Rede de televisão com recursos e competitividade para brigar pela audiência com qualquer outra emissora do mundo sulista. Será uma situação inédita no Brasil – a primeira rede de TV capaz de ficar em primeiro lugar no IBOPE. Como diz o Gente de Mídia: “novo investimento econômico e humano na programação local; a preservação do 'cast' profissionais locais; além do restabelecimento do sinal em todo o País”. Ache bom ou ache ruim, quero ver agora se vão ter coragem de censurar uma emissora de TV do Nordeste, é isto!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dez dias de fúria midiática – o efeito Berlusconi



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Este é o segundo post da série Onze dias de fúria midiática, iniciada ontem. A cada dia, até o dia 31 de outubro, aqui serão relatados, um a um, os acessos de fúria da mídia diante da escolha eleitoral que o Brasil começa a delinear de forma irreversível.
Como já foi dito neste espaço, a mídia fará tudo, absolutamente tudo para impedir que a escolha em tela se consolide. Tentará mudá-la através de golpes como o da bolinha de papel de dois quilos que a Globo e o PSDB inventaram, bem como com a supressão do contraditório, violando, assim, a lei eleitoral.
A simulação de ferimento do candidato tucano, evidentemente acordada entre ele e a Globo, porém, encontrou resistência. Os telejornais do SBT e o da Record, ao menos, mostraram a farsa.
Mas há um fato mais grave. Segundo informações que circularam amplamente no Twitter, o SBT afirma que só a emissora do Jardim Botânico foi convidada a presenciar o “exame de corpo de delito” que Serra fez com um médico particular que trabalhou para o governo FHC dirigindo o Instituto Nacional do Câncer.
Esse fato corrobora a suspeita de que tudo o que aconteceu no Rio de Janeiro ontem foi uma armação engendrada para gerar, na campanha eleitoral, o efeito Silvio Berlusconi, como bem lembra o leitor Eliseu Leão.
No fim de 2009, Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, passou a noite no hospital milanês de San Raffaelle para se recuperar de uma agressão que sofreu em um comício. Um homem com histórico de doenças mentais o atingiu no rosto com uma estatueta e o deixou com o nariz partido, o lábio rachado e menos dois dentes.
Poucos dias depois, a popularidade do primeiro-ministro aumentou. Silvio Berlusconi contava com 48,6% de popularidade antes do sucedido e subiu para 55,9%, segundo informações do diário italiano Corriere della Sera.
Tudo acontece de acordo com um script já descrito até de forma “científica”, conforme apuração do repórter da Record Rodrigo Vianna, em interessante artigo em que detalha as cinco ondas da campanha difamatória que, em minha opinião, é orquestrada pela Globo em conluio com o PSDB.
A Globo é a principal arma de Serra para virar o jogo. Correndo contra o tempo, contra os dez dias que faltam para a eleição presidencial em segundo turno, tudo deverá ser tentado.
É evidente que Serra foi ao Rio, àquela região que sabidamente é um reduto petista, para fazer provocação. Levou consigo uma tropa de choque para espancar militantes petistas e a Globo para endossar a sua versão mentirosa dos fatos.
A simulação de ferimento pode ser comprovada claramente no vídeo exibido pelo SBT ou pelo que exibiu a Record. Serra, depois de ser atingido por um objeto que qualquer perícia de tal vídeo revelará que não deveria pesar mais do que algumas dezenas de gramas, recebeu um telefonema, minutos depois, e passou a fingir que passava mal.
Nas Globos, a versão do PT foi suprimida. Apenas foi dado espaço a uma declaração protocolar de Dilma e de sua campanha de que não compactuam com práticas violentas. A versão do lado petista envolvido no conflito, foi censurada.
É possível que o PSDB leve para o programa de Serra a versão do Jornal Nacional. Mas há, também, a possibilidade de não levar.
Se o PSDB não explorar mais o caso, ficará com o massacre noticioso na Globo e nos grandes jornais – e, provavelmente, na Veja e/ou na Época do próximo sábado. Se explorar, o PT pode colocar no ar os vídeos da Record e do SBT que mostram a armação.
A campanha de Dilma dificilmente responderá à imprensa de Serra se este não usar a manipulação que essa imprensa cometeu. Esperará para ver que efeito causou a maior parte da grande mídia dar a versão de Serra confiando em que a versão da menor parte impedirá o prejuízo eleitoral.
Como se vê, é um grande jogo de xadrez midiático que se trava nesta campanha, mas com elementos fascistóides. Ou levar um exército de brutamontes a reduto de militantes petistas, espancá-los e ainda acusá-los de “selvageria”, tentando, com isso, pintar aqueles que apóiam Dilma como “violentos” e “intolerantes”, não é uma tática fascista?
Ainda faltam dez dias para terminar a eleição. O que mais preocupa é saber se haverá novos atos de violência durante esta campanha enlouquecida que Globo, Folha, Veja,  Estadão, José Serra e seu partido estão impondo ao país.
Esta reflexão nos remete a um período da história que ganha contornos cada vez mais atuais. Um período de trevas democráticas em que confrontos entre grupos políticos serviram de pretexto a militares para interromperem a normalidade democrática.
Na opinião deste blog, as forças democráticas da nação precisam se unir e denunciar ao Brasil e ao mundo o que as famílias Marinho, Civita, Frias, Mesquita, Serra e outras estão fazendo. Antes que cumpram a promessa de seus sequazes de “hondurarem”.