Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 6 de maio de 2014

Padilha: falta de água em SP foi irresponsabilidade O Padilha vem aí, de jaleco branco !

O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, participou hoje (06) de sabatina na Folha (*).

Os entrevistadores – da própria Folha, do SBT, do UOL e da Jovem Pan – abordaram temas como metrô, PCC, desmilitarização da Polícia, recepção aos haitianos e Segurança Pública.

O Conversa Afiada, por sua vez, prefere enfatizar a falta de água em São Paulo:


Josias de Souza – Um leitor lembra que no plano federal a água foi um problema. Transformamos um período de estiagem em consumo. O governo federal também não se planejou?
Alexandre Padilha – A diferença é gritante. A cidade de Guarulhos tem 400 litros de recursos a menos desde fevereiro. Você não vê uma situação como essa no país. Fizeram quilômetros de linhas de transmissão. Aqui em São Paulo já tem redução. Desde dezembro, Campinas recebe menos água. Se eu fosse governador já teriam sido executadas as obras, que estão há dez anos paradas. O racionamento já existe em São Paulo. Campinas desde dezembro e Guarulhos desde fevereiro estão com redução de água. Bairros da capital paulista já sofrem com redução, além de Osasco (Grande SP). O Estado assumiu responsabilidade, mas nenhuma obra saiu do papel para reduzir a dependência de Cantareira. Desde 2004, é um tema persistente. Aloizio Mercadante, quando candidato, pautou esse tema. A ANA (Agência Nacional de Água) de SP apontou, em 2004, que precisava realizar obras para evitar a dependência do Cantareira.


Patrick Santos – Mas o sr. não acha falta de ética usar o racionamento na eleição?
Alexandre Padilha – Estou falando que o racionamento já existe. Falta de ética é cortar água de Campinas (SP), Osasco (Grande SP) e bairros da capital paulista e dizer que não há racionamento. Falta transparência. Nós paulistas, queremos ser polos dinâmicos.

(Repare, amigo navegante, como o PiG (**) tenta jogar tudo no colo do Governo Federal – nota do C Af)

Marcos Fernandes, de Taubaté – O sr. é favorável à transferência de água do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira?
Alexandre Padilha – Qual é a grande precariedade dessa proposta, feita pelo governador: é tirar água de um lugar que tem o mesmo regime de águas do sistema Cantareira. É preciso fazer um regime de obras em outras áreas.


Patrick Santos Onde arrumar dinheiro para essas obras?
Alexandre Padilha – Só a Sabesp lucrou R$ 2 bilhões. Se ela tivesse investido todo esse dinheiro nas obras que precisavam ser feitas, isso não estaria acontecendo. A Sabesp foi irresponsável. Com a questão da água, com investimento em seu próprio patrimônio e com seus acionistas.

(…)


Leia a íntegra da sabatina com Alexandre Padilha no site da Folha (*).



Clique aqui para ler “A seca seletiva do PiG (**)”


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.




A seca seletiva do PiG (*)

PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA- GLOBO, FOLHA, ESTADÃO,ABRIL-VEJA, ETC.......... (GRIFO, OPEDEUTA)

Fernando Brito: a imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, que já está abaixo dos 10%.


O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

A seca seletiva da imprensa brasileira



A crise da água em São Paulo não está sendo coberta pela imprensa.

Está sendo encoberta, isso sim.

Pergunto se o distinto amigo e a querida amiga viu uma reportagem sequer, acompanhada das fotos correspondentes, sobre as “obras”  que vão permitir o bombeamento da água do fundo das represas do Cantareira, viu?

Para não dizer que não houve nenhuma, houve uma, mostrando dois tratores limpando uma área junto à represa do Atibaia.

Nada mais.

Hoje, o Cantareira deve amanhecer com apenas 9,8% de sua capacidade, já que os 10% de ontem são apenas obra do “arredondamento” feito pela Sabesp. O relatório da Agência Nacional de Águas  já apontava 9,9%.

O maior reservatório, Jaguari-Jacareí, está reduzido a 2,5% de seu volume.

2,5%, isso mesmo.

Vou dar os números, que são públicos e acessíveis pela internet.

Em 31 de janeiro, o Cantareira tinha 217 bilhões de litros de água.

Ao fim de fevereiro, 160 bilhões.

Terminou março com 127 bilhões  de litros.

Hoje, tem 96 bilhões de litros, mesmo com toda a economia compulsória que descontos e multas impõem aos consumidores mais pobres.

Isto – ao lado da melhoria das chuvas em março e abril – permitiu baixar de 40 para 30 bilhões de litros a perda mensal do sistema.

Este mês a situação será pior e o esvaziamento vai superar os 40 bilhões de litros, como em fevereiro, mesmo com a vazão de saída reduzida.

Precisa de máquina de calcular?

Se tudo der certo, o bombeamento inédito leva a água até novembro. Claro, se o outro sistema que foi mobilizado para socorrer o Cantareira – o Alto Tietê – aguentar a sobrecarga.

E chega-se ao período de chuvas “devendo” nada menos que 180 bilhões de litros de água para que ela volte ao nível das comportas, sem exigir bombas.

Se as chuvas voltarem com força, o cenário em 2015 será igual ao de hoje.

Mas o distinto amigo e a lúcida leitora leem todos os dias previsões catastróficas sobre a…falta de luz iminente.

A capacidade aproveitada do armazenamento de água nas hidrelétricas é, entretanto, quatro vezes maior do que a do Cantareira.

Era, no domingo, de 42,5%, somando todo o Sistema Interligado Nacional. Angra I, parada desde fevereiro para manutenção programada, está sendo progressivamente (como é normal em geradoras) religada desde o final de semana. A pior situação, a do Sudeste, está em 38,8%.

Não é uma questão de torcer por uma “seca federal” ou uma “seca estadual”, porque as pessoas e a economia precisam de luz e água.

Nem de que haja uma seca em São Paulo e abundância de águas no resto do Sudeste.

O Brasil foi advertido em 2001 da fragilidade de seu sistema e São Paulo o foi na seca de 2004.

Não se discute a sua justeza, mas o fato é que só temos uma situação elétrica insegura porque Belo Monte foi atrasada pelas questões ambientais, do contrário estaria gerando hoje quase um quarto de nossas necessidades elétricas, com o período chuvoso do Norte do país.

Em São Paulo, nem sequer discutimos questões ambientais, pelo simples fato de que não se fez nada ou quase nada em matéria de melhoria do sistema de abastecimento.

Onde o amigo ouviu isto ser debatido na imensa “cobertura” que tem a crise na geração de energia?

A imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, já disse isso aqui.

E é tão turva quanto as águas do “volume morto”  de seus reservatórios.



Clique aqui para ler “Alckmin, não é rodízio. É r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o”.

E aqui para ler “Racionamento em São Paulo tem culpado: P-S-D-B”.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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